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O papel da agricultura, ciência e comunicação estratégica em diálogo com a sociedade

Organizado pelo Fórum do Futuro e Embrapa, o evento propõe um debate sobre a economia do conhecimento e o protagonismo das ciências tropicais.

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Com o objetivo principal em discutir a importância da agropecuária inseridos em ciência e tecnologia, com uma comunicação assertiva, e a articulação destes temas para compreensão com a sociedade, foi realizado na última terça-feira (14), o seminário “Agricultura, ciência e comunicação estratégica – A construção do diálogo com a sociedade”, numa parceria entre o Instituto Fórum do Futuro e a Embrapa.

Fernando Barros, diretor de comunicação estratégica do Fórum do Futuro, juntamente com o coordenador da Embrapa, Antônio Heberlê, conduziram a abertura. Barros agradeceu ao presidente da Embrapa, Celso Moretti, pela parceria com o instituto, e estendeu: “agradeço fortemente ao nosso presidente, Alysson Paolinelli, por nos dar a honra de acompanhar esse evento à distância”.

Sobre as propostas a serem debatidas, Barros enfatiza a questão em esclarecer o papel funcional e operacional, e quais resultados se podem esperar em cada uma das áreas da comunicação. Já em outra frente, o diretor questiona sobre como o agro e as ciências tropicais podem ser impulsionados pela comunicação estratégica.

Dando continuidade a abertura, a pesquisadora e professora da Fiocruz, Inesita Araújo, que trabalhou 15 anos na área de comunicação rural, discorreu sobre o desenvolvimento do programa de pós-graduação em informação e comunicação da saúde. Inesita considera estratégico ter um Programa de Formação Pós-graduada. “Para o campo ser percebido como científico, ele tem que se desenvolver na área acadêmico-científica, que são duas áreas muito associadas. O ensino pós graduado traz consigo a produção científica. Tudo que faz com que um campo, no contexto das políticas públicas, seja respeitado com autonomia e capacidade de analisar e propor caminhos e alternativas para um projeto”, explica.

A professora da Fiocruz destaca ainda que é necessário começar a formar pessoas com outras visões, capazes de entender a comunicação na sua dimensão de processo social. “Sem uma inserção e uma prática percebida como científica, e sem pessoas que pudessem avançar no pensamento comunicacional, nós nunca praticaríamos uma comunicação capaz de entender e acompanhar exigências do mundo contemporâneo”, pontua.

Comunicação Estratégica

Inaugurando o primeiro painel, Antônio Heberlê, pesquisador do Embrapa, liderou a palestra com uma apresentação sobre a agenda da Economia do Conhecimento e a Comunicação Estratégica. O bloco teve por objetivo abordar como a dinâmica e os desafios dos processos de inovação buscam espaços para o pensar científico e tecnológico no ambiente social e cultural.

Foto: Divulgação/Embrapa

Analisando o papel da comunicação nesse contexto, o pesquisador explica que nos projetos de pesquisa da Embrapa é necessária uma comunicação antes do projeto começar. “Porém, hoje, nós colocamos a comunicação lá no final, quando nós temos um resultado. Produzimos uma matéria para jornal, e dizemos o que está acontecendo. Isso não é uma corrida de bastão. É preciso que a comunicação esteja lá no começo, dialogando com a sociedade”, observa.

Na sequência, Selma Beltrão, da Embrapa, e o professor Antônio Fausto Neto, da Unisinos, integram o painel compondo a mesa de debate. Selma deixa um questionamento de como as práticas comunicativas podem contribuir para o desenvolvimento, mas também focado na melhoria da qualidade de vida das pessoas. “É isso que a gente precisa buscar, para diminuir as desigualdades”, pontua.

Já o segundo painel, comandado por Ângela Felippi, professora na Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), abordou a temática da Comunicação Estratégica no Desenvolvimento Regional. A ideia central do debate – que contou com a participação de Jorge Duarte e Adilson Nóbrega, ambos da Embrapa – fixou em como o pensamento comunicacional estratégico é uma necessidade nos diferentes setores, levando em consideração aspectos de linguagem, de tecnologias, bem como características socioculturais e econômicos dos grupos sociais envolvidos.

