Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias No 24ª SBSA

Cuidados com nutrição e manejo são cruciais para aumentar qualidade da carne de frango

Especialistas debatem o efeito dos antioxidantes na qualidade da carne, além de técnicas de manejo da granja ao frigorífico para evitar a incidência de dermatoses durante o Simpósio Brasil Sul de Avicultura.

Publicado em

em

Zootecnista Vivian Aparecida Rios de Castilhos Heiss destacou a importância do uso de antioxidantes naturais

A zootecnista Vivian Aparecida Rios de Castilhos Heiss iniciou o Bloco Abatedouro e Nutrição do 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), na quarta-feira (10), com o tema “Antioxidantes e qualidade da carne”. O evento, promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), segue até esta quinta-feira (11), com diversos debates atuais e relevantes da cadeia avícola.

Zootecnista Vivian Heiss abriu os debates da quarta-feira (10) abordando os antioxidantes e a qualidade da carne – Fotos: Divulgação/MB Comunicação

Com o crescimento da avicultura surgem novos desafios de produção e a resposta a esses obstáculos deve ser o uso estratégico de tecnologias existentes no mercado. A especialista em produção animal apresentou os antioxidantes disponíveis hoje, a forma como eles atuam no metabolismo das aves e como podem impactar na qualidade da carne. “Entre os principais fatores relacionados ao estresse oxidativo das aves estão a presença de patógenos, de micotoxinas, o estresse térmico e a alta inclusão de óleos na dieta. Eles trazem prejuízos à eficiência produtiva e deterioram a qualidade dos produtos de origem animal. Por isso, precisamos que haja um equilíbrio na produção de radicais livres com o sistema antioxidante”.

Há dois tipos de antioxidantes, os sintéticos e naturais, que atuarão no metabolismo das aves e auxiliarão para prevenir o estresse oxidativo. De acordo com a doutora, os sintéticos já são amplamente conhecidos pela indústria de alimentos, e ajudam a manter a estabilidade oxidativa de rações, porém, podem ter efeitos colaterais nocivos. Neste sentido, a substituição pelos antioxidantes naturais seria uma alternativa. “O antioxidante natural tem uma ação biológica a nível sistêmico, ou seja, atua no metabolismo do animal. E alguns compostos desses antioxidantes também têm efeito sobre a conservação da ração, dependendo do seu princípio ativo. Os antioxidantes sintéticos também funcionam, mas existem efeitos colaterais, por isso buscamos avançar nos estudos para estimular o uso dos antioxidantes naturais”.

Pesquisas apresentadas por Vivian mostram que a aplicação dos antioxidantes naturais pode ser uma ferramenta importante para aprimorar a qualidade da carne. “No estudo que analisou a capacidade antioxidante pelo método de inibição de DPPH em frangos de corte, alimentados com blend de polifenóis, observamos que o uso do antioxidante natural teve efeito muito positivo sobre a qualidade da carne. Percebemos melhora nos padrões de desempenho, promovendo menor consumo de ração, maior ganho de peso, melhor conversão alimentar e melhor índice de eficiência produtiva”.

A zootecnista salientou que o estresse oxidativo é um grande desafio na produção de aves, mas o uso de antioxidantes naturais pode trazer soluções nesse sentido. “Vemos impactos no desempenho, na qualidade de carcaça, no bem-estar, no manejo e no comportamento das aves. Precisamos combater o estresse oxidativo nos lotes e a classe de antioxidantes naturais pode auxiliar para termos uma ação em diversos tecidos. Não é qualquer polifenol que usaremos na dieta que terá o efeito esperado, dependerá da tecnologia aplicada nesse produto, porém vale lembrar que esses antioxidantes têm benefícios duplos, melhorando o desempenho das aves e a qualidade da carne”, concluiu Vivian.

Médica-veterinária Luiza Fernanda da Silva Sabino apresentou pesquisa sobre as dermatites e o manejo pré-abate

Dermatose e manejo pré-abate

Entre os principais fatores que podem levar à condenação das carcaças e, consequentemente, gerar impactos econômicos negativos na cadeia produtiva estão as lesões de pele. Por isso, os cuidados com o manejo pré-abate são fundamentais, já que podem interferir diretamente no resultado do produto final.

A médica-veterinária Luiza Fernanda da Silva Sabino apresentou, no painel Nutrição e Manejo, o resultado de uma coleta de dados realizada de 2015 a 2023, que avaliou a prevalência da dermatose em frangos de corte, sua relação com o manejo pré-abate e mecanismos para obter melhores resultados nesta etapa de produção.

O estudo percebeu que nas granjas as dermatites estão relacionadas, principalmente, à qualidade da cama, à densidade populacional das aves, ao empenamento mais lento e à estação do ano, pois no inverno há uma tendência de exposição maior das aves a contaminações da pele.

Quando as aves chegam aos frigoríficos, as dermatoses podem impactar diretamente em fatores como a redução da velocidade da linha; por exigir uma avaliação mais detalhada da carcaça; escaldagem excessiva; reprocesso, caso o corte não atenda aos padrões exigidos; além das perdas em competitividade e produtividade. “Observamos que o monitoramento constante e o treinamento das equipes nas granjas e nos frigoríficos para melhor manejo são cruciais para melhorar os resultados na linha de produção. Temos que passar para esses colaboradores a importância do trabalho que estão realizando, preparar bem essas equipes, para evitarmos perdas e alcançarmos um produto final de qualidade”.

15ª Poultry Fair

Médica-veterinária Luiza Fernanda da Silva Sabino trouxe em sua palestra mecanismos para evitar perdas na produção avícola por conta das dermatites 

Em paralelo ao 24º SBSA, ocorre a 15ª Poultry Fair. A feira reúne as principais empresas do setor e, além de permitir o networking com fornecedores, apresenta produtos e inovações na avicultura.

Apoio

O 24º SBSA tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

Fonte: Assessoria SBSA

Notícias

Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

Publicado em

em

Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
Continue Lendo

Notícias

Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
Continue Lendo

Notícias No Brasil

Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.