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Suinocultura termina 2022 em lenta recuperação e demonstra bons sinais para 2023

Confira o último balanço de mercado do ano!

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Foto: O Presente Rural

No primeiro trimestre de 2021 a suinocultura brasileira mergulhou em uma das mais profundas e longas crises da história, com alto custo e oferta elevada de suínos, resultante do crescimento significativo da produção e redução do ritmo de exportações, além de um mercado consumidor interno em crise. Entramos 2022 com os preços pagos ao produtor em queda livre, chegando ao pior cenário em fevereiro deste ano, quando o valor médio da carcaça em São Paulo ficou próximo a R$ 8,00/kg (gráfico 1) e o suíno vivo não chegou a R$ 6,00 (gráfico 2) em nenhuma praça produtora. Porém, conforme demonstra de forma muito clara o gráfico 1, desde março/22 o preço vem subindo de forma lenta e gradual, com um pequeno recuo em setembro e a retomada do crescimento já no mês de outubro.

Gráfico 1. Preço da carcaça suína especial (R$/kg) em São Paulo (SP) de janeiro a dezembro de 2022 (até dia 12/12/22). Fonte: CEPEA Gráfico 2. Preço do suíno vivo (R$/kg) em MG, PR, RS, SC e de janeiro a dezembro de 2022 (até dia 12/12/22). Destaque para o mês de fevereiro/22. Fonte: CEPEA

No boletim de novembro, analisando os números de abate do IBGE até setembro, ficou evidente a redução do ritmo de crescimento da produção, o que colaborou com o ajuste de oferta que, junto com o significativo aumento das exportações no segundo semestre deste ano (tabela 1) determinou um maior equilíbrio entre oferta e demanda interna de carne suína.

Gráfico 2. Preço do suíno vivo (R$/kg) em MG, PR, RS, SC e de janeiro a dezembro de 2022 (até dia 12/12/22). Destaque para o mês de fevereiro/22. Fonte: CEPEA

Já as exportações que vinham patinando no início do ano, desde agosto/22, quando o recorde de volume embarcado em um único mês foi quebrado, têm acumulado ganhos em relação ao mesmo período do ano passado, chamando a atenção para o crescimento constante do preço unitário em dólar, mês a mês, atingindo o valor médio de US$ 2.558,00 em novembro, o melhor valor desde junho do ano passado. Quando se analisa a China separadamente, o valor médio embarcado chegou a US$ 2.669 em novembro/22, uma diferença de quase 600 dólares (26,6%) a mais do que pagou em janeiro/22.

Tabela 1. Volumes exportados totais e para a China de carne suína brasileira in natura de janeiro a novembro de 2021 e 2022 (em toneladas) e valor médio em dólar para China e total. Elaborado por Iuri P. Machado com dados da Secex

Importante destacar que a China este ano reduziu em 55% as importações totais de carne suína (MBAgro), porém o Brasil reduziu em somente 20% os embarques para o gigante asiático, ou seja, aumentamos significativamente nossa participação no maior importador mundial. Esta consolidação da parceria comercial junto ao mercado chinês e a ampliação de outros mercados, como Filipinas e Tailândia, aliado ao viés de alta do preço internacional da carne suína devem determinar um volume de embarques satisfatório para o ano que vem.

Gráfico 3. Preço do milho (R$/SC 60kg) em CAMPINAS-SP, de janeiro/21 a dezembro/22 (até dia 09/12/22). Fonte: CEPEA

Com relação aos insumos, observa-se uma relativa estabilidade nas cotações do milho, se mantendo em patamar elevado, mas abaixo das médias do ano passado (gráfico 3) e sem sinais de alta considerável no curto prazo. Já o farelo de soja voltou a subir nas últimas semanas, o que mantém os custos de produção elevados.

O que chama a atenção é que muitos produtores que sempre trabalharam com estoques substanciais de insumos, e que operavam ativamente no mercado futuro de grãos, estão praticamente comprando “da mão para a boca” e arriscando muito pouco nas compras antecipadas. Isto é fruto não somente da descapitalização dos suinocultores, que tiveram que sacrificar o caixa e se endividar para suportar a crise, mas também em função das incertezas em relação à conjuntura nacional e internacional, além de taxas de juro elevadas. Esta é uma situação que causa certa preocupação para o ano que vem, pois se houver frustração de safra ou qualquer outro fator que pressione as cotações dos grãos para cima, deixará boa parte dos suinocultores mais vulnerável a prejuízos financeiros.

Sobre a safra 2022/23, embora o último boletim da CONAB publicado dia 08/12/22, indique recorde de produção de soja e milho, ainda é cedo para se ter certeza de que teremos clima favorável para que isso se concretize, porém os riscos climáticos ainda são considerados baixos. No cenário internacional, problemas na safra argentina, redução da produção da Ucrânia e aumento da demanda chinesa, podem pressionar os preços do milho para cima e motivarem maior exportação brasileira deste grão nos próximos meses e no segundo semestre de 2023.

