Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias no Paraná

Nepar comemora resultados de equipe paranaense em competição latino-americana de solos

Alunos de Dois Vizinhos e Santa Helena, que representaram o Paraná, mostraram talento e competência, conquistando o segundo lugar, entre as equipes participantes.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação

O Núcleo Paranaense da Ciência do Solo (Nepar-PR) tem muito a comemorar com a participação de alunos do Paraná na Competição Latino-Americana de Classificação de Solos, que aconteceu nos dias 26, 27 e 28 de julho de 2023, em São Joaquim, em Santa Catarina, dentro das atividades do XXIII Simpósio Latino-Americano da Ciência do Solo, realizado em Florianópolis. O evento foi realizado na Estação Experimental de São Joaquim (Epagri – EESJ) e promovido pelas sociedades brasileira e latino-americana de Ciência do Solo (SLCS), organizado pela UFSC e UFSM.

A equipe paranaense mostrou seu talento e competência, conquistando o segundo lugar entre os participantes. Foram 16 alunos no total, divididos em quatro equipes – três nacionais e uma internacional. Além da equipe do NEPAR-PR, estavam presentes duas equipes do Centro Regional Sul da SBCS e uma equipe da Espanha.

Integraram a equipe paranaense os professores Taciara Zborowski Horst e Alessandro Samuel Rosa, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Dois Vizinhos e Câmpus Santa Helena, respectivamente, e os alunos Ana Caroline Pretto e Fernanda Jutkoski do curso de Agronomia da UTFPR-Dois Vizinhos, além de Vitor Peruzzi e Débora Kempner do curso de Agronomia da UTFPR-Santa Helena. Os alunos fazem parte do Laboratório de Pedometria, conduzido pelos dois professores.

Com um desempenho incrível, a equipe paranaense conquistou o 2º lugar geral da competição e o 3º lugar por equipe; a estudante Fernanda Jutkoski (UTFPR-Dois Vizinhos) se destacou, alcançando o 2º lugar individual. O 5º lugar individual ficou com Débora Kerber (UTFPR-Santa Helena). A equipe espanhola levou o primeiro lugar no geral.

O professor Alessandro Samuel Rosa (UTFPR-Santa Helena) explica que a competição teve como objetivo proporcionar aos estudantes uma experiência de conhecer solos e paisagens de locais diferentes dos que eles, normalmente, estudam. Tanto é que pessoas que são do local não podiam participar. “Assim, eles puderam aplicar todo o conhecimento adquirido na graduação e na pós-graduação e ver a aptidão agrícola e a capacidade de uso das terras em um cenário novo. Foi uma atividade intensa e desafiadora para os estudantes, que demonstraram grande competência e interesse pela ciência do solo”, acrescenta.

A competição consistia em coletar, descrever, classificar e interpretar diferentes tipos de solos em um contexto desconhecido para os participantes. Além disso, eles tinham que fazer recomendações de uso do solo com base nas potencialidades regionais, como fruticultura, silvicultura e hortaliças. Para isso, os estudantes usaram os sistemas de classificação internacional Soil Taxonomy e WRB, da FAO. Toda prova tinha que ser realizada em 60 minutos.

No primeiro dia, os estudantes tiverem treinamento teórico, com palestras sobre os critérios utilizados para classificar os solos no WRB, ministrado pela professora Rosa Poch, da Universidade de Lleida, na Espanha; e no Soil Taxonomy, ministrado pela professora Lúcia Anjos (UFRRJ), que é também presidente da SBCS. As duas professoras atuaram como juízes na competição. No segundo dia da competição, as equipes tiveram treinamento de campo, em duas vinícolas de São Joaquim, onde puderam observar as características da paisagem e dos solos predominantes da região. No terceiro dia, as quatro equipes foram para o campo na EESJ identificar, classificar e interpretar os solos.

Samuel Rosa observa que as equipes eram formadas por estudantes de pós-graduação, exceto a do Paraná, que era de graduação. “Isso mostra o alto nível de conhecimento e habilidade dos alunos paranaenses na área de solos”, comemora o professor.

