Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias

Simpósio multi-espécie promovido pela Facta apresenta importância das vacinas autógenas

Evento fomentou troca de informações sobre as auto vacinas e como os setores produtivos de aves, suínos e peixes podem se beneficiar delas

Publicado em

em

Fotos: Assessoria Facta

A Facta promoveu nesta quinta-feira (15) o Simpósio de vacinas autógenas para os sistemas de produção de aves, suínos e peixes, mais especificamente tilápias.  As vacinas autógenas, as chamadas ‘auto vacinas’, são produzidas com antígenos inativados, sem risco de disseminar qualquer tipo de patógeno ao plantel.

O médico-veterinário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Vinícius Santana Leandro, abriu o evento com a palestra “Legislação Brasileira para Vacinas Autógenas em Saúde Animal”.

Segundo ele, o Mapa tem a função de disponibilizar o maior número possível de ferramentas para o diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças dos animais, incluindo as zoonoses. “A redução das doenças traz o aumento de produtividade e bem-estar animal”, afirmou.

Ele abordou sobre a necessidade de atualização do regulamento de fiscalização de produtos de uso veterinário e dos estabelecimentos que os fabriquem ou comercializem e a atualização do regulamento técnico para produção, controle e emprego de vacinas autógenas.

Na sequência, o professor Luiz Felipe Caron, da Universidade Federal do Paraná,  destacou os princípios aplicados da vacinologia, vacinas não replicantes autógenas. Ele disse que as vacinas autógenas por definição devem atender alguns pré-requisitos para serem classificadas como tal. “E do ponto de vista produtivo, significa dizer ter identidade total com o local de uso, sendo desenvolvida a partir de seu desafio próprio, e aí a legislação regula os passos”, afirmou.

Uma vantagem das vacinas autógenas apontada por Caron para os veterinários é que não há necessidade de um processo de registro de longo prazo antes do uso das vacinas autógenas. “A desvantagem é que as vacinas autógenas não são testadas quanto à eficácia nem à segurança”, ressaltou.

Logo após, o professor Fabio Augusto Vannucci falou sobre o “Porque vacinas autógenas em doenças bacterianas – Suínos”. De acordo com ele, há um significante impacto produtivo na atividade com o uso dessa ferramenta, alta variabilidade genética e antigênica e um amplo suporte técnico, com diagnóstico e escolha da amostra e implementação. “Há a expectativa de sucesso pela confiabilidade e precisão do diagnóstico e as estratégias diferentes de vacinas comerciais”, disse.

Na continuação, André Fonseca, da Simbios Biotecnologia detalhou “Porque vacinas autógenas para doenças virais”.  Ele disse que no Brasil, o controle de infecções dos Reovírus aviários (ARV) pela imunização de matrizes e pintos jovens com cepas de vacinas vivas comerciais clássicas têm demonstrado baixa eficiência, como ocorre em outras partes do mundo ocidental. “E são as variações genéticas e antigênicas dos isolados de campo que têm comprometido a proteção, de modo que vacinas autógenas inativadas vêm sendo crescentemente oferecidas, tornando os reovírus aviários um exemplo emblemático, que bem ilustra e justifica o uso destas ferramentas”, apontou.

Henrique Figueiredo abriu logo após com o tema “Porque vacinas autógenas em doenças bacterianas em Tilápia”. Ele apontou os desafios, as perspectivas e benefícios do uso das vacinas autógenas na cadeia produtiva da tilápia.  “Há uma elaboração de formulações vacinais otimizadas para a tilápia, com a viabilidade de vacinas tri ou tetravalentes. O desenvolvimento de formulações com vias alternativas de imunização, com vacina de imersão e vacina oral”, destacou.

Fechando a parte da manhã, o tema “Porque vacinas autógenas em doenças bacterianas em Aves” foi o tópico da Professora Terezinha Knöbl, da Universidade de São Paulo. De acordo com ela, as vacinas autógenas representam uma alternativa mais rápida para resposta a surtos, pois o tempo de execução é reduzido pela extinção de algumas etapas de ensaios pré-clínicos e clínicos, e a emissão de uma autorização para uso imediato. “São normalmente empregadas para garantir o bem-estar dos animais e reduzir os riscos de doenças e de perdas econômicas em situações em que não há uma vacina comercial disponível para aquele patógeno. Podem ser produzidas em um tempo de até 60 dias”, disse.

