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Instituto de Pesca orienta piscicultores a cuidado com os peixes no inverno

Temperaturas baixas podem causar mortalidade, de acordo com pesquisadora do IP, da Secretaria de Agricultura de SP

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Temperaturas muito baixas no inverno podem causar problemas para a produção de peixes. Segundo pesquisadora do Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Daniela Castellani, os produtores precisam tomar uma série de medidas, de preferência ainda no período do verão, para evitar o estresse dos peixes, o comprometimento da saúde e, consequentemente, o aparecimento de enfermidades como a franciselose, causada pela bactéria Francisella noatunensis, que pode causar grandes prejuízos na tilapicultura, especialmente nas fases mais jovens.

Daniela explica que nesse período de baixas temperaturas, muitos piscicultores procuram o Instituto de Pesca para orientação sobre como proceder para manter a saúde e o bem-estar dos animais. De acordo com a pesquisadora, a dica é redobrar os cuidados e se preparar, ainda no verão.

“A alimentação deve ser feita com uma ração de qualidade, balanceada com a quantidade de nutrientes que atenda as exigências da espécie cultivada, e muitas vezes suplementadas com teor mais elevados de certas vitaminas e uso de aditivos como imunoestimulantes. A atenção com a qualidade de água nessa época do ano deve ser redobrada, pois qualquer alteração nos parâmetros pode levar ao estresse dos peixes, comprometendo a saúde e aparecimento de enfermidades. O controle da transparência, oxigênio, dissolvido, pH, amônia e nitrito ajudam a garantir a qualidade do ambiente de criação”, explica.

Nas semanas de frio intenso, o fornecimento de ração deve ser reduzido ou até mesmo não ser feito por alguns dias, pois os peixes são animais pecilotérmicos, cuja temperatura corporal varia de acordo com o ambiente. Assim, quando a água esfria, o metabolismo dos peixes é reduzido, o que leva a falta de apetite.

“Manejos como despesca, classificação com redes e puçás, transportes e vacinação, por exemplo, devem ser evitados, pois neste período qualquer manuseio com os animais podem levá-los ao estresse e, consequentemente, ao aparecimento de enfermidades”, afirma.

A orientação é que o produtor faça a mensuração da temperatura da água no início da manhã e no final da tarde com o uso de um termómetro ou aparelho digital.

Como a temperatura influencia a criação de peixes?

A pesquisadora do IP explica que todo organismo aquático possui uma faixa de temperatura de conforto. “Peixes de regiões temperadas, que vivem em águas com temperaturas abaixo dos 20ºC, como as trutas, não conseguem sobreviver em águas com temperaturas elevadas. Já o pirarucu, da região amazônica, vive em águas tropicais e dificilmente sobreviverá em regiões subtropicais”, afirma.

“Os peixes, quando mantidos em temperaturas abaixo ou acima do ideal, têm desempenho e saúde prejudicados, devido ao desequilíbrio fisiológico gerado pela quebra da homeostase oriunda do estresse por temperatura. Após a exaustão fisiológica, há comprometimento do funcionamento do sistema imune e, com isso, pode ocorrer o aparecimento de uma série de doenças que podem levar a mortalidade massiva do plantel”, explica a pesquisadora do Instituto de Pesca.

No caso de temperaturas muito elevadas, além do aumento do metabolismo dos peixes, que demanda maior quantidade de oxigênio – principalmente para o processo digestivo, simultaneamente ocorre redução da saturação do oxigênio dissolvido na água, que causa um estresse metabólico. “Para ter uma ideia, uma enfermidade importante é a streptococoose, causada por bactérias do gênero Streptococcus, que leva a grandes mortalidades, particularmente em tilápias criadas em tanques-rede e em períodos de elevada temperatura” afirma.

Fonte: Assessoria IP-APTA

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Frangos possuem hormônios?

Especialista explica mitos e verdades sobre a criação das aves.

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Foto: José Adair Gomercindo

No contexto da busca por alimentos saudáveis e livres de aditivos artificiais, a questão da presença de hormônios na produção de carne de frango se torna frequente. Para elucidar essa dúvida e apresentar informações fundamentadas sobre o assunto, a zootecnista da Tijuca Alimentos, Rebeca Horn Vasconcelos, destaca alguns pontos.

De acordo com a profissional, os frangos de corte comercialmente disponíveis para consumo humano no mercado não recebem hormônios. “O crescimento acelerado das aves é resultado de décadas de seleção genética, avanços na nutrição e manejo das aves”, destaca a profissional.

A zootecnista enfatiza que o uso de hormônios em aves destinadas ao consumo humano é proibido no Brasil. “Os produtores são rigorosamente regulamentados e inspecionados para garantir a conformidade com as leis e regulamentos de segurança alimentar”, acrescenta. Essa legislação se estende a outros países da América Latina e Europa, garantindo a segurança alimentar em larga escala.

