Bovinos / Grãos / Máquinas
Setor lácteo da região Sul apresenta plano de competitividade
Obetivo é que setor produtivo e a indústria atinjam um padrão máximo de eficiência e acessem o mercado externo. Reunião também empossou novos dirigentes da CT de Bovinocultura de Leite da Faep.

O setor lácteo dos três Estados da região Sul deve concentrar esforços, ao longo dos próximos anos em superar dois desafios: atingir um padrão máximo de eficiência e acessar o mercado externo de forma considerável. As diretrizes fazem parte do “Plano de Desenvolvimento da Competividade Global do Leite Sul-Brasileiro”, da Aliança Láctea Sul Brasileira (ALSB). O projeto foi apresentado por Airton Spies, consultor da ALSB, em reunião da Comissão Técnica (CT) de Bovinocultura de Leite da Faep, realizada na terça-feira (28), na sede do Sistema Faep/Senar-PR, em Curitiba (PR).

Fotos: Divulgação/Faep
“A cadeia do leite é importantíssima, por ser um alimento de máxima importância a todos os seres humanos, e por sua importância social, já que não temos um local em que não haja produção leiteira”, disse o diretor-secretário do Sistema Faep/Senar-PR, Livaldo Gemin, na abertura do evento. “Temos aqui representantes do governo, da indústria e dos produtores, dos três Estados do Sul. Temos que concentrar esforçar para superar essa condição, de ter que vencer uma crise a cada ano. Temos que nos unir, com foco na competitividade do nosso setor”, completou Ronei Volpi, então presidente da CT de Bovinocultura de Leite da Faep.
O plano apresentado é resultado de nove anos de debates e ideia surgidas ao longo de reuniões da ALSB. Alguns alertas fizeram com que os elos da cadeia produtiva se mobilizassem. O primeiro deles diz respeito à estagnação da produção. Entre 2000 e 2014, a produção de leite no Sul aumentou 104%, chegando a 25 bilhões de litros processados pela indústria. Desde então, no entanto, a produção vem andando de lado. Além disso, nos últimos anos, o setor tem enfrentado sucessivas crises. A mais recente, relacionada à importação maciça de leite de países do Mercosul. Acesse o documento na íntegra
Hoje, o Sul produz 40,7% do leite consumido no país, embora a região contenha 15% da população brasileira. Ou seja, boa parte dos lácteos produzidos por Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul já são destinados a outras regiões. O problema é que o mercado interno já está saturado. Outro problema é que a produção de outros países também é uma ameaça. Países como Uruguai e Argentina, por exemplo, conseguem que seus produtos cheguem ao Brasil a preços até 10% menores, mesmo com o custo logístico da exportação. “Nosso grande desafio é ampliar a competitividade do nosso produto e ganhar mais mercados. Se produzirmos um litro de leite a mais, esse litro terá que ir para fora. Isso é um dilema para nós. Temos a necessidade de chegar ao mercado global, porque só o mercado interno não representa o nosso potencial”, aponta o consultor da ALSB, Airton Spies.
Entre os gargalos identificados pela ALSB estão a baixa eficiência agronômica e zootécnica no campo, o baixo rendimento industrial do leite, a alta volatilidade nos preços e entraves logísticos, desde a questão energéticas até a infraestrutura rodoviária. Por isso, o plano se foca na superação desses gargalos, com foco na eficiência. Para Spies, esse cenário vai fazer com que apenas produtores e empresas eficientes permaneçam na atividade. Outro ponto decisivo é que o setor se debruce sobre os próprios números, com objetivo de otimizar processos e reduzir os custos de produção. Só a partir da excelência é que os lácteos da região Sul poderão se impor no mercado internacional e rechaçar o produto estrangeiro.
“Para sermos competitivos temos que ser eficientes para baixar custos e termos uma logística eficaz”, resumiu Spies. “Precisamos de união, continuar sentados e conversando. A cada reunião, damos um passo à
frente. Ainda temos um degrau para chegar ao mercado internacional, que é a redução de 20% dos custos de produção. Precisamos resolver isso. Mas quando resolvermos, o céu será o limite”, concluiu.
Aliança Láctea Sul Brasileira
A Aliança Láctea Sul Brasileira foi criada em 2014, para se constituir num fórum público-privado para harmonizar e fomentar o desenvolvimento produtivo, industrial e comercial do setor lácteo do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O colegiado surgiu a partir de esforços conjuntos dos três Estados, que, juntos, se consolidam como a principal bacia leiteira do país.
Novos dirigentes tomam posse
Durante a reunião, um momento solene marcou a posse dos novos dirigentes da CT de Bovinocultura de Leite da Faep. Eduardo Lucacin, médico veterinário e produtor em Mariluz, assume a presidência, e Roger van der Vinne, médico veterinário e produtor em Carambeí, a vice-presidência. Além disso, a composição do colegiado ganhou novos membros, com destaque para um aumento significativo na representação feminina. Antes, havia apenas uma mulher no grupo, agora são sete.