Para a professora Taciara Zborowski Horst, que participou como técnica da equipe, a competição é uma oportunidade valiosa para os alunos, pois eles podem vivenciar muitas situações diferentes do que estão acostumados. “Neste evento, nós oferecemos a eles uma experiência incrível para aprender a observar diferentes tipos de solos, identificar, descrever, classificar e, mais importante, inferir sobre o comportamento ambiental dos solos. Esse conhecimento é fundamental para qualquer profissional das áreas agrícolas ou das ciências ambientais que queira aperfeiçoar suas habilidades nessa área”, argumenta Taciara.

Resultados positivos inspiram outros alunos

A diretora do NEPAR-PR, Nilvania de Mello, acredita que os excelentes resultados da equipe paranaense podem inspirar outros alunos a participarem dessas competições, ressaltando a importância do evento para o crescimento acadêmico e profissional dos alunos. O reconhecimento por parte da Diretoria quanto a importância da participação em eventos como este permitiu que o NEPAR apoiasse a equipe, aportando aos estudantes um valor que auxiliou a cobrir custos da equipe.

“O resultado da equipe foi fantástico, extremamente positivo. Ao participar de uma competição como esta, o estudante não só aumenta a chance de conhecimento, mas a paixão pela ciência do solo. Certamente participar desta competição internacional, foi uma experiência inigualável”, afirma a diretora do Nepar.

Nilvania destaca que, durante a prova, os alunos receberam instrução especializada tanto dos professores da comissão organizadora quanto dos técnicos. “O tempo todo os estudantes estavam imersos num ambiente de aprendizado, mais do que de competição. E isso amplia o conhecimento de uma forma muito prazerosa e positiva. Quem participa de uma competição como esta dificilmente esquece essa experiência, dificilmente deixa de se tornar um cientista do solo. Por isso afirmo, mais do que ampliar o conhecimento, amplia a paixão”, enfatiza Nilvania.

Desta forma, a diretora do NEPAR reforça que todos que participaram do evento saem ganhando. “Os professores que treinaram os alunos se atualizaram sobre as novidades em termos de gênese, sua morfologia e classificação do solo e ao mesmo tempo compartilham o que sabem sobre o solo. Os alunos que participaram aprenderam mais sobre esse assunto, pois tiveram um treinamento antes da competição. E nós, do NEPAR, ficamos felizes em apoiar essa iniciativa e divulgar esse trabalho, para que outros estudantes também se interessem pela Ciência do Solo e venham fazer parte da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Então esse tipo de competição é bom para todo mundo, todos ganham”.

Equipe majoritariamente feminina

A diretora do NEPAR-PR destacou ainda o fato da equipe paranaense ter sido formada, majoritariamente, por alunas. A equipe tinha três garotas e um garoto, sendo que cada equipe deveria ter quatro integrantes. “O que me deixou orgulhosa foi ver que a nossa equipe do Paraná tinha uma maioria de garotas, mostrando que as mulheres também podem se destacar na Ciência, especialmente na Ciência do Solo, que ainda é um campo dominado pelos homens”, observa Nilvania.

“Nós sabemos que as mulheres são maioria nas salas de aula, mas nem sempre seguem carreiras científicas. Por isso, eu acho que esse é um ponto que merece ser valorizado e reconhecido, até porque esta equipe reflete a composição da diretoria do Núcleo Paranaense da SBCS, que também é formada por mulheres em sua maioria, apenas um professor faz parte”.

Perfis de solo e os desafios para classificação

De acordo com Nilvania de Mello, um aspecto interessante da competição é que ela inclui perfis de solos que apresentam desafios para a sua classificação, ou seja, que não se enquadram facilmente nas categorias existentes. “Esses perfis são discutidos na reunião de correlação, onde os especialistas em gênese e classificação de solos debatem as possíveis soluções para esses casos. Essa é uma forma de ampliar o conhecimento científico sobre os solos e de propor novas abordagens para a sua classificação”, salienta.

Outro ponto importante que a diretora ressalta é o fato de que os quatro alunos que ganharam o apoio financeiro são membros da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Eles fazem parte do núcleo do Paraná. “Nós esperamos que com a visibilidade que essa competição vai nos dar, mais alunos se interessem em participar. Eu espero que outros se inspirem neles e sigam o exemplo, e também se associam, também façam parte desse movimento”.