Rebeca ressalta pilares fundamentais para que essas aves tenham um rápido crescimento:

  • Aprimoramento genético: por meio de pesquisas, as linhagens de frango foram otimizadas ao longo dos anos, resultando em aves com maior potencial de crescimento;
  • Nutrição balanceada: a alimentação das aves possui dietas formuladas por especialistas e enriquecidas com nutrientes essenciais para o desenvolvimento saudável dos animais;
  • Manejo adequado: as condições de criação, como temperatura, ambiência e sanidade também influenciam significativamente no crescimento dos frangos;

A carne de frango se destaca como uma fonte rica em proteínas, vitaminas e minerais, essencial para uma alimentação balanceada e nutritiva. “Com informações confiáveis e optando por marcas responsáveis, o consumidor garante um alimento seguro e de alta qualidade”, pontua.

Fonte: Assessoria Tijuca Alimentos
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ABCZ divulga atualização das avaliações genéticas do PMGZ Corte

Dados disponíveis envolvem à seleção corte para as raças Brahman, Gir, Guzerá, Indubrasil, Nelore, Sindi e Tabapuã, abrangendo dados até janeiro de 2024.

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Foto: Divulgação/ABCZ

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), por meio do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), divulgou, nesta sexta-feira (26), a atualização das avaliações genéticas do PMGZ Corte – AG 2024-2.

As avaliações, que estão disponíveis para os mais de 2,4 mil criadores que possuem animais participantes das provas zootécnicas do PMGZ, podem ser acessadas no site da ABCZ, por meio da página de comunicações eletrônicas. A consulta pública de touros também já está no ar, por meio das plataformas eletrônicas da ABCZ.

Estas avaliações dizem respeito à seleção corte para as raças Brahman, Gir, Guzerá, Indubrasil, Nelore, Sindi e Tabapuã, abrangendo dados até janeiro de 2024.

“As avaliações, desenvolvidas pela ABCZ em parceria com a Embrapa Gado de Corte, reúnem dados de 17.593.832 animais das raças zebuínas de corte, processadas com a utilização de mais de 21 milhões de fenótipos e características de crescimento, idade ao primeiro parto, stayability, perímetro escrotal ao ano, perímetro escrotal ao sobreano, ultrassonografia de carcaça e de características morfológicas”, explica o Gerente de Provas Zootécnicas da ABCZ, Ismar Carneiro.

Ainda segundo Ismar, é importante destacar a quantidade de animais que já foram genotipados – já são mais de 399 mil genotipagens realizadas pelo PMGZ, cujos resultados estão incorporados na avaliação divulgada nesta quarta. Desse total, 390.100 animais são da raça Nelore, enquanto 9.072 pertencem à raça Tabapuã. “Para as demais raças, a ABCZ está investindo na genotipagem gratuita de animais com a expectativa de que, nas próximas avaliações, já tenhamos um banco de dados genotípicos expressivo”, comenta o Superintendente Técnico da associação, Luiz Antonio Josahkian.

“Para tanto, é imprescindível que os criadores enviem para a ABCZ o material biológico dos animais selecionados, cuja lista também está disponível na página de comunicações eletrônicas”, expõe.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Notícias No Rio Grande do Sul

IPVDF substitui prova em diagnóstico de raiva para abolir uso de animais vivos

Testes verificaram que, além de proporcionar resultados mais rápidos, a técnica RT-PCR apresenta uma concordância de 99,4% com a prova biológica, sendo capaz de detectar variantes circulantes do vírus da raiva no estado gaúcho.

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Foto: Fernando Dias

O Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF) do Rio Grande do Sul deu um importante passo rumo à modernização e ética nos processos de diagnóstico. Relatório de validação, elaborado por seu Laboratório de Virologia, comunica a substituição da Prova de Inoculação Intracerebral em Camundongos Lactentes, pela Transcrição Reversa seguida da Reação em Cadeia da Polimerase (RT-PCR) para o diagnóstico de raiva. Com isso, o IPVDF não vai mais utilizar animais vivos para a prova biológica.

“Essa substituição representa um grande avanço no diagnóstico da raiva animal. Além de ser uma técnica mais eficiente, ela elimina completamente o uso de animais, atendendo aos princípios éticos e de bem-estar animal”, explica a pesquisadora Carla Rodenbusch.

Os testes verificaram que, além de proporcionar resultados mais rápidos, a técnica RT-PCR apresenta uma concordância de 99,4% com a prova biológica, sendo capaz de detectar variantes circulantes do vírus da raiva no Rio Grande do Sul. “Essa conquista não apenas moderniza o processo de diagnóstico da raiva animal, mas também reforça o compromisso do IPVDF com a redução do uso de animais em experimentação, em conformidade com os princípios éticos preconizados pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA)”, ressalta o chefe do centro de pesquisa, Vilar Gewehr.

Para o presidente do Comitê de Ética no Uso de Animais do IPVDF (Ceua-IPVDF), Guilherme Klafke, a substituição da prova biológica pelo método RT-PCR representa um significativo avanço ético, alinhado com os princípios dos 3Rs que orientam a experimentação animal: Redução, Refinamento e Substituição (Reduction, Refinement and Replacement, na sigla em inglês). “A completa eliminação do ensaio com camundongos em favor de um método que não requer o uso de animais é um bom exemplo dos princípios dos 3Rs. Esta abordagem não só promove uma prática científica mais compassiva, como também evidencia uma evolução na busca por técnicas mais éticas e precisas”, destaca o pesquisador.

Fonte: Assessoria Seapi
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