Ronei Volpi, Lisiane Rocha Czech, Eduardo Lucacin e Roger van der Vinne durante a posse dos novos dirigentes
“Em 27 anos de profissão, esse é o cargo que mais me honra. É uma função de grande responsabilidade, principalmente depois do Dr. Ronei, que nos deixa um exemplo de vida e dedicação pela cadeia do leite. Por outro lado, é um desafio que fiquei honrado e feliz em aceitar. Vamos trazer renovação e manter esse padrão de trabalho feito até hoje”, afirmou Lucacin.
Após 30 anos à frente da CT, Ronei Volpi deixa o cargo e passa a ser consultor do colegiado, com intuito de ajudar na transição dos novos dirigentes. Volpi é reconhecido como uma grande liderança do setor de leite no Paraná e no Brasil. Ele foi um dos idealizadores do Conselho Paritário de Produtores/Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite-PR), primeiro colegiado do tipo no país, e teve papel fundamental na criação da Aliança Láctea Sul-Brasileira, que reúne representantes dos três Estados da região. Atualmente, Volpi é presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Comissão Nacional de Bovinocultura de Leite da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
Características da cadeia do leite
O gerente de Cadeias Produtivas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Hernani Alves, apresentou os resultados preliminares de um levantamento realizado pela instituição sobre a caracterização socioeconômica e tecnológica dos estabelecimentos leiteiros no Paraná. O trabalho foi uma demanda da Aliança Láctea.
Hoje, o Paraná é o segundo maior produtor de leite do país, com 4 bilhões de litros de leite por ano, o que equivale a 13% da produção brasileira. A pecuária de leite é a principal atividade em 32 mil propriedades rurais do Paraná – número que serviu de embasamento para a pesquisa realizada com os produtores rurais. O nível de confiança do levantamento realizado pelo IDR-Paraná é de 95%.
Segundo os dados apresentados na reunião, 80% dos estabelecimentos produzem até 500 litros de leite por dia, enquanto 20% das propriedades produzem 76% do leite do Paraná. Na avaliação de Alves, esses números ratificam o que foi dito por Spies em sua apresentação, sobre as exigências do setor que farão com que apenas produtores e empresas eficientes permaneçam na atividade.
Praticamente não há mais sazonalidade na produção de leite paranaense, da qual 49% são entregues nas cooperativas e 44% em laticínios privados. Até mil litros por dia, é uma atividade majoritariamente familiar. Além disso, 54% dos produtores de leite são membros efetivos de alguma cooperativa, enquanto 28% participam de associações de produtores.
Os produtores de leite que participaram da pesquisa também apontaram o que consideram serem os principais desafios da atividade nos próximos cinco anos. As questões mais citadas foram o alto custo de produção (75%), baixa lucratividade (70%) e falta de valorização da atividade leiteira (48%).
Entre os planos para a propriedade leiteira elencados pelos produtores, estão o aumento da produção diária (55%), melhoramento genético do rebanho (44%), aumento do rebanho (35%) e investimento em novos equipamentos e automação (20%).

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Brasil apresenta na COP30 ações que unem produtividade e redução de metano na pecuária
Iniciativas do Mapa destacam inovação, assistência técnica e parcerias internacionais para ampliar tecnologias sustentáveis e fortalecer a pecuária de baixa emissão.

