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“ZARC de Produtividade” trará mais segurança ao produtor rural

A partir de 2021, o agricultor brasileiro poderá, ao contratar o seguro rural, conhecer a probabilidade de produtividade de diferentes cultivos

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A partir de 2021, o agricultor brasileiro poderá, ao contratar o seguro rural, conhecer a probabilidade de produtividade de diferentes cultivos conforme a data de semeadura, a cultivar e o tipo de solo do município onde a lavoura for plantada. Uma nova metodologia de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) está sendo desenvolvida pela Embrapa e parceiros. Soja e milho devem ser as primeiras culturas agrícolas a serem contempladas com essas informações.

A Embrapa Cerrados (DF) lidera o projeto de pesquisa “Avaliação de Risco e Resiliência Agroclimática” (ARRA), iniciado em maio do ano passado e que conta com a participação de outros 19 centros de pesquisa da Embrapa. Os principais objetivos são desenvolver novas metodologias de avaliação de riscos, produtividade e resiliência agroclimática de sistemas de produção agrícola e construir um banco de dados agronômicos e agroclimáticos com as probabilidades de ocorrência de produtividades de diversas culturas agrícolas do País. A pesquisa tem aderência ao Programa Nacional de Zoneamento Agrícola de Risco Climático, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Líder do projeto, o pesquisador Fernando Macena explica que a ideia é substituir, de maneira gradativa, a metodologia atual do ZARC, que determina as datas de semeadura em função de um índice de estresse hídrico, por outra que trabalhe com a probabilidade de produtividade conforme a época de semeadura, a cultivar utilizada e o local da lavoura. “Estamos falando na probabilidade de se obter um determinado rendimento, em função de uma determinada data de semeadura, cultivar e tipo de solo. Ou seja, se eu plantar soja entre 10 e 20 de outubro em um determinado local, há 80% de probabilidade de se produzir no mínimo 4 mil kg/ha”, exemplifica.

No Brasil, os principais riscos climáticos que limitam a produtividade das culturas agrícolas e causam perdas são, principalmente, o déficit hídrico quando ocorre nas fases mais críticas da cultura, o excesso de chuvas, temperaturas elevadas, a geada e a chuva na época da colheita.

O desenvolvimento da metodologia leva em conta dados do clima (radiação solar, temperatura e umidade relativa do ar, velocidade do vento e evapotranspiração de referência); da planta (cultivar, ciclo, população de plantas); do solo (capacidade de armazenamento e disponibilidade de água) e do itinerário técnico da lavoura (adubação, correção, manejo da fertilidade do solo, entre outros), que são incorporados a modelos matemáticos de análise de riscos climáticos.

Parte das atividades do projeto de pesquisa se baseia na ferramenta “elaboração do rendimento”. Dados sobre o desempenho das culturas são coletados em experimentos que utilizam irrigação e boas práticas de manejo quanto à adubação, controle de pragas e doenças, entre outros. Obtidos em condições de produção tidas como ideais, esses dados são usados para calibrar os modelos matemáticos de rendimento de cada cultura estudada, servindo assim de referência de produtividade potencial para os cálculos das probabilidades de produtividade em função dos dados climáticos históricos fornecidos por estações agrometeorológicas em cada município brasileiro.

O projeto, que tem duração de três anos, contempla algumas das principais culturas agrícolas do País – soja, milho, feijão, arroz, cacau, cana de açúcar e trigo, além do capim braquiária e da palma forrageira. Outra frente de trabalho é a adaptação da metodologia para sistemas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

Um dos primeiros experimentos foi implantado na Embrapa Cerrados, onde atualmente são analisados o comportamento de cultivares e variedades de soja e milho (quatro de cada cultura) de diferentes ciclos. Feijão e cana de açúcar devem ser as próximas culturas a serem avaliadas. “Nossa calibração do modelo valerá para todo o Brasil Central”, diz Macena.

O pesquisador acrescenta que a pesquisa está conectada aos programas de melhoramento genético da Embrapa. “Nas áreas de validação de novas cultivares de soja e milho, por exemplo, validaremos a calibração do modelo de rendimento do ZARC”, explica. Dessa forma, os novos materiais serão lançados trazendo as recomendações para as melhores datas de plantio em função da probabilidade de produtividade.

Macena observa que a nova metodologia trará maior segurança aos produtores, às instituições de crédito e ao governo, que fortalecerá a política pública do ZARC com informações mais sofisticadas. “Nossa expectativa é melhorar a tecnologia de previsão de riscos das principais culturas agrícolas do Brasil, com o objetivo de orientar para as melhores datas de semeadura visando à diminuição do risco para os produtores e das perdas pelos agentes que concedem crédito. É um benefício para a sociedade em geral”.

