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Presidência do G20 pode ser vitrine para mostrar o comprometimento do Brasil com o desenvolvimento sustentável

O webinar ainda tratou sobre o mercado de carbono.

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Ingo Ploger, vice-presidente da Abag - Foto: Divulgação/Abag

A presidência do Brasil no G20 será vitrine para o país, que poderá mostrar ao mundo como o desenvolvimento sustentável é prioritário, com reflexos nas ações do governo federal, mas também na iniciativa privada. Essa foi uma das avaliações do webinar Abagtalks – Agronegócio e Geopolítica: o papel do Brasil frente às novas regulamentações estrangeiras, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), nesta segunda-feira, 13 de agosto.

Moderador do debate, Ingo Ploger, vice-presidente da Abag e coordenador do Comitê de Relações Internacionais, observou que essa atuação acontece em um momento de enfraquecimento da Organização Mundial do Comércio (OMC), entidade concebida orginalmente para facilitar formalização de conflitos e estabelecer acordos comerciais entre países. Com a OMC eclipsada, diferentes blocos econômicos têm se movimentado para ocupar esse espaço de negociação.

Nesse contexto, o desafio geral do Brasil é o de demonstrar benefícios que o comércio agrícola gera para todas as partes, conforme destacou o embaixador Luiz Fellipe Schmidt, primeiro-secretário e chefe da Divisão de Política Agrícola do Ministério das Relações Exteriores (MRE), que participou do webinar como debatedor, no lugar do embaixador Fernando Pimentel. “Sempre nos deparamos, de alguma forma, com o protecionismo comercial. No agronegócio, isso pode ser visto de forma destacada, como países com graus de subsídios muito grandes.

Em sua avaliação, esse protecionismo também se manifesta na forma de barreiras, com justificativas exógenas ao sistema de comércio entre países, a exemplo de barreiras fundamentadas em questões ambientais. Essa estratégia vem sendo utilizada para imposição de iniciativas unilaterais, especialmente por países com poder econômico ou capacidade de influenciar a agenda global. “Dessa forma, o desafio da sustentabilidade é a horizontalidade que ela provoca, exigindo uma atuação multidisciplinar e multissetorial. Uma ação defensiva, por exemplo, precisa ser feita de maneira coordenada para que seja efetiva”, acrescentou.

No webinar Abagtalks, Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) – que também participou como debatedora –, destacou que a interface entre comércio e desenvolvimento sustentável veio para ficar, gerando interrogações, riscos e oportunidades. “Percebemos nessa mudança geopolítica que outros objetivos de políticas públicas passaram a influenciar nas políticas comerciais”, pontuou. A seu ver, os países que construíram o comércio multilateral, atualmente, estão atuando de uma forma diferente em prol de outras políticas.

Ela ressaltou que o Brasil possui posição privilegiada por ser referência em temas como segurança energética e alimentar, proteção ambiental e por estar distante geograficamente de regiões onde há conflitos armados. “Estamos bem-posicionados diante das dificuldades, mas elas existem. Ou seja, o mundo está mais desafiador para o Brasil exercer esse potencial em sua plenitude”, afirmou. Mencionou ainda o fato de que o produto brasileiro pode ser mais bem trabalhado a partir de seus atributos de sustentabilidade.

O webinar da Abag ainda tratou sobre o mercado de carbono, no qual Ploger destacou a importância de se tratar do ativo ambiental nas discussões internacionais; da maior integração entre o ente público e a iniciativa privada; a reestruturação da OMC e a união dos países da América Latina, no qual Schmidt lembrou que o Brasil tem conseguido atrair os países da região para tratar em conjunto dos desafios comuns – um exemplo foi o documento emitido pela América Latina na reunião da OMC no ano passado. “A OMC precisa ser fortalecida, para ter sua capacidade de ação restaurada. O Brasil vai ser proativo nessa ação”, enfatizou.

Tatiana Prazeres ponderou ainda que o mundo caminha para uma economia de baixo carbono, e que o Brasil possui uma matriz energética limpa, renovável e barata, podendo se posicionar no mundo como um destino de capital de investimento, por ter uma menor pegada de carbono e, ao mesmo tempo, como fornecedor para países que buscam diversificar sua matriz energética. “Esse é um novo momento para o Brasil, e podemos fazer bom uso dele tendo um esforço em conjunto da iniciativa pública e do setor privado”, destacou.

Fonte: Assessoria Acav

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Falta de chuva preocupa; cotações da soja têm novos aumentos

Paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo. 

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Foto: Geraldo Bubniak

A falta de chuva nas principais regiões produtoras de soja no Brasil vem deixando agentes em alerta, visto que esse cenário pode atrasar o início da semeadura na temporada 2024/25.

Segundo pesquisas do Cepea, nesse cenário, vendedores restringem o volume ofertado no spot nacional, ao passo que consumidores domésticos e internacionais disputam a aquisição de novos lotes.

Com a demanda superando a oferta, os prêmios de exportação e os preços domésticos seguem em alta, também conforme levantamentos do Cepea.

A paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.

Fonte: Assessoria Cepea
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Exportação de ovos cai 42% em um ano e processados têm menor participação desde dezembro de 2022

De acordo com dados da Secex, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023. 

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Foto: Rodrigo Félix Leal

As exportações brasileiras de ovos comerciais recuaram pelo segundo mês consecutivo, refletindo a diminuição nos embarques de produtos processados, como ovalbumina e ovos secos/cozidos.

De acordo com dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.

Das vendas externas registradas no último mês, apenas 24,6% (o equivalente a 305 toneladas) corresponderam a produtos processados, a menor participação dessa categoria desde dezembro de 2022, também conforme a Secex.

Fonte: Assessoria Cepea
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Preços do milho seguem em alta no Brasil

Atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.

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Foto: Gilson Abreu

Levantamentos do Cepea mostram que os preços do milho seguem em alta no mercado doméstico.

Segundo pesquisadores deste Centro, atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.

Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea explicam que a procura internacional pelo milho brasileiro tem se aquecido, sustentada pela maior paridade de exportação.

Compradores internos também têm retomado as negociações, seja para recompor estoques e/ou por temerem novas valorizações nos próximos dias.

Quanto aos embarques, em agosto, somaram 6,06 milhões de toneladas do cereal, praticamente o dobro das 3,55 milhões escoadas em julho, mas ainda 35% inferiores aos de agosto de 2023, conforme dados Secex.

Fonte: Assessoria Cepea
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