Abrindo o período da tarde, Larissa Pickler, da BRF apresentou um estudo de caso sobre matrizes pesadas.  Ela contou que os sinais clínicos começaram a aparecer em matrizes, por volta de 7-10 a dias de idade. Eram observados na necropsia fígado edemaciado, aumento de tamanho, de coloração amarelada, com presença de focos de hemorragia e necrose difusos. A mortalidade inicial até 14 dias de idade chegava à 10%. Amostras de diversos órgãos (fígado, coração, baço, intestino, pulmão, traqueia) foram coletadas e enviadas para análises de histopatologia e bacteriológico.

“O Adenovírus, causador da Hepatite por corpúsculo de inclusão em aves, é um desafio presente na avicultura brasileira e resulta em alta mortalidade nas primeiras semanas de vida”, explicou. “A sorologia é uma ferramenta importante para o monitoramento e controle da doença”, detalhou.

Ainda segundo Larissa, hoje no Brasil, não existem vacinas comerciais disponíveis e as vacinas autógenas mostram-se promissoras no controle da doença, porém não há evidência proteção cruzada e há necessidade de monitoramento constante dos planteis, seja sorológico ou por isolamento e sequenciamento viral, de forma a buscar a atualização constante das vacinas autógenas.

Dando sequência, os fatores predisponentes e medidas de controle de Actinobacillus pleuropneumoniae foram abordados pelo médico-veterinário, Yuso Henrique Tutida, que explicou que o Actinobacillus pleuropneumoniae (App) é um dos agentes bacterianos mais relevantes para a suinocultura mundial, dada a sua presença em grande parte dos rebanhos e as importantes perdas econômicas associadas ao aumento da mortalidade, quedas de desempenho, custos com medicamentos e vacinas, e condenações de carcaças ao abate. “Para que os métodos efetivos de controle já utilizados e os fatores predisponentes à pleuropneumonia sejam discutidos no presente documento, é necessário compreender algumas particularidades do agente”, afirmou.

As vacinas autógenas na tilapicultura: experiência da piscicultura Itaparica, em Glória, na Bahia, foi o tema de Bruno Santos, da Piscicultura Itaparica/Raguife. Ele afirmou que o crescimento acelerado da criação de tilápias, inevitavelmente, proporciona o surgimento de desafios sanitários variados que, a cada ano, têm proporcionado prejuízos a todo o setor, especialmente pela ocorrência de mortalidades, bem como pelo aumento dos custos de produção, além da necessidade de uso de antimicrobianos. “Desta forma, a cada novo patógeno que emerge na criação de tilápia faz com que os produtores se adaptem às novas realidades sanitárias, demandando adequações em seu manejo de produção para proteger o seu plantel e zelar para que sua atividade seja um negócio rentável durante os 12 meses do ano”, disse.

A médica-veterinária Cristiane Cantelli, do Grupo Mantiqueira apresentou logo após o seu estudo de caso de uso de vacinas autógenas na postura comercial.  Segundo ela, esta ferramenta é utilizada em postura comercial para a prevenção de colibacilose, salmoneloses, coriza e outras enfermidades. “Ela é importante quando bem adequada ao programa vacinal, dentro de uma gestão sanitária”, disse.  Cristiane apontou que as vacinas autógenas são uma ferramenta importante a serem consideradas pela avicultura de postura em um ajuste específico do programa vacinal.

Na sequência, o médico-veterinário G. Donald Ritter, da Poultry Business Solutions LLC, trouxe o estudo de caso sobre as estratégias de vacina autógena IBDV na produção de frangos de corte. Ele destacou que a otimização da proteção passiva do IBDV é um processo contínuo nos Estados Unidos. “As variantes de IBDV que causam imunossupressão comumente surgem em regiões densas de frangos de corte. A triagem estratégica para o surgimento de variantes de IBDV é importante para ficar à frente desse desafio da doença em evolução”, disse.

E fechando o evento, foi a vez do professor Guilherme Arruda Cezar, da Iowa State University College trazer o tema “Uso de sequenciamento genômico no monitoramento e vacinação contra Influenza A virus (IAV) – um estudo de caso”.