Sobre o ZARC

Desenvolvido pela Embrapa e parceiros, o método ZARC é aplicado no Brasil como política pública desde 1996, por meio do MAPA. O ZARC indica datas ou períodos de plantio/semeadura por cultura e por município, considerando as características do clima, o tipo de solo e o ciclo de cultivares, para evitar que adversidades climáticas coincidam com as fases mais sensíveis das culturas, minimizando as perdas agrícolas. A tecnologia é considerada uma ferramenta essencial de apoio à tomada de decisão para o planejamento e a execução de atividades agrícolas, para políticas públicas e, notadamente, à seguridade agrícola.

Os estudos de zoneamentos agrícolas de risco climático contemplam mais de 40 culturas de ciclo anual e perenes, além do zoneamento para o consórcio de milho com braquiária, alcançando 24 Unidades da Federação. Para ter acesso ao Proagro, ao Proagro Mais e à subvenção federal ao prêmio do seguro rural, o produtor deve observar as recomendações do ZARC. Além disso, agentes financeiros privados já estão condicionando a concessão do crédito rural ao uso do zoneamento agrícola de risco climático.

Fonte: Embrapa Cerrados

Notícias

Santa Catarina bate recorde no Valor da Produção Agropecuária em 2023, com destaque para a produção animal

Pecuária de leite, suínos, frango e bovinos de corte representaram 52,6% da composição do VPA catarinense.

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Suínos para abate respondem por 20,2% da composição do VPA em 2023 - Fotos: Divulgação/Cidasc

O Valor da Produção Agropecuária (VPA) de Santa Catarina em 2023 alcançou o recorde de R$64,3 bilhões, representando um crescimento nominal de 6,6% sobre o VPA de 2022, que era o recorde anterior. A produção animal – leite, suínos, frango e bovinos de corte – representaram 52,6% da composição do VPA. Esses e outros dados integram a 44ª edição da Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina, lançada pela Epagri nesta semana.

A publicação é coordenada pelo analista de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri/Cepa, Tabajara Marcondes. Ele explica que o cálculo do VPA de 2023 considerou os 62 produtos de maior valor de produção no Estado. São os da produção animal (pecuária e aquicultura), os da produção das lavouras (grãos, outras lavouras temporárias, hortaliças e lavouras permanentes) e os da produção da silvicultura e extração vegetal.

Tabajara revela que, em termos de composição do VPA, os destaque são: suínos para abate, 20,2%; frangos para abate, 16,4%; leite, 12,3%; e soja, 10,9%. “Dos demais produtos, apenas o tabaco (5,6%)  e o milho-grão (5,2%)  tiveram participação superior a 5% no VPA estadual de 2023”, diz o analista.

A publicação traz também dados das exportações do agronegócio catarinense, análises sobre o crédito rural e sobre o desempenho das principais atividades agrícolas e pecuárias desenvolvidas no Estado.

Agro responde por 64,7%  das exportações
No caso do mercado internacional, a análise mostra que em 2023 o agronegócio alcançou o segundo melhor desempenho da história. O valor exportado, de US$7,49 bilhões, é superado apenas pelos US$7,74 bilhões de 2022. Com isso, o agro respondeu por 64,7% dos US$11,58 bilhões gerados pelas exportações totais de Santa Catarina. O setor também foi responsável por 4,5% dos US$165,45 bilhões exportados pelo agro brasileiro.

Os maiores valores exportados foram de carnes de frango e derivados; carnes de suínos e derivados; madeira e obras de madeira; produtos do complexo soja e de papel e celulose, que representaram 83,4% dos US$7,49 bilhões exportados pelo agro catarinense.

Aplicação do Pronaf na pecuária
Para a safra 2023/24 (julho/23 a junho/24), houve aumento do crédito disponibilizado aos agricultores catarinenses: R$364,22 bilhões para os enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais produtores, e R$71,60 bilhões para a agricultura familiar. “Esses valores significam aumentos nominais de 27% e 34% sobre os disponibilizados na safra 2022/23”, salienta Tabajara.

Em 2023 Santa Catarina respondeu por 5,1% do valor do crédito aplicado no Brasil e foi o estado que mais aplicou recursos do Pronaf em pecuária. O número de contratos de crédito em 2023 foi 6,6% maior do que em 2022. Em valores aplicados, a indexação pelo IGP-DI mostra que os R$20,369 bilhões de 2023 são 17,2% maiores do que os R$17,387 bilhões de 2022.

Dados auxiliam nas políticas públicas
O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto, participou do evento e destaca a importância da publicação. “O olhar analítico sobre o desempenho da agricultura é  fundamental para balizar as políticas públicas que chegam ao campo. Os dados mostram a diversidade da nossa produção, nos auxiliando no planejamento dos programas e projetos para atender as reais necessidades dos agricultores”, diz ele.

O presidente da Epagri, Dirceu Leite, comenta que a Síntese começou a ser publicada em 1976 e se caracteriza como  uma das publicações mais longevas em sua categoria. “Esta publicação anual sintetiza o esforço da pesquisa socioeconômica da Epagri em organizar, analisar e disponibilizar dados estruturados para o agronegócio catarinense. São informações confiáveis que auxiliam o segmento do agro na tomada de decisões”, frisa Dirceu.

