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ANCP firma importante convênio interinstitucional com a Asocebu Bolívia
Com a parceria, as duas instituições serão responsáveis pelo programa na Bolívia. Além de oferecer avaliações genéticas, a parceria visa promover a publicação de sumários de touros bolivianos e outras publicações relacionadas com o programa de melhoramento genético da ANCP.
A Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP) firmou uma importante parceria com a Associação Boliviana de Criadores de Zebu (Asocebu) e será a responsável pela avaliação genética de animais pertencentes a rebanhos bovinos com registro genealógico pela associação. O convênio foi oficializado no dia 18 de outubro durante evento virtual que contou com a participação de membros da diretoria das duas associações.
Atuando desde 1974, a Asocebu é um dos principais precursores do melhoramento genético do rebanho bovino da Bolívia, sendo responsável pelo registro de exemplares das raças Nelore, Nelore Mocho, Brahman, Gir Leiteiro, Tabapuã e Guzerá, reunindo 43 associados.
Juan Antonio Pereira Rico, representante da ANCP na Bolívia, explica que o rebanho boliviano foi formado a partir do gado Zebu brasileiro. “O fato de quase todos os touros usados nos rebanhos bolivianos serem de origem brasileira viabilizou, em 2004, a primeira avaliação genética”, relembra. Após essa primeira avaliação genética, explica Juan, vários rebanhos bolivianos entraram no programa de avaliação genética da ANCP. “Foi agradável ver os animais bolivianos no catálogo da ANCP, o que demonstrou a grande qualidade genética dos criadores bolivianos”, destaca. Para Juan, a renovação do acordo para consolidar as ações da ANCP na Bolívia, agrada os criadores bolivianos e estimula a confiança no desenvolvimento do rebanho boliviano.
Com a parceria, ANCP em cooperação com a Asocebu serão responsáveis pelo programa na Bolívia. Além de oferecer avaliações genéticas, a parceria visa promover a publicação de sumários de touros bolivianos e outras publicações relacionadas com o programa de melhoramento genético da ANCP. A associação brasileira também realizará treinamentos presenciais para formação técnica, reciclagem e divulgação de suas tecnologias, bem como a promoção de cursos de capacitação e credenciamento de técnicos da Asocebu para a coleta e envio de dados dos rebanhos associados.
O presidente da Asocebu, Yamil Nacif Nacif, destaca que é um grande passo consolidar a parceria que estabelece diretrizes de progresso para o programa de avaliação genética que a ANCP vem desenvolvendo na Bolívia há 17 anos e que foi inicialmente implementado com a gestão da Asocebu. “Este acordo representa a vontade de trabalhar e a cooperação que existe entre duas entidades irmãs, como ANCP e Asocebu, cujo único objetivo é o progresso genético de nosso zebu na Bolívia e no mundo”, ressalta.
“Os nossos associados serão os maiores beneficiários dessa importante parceria, que dará apoio técnico e logístico à nossa associação, que a par do grande trabalho desenvolvido pela ANCP em avaliações genéticas, irá gerar um serviço mais eficiente nos rebanhos dos nossos criadores”, destaca.
Para Rodrigo Nogales, pecuarista com fazendas nas regiões de Beni e Santa Cruz e um dos diretores da Asocebu, a parceria é muito importante para os criadores e para a associação. “O convênio será fortalecido à medida que novos criadores se cadastrarem no programa da ANCP, que, paralelamente, terá o benefício de trabalhar com os técnicos credenciados da Asocebu”, explica.
Carlos Viacava, vice-presidente da ANCP, ressalta a qualidade do rebanho zebuíno da Bolívia e a importância da parceria com a Asocebu, uma vez que a entidade possui muitas fazendas bolivianas como associadas. “Ficamos muito honrados com a concretização desse convênio com a Asocebu, que faz o registro genealógico do rebanho. A partir de agora, a ANCP será a responsável pela avaliação genética do gado boliviano”, esclarece.
Viacava também fez um convite oficial à Asocebu para indicar um representante para fazer parte do Grupo de Trabalho (GT) da ANCP, formado por criadores e pesquisadores cujo objetivo é discutir questões pertinentes à entidade e à pecuária nacional. Com a entrada do novo membro, serão também discutidas ações voltadas à pecuária boliviana.
O presidente da ANCP, Professor Raysildo Lôbo, lembra com satisfação os mais de 15 anos de avaliações genéticas das raças Brahman e Nelore das fazendas bolivianas e o avanço genético de sua pecuária, reconhecida internacionalmente. Ele ressalta que é uma honra para a ANCP contribuir com o excelente trabalho de seleção realizado pelos criatórios bolivianos e as respaldadas instituições do país.
Para Raysildo, a parceria abre novas possibilidades e desafios para continuar a disseminar o melhoramento genético e o conhecimento técnico-científico de qualidade, sendo uma das metas o aumento da produtividade e do lucro do pecuarista boliviano.