Nilvania considerou também o contexto em que essa competição aconteceu. Tanto a competição latino-americana como o congresso brasileiro de ciência do solo foram os primeiros eventos realizados depois da pandemia. “Deste modo, a gente vive um mundo diferente, uma situação de produzir conhecimento diferente, uma forma de se relacionar entre as pessoas diferente”, conclui.
“Vamos guardar para sempre essa experiência”, diz aluna.

Representando os alunos nesta reportagem, a aluna Ana Carolline Pretto, uma das integrantes da equipe paranaense, contou como foi a experiência na competição. “Foi maravilhosa. Nós estávamos muito ansiosos para participar. Além de todo o conhecimento adquirido, o contato com os professores e alunos de outras instituições e, principalmente, com a representante da FAO e da SBCS, nos fez sentir parte de um projeto importante”, disse ela.

“Não esperávamos a nossa colocação, ficamos em segundo lugar geral na competição, em terceiro lugar por equipe, e a Fernanda Jutkoski em segundo lugar individual). Nosso intuito era participar e aprender, e com certeza conseguimos isso, além de uma ótima colocação”, comemorou.

Durante a prova surgiram alguns desafios, segundo Ana Carolline. “O nosso principal desafio foi o sistema de classificação, porque nós não estávamos familiarizados com o sistema de classificação internacional, que é o Soil Taxonomy”.

“Toda equipe vai guardar para sempre essa experiência, que teve todo apoio do NEPAR. Aprender a classificar o solo com quem criou o sistema, foi demais. A nossa técnica, professora Taciara Horts já tinha nos alertado que seria uma experiência maravilhosa”.

Confira a classificação da competição:

Global

1º lugar
Espanha com o técnico Jorge Solera (Universidad Miguel Hernández)

2º lugar
Brasil com a técnica Taciara Horst (UTFPR)

3º lugar
Brasil com o técnico Pablo Miguel (Universidade Federal de Pelotas)

Equipes

1º lugar
Brasil
– Técnico Pablo Miguel
– Adão Pagani Junior (UFPel), Estefany Pawlowski e Alice Dambroz ((Universidade Federal de Santa Maria – UFSM) e Vanessa Dornelles (Universidade Federal Fronteira Sul – UFFS)

2º lugar
Espanha
– Técnico Jorge Mataix Solera (Universidad Miguel Hernández)
– Andoni Lejano, José Carlos Alcubilla, Ana Paula Domínguez e Javier Fuentes.

3º lugar
Brasil
– Técnica Taciara Zborowski Horst (UTFPR)
– Fernanda Jutkoski, Ana Caroline Pretto, Vitor Peruzzi e Débora Kempner (UTFPR)

4º lugar
Brasil
– Técnico Pablo Miguel (UFPel)
– Gabriel Rosolem (Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC), Larissa Werle e Agnes Fontana (UFSM) e José Vitor Peroba (UFPel)

Categoria individual

1º lugar
Espanha
Javier Nadal Fuentes (Universidad Miguel Hernández)

2º lugar
Brasil
Fernanda Jutkoski (UTFPR)

3º lugar
Brasil
José Vitor Peroba (UFPel)

Fonte: Assessoria

Notícias

Presidente da Lar assume Conselho Diretivo da ABPA

Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial.

Publicado em

em

Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, com o Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial e do Conselho Diretivo da ABPA - Foto: Divulgação/Lar

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou na última semana a continuidade do mandato de Ricardo Santin como presidente, garantindo estabilidade e liderança consistente para a entidade. Simultaneamente, Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, foi nomeado para presidir o Conselho Diretivo, trazendo sua vasta experiência e visão estratégica para fortalecer ainda mais a representatividade do setor.

A reafirmação de Ricardo Santin na presidência da ABPA é um reconhecimento de sua competência e dedicação à indústria de proteína animal. Santin demonstrou habilidade em enfrentar desafios complexos e impulsionar o desenvolvimento sustentável do segmento es ua recondução ao cargo é uma demonstração da confiança depositada pelos membros da ABPA em sua liderança.

Por sua vez, Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial. Sua nomeação para presidir o Conselho Diretivo representa um marco importante na história da ABPA, evidenciando o compromisso da entidade em diversificar sua liderança e garantir representatividade para todos os segmentos da cadeia produtiva.

