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Estoques globais reduzidos criam cenário desafiador para o trigo em 2023

Perspectivas para o mercado do cereal foram debatidas em webinar promovido pela Abitrigo

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Como forma de atualizar a cadeia do trigo sobre a situação do cereal esse ano, a Associação Brasileira da Indústria do Trigo – Abitrigo promoveu, no dia 16 de março, o webinar Trigo 2023: Perspectivas do Mercado Global, com a presença de analistas e especialistas para explicar como as atividades relacionadas ao grão estão se moldando no momento atual.

O evento abordou o cenário do trigo a nível mundial e nacional e contou com a participação do Presidente-Executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa, do Diretor Regional da U.S. Wheat Associates, Miguel Galdós, do Head Comercial da Sodrugestvo, Douglas Araújo, do Subdiretor Executivo da Bolsa de Cereales, Ramiro Costa, e do analista da consultoria Safras & Mercado, Elcio Bento. “Esse é um mercado desafiador, com muitas variáveis, por isso é fundamental estamos a par desse panorama mundial do trigo”, declara Rubens Barbosa.

Miguel Galdós estabeleceu, inicialmente, as estimativas em âmbito global a respeito do cereal. A última projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponta que a safra de trigo 2022/23 fechará nas 788,9 milhões de toneladas, enquanto o consumo será de na casa de 793,2 milhões de toneladas. O déficit de, aproximadamente, 4,2 milhões de toneladas de trigo se deve ao aumento da demanda no Cazaquistão e da Índia.

Em relação ao Canadá, Galdós afirma que o país terá aumento de 10 milhões de toneladas para exportação na temporada 2022/23. “O Canadá teve uma produção muito boa de trigo e acredita-se que as exportações serão de 25 milhões de toneladas, com estoques finais ligeiramente inferiores a 2021/22”.

No caso dos EUA, as exportações caíram nas duas últimas safras e os estoques finais da temporada atual se reduzirão, em função da demanda doméstica e das exportações do país.

 

Situação da Argentina

Ramiro Costa pontuou que a Argentina passou por uma escassez de água durante o desenvolvimento do trigo e por eventos de geadas severas, impactando intensamente os resultados da última safra. “Em períodos críticos para a cultura, o país lidou com um déficit hídrico muito importante, o que afetou essa campanha. Além disso, geadas em setembro, outubro e novembro comprometeram a produção total”.

O resultado dessas ações climáticas foi uma safra com 10 milhões de toneladas a menos que a anterior, totalizando 12,4 milhões de toneladas na temporada 2022/23. As previsões iniciais para essa colheita, sem considerar as quebras, eram de 20,5 milhões de toneladas do cereal .

Seguindo essa lógica, as exportações também passaram por uma redução, segundo o Subdiretor. O volume comercializado entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023 é 73% inferior ao mesmo período da última safra. As vendas para o Brasil nesses dois meses caíram 32% em relação à 2021/22.

 

Ásia e Europa

Douglas Araújo pontuou que o trigo russo continua competitivo, e a expectativa trazida pelo Institute for Agricultural Market Studies (IKAR) é de que a próxima produção alcance 86 milhões de toneladas, caso não haja interferência do clima. “Um ponto que vai alterar a dinâmica de comercialização do crescente volume de cereal russo em alguns anos será o início da operação de novos portos, em conjunto com a ampla malha ferroviária do país”, detalha. O profissional ressaltou que a Rússia ocupa, atualmente, a segunda colocação no ranking das origens do trigo importado pelo Brasil

A próxima safra da Ucrânia segue indefinida, segundo Araújo, devido à redução da área plantada e da produtividade causada pelo conflito com a Rússia. A questão da renovação do acordo de exportação entre esses dois países não impacta a comercialização da Ucrânia neste momento, mas essa decisão poderá trazer consequências para a próxima colheita.