O estudo demonstrou que é vital isolar e sequenciar consistentemente o IAV de casos clínicos. “Existem muitos agrupamentos dentro dos agrupamentos H1 e H3, exigindo sequenciamento e comparação de homologia de sequência e análise de dendrograma para determinar quando as vacinas autógenas são necessárias e quando precisam ser atualizadas”, disse.

Uma lição importante aprendida é monitorar as manchas que circulam dentro de um sistema de produção é fundamental para controlar os surtos de IAV. “A atualização da vacina utilizada manterá o rebanho com imunidade homóloga ao vírus atual. Produtores e empresas devem verificar o produto vacinal final que o laboratório de vacinas autógenas produz e é crucial garantir que os isolados corretos estejam contidos na vacina”, ressaltou.  As vacinas autógenas, segundo ele apontou, são ferramentas importantes para controlar patógenos endêmicos também em granjas suinícolas.

Fonte: Assessoria Facta

Notícias

Vanir Zanatta assume presidência da Ocesc

Publicado em

em

Internacionalizar o setor e ampliar sua representação política e institucional são algumas das metas de Vanir Zanatta, novo presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), eleito nesta semana, em Florianópolis (SC), durante Assembleia Geral que reuniu cerca de duas centenas de dirigentes. O novo presidente sucede Luiz Vicente Suzin, que encerrou seu segundo mandato à frente da instituição.

Fotos: Divulgação/MB Comunicação

Em discurso de posse, Zanatta antecipou as metas de sua gestão, entre elas, o aumento do protagonismo das cooperativas dos ramos de crédito, agropecuário e saúde, entre outros. “Até quando vamos crescer somente dentro do Brasil?”, indagou, apontando que “o mercado internacional é amplo e precisa ser trabalhado pelas cooperativas”.

O dirigente quer mostrar a força e a importância do cooperativismo no sistema econômico e social catarinense. Iniciará um planejamento estratégico para a Organização e valorizará os vice-presidentes “como legítimos representantes dos ramos do cooperativismo, tomando decisões estratégicas sempre em conjunto”.

O novo presidente da Ocesc lembrou que “somos diferentes, não somos uma sociedade de capital, mas de pessoas. Temos que entender que para fazer o social precisamos ter o econômico sadio.”

Outras metas anunciadas são reavaliar o regimento interno, criar conselhos consultivos por ramo, implementar o Conselho de Ética, ativar o Conselho Estadual do Cooperativismo (Cecoop) e dinamizar a representação sindical.

Zanatta prestigiará encontros de jovens e mulheres cooperativistas e o Fórum de Dirigentes Cooperativistas e estimulará a sucessão nas propriedades rurais e nas cooperativas. Também pretende fortalecer a Frente Parlamentar do Cooperativismo de Santa Catarina (Frencoop) – que atua na Assembleia Legislativa – e eleger maior número de representantes do sistema, sem manifestar preferências partidárias ou ideológicas.

Durante o evento Vanir Zanatta realizou uma homenagem para Luiz Vicente Suzin

O presidente que deixou o cargo Luiz Suzin disse que, em seus oito anos de gestão, enfrentou obstáculos diversos, “alguns sem precedentes, com a pandemia que testou nossa resiliência como nunca. No entanto, a nossa capacidade de adaptação foi mais forte e obtivemos crescimento em vários aspectos”. Suzin foi homenageado com uma placa entregue pelo seu sucessor.

A última assembleia presidida por Luiz Vicente Suzin – assessorado pelo  superintendente Neivo Luiz Panho – tratou também de assuntos administrativos, como relatório de atividades, prestação de contas, aprovação de orçamento, etc.

Dirigentes

O Conselho de Administração da OCESC eleito para o quadriênio 2024/2028 está assim constituído: presidente: Vanir Zanatta, do ramo agro; vice-presidentes do ramo agro: Romeu Bet de Chapecó e Vanduir Martini de Concórdia; vice-presidentes do ramo crédito: Rui Schneider da Silva, do sistema Sicoob, e Uwe Stortz, do sistema Ailos; vice-presidente do ramo infraestrutura: Patrique Alencar Homem, da Fecoerusc; vice do ramo consumo: Hercílio Schmitt, da Cooper de Blumenau; e vice do ramo saúde: Luiz Antônio Deczka, da Unimed Federação.