“Com a consolidação dessa parceria, se inicia uma nova etapa de trabalho com expectativa de grandes resultados, tanto no avanço tecnológico e soluções voltadas à seleção de animais superiores quanto na disseminação da tecnologia, firmando parcerias e promovendo cursos com criadores bolivianos e na disseminação do conhecimento, treinando técnicos da Asocebu e novos consultores bolivianos”, finaliza.
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Oferta elevada e demanda enfraquecida mantêm pressão sobre cotações da tilápia
Preços continuaram caindo no mês de agosto em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, embora em menor intensidade frente aos dois meses anteriores.
Em agosto, os preços da tilápia continuaram caindo em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, embora em menor intensidade frente aos dois meses anteriores.
Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da oferta elevada de peixe, somada à demanda enfraquecida, diferentemente do cenário observado em 2023.
Quanto às exportações brasileiras de tilápia (filés e produtos secundários), o volume embarcado caiu em agosto, interrompendo o ritmo crescente que vinha sendo observado desde março.
Conforme dados da Secex analisados pelo Cepea, as vendas externas totalizaram 1,3 mil toneladas, quantidade 29,1% inferior à de julho e apenas 2% acima da do mesmo período do ano passado.
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Importações de trigo já somam maior volume em dois anos
Dados da Secex indicam que a quantidade importada pelo Brasil de janeiro a agosto é de 4,556 milhões de toneladas, a maior para o período desde 2020 e 9% acima da adquirida em todo ano de 2023.
Mesmo com os preços de importação elevados, as compras externas de trigo em grão estão crescentes ao longo de 2024, já somando os maiores volumes em dois anos.
Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado à baixa disponibilidade doméstica de trigo, sobretudo de maior qualidade.
Dados da Secex analisados pelo Cepea indicam que a quantidade importada pelo Brasil de janeiro a agosto é de 4,556 milhões de toneladas, a maior para o período desde 2020 e 9% acima da adquirida em todo ano de 2023.
Em agosto, especificamente, as compras externas totalizaram 545,46 mil toneladas, quase o dobro do importado em agosto de 2023 (277,99 mil toneladas).
Quanto aos preços, levantamentos do Cepea mostram que os valores internos do trigo seguem enfraquecidos e oscilando conforme as condições de oferta e demanda regionais.
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Portos do Paraná atingem novo recorde mensal com crescimento nas importações
Em agosto de 2024, foram movimentadas 6.869.966 toneladas, superando em 4% o recorde anterior, registrado em junho deste ano, quando o volume chegou a 6.582.670 toneladas. Nas exportações, os portos do Paraná também registraram crescimento, movimentando 4.423.074 toneladas em agosto.
Os portos paranaenses alcançaram mais um marco histórico de movimentação de cargas. Em agosto de 2024, foram movimentadas 6.869.966 toneladas, superando em 4% o recorde anterior, registrado em junho deste ano, quando o volume chegou a 6.582.670 toneladas.
O destaque do mês ficou por conta das importações, que tiveram um aumento expressivo de 41% em relação ao mesmo período de 2023. O volume passou de 1.741.094 toneladas para 2.446.892 toneladas, puxado principalmente pela importação de fertilizantes, que somou 1.183.490 toneladas, um crescimento de 59% em comparação ao ano passado (745.201 toneladas).
Outro segmento que se destacou foi o de contêineres, que registrou um aumento de 22% nas importações, movimentando 62.218 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), contra 51.017 TEUs no mesmo período de 2023. “O alinhamento das estratégias logísticas e o trabalho integrado das equipes têm sido determinantes para elevar nossa performance e posicionar os portos do Paraná como referência no cenário nacional”, destacou Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná.
Nas exportações, os portos do Paraná também registraram crescimento, movimentando 4.423.074 toneladas em agosto, um aumento de 3% em comparação ao mesmo período do ano anterior (4.301.622 toneladas). A soja em grão foi o principal produto exportado, com 1.863.825 toneladas, 10% acima do volume registrado em agosto de 2023 (1.694.016 toneladas).
Mesmo diante de condições climáticas adversas, como os cinco dias de chuva e oito dias acumulados de neblina que impactaram na movimentação de granéis sólidos, o desempenho logístico não foi comprometido. “Atingimos um resultado histórico, com grande eficiência de produtividade, principalmente em relação à descarga ferroviária. Com a finalização das obras do Moegão, projetamos um aumento ainda maior de movimentações e atração de negócios com novos investidores”, afirmou Gabriel Vieira, diretor de Operações da Portos do Paraná.
O Moegão, maior obra portuária em andamento no Brasil, é um projeto estratégico para os portos do Paraná. Com um investimento de R$ 592 milhões, a obra visa reduzir os cruzamentos ferroviários urbanos e aumentar a capacidade de recepção de trens em 65%, passando de 550 para 900 por dia. A conclusão está prevista para o segundo semestre de 2025, prometendo otimizar ainda mais o fluxo de cargas ferroviárias.