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Avicultura

Máximo uso da energia é a chave para a lucratividade

Aditivos que promovam o máximo aproveitamento dos nutrientes são essenciais nesse cenário para que o produtor deixe de perder ou em performance ou em nutrientes desperdiçados (que custam, e muito!)

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Foto: Bing

O último Índice de Custo de Produção de Frangos (ICPF) da Embrapa aponta a nutrição como fator responsável por mais de 66% do custo de produção total do frango. Utilizar ingredientes de qualidade não basta. É necessário utilizar o desenvolvimento científico a favor do máximo retorno do investimento. Isso quer dizer, não basta fornecer ingredientes de boa qualidade; é preciso garantir que o frango consiga utilizá-los ao máximo para sua performance.

Aditivos que promovam o máximo aproveitamento dos nutrientes são essenciais nesse cenário para que o produtor deixe de perder ou em performance ou em nutrientes desperdiçados (que custam, e muito!)

Foto: Shutterstock

A energia tem um alto custo nas dietas. Por isso é crucial para a boa rentabilidade e lucratividade do negócio que os animais consigam aproveitar o máximo possível da energia fornecida. Sempre que se fala em energia, pensamos diretamente em óleo, gordura e extrato etéreo. O processo de digestão e absorção dessa fração lipídica é bastante único e será explicado logo a seguir. Este é um processo que consiste em basicamente 3 passos: emulsificação, hidrólise e absorção.

A emulsificação é a primeira parte do processo de digestão e absorção de óleos e gorduras. Consiste basicamente em tornar menores as gotículas de gordura para que tenham sua superfície de contato aumentada. Com maior superfície de contato, é mais fácil manter a emulsão (ou seja, a mistura de água com o óleo).

Mas, por que precisamos emulsificar a gordura e manter essa emulsão? Simplesmente porque o lúmen intestinal é predominantemente aquoso. Precisamos que a fração lipídica consiga se misturar a este meio aquoso, onde se encontram todo o necessário para a perfeita digestão dos nutrientes. Para que o processo de digestão e absorção lipídica se inicie é necessário que ocorra a interface entre lipídios e água.

A segunda parte do processo de digestão e absorção de óleos e gorduras consiste em quebra das gorduras em ácidos graxos. Essa ação é realizada principalmente pela lipase, seja ela endógena ou exógena.

Mas por que as gorduras precisam ser quebradas em ácidos graxos? Porque é necessária a formação de micelas para que a gordura consiga ser absorvida pelo intestino. E os ácidos graxos, assim como os monoglicerídeos, são partes formadores das micelas. A formação das micelas mistas é fundamental para que os produtos da hidrólise lipídica possam atravessar a camada estacionária de água presente sobre a mucosa intestinal e serem absorvidos pelos enterócitos. A micela mista aumenta a concentração de ácidos graxos livres e monoglicerídeos em contato com a superfície absortiva da mucosa intestinal em até 100 vezes. Sem micela não há absorção da fração lipídica da dieta.

E finalmente, a última parte do processo de digestão e absorção de óleos e gorduras consiste na absorção dos monoglicerídeos e ácidos graxos no intestino.
Porque são responsáveis pelo transporte de ácidos graxos através do trato gastrintestinal, a formação de micelas estáveis é tão importante para a máxima absorção da fração lipídica da dieta. Uma vez no intestino no sítio de absorção, os ácidos graxos adentram nos enterócitos por difusão simples, visto que são lipossolúveis.

Um produto que atue nas 3 etapas do processo de digestão da fração energética é uma maneira de otimizar o uso das fontes de energia pelo animal. Muito além do poder das lecitinas, hoje já existem produtos com formulações superiores, baseados em inovação e desenvolvimento científico, resultando em benefícios muito superiores.

Ideal que a tecnologia adotada atue na emulsificação. Para isso pode-se utilizar um emulsificante sintético. Lembrando que existem dosagens estudadas, já que um excesso deste poderia afetar a digestão e absorção de gorduras de maneira negativa. Adicionalmente, importante que a tecnologia adotada ofereça suporte para a formação de micelas, com inclusão, por exemplo, de monoglicerídeos.

Estudos e resultados

Foram realizados 2 estudos para testar os resultados da inclusão de um intensificador de absorção de nutrientes (IAN) em dietas formuladas com baixo teor de energia (redução de 100, 150 e 200 kcal de energia metabolizável (ME) por quilograma de dieta). O IAN foi adicionado na dose de 250g/ton.

No 1º experimento, já aos 7 dias de idade houve uma diferença significativa (p<0,05) para o peso corporal entre as aves não suplementadas e as aves suplementadas. As aves que receberam 250 g/t de IAN apresentaram 3,5% mais peso do que as aves alimentadas com a dieta controle (p<0,05). Diferenças significativas no peso corporal permaneceram ao longo do ensaio com melhorias de 5,2%, 7,5% e 7,8% para aves nos dias 14, 21 e 28, respectivamente (p <0,05).