Foi eleito também o Conselho de Administração da Ocesc para o quadriênio 2024/2028

Líder

O presidente recém-eleito Vanir Zanatta tem 59 anos de idade. É natural de Jacinto Machado (SC). Graduou-se em Ciências Contábeis pela Univille, de Joinville (SC). Em 2006 cursou Gestão de Cooperativas pela Unisul. Pós-graduou-se em Administração pela Unesc. Há 34 anos é presidente da Cooperativa Agroindustrial Cooperja, de Jacinto Machado. É sócio-fundador da Credija (Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados Litorânea), a qual presidiu por 14 anos. Também foi fundador e presidente da Acijam (Associação Empresarial de Jacinto Machado).

É presidente da Brazilrice (Cooperativa Central Brasileira de Arroz). Ocupa a vice-presidência da Fecoagro (Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina), é representante do ramo agropecuário das cooperativas catarinenses junto a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e membro na Câmara Setorial do Arroz Nacional pela Brazilrice.

Zanatta também presidirá o Conselho de Administração do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Santa Catarina (SESCOOP/SC).

Ocesc

A Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) reúne 249 associadas dos ramos agropecuário, crédito, infraestrutura, transporte, saúde, consumo, trabalho, produção de bens e serviços. No conjunto, essas cooperativas mantêm 4,2 milhões de catarinenses associados (cooperados) e faturam R$ 85,9 bilhões/ano.

Fonte: Assessoria Ocesc
Continue Lendo

Notícias Pioneirismo

Ministério da Agricultura e Pecuária comemora sete anos do programa de integridade

Durante esse período, o Mapa investiu no aperfeiçoamento de normas e instrumentos designados ao acesso à informação, correição, ética, canal de denúncias e outros envolvendo a alta administração, servidores e colaboradores. 

Publicado em

em

Conjunto de princípios, normas, procedimentos e mecanismos de prevenção, detecção e remediação de práticas de corrupção e fraude e de outros desvios de conduta que impactem a confiança, a credibilidade e a reputação institucional, o programa de integridade do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) foi implantado há sete anos. 

Por ter participado de projeto-piloto das ações de integridade no âmbito do Programa de Fomento à Integridade da Controladoria-Geral da União (CGU), o Mapa foi pioneiro na instituição do Programa de Integridade, criado em abril de 2017. Em 2019, o programa teve o nome alterado para Mapa Íntegro. 

Durante esse período, o Mapa investiu no aperfeiçoamento de normas e instrumentos designados ao acesso à informação, correição, ética, canal de denúncias e outros envolvendo a alta administração, servidores e colaboradores – o público interno. 

O Ministério ainda avançou na identificação dos riscos para a integridade pública, mapeando possíveis eventos de conflito de interesses, nepotismo, desvios de conduta, desvios éticos, fraude e corrupção. Dessa maneira, é possível mitigar essas ocorrências, protegendo a integridade e imagem do Ministério.  “O programa de integridade está em constante aperfeiçoamento e adequação às mudanças. O objetivo é fortalecer os instrumentos de integridade –ferramentas, normas e instâncias -, saindo de casos reativos para a construção de uma cultura de integridade, baseada em gestão de riscos e prevenção”, explicou a assessora Especial de Controle Interno do Mapa, Carolina Carballido. 

Reconhecimento nacional de integridade

A compreensão do Ministério da Agricultura em tornar a pauta, cada vez mais, uma responsabilidade compartilhada, originou a criação, em 2018, do Selo Mais Integridade. A medida visa incentivar empresas e as cooperativas do agronegócio a adotarem medidas anticorrupção, responsabilidade social e sustentabilidade ambiental.

Extensão do Mapa Íntegro, o Selo Mais Integridade é uma ferramenta para que o fomento à integridade vá além do órgão e alcance as partes relacionadas. Desde a sua criação, 118 selos já foram entregues a empresas e cooperativas do agro.

Ele garante a essas instituições a marca de reconhecimento de possíveis parceiros internacionais; melhor classificação de risco em operações de crédito junto às instituições financeiras oficiais; e maior engajamento com outras corporações nacionais que se relacionam com o mercado internacional e precisam comprovar a prática de ESG (Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança, em português).

