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Distância física ou social do agro influencia na percepção do brasileiro sobre o setor, aponta pesquisa

Pesquisa quer identificar o que o brasileiro pensa sobre o agronegócio; resultados nortearão plano de comunicação entre o Agro e a sociedade urbana.

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Foto: Arquivo/OP Rural

Estar próximo física ou socialmente de áreas produtoras do agro influencia na percepção positiva da população em relação ao setor. Esta é uma das hipóteses que será confirmada pela pesquisa inédita “Percepções Sobre o Agro. O Que Pensa o Brasileiro”, uma iniciativa do Movimento Todos a Uma Só Voz.

Esta e outras hipóteses foram sinalizadas por meio da coleta de informações da pesquisa qualitativa, fase em que as primeiras percepções de entrevistados e materiais coletados sobre o Agro foram surgindo. “A questão de como a proximidade física ou social influencia positivamente na percepção em relação ao Agro aparece tanto em papers acadêmicos que fizeram parte da primeira etapa da pesquisa como em entrevistas qualitativas com consumidores. A influência do local de residência nas percepções sobre o agronegócio difere entre residentes de áreas urbanas e rurais. A relação com o Agro aparece em diferentes níveis, desde uma relação simplesmente funcional de consumo até de memória e relação afetiva. Foram consideradas relações como turistas que frequentam hotéis fazenda, visitas a amigos que têm fazenda, excursões escolares ou quem estuda veterinária ou zootecnia, pais que vieram do interior, lembrança de infância ou relação como consumidor ou de trabalho”, expõe o coordenador geral da Pesquisa, Paulo Rovai.

O levantamento aprofundado dessas informações foi o guia para a construção do questionário aplicável na pesquisa quantitativa, cujos resultados serão apresentados de forma resumida no dia 14 de setembro no 14º Congresso de Marketing do Agro ABMRA e mais aprofundada em 28 de setembro na Fundação Dom Cabral, com transmissão por meio do canal do YouTube do Movimento Todos A Uma Só Voz.

Pesquisa e conceito

Um dos conceitos da pesquisa leva em conta a teoria da ação planejada, que parte do pressuposto de que tudo nasce de uma percepção, na explicação do responsável pelos Métodos Quantitativos da Pesquisa, Pedro Scrivano.

“As pessoas têm percepções diferentes sobre diversos assuntos e, essas interpretações estão relacionadas com as suas crenças ou a determinados estímulos. A partir dessas compreensões, as pessoas têm atitudes frente aos temas e elas podem ser transformadas em ações positivas, como uma indicação ou recomendação de um produto, por exemplo, e negativas, como boicote a uma determinada marca ou a um setor específico”, esclarece Scrivano.

Essa leitura norteia a essência da pesquisa, na avaliação do Coordenador Geral, Paulo Rovai. A sua base tem sido preparada com a intenção de despontar a mais próxima percepção que o brasileiro tem sobre o Agro como forma de contribuir para o posicionamento dos diversos segmentos e atividades que o compõem para fortalecer a marca Agro do Brasil e alinhar, de uma forma melhor e mais próxima da realidade, a comunicação entre o setor e o consumidor final.

“Vários setores da economia como a siderurgia, mineração e indústria farmacêutica, por exemplo, têm trabalhado essas percepções para construírem uma imagem mais próxima à realidade. Por isso, esta pesquisa é essencial também para o Agro. O trabalho está sendo desenvolvido para entender, de fato, o que leva as pessoas a admirarem ou a criticarem o Agro”, opina Ana Luisa Almeida, que participa do grupo de mentores e condutores da pesquisa e uma das mais respeitadas autoridades nacional e internacional em reputação.

Aversão ao agro

A pesquisa também já levantou outra hipótese: seja por desconhecimento ou por falta de familiaridade com o setor, o fato é que, quando as pessoas não sabem como opera a realidade do campo, elas podem ser influenciadas por informações inverídicas e passam a ser críticas e até mesmo detratoras do agronegócio.

Na pesquisa com o consumidor final, por exemplo, Patrícia Fétt, que participa do grupo de mentores e condutores da pesquisa e é uma profissional com longa carreira em pesquisa qualitativa, entrevistou, com profundidade, consumidores finais de diferentes faixas etárias, profissões, gênero e, dentre eles, veganos.

“Interessante perceber que, quanto mais distante da realidade do dia a dia do campo, o consumidor final tem percepções frágeis, apenas com aquele contato com o Agro a partir da compra de um produto vindo do campo no supermercado”, aponta.

Nesse sentido, Paulo Rovai destaca que algo que também influencia a percepção é a cobertura da grande mídia em relação ao setor Agro, que tende a se concentrar em reportagens envolvendo situações de crise. “Se o consumidor só é informado sobre o Agro quando uma crise está acontecendo, tenderá a ver o setor de maneira negativa. Cientistas e pesquisadores demonstram que as percepções que os consumidores têm em relação ao sistema alimentar nem sempre estão de acordo com a realidade”, salienta Rovai.