Em relação a CA, houve uma tendência de redução entre os tratamentos até o 7º dia, com redução significativa da CA nos dias 7-14 (p<0,05) e 14-21 (p<0,05). No período total, a suplementação resultou em uma redução significativa de 4,6% na CA (p <0,05).

Em resumo, no período total, a suplementação resultou em uma redução significativa de 4,6% na CA (p <0,05) e aumento de 11% no peso corporal em comparação ao tratamento controle.

Já no 2º experimento houve um aumento (p<0,05) no peso corporal do grupo suplementado com 250 g/t de IAN, entre os dias 14 e 28. O peso corporal aos 28 dias, bem como no abate (dia 30), continuou a ser maior (p<0,05) para as aves alimentadas com dietas suplementadas em 250 g/t de IAN.

Entre os dias 7 e 21 houve uma melhora (p< 0,05) na conversão alimentar do grupo suplementado com 250 g/t de IAN.

Em resumo, ao longo de todo o ensaio, as aves alimentadas com dietas suplementadas com IAN mostraram melhora de 5% no peso corporal e diminuição da conversão alimentar em 4% (p<0,05).

Conclusão

Podemos concluir que o uso de um intensificador de absorção de nutrientes de última tecnologia permitiu melhoras significativas mesmo utilizando dietas com baixo nível de energia, onde a melhora de aproveitamento dos nutrientes foi convertida em maior peso e melhor conversão alimentar das aves, gerando um retorno de investimento significativo.

As referências bibliográficas estão com as autoras.

 

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse acesse gratuitamente a edição digital Avicultura Corte e Postura. Boa leitura!

 

Fonte: Por Gisele Neri, gerente de produtos Kemin, Elisa François, grente de serviços técnicos Kemin e Rafaela Pereira, gerente de serviços técnicos Kemin

Avicultura

Conbrasfran 2024 reúne especialistas para discutir segurança do alimento em plantas de abate

Evento realizado pela Asgav agrega líderes de todos os elos da cadeia de frango de corte de 25 a 27 de novembro.

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Foto: Ari Dias

A Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran), vai reunir especialistas da BRF, da Vibra, do Ministério da Agricultura e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para debater a segurança do alimento e estratégias para reduzir riscos e falhas no abate de aves durante o Painel Superando desafios e garantindo a segurança dos alimentos.

O evento, realizado pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha, vai reunir cerca de 300 participantes, líderes de todos os elos da cadeia produtiva de frango de corte. Este painel vai acontecer no dia 26 de novembro, a partir das 08h45, com a abertura da diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa/SDA) do Mapa, Juliana Satie, que vai apresentar Atualizações sobre modernização do sistema de inspeção federal de abatedouros de aves.

Em seguida, a professora da UFRGS Liris Kindlein vai debater O papel do médico veterinário no sistema de inspeção com base em risco. Logo depois, o diretor de Assuntos Regulatórios da BRF, José Roberto Gonçalves, vai ministrar a palestra Superando desafios: Estratégias para reduzir falhas no abate e no processamento. A coordenação dos debates será da supervisora de Controle de Qualidade da Vibra, Mirele Bragato.

O Painel Superando desafios e garantindo a segurança dos alimentos faz parte da programação do 5º Encontro de Qualidade Industrial na Avicultura – Frigoríficos, promovido pela Asgav.

Para mais informações ou para se inscrever na Conbrasfran 2024 entre em contato pelo e-mail conbrasfran@asgav.com.br, através do telefone (51) 3228-8844 ou do WhatsApp (51) 98600-9684.

Fonte: Assessoria Asgav
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Avicultura

Sindiavipar homenageia Ricardo Santin por fortalecer a avicultura brasileira no mercado global

Honraria destacou os esforços incalculáveis e o compromisso com a excelência, que ajudaram a fortalecer a posição do país no cenário global, elevando a ABPA como referência setorial reconhecida mundialmente pelos setores avícola e suinícola.

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Fotos: Jaqueline Galvão/OP Rural

Em um gesto de reconhecimento à dedicação e liderança que têm sido fundamentais para o crescimento e desenvolvimento da avicultura no Brasil, o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) prestou uma homenagem a Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O tributo destacou os esforços incalculáveis e o compromisso com a excelência, que ajudaram a fortalecer a posição do país no cenário global, elevando a ABPA como referência setorial reconhecida mundialmente pelos setores avícola e suinícola.

Durante um encontro festivo promovido pelo Sindiaviapar, realizado em conjunto com a cadeia produtiva paranaense, Santin se mostrou emocionado ao receber a honraria. “Foi uma surpresa, pensei que estava vindo para um jantar com amigos do setor. Receber esta homenagem do Sindiavipar e de toda a cadeia produtiva do Paraná é uma manifestação de carinho imensa, porque a avicultura do Paraná é um grande eixo de desenvolvimento da avicultura brasileira, hoje com 40% da exportação, 35% da produção. Isso me deixa muito honrado. Fico muito feliz e aumenta ainda mais a minha responsabilidade, pois acompanhei o início das atividades da ABPA e a trajetória do Francisco Turra, e junto com ele ajudei a construir esta ABPA forte”, declarou Santin.

