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Avicultura

Resultados uniformes e consistentes para uma maior eficiência econômica em granjas avícolas

A eficiência alimentar é o principal indicador de performance técnica na produção de aves e suínos. Com os preços da carne e ovos em alta, mas nem sempre compensando os aumentos dos custos com a alimentação, a taxa de conversão alimentar se torna o primeiro indicador a ser melhorado.

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Foto: Shutterstock

A grande pressão nos preços tem forçado todas as organizações a melhorarem sua eficiência econômica de uma maneira profunda. O mundo da produção animal não está imune a essa limitação, muito pelo contrário. Tanto para a produção de carne de frango, ovos ou carne suína, os custos com a alimentação representam mais de 50% dos custos de produção no campo. Este é o motivo pelo qual é essencial focar na eficiência alimentar.

Porém, na cadeia alimentar, o campo não é a única parte envolvida. Empresas de produção e abatedouros têm suas próprias dificuldades. Ainda que, atualmente, o foco principal seja em custos com energia e mão de obra, estas empresas também têm que gerenciar as oscilações na produção. Na verdade, o número e o peso dos animais no frigorífico nunca alcançam o que foi planejado na logística. Por outro lado, a mortalidade e as variações de manejo na performance de crescimento são fontes de divergências que penalizam os frigoríficos e toda a cadeia de produção.

Hoje, é possível melhorar a situação através de ações em ambas:

A resiliência da economia das propriedades através da eficiência alimentar.
A eficiência econômica através da uniformidade na produção.
A eficiência alimentar para a sustentabilidade econômica das granjas

A eficiência alimentar é o principal indicador de performance técnica na produção de aves e suínos. Com os preços da carne e ovos em alta, mas nem sempre compensando os aumentos dos custos com a alimentação, a taxa de conversão alimentar se torna o primeiro indicador a ser melhorado.

Algumas soluções técnicas com o objetivo de baixar o custo de alimentação rapidamente se mostram limitadas. A performance, ou pelo menos a taxa de consumo de ração, devem ser mantidas para continuar tirando o máximo de proveito dos altos preços da venda dos produtos. Portanto, cada vez que um novo ingrediente é adicionado ou as margens de segurança para exigências nutricionais são reduzidas, uma medida para proteger os resultados deve ser implementada. Aditivos nutricionais à base de óleos essenciais e formulados para performance têm seu papel nessa estratégia, e com baixo investimento.

Uma outra abordagem é a melhoria na produtividade da carne e ovos. Nessa situação, o alvo é reduzir a taxa de conversão alimentar para baixar os custos com a alimentação e/ou produzir mais pelo mesmo preço. Novamente, aditivos formulados com óleos essenciais são relevantes pelo seu investimento acessível e retorno elevado (Figura 1). Este exemplo de resultado consistente foi demonstrado por uma pesquisa através de uma meta-análise baseada em 25 experimentos conduzidos em granjas comerciais de sete países diferentes.

Figura 1 – Aumento na taxa de crescimento e eficiência alimentar de frangos de corte consumindo um blend de extrato de plantas. Blend de extrato de plantas = Dieta Controle + 100 ppm de extrato de plantas.

 

Por fim, o sucesso da operação atualmente reside na uniformidade dos resultados obtidos apesar da diferença entre as granjas. A combinação certa de ativos na dosagem correta se torna uma solução que proporciona resultados uniformes e consistentes em uma variedade de ambientes. Quanto mais completa e sinérgica é a composição, mais efetivo é o produto (Figura 2). Isto foi muito bem descrito em uma meta-análise baseada em artigos publicados sobre a resposta do carvacrol na performance de frangos de corte.

Figura 2 – Associação sinérgica de carvacrol e especiarias potencializam os benefícios e o uso em frangos de corte.

Uniformidade para simplificar o planejamento da produção e melhorar a eficiência econômica

Na dinâmica de organização da produção, a chave para alcançar eficiência econômica reside em um planejamento estruturado: é essencial alinhar o envio de animais para abate que correspondam em número e qualidade às demandas diárias dos frigoríficos. No entanto, a criação de frangos representa um desafio considerável para a exatidão de um planejamento matemático.

O produto capaz de fazer animais de diferentes propriedades atingirem o mesmo peso no mesmo dia ainda não está disponível. Entretanto, aves alimentadas com um blend de extratos sinérgico apresentam um ganho de peso maior e mais uniforme. As divergências de performance observadas entre um lote e outro são de fato menores, assim como as diferenças de planejamento. Simplesmente, reduzindo os atrasos em diferentes propriedades fica fácil ganhar um dia efetivo de produção que, dependendo da situação, pode ser aproveitado para um vazio sanitário mais seguro ou um aumento na produção geral: ganhar um dia de produção por ciclo equivale a um acréscimo de 2% na produção anual.