No restante da Europa, a safra 2022/23 foi marcada pela estiagem. “A França foi um dos players mais afetados, perdendo, inclusive, em qualidade, o que a levou a renegociar os seus contratos”, explica Douglas Araújo. As exportações do continente estão previstas na faixa das 30 a 32 toneladas de trigo na próxima temporada. O destaque na nova safra do cereal vai para a Lituânia, que poderá ser uma nova origem para os importadores.

As projeções indicam que a Índia terá um volume 5% maior de produção de trigo na safra 2023/24 em relação à temporada anterior. No entanto, a proibição de exportação permanece no país, o que cria um cenário de indefinição quanto às vendas externas neste ano safra.

A China, maior produtora do cereal no mundo, ainda é dependente da importação, considerando o alto volume dos estoques iniciais sendo usado para garantir a segurança alimentar no país. Até o momento, o clima vem sendo favorável para o cultivo chinês na safra atual.

Sobre a Austrália, Araújo indicou que foram registradas duas grandes safras em sequência nos solos australianos, o que possibilitou o aumento das exportações para outros países, principalmente no sudeste asiático, que apresenta vantagens logísticas para o comércio do trigo da Austrália.

 

Cenário no Brasil

O panorama atual do Brasil, de acordo com Elcio Bento, é de recorde de safra, (11,545 milhões de toneladas, segundo os dados da Safras & Mercado), com aumento das exportações e queda das importações, principalmente ocasionada pela quebra da produção argentina. Para a nova safra 2023/24, o analista destacou a redução dos custos de produção e o aumento da área plantada de trigo.

“O custo de produção vem bem menor esse ano, atraindo o produtor para o cultivo do cereal. O Brasil como um todo deve apostar mais na produção de trigo, principalmente onde a soja está atrasada, o que empurra o plantio do milho safrinha para um período desfavorável para essa cultura e favorável ao trigo, que tende a ocupar esse espaço como consequência”, detalha.

Ainda, Elcio Bento salientou as oportunidades do cereal brasileiro nessa safra. “A diversidade de demandas para o trigo, seja para moagem e produção de farinha, exportação, ração animal ou produção de etanol, pode contribuir para elevar o volume produzido no País”, finaliza.

Fonte: Assessoria

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Sindiavipar critica decisão do STF sobre desoneração da folha de pagamento

Sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

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Foto: Jonas Oliveira

O Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) manifestou, nesta sexta-feira (26), sua preocupação diante da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país.

Anteriormente, esta medida havia sido aprovada pelo Congresso Nacional com ampla maioria de votos.

De acordo com o Sindiavipar, a decisão do STF responde a um pedido do governo federal e pode impactar negativamente o emprego, elevar os custos de produção, agravar a inflação e acentuar a insegurança jurídica no país.

Diante disso, o sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

Confira a nota na íntegra: 

É com extrema preocupação e profunda decepção que o Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) recebe a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país, que havia sido duplamente referendada pelo Congresso Nacional por esmagadora maioria de votos dentro do mais transparente processo democrático.

Além de ferir o princípio constitucional da equidade dos três poderes, a lamentável medida, que atende inoportuno pedido do governo federal, expõe mais uma intromissão indevida do STF em atribuições que são exclusivas do legislativo, com potencial para levar à demissão milhões de trabalhadores, restringir novas contratações, elevar os custos de produção com forte impacto inflacionário e aumentar a insegurança jurídica do Brasil, fator que já vem desestimulando novos investimentos na economia e travando o crescimento nacional.

O Sindiavipar espera que os senadores e deputados federais, representantes legítimos dos interesses e das aspirações da população brasileira, tomem as necessárias e urgentes providências para derrubar o ato infeliz do ministro do STF e restaurar a vontade soberana do Parlamento, evitando um grave retrocesso que trará desastrosos prejuízos econômicos e sociais para o país.