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou, nesta segunda-feira (17), na Blue Zone da COP30, as principais ações brasileiras que associam ganho de produtividade à redução das emissões de metano na pecuária. A agenda reuniu representantes de financiadores como Global Methane Hub e Environmental Defense Fund (EDF), além de organizações multilaterais como a FAO, a Climate and Clean Air Coalition (CCAC) e a Clean Air Task Force (CATF).
O Mapa foi representado por Bruno Brasil, diretor do Departamento de Produção Sustentável, que destacou a integração entre inovação, assistência técnica e práticas sustentáveis para acelerar a transição climática no campo.

Foto: Mapa
Segundo ele, a adoção de tecnologias alinhadas ao Plano ABC+ e a estratégias de intensificação sustentável reforça o papel do Brasil como referência global em pecuária de baixa emissão. “A experiência brasileira demonstra que o ganho de produtividade na pecuária é uma medida efetiva na redução da intensidade de emissões de metano, conciliando sustentabilidade e renda para o produtor rural”, destacou Bruno Brasil.
Durante o encontro foram discutidas possibilidades de financiamento para serviços de ATER digital com foco em ampliar o acesso de produtores a soluções tecnológicas e sustentáveis. As instituições presentes reforçaram a importância de parcerias internacionais para fortalecer iniciativas que apoiam a redução do metano e a adaptação climática na agropecuária.
Bovinos / Grãos / Máquinas Irregularidades sanitárias
Cargueiro barrado na Turquia inicia retorno após dois meses sem desembarque
Retorno deve durar cerca de um mês, com chegada prevista para 14 de dezembro. As condições a bordo têm sido descritas por testemunhas como degradantes, com forte odor, infestação de moscas e carcaças acumuladas no convés, em processo avançado de decomposição.

Cerca de três mil vacas estão há dois meses confinadas em um navio que não obteve autorização para desembarcar sua carga na Turquia, após autoridades identificarem graves irregularidades na documentação sanitária e na identificação dos animais. A inspeção turca constatou que 146 bovinos estavam sem brincos de identificação ou com numeração ilegível, enquanto 469 apresentavam marcas que não correspondiam às listas oficiais de importação, falhas que acenderam o alerta para riscos sanitários, incluindo a possível transmissão de doenças. Também foi reportada a morte de 48 animais durante a viagem.
O cargueiro Spiridon II deixou Montevidéu, Capital do Uruguai, em 20 de setembro, e chegou à região do porto de Bandırma em 22 de outubro. Desde então, não recebeu permissão para desembarcar as vacas, destinadas à produção de leite. Após semanas ancorado, o navio deixou Bandırma na última sexta-feira (14), cruzou o Estreito de Çanakkale e agora navega de volta rumo ao Uruguai. Segundo dados da plataforma MarineTraffic, o retorno deve durar cerca de um mês, com chegada prevista para 14 de dezembro.

Fotos: Reprodução
Odor forte e infestação de moscas
As condições a bordo têm sido descritas por testemunhas como degradantes, com forte odor, infestação de moscas e carcaças acumuladas no convés, em processo avançado de decomposição. Além das mortes registradas, a organização Animal Welfare Foundation (AWF) relatou, com base em informações obtidas localmente, o nascimento de cerca de 140 bezerros durante a travessia.
Retorno a Uruguai
A especialista em bem-estar animal Maria Boada, da AWF, alertou que muitos dos bovinos não devem resistir a uma segunda viagem de um mês até Montevidéu e que o navio aparenta ter estoque insuficiente de alimento. Ela também afirmou ser provável que os animais mortos tenham sido descartados no mar.