Esta é a razão pela qual uma linha de agentes naturais à base de extratos de plantas e especiarias é utilizada para aprimorar a eficiência alimentar e reforçar a uniformidade na produção, contribuindo assim para melhorias contínuas na produtividade geral:

  • Lotes mais lucrativos para os produtores: redução de conversão alimentar.
  • Lotes mais homogêneos no frigorífico: diminuição de penalizações aos produtores, melhor performance ao abate.
  • Resultados mais consistentes entre um lote e outro: otimizando o planejamento de produção.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse a versão digital de Avicultura de Corte e Postura clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: Por Jean-François Gabarrou, gerente Científico Animal Care da Phodé

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Apesar de isolado, foco de Newcastle no Rio Grande do Sul preocupa setor

Uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços.

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A confirmação de um foco da doença de Newcastle numa granja comercial de frangos no município de Anta Gorda (RS), na região do Vale do Taquari, no final da semana passada, vem deixando o setor em alerta.

Segundo pesquisadores do Cepea, uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços, podendo, inclusive, afetar a relação de competitividade com as concorrentes bovina e suína.

Diante disso, no curto prazo, pesquisadores do Cepea explicam que devem ocorrer ajustes no alojamento de aves.

O Brasil é, atualmente, o maior exportador de carne de frango do mundo. No segundo trimestre, os embarques superaram em 12,1% os dos três primeiros meses do ano e em 4,1% os de abril a junho do ano passado, conforme dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Área de emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle é limitada a cinco municípios gaúchos

Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

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Foto: Julia Chagas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) restringiu a área de abrangência da emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle, limitando-a aos municípios que estão no raio de dez quilômetros a partir do foco confirmado: Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado. O Governo do Estado publicou, na quinta-feira (25), decreto em que declara estado de emergência de saúde animal nos mesmos municípios.

Inicialmente, o Ministério havia publicado, em 18 de julho, uma portaria colocando todo o Rio Grande do Sul em estado de emergência zoossanitária. “O trabalho da Secretaria da Agricultura foi essencial para a revisão do perímetro do estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul. Foi com nossos dados e informações que o Ministério se embasou para tomar esta decisão”, detalha a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Rosane Collares.

O estado de emergência tem duração de 90 dias, podendo ser prorrogado em caso de evolução do estado epidemiológico. Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

Até quarta-feira (24), o Serviço Veterinário Oficial do estado já havia vistoriado todas as propriedades dentro do raio de três quilômetros (área perifocal) e iniciava revisitações a estes locais. Foram visitados 78% dos estabelecimentos incluídos no raio de dez quilômetros (área de vigilância) a partir do foco. Somando as duas áreas, são 858 propriedades no total, entre granjas comerciais e criações de subsistência.

As barreiras sanitárias continuam funcionando, ininterruptamente, em quatro pontos na área perifocal e dois locais na área de vigilância. Até o momento, foram abordados 726 veículos alvo na área perifocal e 415 na área de vigilância.

Após o caso confirmado que levou ao decreto de estado de emergência zoossanitária, não houve novas suspeitas de foco da doença. Duas amostras coletadas no município de Progresso, com suspeita fundamentada de síndrome respiratória e nervosa das aves, foram encaminhadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (SP) e apresentaram resultado negativo.

Todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.

Fonte: Assessoria Seapi
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Avicultura

Carne de frango ganha cada vez mais espaço na mesa do brasileiro

Preço acessível, alto valor nutricional e ampla aceitação cultural e religiosa estão entre as vantagens da proteína.

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Produção do frango é mais rápida e sustentável do que outras proteínas - Foto: Jonathan Campos

Considerada uma das melhores opções nutricionais para compor o cardápio, a carne de frango é a proteína animal mais consumida no Brasil. A preferência é atribuída a vários fatores, incluindo preço acessível, alto valor nutricional, versatilidade na culinária e ampla aceitação cultural. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2023, o consumo per capta de carne de frango no país chegou a aproximadamente 45,1 kg, confirmando suas vantagens nutricionais e acessibilidade econômica. Em 2009, o consumo individual no Brasil era de 37,5 kg por ano, mas vem crescendo a cada ano.

