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Margens do suíno seguem em recuperação com oferta e custos menores
No Brasil a perspectiva é de 7% de aumento da produção em 2023 e 5% em 2024, enquanto o crescimento das exportações é estimado em 8% neste ano e 7% no próximo. Os aumentos refletem a boa disponibilidade de grãos, o que se traduz em custos menores combinados com as boas demandas interna e externa.
As margens da suinocultura seguem melhorando, com os preços do animal vivo acima dos custos de produção, oferta mais equilibrada à demanda interna e bom fluxo de exportações.
Os embarques de carne suína em setembro somaram 98,5 mil toneladas, 4,4% acima de setembro de 2022 e 9,7% de aumento no acumulado do ano, com o setor caminhando para um novo recorde de exportações. Por outro lado, o preço de embarque continua cedendo desde maio, o menor em 18 meses. Ainda assim, o spread de exportação segue bem melhor que há um ano, em função do alto custo de produção naquela ocasião.
Os números do IBGE referentes ao 2ºT 23 vieram apontando desaceleração do ritmo de abates do setor, algo que há um bom tempo não víamos, mesmo após as margens terem se
mostrado muito baixas nos últimos dois anos.
Os abates foram 1% menores no segundo trimestre de 2023 em relação as mesmo período de 2022 e a produção de carne 0,3% maior, dado o aumento no peso médio das carcaças. E como as exportações foram fortes no período (+15%), a disponibilidade interna no trimestre foi 3% menor. Este ambiente de oferta mais enxuta tem ajudado na sustentação dos preços do animal.
Além disso, os números preliminares dos abates de julho a setembro seguem menores sobre o ano passado. Na China, os preços do suíno vivo subiram ligeiramente em
setembro, cerca de 1,5%, porém seguem 29% abaixo do mesmo mês do ano passado. Ou seja, até aqui, a oferta segue adequada no país asiático, sem efeito significativo de
perdas pela peste suína africana.
Perspectiva segue positiva diante dos custos menores
Acreditamos que o cenário para a suinocultura seguirá favorável, principalmente se o setor não voltar a acelerar a produção, lembrando que após a virada de ano, os preços
geralmente acomodam, podendo vir a prejudicar o resultado atual, da ordem de R$ 60/cabeça terminada. O ponto de atenção é o preço do milho, atualmente bastante atrativo, mas sujeito a correções caso o clima na primeira safra implique em perdas de produção.
Do lado das exportações, embora os volumes possam desacelerar um pouco nos últimos três meses, é esperado um novo recorde de embarques no ano. A questão que fica
é a acomodação do preço de exportação, hoje sem um motivo para ajustes para cima.
O alívio na pressão de baixa nos preços de aves e bovinos, com possibilidade de novas altas no curto prazo, também é um ponto de apoio para os preços do suíno. Com a reação
da ave nos últimos dois meses, a competitividade da carne suína cresceu, voltando a ficar abaixo da média histórica.
O adido do USDA na China estimou que a produção chinesa de carne suína deverá cair 1% em 2024, para 55,95 milhões de toneladas, embora se mantenha acima dos níveis pré
Peste Suína Africana. E com menor produção e a economia fraca, o consumo também deverá ser menor em 0,9%, o equivalente a 545 mil toneladas a menos. Todavia, ainda
assim, as importações deverão ser semelhantes à 2023, da ordem de 2,3 milhões de t, cenário este que é positivo ao Brasil, que tem o país asiático como principal destino
externo.
Já para o Brasil, a perspectiva é de 7% de aumento da produção em 2023 e 5% em 2024, enquanto o crescimento das exportações é estimado em 8% neste ano e 7% no próximo. Os aumentos refletem a boa disponibilidade de grãos, o que se traduz em custos menores combinados com as boas demandas interna e externa.
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Fórum Aquicultura 4.0 integra programação do IFC Brasil
Este ano, a segunda edição do Fórum Aquicultura 4.0 debate tendências e oportunidades em aquicultura digital e de precisão voltadas também à agricultura familiar, startups e com participação de palestrantes do Chile e do Canadá. O evento organizado pela Embrapa Agricultura Digital e Embrapa Pesca e Aquicultura será realizado dia 25 de setembro como parte da programação do International Fish Congress (IFC) e Expo Brasil 2024, sediado em Foz do Iguaçu/PR, de 24 a 26 de setembro.
O Fórum tem início no segundo dia do congresso, às 8h30min, com a plenária principal que contará com as presenças de Clênio Pillon, diretor de Pesquisa e Inovação Embrapa, abordando a transformação digital no campo, o agro 4.0 e os reflexos na aquicultura. O representante da Aquabyte, Gabriel de Moura fala sobre a importância da inteligência artificial na aquicultura, e Adolfo Alvial, diretor-executivo do Clube de Inovação Aquícola e do Orbe XXI, sobre a evolução tecnológica na aquicultura do Chile.
Aquicultura 4.0 para produção familiar é um dos três painéis do programa do evento. Nele, estarão em discussão os desafios da introdução do digital na produção familiar assim como o uso de IA para gerenciamento da aquicultura voltada à segurança alimentar.
Na oportunidade, será apresentada experiência em desenvolvimento em municípios alcançados por ações do Centro de Ciências para o Desenvolvimento em Agricultura Digital, o Semear Digital, liderado pela Embrapa Agricultura Digital e com financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)
Novo aplicativo em teste
Os participantes do Fórum vão conhecer cases envolvendo a produção aquícola nos Distritos AgroTecnológicos (DATs) paulistas de Caconde e Jacupiranga, em que membros da equipe interinstitucional e multidisciplinar do Semear Digital atuam no letramento digital, voltado ao uso de soluções digitais em suporte ao gerenciamento da atividade.