“Deveremos encerrar o ano de 2022 com crescimento da produção de suínos ao redor de 6% em relação a 2021, exportações em volumes similares aos do ano passado e com um novo recorde de consumo per capita ano de carne suína, superando a marca dos 19kg. Para o ano que vem espera-se um crescimento do abate entre 3 e 5% e um incremento das exportações ao redor de 2%, determinando um melhor ajuste entre oferta e demanda no mercado doméstico”, explica o presidente da ABCS, Marcelo Lopes. Em resumo, o ano de 2022 termina estancando as perdas de uma crise profunda, com a expectativa de que no ano que vem inicie a recuperação financeira do setor.

 

Fonte: ABCS

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Supremo vai julgar marco temporal em sessão presencial

Pela tese do marco temporal, os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 05 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

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Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir em sessão presencial do plenário a validade da decisão do ministro Gilmar Mendes que determinou a instauração de processo de conciliação e suspendeu as ações envolvendo o marco temporal para demarcação de terras indígenas.

Na última sexta-feira (03), os ministros iniciaram a votação no plenário virtual para decidir se a liminar do ministro será referendada. No entanto, a votação foi suspensa por um pedido de destaque do ministro presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, medida que leva o caso para julgamento presencial. A data da análise do caso ainda não foi definida.

Gilmar Mendes é relator das ações protocoladas pelo PL, o PP e o Republicanos para manter a validade do projeto de lei que reconheceu o marco e de processos nos quais entidades que representam os indígenas e partidos governistas contestam a constitucionalidade da tese.

No entendimento do ministro, questões de grande relevância devem ser debatidas antes da decisão final da Corte. “Qualquer resposta advinda dos métodos tradicionais não porá fim à disputa político-jurídica subjacente, merecendo outro enfoque: o da pacificação dos conflitos, na tentativa de superar as dificuldades de comunicação e entendimentos em prol da construção da solução por meio de um debate construído sob premissas colaborativas e propositivas voltadas a resolver os impasses institucionais e jurídicos advindos da Lei 14.701/2023”, justificou Gilmar Mendes.

Pela tese do marco temporal, os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 05 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Em dezembro do ano passado, o Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de lei que validou o marco. Em setembro, antes da decisão dos parlamentares, o Supremo decidiu contra o marco. A decisão da Corte foi levada em conta pela equipe jurídica do Palácio do Planalto para justificar o veto presidencial.

Na semana passada, indígenas que participaram do Acampamento Terra Livre (ATL) defenderam o julgamento presencial do caso.

Fonte: Agência Brasil
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Valorização do farelo de soja e clima adverso mantêm preços do grão em alta

Além disso, as fortes chuvas no Rio Grande do Sul – segundo maior estado produtor da oleaginosa – vêm retardando as atividades de campo e gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras e o volume ofertado tanto do grão quanto dos derivados.

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Foto: Cláudio Neves

Os preços da soja seguem em alta no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem principalmente da valorização do farelo.

Além disso, as fortes chuvas no Rio Grande do Sul – segundo maior estado produtor da oleaginosa – vêm retardando as atividades de campo e gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras e o volume ofertado tanto do grão quanto dos derivados.

Em abril, os Indicadores Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá e Cepea/Esalq – Paraná atingiram as maiores médias do ano, em termos reais (calculado por meio do IGP-DI, de março/24), de R$ 129,79/sc e de R$ 122,66/sc de 60 kg, respectivas altas de 4% e de 4,6% frente às de março.

Fonte: Assessoria Cepea
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Poder de compra dos avicultores cai no mês, mas avança em um ano

No comparativo com o mesmo período do ano passado se observa-se melhora na situação dos avicultores, visto que os insumos se desvalorizaram de forma mais intensa que os ovos, ainda conforme pesquisas do Cepea.

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Foto: Rodrigo Felix Leal

Levantamentos do Cepea mostram que as fortes quedas nos preços dos ovos comerciais em abril, devido à menor demanda, reduziram o poder de compra de avicultores paulistas frente aos principais insumos utilizados na atividade (milho e farelo de soja), em relação ao mês anterior.

No comparativo com o mesmo período do ano passado (abril de 2023), porém, observa-se melhora na situação dos avicultores, visto que os insumos se desvalorizaram de forma mais intensa que os ovos, ainda conforme pesquisas do Cepea.

Quanto aos impactos das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, colaboradores consultados pelo Cepea informam que as negociações de ovos têm sido prejudicadas.

Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda em parte das regiões gaúchas e também de fora do estado vem sendo comprometido.

Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como embalagens, caixas e rações.

Fonte: Assessoria Cepea
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CBNA – Cong. Tec.

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