De acordo com Ângela, a comunicação deve ser pensada estrategicamente em todo o processo, não somente como meio de divulgação de mídia, mas como uma interação humana que se dá, inclusive, presencialmente. “A nossa concepção de comunicação se aproxima a uma concepção de desenvolvimento. O desenvolvimento tem o comprometimento endógeno e autogestionado, que se envolve no ambiente da democracia, seja participativa e melhore significativamente os níveis de vida da população, no ponto de vista econômico, biológico, afetivo e cultural”.

Para endossar o debate, para Adilson, esses novos paradigmas citados anteriormente pela professora, que fez destaque para as novas tecnologias da informação e da comunicação, seriam o primeiro ponto. “Quando acompanhamos os projetos da Embrapa nos surpreendemos com o uso dessas tecnologias em comunidades rurais. A gente vê jovens usando essas tecnologias e criando a partir delas espaços de sociabilidade, como chegamos presenciar em Sobral, no interior do Ceará”, observa.

Jorge Duarte, por sua vez, sinaliza que é necessário agarrar a comunicação para estabelecer um diálogo assertivo com a sociedade. “A gente estuda onde vê as coisas acontecerem. Interage, envolve e participa com a comunidade. “O objetivo da comunicação é mudar a realidade, melhorando a vida das pessoas, senão ela não serve para nada”, exalta.

Democratização do acesso ao conhecimento

Na sequência do diálogo, o painel 3 – Cidadania e democratização do acesso ao conhecimento; trouxe uma reflexão sobre a distância entre ciência e sociedade, que tem se aprofundado na medida em que a primeira é naturalmente complexa e insiste em utilizar um modelo informacional de compreensão restrita aos que produzem e compreendem dados complexos. O sistema atual faz com que mais da metade das tecnologias sustentáveis produzidas pelas Ciências Tropicais brasileiras não cheguem aos usuários dos recursos naturais do país.

Para Fernando Barros, uma comunicação estratégica pode ser um agente de enfrentamento das crises globais mais urgentes, utilizando sempre os conhecimentos das ciências tropicais. “A sistematização, a democratização, e as redes integradas de conhecimentos, aproximam os sistemas inteligentes da realidade. A sociedade civil nos ensina que é possível promover transformações gigantescas a partir de iniciativas simples”, concluiu.

Atualmente, existe uma desconexão entre as políticas públicas e as necessidades do agricultor. Além disso, apenas 10% dos agricultores brasileiros recebem assessoria técnica contínua ou especializada para lidar com as inovações, produtivas e as mudanças de tecnologia.

De acordo com Leonardo Bichara, economista sênior do Banco Mundial, é preciso ter sempre no radar a questão dos alimentos e verificar o que a sociedade está fazendo e o que está sendo promovido em termos de políticas públicas.  “Os agricultores familiares produzem hoje 70% dos alimentos que consumimos. Se eles estão desconectados do que a ciência está propondo ou descobrindo, teremos implicação muito forte em termos da própria perspectiva que eles têm em continuar produzindo alimentos. É muito importante que atendamos esses agricultores e que a ciência chegue na ponta”, frisou.

Finalizando o painel, Aline Czezacki, representante da FAO no Brasil, abordou a importância da comunicação estratégica como um poderoso agente no enfrentamento às desigualdades. Ela destacou que é necessário superar algumas lacunas e não se limitar a uma estratégia que considere um “sujeito” único, como se o planejamento afetasse todos de forma igual, ignorando as diferentes realidades e contextos em que as pessoas vivem.

Aline ainda pontua que é essencial reconhecer que as desigualdades são estruturais e que as soluções devem ser construídas a partir de uma perspectiva inclusiva, que considere as particularidades e necessidades específicas de cada grupo. “É de extrema importância que consideremos as diferentes realidades e estruturas sociais, principalmente em relação às questões de gênero e raça, para que possamos elaborar estratégias, planejamentos efetivos, e uma comunicação estratégica colaborativa, participativa e transversal, democratizando as informações, ciências e conhecimentos de forma ampla e inclusiva, a fim de aumentar o acesso às políticas públicas”, enaltece.