Em uma entrevista exclusiva ao programa de rádio da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues compartilhou sua visão e expectativas para o novo papel que assumirá na ABPA. Ele enfatizou a importância de promover o diálogo e a cooperação entre as empresas associadas, destacando a necessidade de buscar o consenso e a harmonia em prol do desenvolvimento sustentável do setor. “Assumir a presidência do Conselho Diretivo da ABPA é uma honra e um desafio que encaro com muita responsabilidade”, afirmou Irineo da Costa Rodrigues durante a entrevista. “Estou comprometido em trabalhar em conjunto com todas as empresas associadas, buscando sempre o interesse comum e contribuindo para o crescimento e a valorização da indústria de proteína animal.”

A renovação de Ricardo Santin na presidência da ABPA e a nomeação de Irineo da Costa Rodrigues para o Conselho Diretivo marcam um momento de continuidade e renovação para a entidade. Com essa combinação de liderança experiente e novas perspectivas, a ABPA se fortalece para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam, assegurando seu papel como uma das principais vozes do agronegócio brasileiro.

Importância da ABPA na indústria brasileira de proteína animal

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é uma entidade fundamental para a representação e promoção dos setores de avicultura e suinocultura do Brasil. Como uma organização sem fins lucrativos, a ABPA é administrada por um Conselho Diretivo, com o respaldo de um Conselho Consultivo, e desempenha um papel crucial na defesa dos interesses desses segmentos.

A estrutura funcional da ABPA é composta por câmaras setoriais temáticas, responsáveis por tratar de questões técnicas e conjunturais relevantes para os setores de aves e suínos. Sob a liderança do presidente executivo Ricardo Santin, a ABPA tem como missão primordial representar esses setores em fóruns tanto nacionais quanto internacionais, zelando pela qualidade, sanidade e sustentabilidade dos produtos.

Além de sua atuação representativa, a ABPA também se dedica ao fomento do desenvolvimento tecnológico e à expansão da atuação do setor produtivo nos mercados interno e internacional. Por meio de diversas iniciativas, a associação busca promover a profissionalização e o crescimento sustentável da indústria de proteína animal, contribuindo para a economia brasileira e para a geração de empregos no país.

Um dos principais focos da ABPA é viabilizar novas oportunidades para o setor produtivo, tanto por meio de negociações internacionais quanto através de relações institucionais junto aos stakeholders no Brasil e no exterior. Ações para a abertura de novos mercados e a promoção da qualidade e segurança dos produtos brasileiros também estão entre as prioridades da associação.

Assim, a ABPA desempenha um papel central na promoção e defesa dos interesses da avicultura e da suinocultura brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a competitividade desses setores no cenário nacional e internacional.

Composição do Conselho

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor-geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor-executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, Diretor da ACAV/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho.

Fonte: Assessoria Lar
Continue Lendo

Notícias

41ª Conferência Facta WPSA-Brasil será realizada em setembro de 2025

Tradicional evento da avicultura brasileira agora é bienal. Evento vai trazer como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal” manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário avícola mundial.

Publicado em

em

Presidente da Facta, Ariel Mendes: "Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro" - Foto: Divulgação/Facta

A partir de 2025 a Conferência Facta WPSA-Brasil será bienal, a próxima edição ocorrerá entre os dias 02 e 03 de setembro, na Sociedade Hípica de Campinas (SP). O evento, que traz como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal”, manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário mundial da avicultura.

“Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro. Essa escolha se baseia no término das férias na Europa e nos Estados Unidos, o que facilita a participação de palestrantes estrangeiros, além de ser um mês com menos eventos no Brasil. Essa mudança visa otimizar a participação e o aproveitamento do evento pelos profissionais do setor avícola”, explica o presidente da Facta, Ariel Mendes.

A evolução da conferência, desde seus primórdios como um seminário até sua consolidação como a Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas, demonstra seu compromisso contínuo com a excelência e a inovação. Por isso, nesta edição, a organização abordará estratégias eficientes de controle de salmonela, competitividade na produção de frango sem antimicrobianos, temas sobre incubação, manejo da microbiota em poedeiras, automação, gestão de dados e qualidade na produção, uso de inteligência artificial na gestão avícola e gestão integrada de sanidade e dados.