Foto: Reprodução
A veterinária australiana Lynn Simpson, referência internacional em transporte marítimo de animais, lançou novos alertas ao relatar vazamento de fluidos provenientes de carcaças em decomposição no convés, destacando riscos ao bem-estar animal, à saúde pública e à segurança ambiental.
Esta não é uma situação isolada envolvendo a exportação de animais vivos. Ao redor do mundo, casos como esse se repetem, cada vez com maior frequência, devido à péssima condição dos chamados navios boiadeiros. A exportação de animais vivos é uma das atividades de maior impacto negativo da pecuária, as más condições de higiene e bem-estar nos navios causam intenso sofrimento animal e oferecem riscos à saúde pública e ao meio ambiente.
Outros casos
Em 2024, o navio transportador de animais vivos Al Kuwait atracou no porto da Cidade do Cabo para carregar ração. A chegada do curral flutuante poluiu o ar da capital legislativa da África do Sul e seu cartão-postal mais característico com o cheiro fétido de esterco de 19.000 touros embarcados no Brasil para serem enviados ao Iraque. O episódio foi exposto pela National Council of Societies for the Prevention of Cruelty to Animals (NSPCA).
A equipe da NSPCA que embarcou no navio descreveu o que testemunhou como abominável. Além de animais mortos, outros animais feridos e doentes foram encontrados a bordo, alguns dos quais tiveram que ser sacrificados. Havia escassez de medicamentos necessários para lidar com os problemas de saúde animal encontrados, entre eles um surto de conjuntivite bovina. Tampouco havia assistência médica suficiente: apenas dois veterinários, auxiliados por quatro tratadores, acompanhavam os 19.000 touros.
Em 2019, o Queen Hind naufragou no Porto de Midia na Romênia, pouco após zarpar carregado com milhares de ovinos vivos. Em 2022, o Al Badri 1, também carregado, adernou e afundou em um berço de atracação do porto de Suakin, no Sudão. O navio que afundou no porto romeno, o Queen Hind, esteve no Brasil apenas alguns meses antes do acidente. Investigações subsequentes indicaram diversas irregularidades, inclusive a existência de compartimentos de carga ocultos. Tanto o Haidar quanto o Queen Hind e o Al Badri 1 eram navios convertidos.
Em 2018, uma operação de exportação de bovinos vivos causou intensa poluição do ar na cidade de Santos-SP, em decorrência do acúmulo de fezes e urina dos animais na embarcação, o navio de bandeira panamenha MV Nada. Os 27 mil bois pertenciam à Minerva e tinham por destino a Turquia. A empresa foi multada pela prefeitura municipal por infração ambiental e maus tratos animais.
Em 2015, na cidade de Barcarena (PA), o navio Haidar, com quase 5 mil bois vivos, 28 tripulantes a bordo e 700 toneladas de óleo, naufragou no Porto de Vila do Conde. A decomposição dos corpos dos animais mortos e o vazamento de óleo do navio provocaram um dos piores desastres ambientais da história do estado. As carcaças e o óleo que vazou do Haidar deixaram um rastro de contaminação que alcançou a cidade de Belém, cerca de 60 km rio abaixo.
Em 2012, 2.750 bois morreram asfixiados a bordo do navio de bandeira panamenha MV Gracia Del Mar, em decorrência de uma pane no sistema de ventilação durante a viagem. Os animais, fornecidos pela Minerva, foram embarcados no porto de Vila do Conde, em Barcarena-PA, e tinham por destino o Egito.
No Porto de São Sebastião, o terceiro do país que mais exporta animais vivos, a população relata como fica a cidade nos dias de operação: o trânsito fica congestionado pelo grande fluxo de caminhões; o mau cheiro das fezes e da urina dos animais empesteia o ar e prejudica o turismo na região. Este cenário foi retratado no documentário “Elias: O Boi que Aprendeu a Nadar”, da Mercy For Animals.
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Casos de raiva no Paraná exigem cuidados redobrados nas propriedades
Crescimento dos focos da doença mobiliza autoridades, Sistema Faep e produtores na vacinação obrigatória, reforço da vigilância e ações de educação sanitária em diversas regiões.

O Paraná tem registrado casos de raiva herbívora em rebanhos de animais de produção, o que acende o alerta para a necessidade de ações de controle da zoonose (doença infecciosa transmitida entre animais e seres humanos).
Por isso, as autoridades sanitárias, com apoio do Sistema Faep e produtores rurais, têm promovido uma série de medidas de controle, como vacinação obrigatória, reforço na vigilância e campanhas de educação. “Nas últimas décadas, o Sistema Faep investiu, de forma sistemática, na sanidade animal e na segurança das atividades agropecuárias. Agora, nas ações contra a raiva, não é diferente. Temos colaborado ativamente nas campanhas de disseminação de informações e de conscientização. É preciso ampliar a importância do controle dessa doença e garantir a proteção dos nossos rebanhos comerciais”, enfatiza o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette.