Protagonismo das ciências tropicais

Encerrando as apresentações do dia, o Painel 4 – Desafios e protagonismo das ciências tropicais, falou sobre a dificuldade na construção de uma efetiva comunicação com a sociedade, que aparece apenas no final do processo produtivo do conhecimento, via divulgação. A adoção final das ferramentas tecnológicas requer intensidade na avaliação socioeconômica, na pesquisa social, na interação e no intercâmbio, na construção participativa do conhecimento e alteridade.

Para Evaldo Vilela, ex-presidente do CNPq, “é fundamental olharmos os desafios e melhorar o diálogo das instituições com a sociedade, de modo a mostrar o seu valor e sua importância para o desenvolvimento econômico e social do país”.

O momento é de reflexão e de convite para encarar o processo de geração de conhecimento e apropriação pela sociedade de uma maior participação de todas as pessoas possíveis, visando o encaminhamento e o entendimento sobre o futuro do planeta, da agricultura e do meio ambiente. “Um fortalecimento da ciência que resultará em benefício do desenvolvimento e aplicação do conhecimento”.

Uma comunicação eficiente impactará positivamente o desenvolvimento dos negócios. No entanto, é preciso fazer uma análise do receptor, pondera Márcio

 Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Miranda, diretor geral do Fórum do Futuro. “Uma estratégia de comunicação sozinha não resolve o problema de uma maneira geral, mas o uso correto da comunicação ao longo do processo de planejamento de pesquisas e da cadeia de valor como um todo, ajudará inclusive no relacionamento com os consumidores, que saberá das etapas e tecnologias aplicadas na transformação de matérias primas em alimentos saudáveis, nutritivos e de custo adequado, resultantes de sistemas de produções sustentáveis”, expôs.

“Precisamos mostrar que a tecnologia está avançando muito e de forma exponencial”, afirmou Lúcia Barboza, enfatizando que o conhecimento não está chegando a sociedade e existe a necessidade de um processo transformador de uma gestão de conhecimento da comunicação estratégica para inclusão e divulgação desses resultados. “Estamos na indústria 4.0, e em uma sociedade 5.0. A comunicação e administração caminham de mãos dadas e temos que pensar em uma gestão humanizada, com novos perfis de gestores e colaboradores dispostos a apresentar novas soluções, sempre alinhadas à cultura organizacional da empresa, como os valores pautados a sustentabilidade”, finalizou.

Fonte: Assessoria

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Brasil se torna livre de febre aftosa sem vacinação, informa governo

Para conceder a declaração de país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses. O Brasil deve apresentar o pleito em agosto deste ano. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O governo federal informou na noite de quinta-feira (02) que o Brasil se tornou um país livre de febre aftosa sem vacinação animal. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. A autodeclaração ocorre após o fim da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas.

“O Brasil sobe para o degrau de cima da sanidade animal, tão almejada. Os mercados mais exigentes e mais remuneradores vão estar abertos para o Brasil”, celebrou Fávaro.
Segundo ele, a medida abre caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como Japão e Coreia do Sul, por exemplo, que só compram de mercados livres da doença sem vacinação.

“Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou em ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, ou seja, um estágio bem avançado de sanidade animal e boa defesa agropecuária”, afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A próxima etapa consiste na apresentação de documentação para Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que é quem tem poder para reconhecer o novo status sanitário do país.

Para conceder a declaração de país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses. O Brasil deve apresentar o pleito em agosto deste ano. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade.

Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.

Ao todo, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina, de mais de R$ 500 milhões.

O ciclo de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa no Brasil começou há mais de 50 anos e o último registro da doença ocorreu em 2006. O fim da vacinação exigirá protocolos mais rígidos de controle sanitário por parte dos estados, enfatizou o ministro Carlos Fávaro.

A carne é o quarto principal item da pauta de exportações brasileira, atrás apenas da soja, petróleo bruto e minério de ferro.