A gerente da Epagri Cepa, Edilente Steinwandter,  destaca a inovação nesta 44ª edição Síntese.  “O documento traz novos recursos interativos no arquivo digital, permitindo uma leitura rápida, dinâmica e interativa. Com a inclusão de links e botões de acesso em cada uma das seções, os leitores podem facilmente navegar entre as diferentes seções da publiicação”, informa. Ela também agradece a todos que possibilitaram a geração de dados, como as entidades representativas do agro, os parceiros informantes e a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, por meio de suas empresas vinculadas – Cidasc, Epagri e Ceasa.

Fonte: Assessoria Epagri
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Notícias Impacto das inundações

Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul está com atendimento remoto; sites do governo estão fora do ar

Sistema foi desligado para preservar a infraestrutura instalada e retomar as atividades no menor intervalo de tempo possível. A retirada da maioria dos serviços é temporária.

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Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

Devido a situação das vias de acesso da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul, bem como o desligamento da energia elétrica na região, as atividades presenciais estão suspensas na sede da pasta, situada à Avenida Getúlio Vargas, nº 1384, no Bairro Menino Deus, em Porto Alegre (RS). Os servidores estão trabalhando em home office e o atendimento é realizado de forma remota.

A Seapi também comunica que as atividades no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa Animal Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul, estão suspensas por tempo indeterminado devido o prédio ter sido atingido pela água.

Exames como peste suína clássica, aujeszky, raiva, brucelose, sarna e biocarrapaticidograma não estão sendo realizados no momento.

O Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio, também está com as atividades suspensas, no mínimo até a próxima sexta-feira (10), por conta do alagamento no local.

Canais de contato

Área vegetal

O Departamento de Defesa Vegetal (DDV)  estará atendendo pelo e-mail ddv@agricultura.rs.gov.br ou pelo WhatsApp (51) 98412-9961

Área animal

O Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) pode ser contatada pelo e-mail ddagr@agricultura.rs.gov.br ou pelo Canal Notifica de WhatsApp (51) 98445-2033 (aceitam apenas mensagens)

Área pesquisa

O Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) atende pelo e-mail gabinete-ddpa@agricultura.rs.gov.br

Área administrativa

O Departamento Administrativo (DA) pode ser contatado pelo e-mail da@agricultura.rs.gov.br.

Área financeira

O Departamento de Finanças e Execução Orçamentária (Defin) atende pelo e-mail gabinete-defin@agricultura.rs.gov.br ou pelo WhatsApp (51) 3288-6312

Sites do governo gaúcho foram desligados para evitar colapso da rede

Sites e serviços online oferecidos pelo governo do Rio Grande do Sul estão fora do ar ou funcionando precariamente, sem atualizações, após a sede do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (Procergs) ter sido inundada, em Porto Alegre.

No portal do governo estadual, a última notícia foi publicada na segunda-feira (06) às 20h43, antes de o sistema de processamento de dados estaduais ter sido desligado para evitar um colapso da rede. Já no site da Defesa Civil estadual, a última postagem foi um alerta, publicado no dia 05 de maio às 20h32.

No início da tarde desta terça-feira (07), a Secretaria de Educação chegou a publicar uma notícia, pouco após o meio-dia, informando sobre a ativação de canais para o recebimento de doações via Pix, afim de auxiliar as vítimas das enchentes. A publicação anterior foi no dia 04 de maio, às 11h40.

O portal de serviços do estado e os sites de secretarias, como as de Fazenda; de Logística e Transportes; e de Saúde, estão fora do ar.

O desligamento do sistema já havia sido anunciado pelo próprio centro de tecnologia. “Informamos a todos que, apesar de todos os esforços empreendidos ao longo dos últimos dias, e de todas as diversas ações tomadas no sentido de preservar o Data Center da Procergs e do Estado, nas últimas horas a enchente em Porto Alegre tomou proporções inéditas e a água entrou no prédio da companhia em um volume que a empresa não consegue contornar”, diz a nota.

Segundo o Procergs, o desligamento foi a alternativa encontrada para preservar a infraestrutura instalada e retomar as atividades no “menor intervalo de tempo possível”. A retirada da maioria dos serviços é temporária e ainda não há previsão de retomada dos serviços, informou.

Fonte: Assessoria Seapi
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Notícias

Baixa oferta de qualidade volta a elevar preços do trigo

Com isso muitos vendedores, capitalizados, se mostram resistentes nas negociações envolvendo grandes volumes.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Levantamento do Cepea aponta que a baixa oferta de trigo de qualidade superior tem acirrado a disputa entre compradores por novos lotes, além de elevar os preços internos do cereal.

Com isso, segundo pesquisadores do Cepea, muitos vendedores, capitalizados, se mostram resistentes nas negociações envolvendo grandes volumes.

Neste período de entressafra, esses agentes estão atentos, também, às incertezas em relação à área, ao clima e aos custos externos, ainda conforme pesquisas do Cepea.

No campo, o Deral/Seab indica que alguns produtores do Paraná começaram a semeadura da nova safra, com destaque para os da região norte do estado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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