Já o Cadastro AgroÍntegro é mais uma inciativa para promover a cultura da integridade no campo, destinada a reconhecer ações iniciais efetivas das organizações agropecuárias que demonstrem a implementação de práticas de integridade, ética e transparência, ainda que em estágio inicial.

Diretrizes estratégicas

Com intuito de auxiliar o entendimento sobre como fazer, de fato, integridade na governança, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) elaborou uma estratégia dividida em três grandes grupos: Sistema, Cultura e Prestação de Contas. 

Em primeiro lugar, um sistema de integridade coerente e abrangente, com compromisso, responsabilidade, estratégia e padrões. Logo depois, uma cultura de integridade pública com toda sociedade, liderança, baseada em mérito, capacitação e abertura de diálogo. E, por último, uma real prestação de contas, com gestão de riscos, cumprimento, fiscalização e participação social. 

Conforme a OCDE, a integridade pública se refere ao alinhamento consistente e à adesão de valores, princípios e normas éticas comuns para sustentar e priorizar o interesse público sobre os interesses privados no setor público.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

GT de Agricultura do G20 faz primeira reunião presencial e avança em acordos entre os países

Encontro reuniu representantes de 30 países, incluindo os membros do G20 e convidados, além de organizações internacionais.

Publicado em

em

O Grupo de Trabalho (GT) de Agricultura do G20, composto pelas 19 maiores economias mundiais e dois blocos regionais, realizou sua primeira reunião presencial sob a presidência brasileira nos dias 29 e 30, nas dependências do Serpro, em Brasília.

Desta vez, sob coordenação do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), o encontro reuniu representantes de 30 países, incluindo os membros do G20 e convidados, além de organizações internacionais, visando buscar soluções para um futuro sustentável e próspero para a agricultura e sistemas alimentares.

Fotos: Albino de Oliveira/MDA

Durante o primeiro dia, foram abordados temas como o papel da agricultura familiar no combate à fome e à pobreza, a mecanização sustentável dessa agricultura para elevar a produção de alimentos e a transformação dos sistemas alimentares, além da coordenação de iniciativas internacionais de apoio aos agricultores. No segundo dia, o grupo focou apresentação de comentários sobre a minuta da declaração ministerial que será assinada na última reunião do GT de Agricultura, em setembro.

A agenda também incluiu visitas aos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), bem como a estabelecimentos de agricultores familiares e uma cooperativa de laticínios, onde os participantes puderam observar diretamente os efeitos das políticas públicas brasileiras para o setor agrícola.

O GT de Agricultura inclui representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), MDA, Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O grupo, coordenado por Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, e copresidido por Fernanda Machiaveli, secretária Executiva do MDA, foca em temas como segurança alimentar, agricultura sustentável, inovação tecnológica, adaptação às mudanças climáticas e ações contra a fome e a pobreza.

De acordo com o secretário Roberto Perosa, o Ministério da Agricultura tem trabalhado para fomentar oportunidades e buscar novos mercados para os produtos dos pequenos, médios e grandes produtores brasileiros em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). “Estamos visitando diversos países na intenção de possibilitar a abertura de novos mercados tanto para as commodities quanto para os produtos dos pequenos proprietários rurais. A gente quer que os produtos cheguem aos mais diferentes locais e com isso promover um comércio justo. Além de dar oportunidade aos pequenos produtores de ter acesso ao mercado remuneratório internacional”, destacou.

O encontro presencial do GT serviu de preparação para a Reunião Ministerial que ocorrerá em setembro, no Mato Grosso, liderada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e para a Cúpula de Líderes que acontecerá no Rio de Janeiro em novembro. A próxima reunião do GT está agendada para junho em Brasília, precedida por um encontro de cientistas organizado pela Embrapa em maio.

G20

O Brasil, que assumiu a Presidência temporária do G20 em 1º de dezembro, planeja mais de 100 reuniões de grupos de trabalho e cerca de 20 reuniões ministeriais durante seu mandato, que se encerra em 30 de novembro de 2024. Essas atividades culminarão com a Cúpula de Chefes de Governo e Estado em novembro de 2024, no Rio de Janeiro, marcando a primeira vez que o Brasil ocupa tal posição no formato atual do grupo.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo
CBNA – Cong. Tec.

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.