Fonte: Agência Brasil
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Novo Porto Seco de Foz do Iguaçu vai dobrar movimentação de cargas na tríplice fronteira

Governador Carlos Massa Ratinho Junior participou na quinta-feira (02) do lançamento do projeto do novo empreendimento, no Oeste do Paraná, que deve dobrar e modernizar a movimentação de cargas na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina. A estrutura terá investimento de R$ 500 milhões.

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Fotos: Geraldo Bubniak/AEN

O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou na quinta-feira (02) do lançamento do projeto do novo Porto Seco de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, que deve dobrar e modernizar a movimentação de cargas na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina. A estrutura será construída pela empresa Multilog, que venceu a licitação promovida pela Receita Federal e já é responsável pela operação do atual porto seco do município.

Com investimento previsto de R$ 500 milhões, a nova unidade alfandegada será instalada em uma área de 550 mil metros quadrados, às margens da rodovia BR-277, fora da área urbana da cidade, e de fácil acesso à Perimetral Leste e à Ponte de Integração Brasil-Paraguai, obras do Governo do Estado, governo federal e Itaipu Binacional. O terminal terá uma infraestrutura mais ampla e robusta que a atual, facilitando o comércio entre os três países, além da previsão de gerar 3 mil empregos diretos e indiretos. “Paraguai e Argentina são parceiros estratégicos do Paraná que, por sua localização na região, têm a vocação de ser a central logística da América do Sul, ajudando no desenvolvimento da região”, afirmou Ratinho Junior. “Foz do Iguaçu é a porta de entrada no Brasil dos produtos que vêm do Paraguai e Argentina, e tem que estar preparada para isso”.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou na quinta-feira (02) da apresentação do projeto do novo porto seco de Foz do Iguaçu, o maior da América Latina em movimentação de cargas pela empresa Multilog

Para consolidar esse projeto de hub logístico, Ratinho Junior destacou os grandes investimentos que têm sido feitos desde o início de sua gestão para fortalecer os diferentes modais logísticos. Por estar localizada em uma área de fronteira, com grande potencial turístico e logístico, Foz do Iguaçu recebe obras importantes, como a Ponte de Integração, a Perimetral Leste, a duplicação da Rodovia das Cataratas e a modernização do Aeroporto Internacional das Cataratas, inclusive com concessão à iniciativa privada.

“E este projeto do porto seco se une aos demais, dando mais agilidade aos processos logísticos, no desembaraço alfandegário, facilitando o transporte de produtos. Tudo isso potencializa a atração de investimentos ao município”, ressaltou o governador.

“Temos um projeto multimodal para a região. O modal aéreo recebeu investimentos para ampliação da pista e já está com a concessão, para ter um aeroporto com voos internacionais maiores”, explicou o secretário estadual da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex. “Também estamos trabalhando com o modal ferroviário, com o projeto da Nova Ferroeste, para avançar com os trilhos no Oeste e resolver os gargalos até chegar ao Porto de Paranaguá. E em rodovias estamos trabalhando praticamente em toda a região, com investimentos bilionários”.

Maior da américa latina Um dos principais operadores logísticos do Brasil, a Multilog administra desde 2016 o atual Porto Seco de Foz do Iguaçu, que foi construído nos anos 1980 e já está com sua capacidade de operação saturada. Porém, mesmo instalado no perímetro urbano do município, o terminal é o maior da América Latina em termos de movimentações de cargas terrestres. Somente em 2022, foram US$ 6,5 bilhões em cargas transportadas por 201,2 mil caminhões.

“Foz do Iguaçu é muito estratégica para o comércio internacional da tríplice fronteira. A nova área será três vezes maior que a atual, já prevendo o crescimento da movimentação na região”, destacou o presidente da Multilog, Djalma Vilela. “Trabalhamos incluindo o cenário da nova ponte e da perimetral, que também são importantes para o fortalecimento do comércio internacional. Tanto que a obra deve ser finalizada de forma sincronizada com esses projetos, com a previsão de ser entregue no final de 2025”.