Sindiavipar

Curitiba, 26 de abril de 2024

Fonte: O Presente Rural
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Com presença de autoridades, 89ª ExpoZebu será aberta oficialmente neste sábado

Expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Será aberta oficialmente neste sábado (27), a 89ª ExpoZebu – Genética Além das Fronteiras. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, fará a abertura da solenidade às 10 horas no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG).

Confirmaram presença no evento o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart.

A expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

A ExpoZebu deste ano ressalta a força da cadeia produtiva da carne e do leite destacando avanços da genética zebuína, a relevância dos subprodutos da pecuária, trazendo ampla gama de produtos e serviços especializados.

Além disso, evidencia para criadores, investidores, profissionais do setor, estudantes e toda a comunidade as mais recentes técnicas de produção, manejo de rebanhos, nutrição animal, inovação tecnológica e oportunidades de negócios, apresentando muito mais do que uma exposição de gado.

Esta edição conta com 2.520 animais que participarão dos julgamentos entre os dias 28 e abril a 4 de maio. A programação também inclui o 2º Congresso Mundial de Criadores de Zebu (Comcebu), o 44º Torneio Leiteiro, 38 leilões, 8 shoppings de animais, palestras educativas, workshops práticos, demonstrações ao vivo voltadas ao impulsionamento da eficiência e produtividade porteira adentro.

Além disso, atrações para todos os públicos como a tradicional Feira de Gastronomia e Alimentos de Minas, a 39º Mostra do Museu do Zebu e shows, o que contribui para a movimentação da economia com geração de 4.200 empregos diretos e indiretos.

O Parque Fernando Costa estará aberto para visitação durante os dias de feira das 7h30 às 22h. Especialmente neste sábado, os visitantes poderão degustar pipoca e algodão doce gratuitamente no período da manhã.

A ‘89ª ExpoZebu – Genética Além das fronteiras’ é uma realização da ABCZ, com patrocínio de Cervejaria Petrópolis – Itaipava, Neogen, Banco do Brasil, Cachaça 51: uma boa ideia, Sistema CNA/Senar, Programa leilões, Chevrolet, SETPAR empreendimentos e Caixa – Governo Federal e apoio de Geneal, Sicoob Credileite, Prefeitura de Uberaba – Geoparque, Sindicato Rural de Uberaba e Fazu.

Fonte: Assessoria ABCZ
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ABCZ lança campanha para valorização do produtor rural e da produção de carne e leite

Vídeos educativos serão exibidos em painéis no Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu.

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A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) inicia a 89ª ExpoZebu, maior feira de pecuária zebuína do mundo, uma campanha de valorização do produtor rural e da produção de carne e leite. Trata-se de vídeos educativos com informações importantes sobre o setor.

‘Conhecer para Admirar’ é uma série de 3 episódios com histórias de personagens que tiveram as vidas transformadas pelo agronegócio. A ABCZ também divulgará dois vídeos educativos evidenciando os benefícios da carne e do leite.  “Nós precisamos ampliar o diálogo com a população para combater informações equivocadas sobre a pecuária e agronegócio. Por isso, na campanha, mostraremos exemplo de trabalho e superação na produção rural, além dos benefícios da carne e do leite: empregos gerados, produtos e subprodutos, e principalmente as qualidades nutricionais indispensáveis para a nossa saúde. Tudo isso é fruto do melhoramento genético”, destaca o presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid.

O trabalho desenvolvido pela ABCZ contribuiu para o desenvolvimento da genética no país. Entidade ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a ABCZ é responsável pelos registros de animais zebuínos no Brasil. Ao longo de seus 105 anos, a associação já registrou cerca de 23 milhões de animais. E esse progresso genético levou o Brasil ao topo do ranking de exportadores de carne bovina.

Os vídeos serão lançados nesta sexta-feira (26), durante reunião da Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB). Em seguida, serão publicados nas redes sociais da ABCZ e serão divulgados nos telões do Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu, por onde passam cerca de 400 mil pessoas.

Fonte: Assessoria ABCZ
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CBNA – Cong. Tec.

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