A Conferência Facta é o principal evento técnico da avicultura brasileira, reconhecido por sua qualidade técnica, com palestrantes nacionais e internacionais, o evento aborda temas essenciais ao setor. “O lançamento da próxima conferência está previsto para ocorrer durante o SIAVS 2024, em agosto, com o programa completo já planejado até setembro ou outubro, proporcionando às empresas tempo para incluí-lo em seus orçamentos para o próximo ano”, lembrou Mendes.

Fonte: Assessoria Facta
Continue Lendo

Notícias

Chuvas no Rio Grande do Sul prejudicam lavouras e dificultam logística

Estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

Publicado em

em

Foto: Divulgação

A fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30) deixou um rastro de destruição e prejuízos por onde passou. O estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

O Rio Grande do Sul é segundo maior estado produtor de soja no Brasil. Por isso, as intensas chuvas têm deixado agricultores em alerta. Além de retardar as atividades de campo, as precipitações em excesso vêm gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras. O excesso de umidade tente a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil colheu, até agora, 90,5% da área de soja da safra 2023/24. O Sul é a região com as atividades de campo mais atrasadas – no Rio Grande do Sul, somam 60%, contra 70% no mesmo período de 2023, conforme aponta a Conab. A Emater/RS, por sua vez, indica que 76% da área sul-rio-grandense havia sido colhida até o dia 2 de maio, inferior aos 83% na média dos últimos cinco anos. Em Santa Catarina, a colheita alcançou 57,6% da área, abaixo dos 82,8% há um ano (Conab).

Para o milho, a colheita da safra verão está praticamente paralisada no Rio Grande do Sul.  Segundo a Emater/RS, os trabalhos atingiram 83% da área sul-rio-grandense até o dia 2 de maio, avanço semanal de apenas 1 p.p.. No Paraná, foram colhidos 98% da área total até essa segunda-feira, leve aumento de 1 p.p. em relação ao dado divulgado no dia 29 pela Seab/Deral. Em Santa Catarina, a colheita chegou a 93% no dia 28, segundo a Conab.

Frango, suínos e ovos

De acordo com colaboradores do Rio Grande do Sul consultados pelo Cepea, as fortes chuvas dos últimos dias têm prejudicado as negociações envolvendo frango, suínos e ovos. Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda em parte das regiões sul-rio-grandenses e também de fora do estado vem sendo comprometido.

Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como rações e também embalagens e caixas, no caso de ovos. Agentes consultados pelo Cepea também indicam que algumas propriedades de produção suinícola e avícola foram danificadas; eles estão à espera de que a situação seja controlada para que os prejuízos sejam calculados.

Pecuária de corte

Agentes consultados pelo Cepea no Rio Grande do Sul indicam que, como as chuvas destruíram pontes e danificaram trechos de estradas, muitos lotes de animais para abate não conseguem ser transportados aos frigoríficos. Com isso, muitos compradores e vendedores estão fora do mercado nestes últimos dias, à espera de que a situação seja controlada.

Arroz

O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil, e as intensas chuvas desta semana deixaram orizicultores em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, a colheita, que já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada.

Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que as recentes tempestades deixaram as lavouras debaixo d’água, inviabilizando as atividades.

Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea.

Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado.

Cenoura

Dentre os produtos hortifrutícolas acompanhados pelo Cepea no Sul, o mais prejudicado foi a cenoura. O Cepea ainda não conseguiu levantar a extensão das perdas na praça produtora de Caxias do Sul (RS), mas o cenário é crítico.

Em Vacaria (RS), localizada em uma altitude mais elevada, os impactos do temporal foram menos severos. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, diante da situação delicada, a amostragem de preços de cenoura desta semana foi significativamente menor.

Estima-se que as inundações resultem em uma janela de oferta e, em muitos casos, dificultem, inclusive, a retomada das áreas afetadas.

De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, a barragem São Miguel está em estado de alerta. Sinal de evacuação já foi emitido, e, em caso de ruptura, tanto a área urbana quanto a rural correm risco de alagamento.

Tomate e batata

As safras de batata em Bom Jesus e de tomate em Caxias do Sul estão próximas do final, mas os danos neste encerramento de safra devem ser grandes, devido aos volumes e à duração das chuvas.

Fonte: Com assessoria Cepea
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.