Foto: Licia Rubinstein
A presença da raiva no Paraná é recorrente, o que exige atenção constante dos produtores. Porém, há uma região que concentra boa parte dos casos. Em 2024, o Estado confirmou 227 focos de raiva, sendo mais da metade em propriedades localizadas na área de abrangência das regionais de Cascavel e Laranjeiras do Sul. A situação se repete em 2025. Até setembro, já foram contabilizados 166 focos em 41 municípios, sendo 81 na região Oeste.
De acordo com chefe do Departamento de Saúde Animal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adapar), Rafael Gonçalves Dias, esse número elevado motivou a publicação da Portaria 368/2025, que torna obrigatória a vacinação contra raiva em 30 municípios da região Oeste do Paraná (veja a lista mais abaixo) para bovinos, búfalos, cavalos, asnos, mulas, ovinos e caprinos a partir de três meses de idade. “Simultaneamente, intensificamos a mobilização com o projeto ‘Adapar Educa a Campo’, que tem percorrido municípios da região para fortalecer a conscientização e engajamento local. Essas ações visam a contenção de focos ativos e a prevenção em áreas vizinhas para evitar a expansão da doença”, detalha Dias.
Em outubro, o órgão e o Sistema Faep realizaram reuniões e encontros em propriedades rurais, assentamentos e prefeituras, com um público estimado em 1,1 mil pessoas. Além disso, a campanha teve divulgação nos veículos de comunicação do Oeste. “O Sistema Faep apoiou diretamente essa ação. Esse projeto-piloto, cuja proposta é expandir para outras áreas da defesa agropecuária, promoveu a integração entre a agência e a sociedade por meio da educação sanitária”, explica Nicolle Wilsek, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP.
Confira os municípios onde a vacinação é obrigatória
- Boa Vista da Aparecida
- Braganey
- Campo Bonito
- Capanema
- Capitão Leônidas Marques
- Cascavel
- Catanduvas
- Céu Azul
- Diamante d’Oeste
- Foz do Iguaçu
- Guaraniaçu
- Ibema
- Itaipulândia
- Lindoeste
- Matelândia
- Medianeira
- Missal
- Planalto
- Pérola d’Oeste
- Quedas do Iguaçu
- Ramilândia
- Realeza
- Rio Bonito do Iguaçu
- Santa Lúcia
- Santa Tereza do Oeste
- Santa Terezinha de Itaipu
- São Miguel do Iguaçu
- Serranópolis do Iguaçu
- Três Barras do Paraná
- Vera Cruz do Oeste
Saiba como identificar casos de raiva

Foto: Fabiano Bastos
A raiva em herbívoros é transmitida, entre outras formas, por morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue de animais). Entre os sintomas da doença estão o isolamento do animal, apatia ou agitação, perda de apetite, salivação intensa e dificuldade para engolir, fezes secas e escuras, e progressiva paralisia dos membros. “Diante desses sinais clínicos, a doença é praticamente irreversível e fatal para os animais acometidos”, alerta Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar.
Se um produtor suspeitar de raiva em algum animal do rebanho, a orientação é: isolar o animal suspeito, notificar imediatamente à Adapar e não mexer ou manipular o animal sem proteção. “É importante que quando o animal morrer, o produtor solicite a visita da Adapar para coletar uma amostra. Além disso, ações importantes são reforçar a vacinação no entorno da propriedade, identificar possíveis abrigos de morcegos e monitorar os demais animais da propriedade”, orienta Dias.
Outros cuidados
O chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar enfatiza que, mesmo em municípios onde a vacinação não é obrigatória, o ato de imunizar o rebanho previne que animais suscetíveis sejam infectados caso o vírus chegue até aquela área. “Mesmo sem obrigatoriedade legal, vacinar ajuda a formar uma ‘cobertura imunológica’, que reduz o risco de propagação desde as áreas de foco. Vacinar antecipadamente constitui uma medida preventiva responsável e vantajosa, independentemente de obrigatoriedade legal”, reforça.
Segundo Nicolle Wilsek, técnica do Sistema FAEP, há medidas complementares que ajudam na prevenção da raiva e de outras doenças que podem afetar os rebanhos. “É preciso seguir boas práticas sanitárias, como manter o registro detalhado de vacinações, investir em capacitação contínua, incluir cláusulas de sanidade em transações de animais e promover a conscientização de cuidados pessoais no manejo”, destaca.