Está em teste junto às comunidades um aplicativo desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Agricultura Digital. “A ferramenta faz uso de um assistente virtual (chatbot).
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Lar aprova compra da fábrica de óleos da Copagril por R$ 280 milhões
Estrutura tem capacidade de esmagamento de mil toneladas de soja por dia e faz parte de um complexo industrial. Parte envolvida nas transações corresponderia exclusivamente ao esmagamento da soja.
Assembleia realizada na terça-feira (10) pela Lar Cooperativa, em Medianeira (PR), definiu a compra, no valor de R$ 280 milhões, da fábrica de esmagamento de soja para produção de óleo da Copagril, cooperativa com sede em Marechal Cândido Rondon. Há poucos dias, uma assembleia extraordinária da Copagril já havia autorizado a venda da indústria.
Nenhuma das cooperativas, no entanto, confirmou a aquisição nem falou sobre as transações. Interlocutores afirmaram à reportagem que se trata de uma negociação em duas etapas, sendo R$ 230 milhões à vista e R$ 50 milhões no momento em que se resolverem algumas pendências relacionadas à transação comercial.
A indústria, que voltou a operar em 2021, fica no município de Marechal Rondon e havia sido adquirida pela Copagril em um leilão de uma extinta empresa do agro com sede em Toledo.
Segundo o site oficial da própria Copagril, a estrutura tem capacidade de esmagamento de mil toneladas de soja por dia e faz parte de um complexo industrial. A parte envolvida nas transações corresponderia exclusivamente ao esmagamento da soja.
Frigorífico de aves
Esta não é a primeira “parceria” e negociação entre as cooperativas. Em um comunicado conjunto entre a Lar e a Copagril no fim de 2020, as cooperativas anunciaram uma “aliança estratégica de intercooperação”, em que a Lar adquiriu a Unidade Industrial de Abate de Aves e a Unidade Industrial de Rações, pertencentes à Copagril em Marechal Rondon e Entre Rios do Oeste.
Na época as cooperativas afirmaram que a intercooperação iniciaria em janeiro de 2021 e o processo de transição se daria assim que ocorresse aprovação pelos órgãos responsáveis, o que de fato se estabeleceu.
Redefinição de estratégias
No início deste ano a Copagril contratou um CEO para redefinir algumas estratégias. O propósito seria colocar a cooperativa num novo patamar, para que chegue em 2027 faturando R$ 5 bilhões. Além disso, a cooperativa contratou a consultoria do Rabobank, instituição financeira especializada em agronegócio, para auxiliar na reestruturação e no planejamento futuro.
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Florianópolis recebe autoridades públicas e empreendedores do setor solar para debater perspectivas do mercado fotovoltaico
Promovido pela ABSOLAR, evento acontece no dia 19 de setembro, na capital catarinense, e vai tratar de desafios regulatórios, ampliação de portfólio com novos produtos e serviços, capacitação profissional, financiamento de projetos e impactos da reforma tributária no setor.
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) vai reunir, no dia 19 de setembro deste ano, em Florianópolis (SC), empresários, consultores, agentes e especialistas para uma série de debates sobre avanços e as perspectivas da energia solar na região Sul e no País. Trata-se do ABSOLAR Meeting Sul, evento que discute as novas oportunidades de negócios e investimentos para as companhias do setor, tanto no âmbito nacional quanto no desenvolvimento regional.
Entre as autoridades públicas convidadas para o evento, destacam-se os governadores Ratinho Jr, do Paraná, Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e Jorginho Mello, de Santa Catarina. Também contará com a presença das lideranças nacionais e regionais da ABSOLAR e dezenas de players expoentes do setor fotovoltaico.
O evento tratará de temas como desafios regulatórios nos pedidos de conexão de sistemas fotovoltaicos, soluções de financiamento de projetos, gestão e capacitação de profissionais, sistemas híbridos (on-grid e off-grid) de geração solar e ampliação de portfólio com novos produtos e serviços, além de análises dos impactos da reforma tributária no setor.
Na ocasião, os empreendedores poderão também acompanhar as atualizações das novas tecnologias de carregadores de veículos elétricos e entender as oportunidades da fonte solar no mercado livre de energia, mercado de compensação de carbono e hidrogênio verde (H2V).
Segundo dados da ABSOLAR, a geração própria de energia solar já proporcionou aos estados do Sul do País a atração de mais de R$ 36 bilhões em investimentos e geração de mais de 214,7 mil empregos. Toda a região possui atualmente mais de 7 gigawatts (GW) de potência instada telhados, fachadas e pequenos terrenos
A proposta do ABSOLAR Meeting Sul, que conta com a fintech Meu Financiamento Solar como anfitriã, é colaborar com as empresas na geração de novos negócios e atualização profissional, bem como ampliar o relacionamento e o networking entre fornecedores, integradores, fabricantes e clientes que compõem a cadeia de valor da energia solar no País.
Durante o encontro, que conta ainda com o apoio da Ecom Energia, Growatt, Moura, Solar Group, Sungrow e WEG, serão organizados painéis de debates e palestras com especialistas sobre os avanços da energia solar na região e no Brasil, o desenvolvimento econômico, ambiental e social a partir da fonte fotovoltaica, os modelos de financiamento de projetos e o avanço do empreendedorismo no segmento, entre outros. O credenciamento começa às 8h, as palestras, às 9h e as atividades se encerram às 18h.
Inscrições e mais informações podem ser obtidas no link: http://absolarmeeting.org.br/.