O presidente do Sindiavipar e sócio-diretor da Globoaves, Roberto Kaefer, ressaltou a importância do trabalho de Ricardo Santin para o setor. “Fazer uma homenagem ao Ricardo Santin é reconhecer uma pessoa que trabalha muito pelo nosso setor. Este ano vamos chegar aos 5,2 milhões de toneladas de carne de frango exportadas, batendo recorde e nos consolidando como o maior exportador do mundo. A avicultura do Brasil, com mais de 36% de representatividade nacional e 42% das exportações, tem hoje 150 países comprando de nós. Isso é fruto do dinamismo e da capacidade de negociação que a ABPA, sob a liderança de Santin, tem demonstrado. O Brasil, além de oferecer um produto de qualidade superior, tem a capacidade de atender sempre às demandas do mercado global”, enalteceu.

O evento contou com a presença de líderes empresariais e figuras importantes do setor, como os presidentes da Coopavel, Dilvo Grolli; da Copacol, Valter Pitol; o gerente da Divisão Industrial da C.Vale, Reni Girardi; o médico-veterinário e diretor da Mercolab, Alberto Back; além de representantes das maiores empresas de alimentos, genética, laboratórios e insumos do país.

A homenagem a Ricardo Santin ressalta a importância de sua atuação à frente da ABPA, onde ele tem sido peça-chave no crescimento e na promoção da avicultura e suinocultura brasileiras, consolidando o país como um dos maiores players no mercado mundial de proteína animal.

Fonte: O Presente Rural
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Avicultura

Exportações de carne de frango alcançam maior preço médio em dois anos

Valor médio das exportações volta a superar US$ 2 mil dólares/Ton; receita em reais cresce 8,1%.

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Foto: Jonathan Campos/AEN

O preço médio das exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) voltou a superar o patamar de US$ 2 mil dólares por tonelada, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Em agosto, o preço médio da tonelada exportada alcançou US$ 2.089, número 8,9% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, de US$ 1.918. É o maior preço médio desde agosto de 2022, com US$ 2.106 dólares por tonelada.

Ao todo, foram embarcadas 379,8 mil toneladas em agosto, volume 12,3% menor em relação ao mesmo período do ano passado, com 433,3 mil toneladas. Em receita, a queda foi menor, de 4,5%, com US$ 793,6 milhões registrados em agosto deste ano, contra US$ 831 milhões no mesmo período do ano passado. Já a receita em Reais cresceu 8,1%, com R$ 4,406 bilhões em agosto deste ano, contra R$ 4,074 bilhões no oitavo mês de 2023.

Presidente da ABPA, Ricardo Santin: “O fluxo de embarques registrado até aqui segue média mensal equivalente a dos 12 meses de 2023” – Foto: Divulgação/Arquivo OPR 

No ano (janeiro a agosto), o volume embarcado de carne de frango alcançou 3,432 milhões de toneladas, volume 1,8% menor em relação ao mesmo período do ano passado, com 3,495 milhões de toneladas. A receita registrada nos oito primeiros meses de 2024 chegou a US$ 6,319 bilhões, saldo 7,8% menor em relação ao mesmo período do ano passado, com US$ 6,858 bilhões. A receita em Reais acumulada no ano totalizou R$ 33,004 bilhões, saldo 4,1% menor em relação ao ano anterior, com R$ 34,412 bilhões. “O fluxo de embarques registrado até aqui segue média mensal equivalente a dos 12 meses de 2023, se estabelecendo em torno de 430 mil toneladas”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

No levantamento por destino, os Emirados Árabes assumiram o primeiro posto, com 39,2 mil toneladas importadas do Brasil em agosto, número 17% menor em relação ao mesmo período do ano passado. Em ritmo diferente, os embarques para o Japão cresceram 32%, alcançando 39 mil toneladas. Em seguida vieram África do Sul, com 28,1 mil toneladas (+11%), Arabia Saudita, com 26,9 mil toneladas (-28%) e a China, agora no quinto posto, com 16,3 mil toneladas (-69%).

No levantamento por estado, o Paraná segue na liderança das exportações, com 161,2 mil toneladas exportadas em agosto (-2,7), seguido por Santa Catarina, com 84,2 mil toneladas (-14,1%), Rio Grande do Sul, com 37,8 mil toneladas (-42,5%), São Paulo, com 23,8 mil toneladas (-3,1%) e Goiás, com 17,8 mil toneladas (+4,3%).

“O preço médio foi fortemente influenciado pelo crescimento dos embarques para mercados com alto valor agregado, como o Japão. Por outro lado, houve perda de janela de embarques em determinados portos, especialmente em Paranaguá, onde há grande represamento de fluxo logístico. Colaborou para o resultado menor, também, efeitos pontuais da Doença de Newcastle, especialmente nos embarques para a China e o México”, destaca Santin.

Fonte: Assessoria ABPA
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ABMRA 2024

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