Nesse mercado, o Paraná é o maior produtor e exportador de aves e derivados do Brasil. O estado é responsável por cerca de 36% da produção nacional, além de 42% do volume de exportações do segmento. O empresário Roberto Kaefer, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), destaca que os mercados nacional e internacional estão atentos às vantagens e ao custo-benefício da carne de frango, o que vem impulsionando a demanda gradativamente. “Além do consumo interno, o produto brasileiro tem compradores em diversos países, em especial na Ásia e Oriente Médio, que são locais com grande demanda em função de questões religiosas e culturais”, analisa.

Em países com predominância de culturas muçulmanas e hindus, o consumo de carne bovina é proibido ou restrito devido às práticas religiosas. O frango, por outro lado, é amplamente aceito, pois não está sujeito às mesmas restrições religiosas. “Além disso, a culinária asiática e do Oriente Médio inclui muitas receitas tradicionais que utilizam carne de frango”, comenta Kaefer.

Custo-benefício

A eficiência produtiva da carne de frango é outro diferencial. Cassiano Marcos Bevilaqua, diretor associado de Marketing LatCan, explica que a produção de frango possui um ciclo significativamente mais curto e econômico comparado a outras proteínas animais. Segundo ele, um frango consome cerca de 1,5 kg de ração para cada quilo de carne produzida, levando aproximadamente 42 dias para atingir o peso ideal de abate. O prazo é bem inferior ao da produção de suínos e bovinos, que têm ciclos de produção muito mais longos e menos eficientes.

Bevilaqua fala que um porco, por exemplo, precisa consumir 3 kg de ração e leva mais de 150 dias para ser abatido. No caso do boi, a taxa de conversão é de 4×1 e precisa de pelo menos dois anos para ser abatido. “Por ter um ciclo mais rápido e mais eficiência produtiva, o frango elimina menos dejetos, consome menos alimento e necessita de menos espaço para a produção, o que torna a carne de frango muito mais sustentável do que as demais”, esclarece.

Dieta equilibrada

Foto: Divulgação/OP Rural

Um dos grandes atrativos da carne de frango é o seu valor nutricional. Trata-se de um alimento rico em proteínas de alta qualidade e que fornece todos os aminoácidos essenciais que o corpo humano necessita, segundo a USDA National Nutrient Database. Em 100 gramas de peito de frango cozido, por exemplo, há cerca de 31 gramas da proteína, essencial para o crescimento e reparação dos tecidos.

Outra vantagem é o baixo teor de gorduras saturadas, especialmente quando consumida sem pele, com aproximadamente 3,6 gramas de gordura total por 100 gramas, e um total de 165 kcal. A carne de boi, por outro lado, contém mais gorduras saturadas (10g de gordura total por 100g de carne magra cozida) e é mais calórica (250 kcal por 100g). O mesmo ocorre com os suínos, que tem de 10 a 12g de gordura total por 100g de carne magra cozida e 242 kcal.

Composição nutricional

Roberto Alexandre Yamawaki, gerente de Serviços Técnicos e Produtos para a América Latina da Hubbard, aponta outros benefícios nutricionais. Ele pontua a presença de nutrientes que são essenciais para a dieta, tais como aminoácidos essenciais e proteínas de alta qualidade, importantes para a construção e reparação de tecidos, bem como para a produção de enzimas e hormônios.

Segundo o especialista, o consumo regular de carne de frango oferece múltiplos benefícios para a saúde. A inclusão da proteína na dieta pode ajudar no controle de peso, fortalecer o sistema imunológico, melhorar o crescimento muscular e fornecer energia sustentável.

Entre os nutrientes presentes no frango estão Omega-6 e colina, vitaminas do Complexo B – como Vitamina B3 (Niacina), Vitamina B6 (Piridoxina) e a Vitamina B12 (Cobalamina) –, além de minerais como fósforo, selênio e zinco. “A carne de frango possui vários benefícios específicos que a torna uma escolha adequada e popular para o consumo. Pois ela possui uma grande versatilidade culinária, o que a torna uma opção prática para diferentes refeições e estilos de culinária”, reforça.

Sindiavipar

O Sindiavipar representa as indústrias de produtos avícolas. A carne de frango produzida no Paraná é exportada para 150 países.

O processamento de aves no Paraná se concentra em 29 municípios e 35 indústrias. Além disso, a avicultura gera 95,3 mil empregos diretos e cerca de 1,5 milhão de empregos indiretos no Estado. São mais de 19 mil aviários, aproximadamente e 8,4 mil propriedades rurais distribuídas em 312 municípios paranaenses. As indústrias associadas ao Sindiavipar são responsáveis por 94% da produção estadual.

Segundo o Relatório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil ocupa o primeiro lugar no mercado global de carne de frango, sendo o principal exportador do produto.

 

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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