Nova estrutura

O projeto foi dividido em duas etapas – a primeira começa a ser executada ainda neste semestre, com investimento inicial de R$ 240 milhões. Esta fase inclui a área de pátio, de 197 mil metros quadrados, destinada aos caminhões.

A parte de armazenagem e vistoria terá 7,2 mil metros quadrados de área coberta fechada, incluindo mais de 600 metros quadrados de câmara fria, com três docas exclusivas para o armazenamento de produtos que necessitam de temperaturas controladas.

A estrutura também contará com equipamentos modernos, como balanças de elevada precisão e scanner de cargas. Em termos de segurança, serão instaladas câmeras avançadas para vigilância interna e externa. Haverá quatro portões de entrada de veículos e dois de saída, com uma entrada e saída para cargas especiais com altura e largura excedentes. Os acessos terão sistemas de pesagem e identificação de veículos totalmente automatizados.

O complexo terá ainda com uma área de 1,9 mil metros quadrados destinada aos motoristas, dividida em oito espaços distintos, sendo sete deles internos ao porto seco, e um externo, localizado no bolsão de acesso. Os espaços vão contar com sanitários e áreas para descanso e permanência.

Comércio exterior

Paraguai e Argentina estão entre os principais parceiros comerciais do Paraná. Em 2023, o comércio de produtos paranaenses para a Argentina atingiu uma receita de aproximadamente US$ 1,6 bilhão, montante que perde apenas para as exportações para a China no período. Já o Paraguai foi o oitavo destino no mercado internacional do Paraná, com US$ 619,6 milhões movimentados no ano passado.

A parceria com os dois países contribuiu para manter a balança comercial paranaense em alta no ano passado. As exportações do Estado cresceram 13,7% em 2023, chegando a um montante de US$ 25,2 bilhões. Foi o maior na região Sul, segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). “Temos um trabalho importante de abertura de portas no mercado internacional, mas não podemos esquecer das nossas fronteiras mais próximas. É importante aprimorar esse comércio e, junto com a iniciativa privada, para destravar essa pauta de importação, principalmente de grãos, para atender a demanda própria, mas também para exportar pelo Porto de Paranaguá”, destacou o diretor-presidente, Eduardo Bekin.

Fonte: AEN-PR
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Novo sistema do Tecpar auxilia a monitorar qualidade da água dos mananciais do Paraná

A plataforma, já em uso, é chamada de Sistema de Monitoramento da Qualidade da Água In Natura (SISMA). Ela foi desenvolvida utilizando o software Tableau Desktop, que permite a visualização dos dados das análises laboratoriais realizadas pela Sanepar em seus 134 pontos de monitoramento em todo o Estado.

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Foto: Maurilio Cheli/Sanepar

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) desenvolveram uma plataforma para auxiliar no monitoramento da qualidade das águas superficiais captadas para o abastecimento no Paraná. Desde 2021, o Tecpar trabalha em parceria com a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) na realização de uma série de ações para preservar os mananciais.

A plataforma, já em uso, é chamada de Sistema de Monitoramento da Qualidade da Água In Natura (SISMA). Ela foi desenvolvida utilizando o software Tableau Desktop, que permite a visualização dos dados das análises laboratoriais realizadas pela Sanepar em seus 134 pontos de monitoramento em todo o Estado.

Fotos: Hedeson Alves/Tecpar

A gerente do Centro de Tecnologia em Saúde e Meio Ambiente do Tecpar, Daniele Adão, explica que as informações apresentadas pelo sistema possibilitam fazer o controle de qualidade da água de forma mais assertiva, contribuindo com a tomada de decisões. “Identificamos a ausência de um método para unificação de dados laboratoriais, realizados em certo período, para monitorar a qualidade das águas captadas para o abastecimento no Estado. Assim, foram criadas ferramentas que permitem visualizar de modo fácil e didático os resultados de análises laboratoriais e também auxiliar na detecção de possíveis riscos e deficiências, desde a captação da água até o consumidor final, com o propósito de desenvolver e implementar o Plano de Segurança da Água”, detalha.