Além do consumidor final, a pesquisa qualitativa entrevistou empresários, produtores rurais, acadêmicos e jornalistas tanto especializados em agronegócios como de editorias diferentes. “Esse universo de entrevistas aprofundadas, com perfis diferentes de público, é um material valioso que subsidiou a pesquisa qualitativa e que deve, apontar, de forma mais próxima possível da realidade, as percepções do brasileiro sobre o Agro”, afirma Cláudia Leite, que também participa do grupo de mentores e condutores da pesquisa.

Desta forma, o estudo faz parte do projeto de construção da marca Agro do Brasil para também estimular a empatia e admiração dos brasileiros pelo Agro do seu País como um todo, fortalecendo ainda mais o setor para a geração de novas oportunidades.

Pesquisa quantitativa

O questionário da pesquisa foi aplicado em uma amostra nacional, com 4.215 entrevistas para representar todos os estratos e perfis da sociedade brasileira.

Fonte: Ascom

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Brasil avança na regulamentação do mercado de carbono: entenda o impacto e as oportunidades

Mercado de carbono é uma ferramenta estratégica para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as mudanças climáticas.

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Foto: Gisele Rosso

O Brasil está cada vez mais próximo de regulamentar o mercado de carbono, uma medida que promete revolucionar o cenário socioeconômico e ambiental do país. Com a discussão do Projeto de Lei n.º 2.148/2015 no Senado Federal, a atenção se volta para as implicações e oportunidades que essa regulamentação trará.

O PL estabelece o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que funcionará com base no sistema internacionalmente conhecido cap-and-trade, onde se impõe um limite máximo de emissões e é possível comercializar direitos de emissão, internacionalmente conhecidos como allowances e definidos como Cotas Brasileiras de Emissões (CBE) no projeto de lei.

O mercado de carbono é uma ferramenta estratégica para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as mudanças climáticas. Funciona como um sistema de compra e venda de créditos de carbono, incentivando a adoção de práticas sustentáveis pelas empresas e promovendo a transição para uma economia de baixo carbono.

Segundo a advogada Nailia Aguado Ribeiro Franco, existem dois tipos de mercados de carbono: voluntário e regulamentado. No mercado voluntário, as partes podem cooperar de forma voluntária para implementar suas contribuições determinadas nacionalmente, conforme estabelecido no Acordo de Paris.

O Brasil, ao ratificar o Acordo em 2016, comprometeu-se a reduzir emissões até 2025 e atualizou sua meta na COP 26 para uma redução de 50% das emissões de GEE até 2030. “Este mercado é amplo e permite a participação de empresas, pessoas físicas e jurídicas, ONGs, governos e outras instituições na compensação de suas emissões adquirindo créditos de carbono de projetos que reduzem efetivamente as emissões ou capturam carbono”, diz a advogada

Ela explica ainda que a regulamentação do mercado de carbono traz uma série de oportunidades para a economia brasileira. “Setores como o agronegócio, empresas e startups poderão se beneficiar com incentivos para adotar práticas sustentáveis e investir em projetos de mitigação das emissões de carbono”, afima

De acordo com a advogada, o mercado de carbono pode impulsionar a inovação e a competitividade das empresas brasileiras, fortalecendo a posição do país como um líder global em soluções climáticas. “Diante desse cenário, é fundamental que o Brasil avance na regulamentação do mercado de carbono, garantindo uma transição justa e sustentável para todos os setores da sociedade. O futuro do país e do planeta depende das ações que tomarmos hoje para enfrentar os desafios das mudanças climáticas”, finaliza

Fonte: Assessoria Andersen Ballão Advocacia
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Santa Catarina alcança em abril o melhor desempenho do ano na exportação de carnes

Estado alcançou os melhores resultados do ano na exportação de frangos e suínos.

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Foto: Cláudio Neves

Em abril, Santa Catarina alcançou os melhores resultados do ano na exportação de frangos e suínos. No total, o estado exportou 173,2 mil toneladas de carnes de frangos, suínos, perus, patos e marrecos, bovinos, entre outras, com altas de 11,7% em relação aos embarques do mês anterior e de 14,5% na comparação com os do mesmo mês de 2023.

Em receitas, o estado exportou US$ 358,3 milhões, crescimento de 15,5% em relação às de março e de 6,0% na comparação com os valores de abril de 2023.

Foto: Divulgação/SAR

No acumulado do 1º quadrimestre, foram exportadas 631,7 mil toneladas de carnes, alta de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Suínos

Santa Catarina foi responsável por 57,6% da quantidade e 59,7% das receitas das exportações brasileiras de carne suína dos quatro primeiros meses deste ano. O estado exportou 60,5 mil toneladas de carne suína in natura, industrializada e miúdos em abril, alta de 14% em relação aos embarques do mês anterior e de 7,1% na comparação com os de abril de 2023. As receitas de abril foram de US$ 138,7 milhões, alta de 18,1% na comparação com as do mês anterior.