As ferramentas se basearam na metodologia e conteúdos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo Ministério da Saúde e na norma ABNT NBR 17080:2023 – que estabelece princípios e diretrizes para elaboração e implementação do plano de segurança da água.

O objetivo principal do SISMA é assegurar o monitoramento preventivo da qualidade da água para minimizar os riscos à saúde pelo consumo de água, protegendo a saúde da população, afirma Daniele. “Além disso, ao contribuir para uma vigilância mais eficaz da qualidade da água, também estamos protegendo nossos recursos naturais”, pontua.

Desenvolvimento

O convênio com a Sanepar para desenvolvimento e manutenção do SISMA iniciou em junho de 2021, com término previsto para dezembro de 2024. O investimento é de R$ 8 milhões no período de três anos. Para alimentar o sistema foram utilizadas informações públicas, além dos laudos usados pela Sanepar para avaliar a qualidade de águas superficiais desde 2008, e das análises periódicas realizadas durante o projeto.

Na primeira etapa, foram identificados os locais autorizados para o lançamento de efluentes nos mananciais. Depois foram pontuados no mapa georreferenciado do Paraná os locais de coleta de amostras para realizar o monitoramento da qualidade da água. Também foram indicados os resultados das análises laboratoriais periódicas contratadas pela Sanepar.

“Em seguida, foram definidos limites de alerta sobre a qualidade da água, de acordo com a legislação nacional vigente, para que a Sanepar consiga atuar nos sistemas hídricos utilizados no abastecimento, de modo preventivo e preditivo”, explica Daniele.

As informações integradas geraram um mapa interativo, que aponta os pontos de captação de água superficial, com os respectivos dados tratados das análises laboratoriais e históricas fornecidas pela Sanepar.

Fácil acesso

Com uma apresentação clara e acessível de dados, o SISMA foi construído para ser uma ferramenta totalmente funcional e disponível para uso diário. Isso traz mais agilidade na identificação de pontos críticos de controle da qualidade da água, possíveis fatores geradores de poluição e na previsão de futuras crises de qualidade da água.

A disponibilização desses dados à equipe gerencial da Sanepar é feita por meio do software Tableau Online. Ele permite o acesso remoto e rápido ao SISMA, por meio de qualquer navegador em qualquer dispositivo conectado à internet. Atualmente, o SISMA possui cinco painéis principais que variam no nível de detalhamento das informações e no escopo. Para auxiliar o usuário na utilização do SISMA foi elaborado um manual de uso e vídeo tutorial.

Funcionalidades

O sistema possui mapas interativos para melhorar a visualização e compreensão das informações. Os técnicos podem acessar detalhes geográficos, como hidrografia e relevos, em uma única visualização, e personalizar rótulos e dicas de ferramentas conforme necessário. Isso permite uma apresentação adaptável das informações para atender às necessidades específicas de cada contexto.

Os painéis de visualização têm múltiplas finalidades. Permitem visualizar os resultados mais recentes das análises laboratoriais feitas nos pontos de coleta da água monitorada e mostram os locais de coleta, em um mapa georreferenciado que detalha a hidrografia do Paraná. Também destacam as potenciais fontes de poluição em até 30 quilômetros a montante dos pontos de captação de água.

A cada atualização do banco de dados com as análises laboratoriais, o sistema alerta a Sanepar sobre os parâmetros que representam riscos à saúde ou que estejam fora dos limites normativos. Os usuários do SISMA podem identificar rapidamente os locais que apresentam riscos à saúde ou para o sistema hídrico, com base nas análises laboratoriais mais recentes. O SISMA também fornece um histórico com informações específicas sobre uma região ou local de coleta, permitindo avaliar se as ocorrências são pontuais ou sazonais.

Expertise

O Tecpar é habilitado pelo Instituto Água e Terra (IAT) para realizar análises laboratoriais físicas, físico-químicas e microbiológicas de águas superficiais em seus laboratórios. A atividade é reconhecida e acreditada pela Coordenação Geral de Acreditação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) através do CRL 0244.

Fonte: AEN-PR
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