O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária Valdir Colatto, avalia que esses são resultados do comprometimento de toda cadeia produtiva com a qualidade dos produtos catarinenses, “nosso estado dá exemplo e está sempre vigilante para garantir a sanidade e segurança alimentar, ampliando assim as relações comerciais externas”, afirma Colatto.

Foto: Ari Dias

A maioria dos principais destinos ampliaram suas aquisições em relação ao 1º. quadrimestre de 2023, com destaque para Filipinas (altas de 89,7% em quantidade e de 78,8% em receitas), Japão (101,8% e 94,0%) e Coreia do Sul (190,2% e 257,0%). Por outro lado, a China registrou queda de 40,1% em quantidade e 51,9% em receitas na comparação entre o 1º quadrimestre deste ano e o mesmo período de 2023. Com isso, a China perdeu a liderança do ranking das exportações catarinenses de carne suína, posição que ocupava desde 2018. O principal destino, atualmente, são as Filipinas (22,7% das exportações do estado).

Frango

O estado foi responsável por 24,3% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango nos quatro primeiros meses deste ano. Em abril, Santa Catarina exportou 104 mil toneladas de carne de frango com alta de 10% em relação aos embarques do mês anterior e de 19,7% na comparação com os de abril de 2023. As receitas foram de US$ 200,7 milhões, crescimento de 11,9% em relação às do mês anterior e de 9,2% na comparação com as de abril de 2023.

Segundo explica o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Alexandre Luís Giehl, o aumento no volume exportado, deve-se ao crescimento nas quantidades embarcadas para os principais destinos ao longo dos quatro primeiros meses do ano, com destaque para Japão (+11,2% em relação ao 1º quadrimestre de 2023), Países Baixos (20,3%) e Emirados Árabes Unidos (30,1%). A China, por sua vez, que foi o principal destino do frango catarinense no ano passado, registrou queda expressiva nas aquisições do produto neste ano: -31,9% em quantidade e -44,1% em receitas.

Fonte: Assessoria SAR
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Aprovação na CCJ garante mais segurança ao seguro rural

Mudanças no PL 4720/16 favorecem melhor gestão dos recursos e evitam contingenciamentos.

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Foto: Roberto Dziura Jr

Com 34 votos a favor, foi aprovada, nesta quarta-feira (15), na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, a relatoria do deputado Sérgio Souza (MDB-PR) ao Projeto de Lei 4.720/16, que aprimora a gestão dos recursos destinados ao seguro rural. A proposta visa garantir mais segurança e previsibilidade para os produtores rurais, especialmente os pequenos e médios, que são os mais impactados por eventos climáticos adversos.

Deputado Sérgio Souza (MDB-PR): “O Seguro Rural garante a continuidade da produção agropecuária e a segurança alimentar, responsabilidade que o Brasil tem com o planeta” – Fotos: Divulgação/FPA

O Seguro Rural é essencial para proteger a produção agropecuária contra riscos climáticos, como secas, geadas e inundações, que podem provocar perdas significativas. Nas últimas safras, o Brasil enfrentou os efeitos dos fenômenos La Niña e El Niño, causando prejuízos consideráveis aos agricultores. “O Seguro Rural garante a continuidade da produção agropecuária e a segurança alimentar, responsabilidade que o Brasil tem com o planeta”, enfatiza Souza.

Menos burocracia, mais previsibilidade

O PL 4720/16 propõe transferir as responsabilidades financeiras do Seguro Rural do Ministério da Agricultura para as Operações Oficiais de Crédito, vinculadas à Secretaria do Tesouro Nacional. Essa alteração assegura que os recursos para o seguro não sejam contingenciados, como ocorreu nos últimos anos.

“Esta mudança trará mais previsibilidade aos produtores rurais, permitindo que contem com o Seguro Rural de maneira mais eficaz”, explica Sérgio Souza. “Além disso, reduzirá o custo do seguro, aumentando a transparência e a segurança jurídica na aplicação dos recursos.”

Presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR): “No Rio Grande do Sul, se os produtores tivessem garantia mínima de seguro rural pelo governo brasileiro, o impacto no orçamento federal para auxiliar na reestruturação das dívidas seria substancialmente menor”

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), ressaltou a importância do PL 4720/16 para o desenvolvimento do agronegócio no Brasil. “Este é um tema crucial. Recentemente, foi debatido na Comissão de Agricultura outro projeto similar, tratando da legislação sobre o Seguro Rural”, destacou Lupion. “A demanda por seguro foi muito alta este ano; precisamos endereçar essa questão urgentemente.”

Após a aprovação na CCJ, o deputado Sérgio Souza agradeceu aos colegas que apoiaram a medida e destacou que a proposta proporcionará segurança ao produtor rural, especialmente aos mais afetados por intempéries, como os do Rio Grande do Sul nesse momento. “No Rio Grande do Sul, se os produtores tivessem garantia mínima de seguro rural pelo governo brasileiro, o impacto no orçamento federal para auxiliar na reestruturação das dívidas seria substancialmente menor”, frisou o parlamentar.

 

 

Fonte: Assessoria FPA
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CBNA – Cong. Tec.

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