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Equipamento inovador faz medição digital da água infiltrada no solo

Tecnologia inovadora mede maneira automatizada a capacidade do solo de absorver água, a chamada condutividade hidráulica. Novo equipamento permite análise muito mais rápida e precisa em comparação aos métodos convencionais.

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Novo permeâmetro avalia a condutividade hidráulica do solo, ou seja, mede a capacidade da água fluir dentro do solo, por meio de recursos digitais e um microcomputador de baixo custo

Uma parceria entre a Embrapa Solos (RJ) e o Centro Brasileiro de Pesquisa Física ( CBPF ) procurou inovar para avaliar a condutividade hidráulica do solo, ou seja, fazer a medição da capacidade da água fluir dentro do solo. Trata-se de um novo permeâmetro capaz de fazer essa coleta digitalmente, por meio de um microcomputador de baixo custo. O permeâmetro é o tipo de equipamento mais usado no mundo para avaliar a condução da água nos solos. A inovação despertou o interesse da empresa brasileira Falker, e deve dar origem a mais um produto de diagnósticos ligados ao solo.

“Acreditamos que o resultado desse projeto pode gerar um produto que complementa a linha de produtos da empresa. Os diagnósticos relacionados à física do solo são complementares ao que já estão garantidos”, informa o engenheiro Marcio Albuquerque, CEO da Falker, ressaltando que a empresa é atualmente o principal fabricante nacional de penetrômetros, outro equipamento também voltado à análise de solos.

Economia de tempo e maior precisão
A avaliação da condutividade hidráulica do solo é um trabalho demorado, que depende de um técnico treinado para fazer a coleta. O novo permeâmetro automatiza essa coleta dos dados de fluxo de água pelo solo e registra o seu tempo. Com esses dados, a geometria do aparelho e do poço escavado, é possível estimar com precisão a condutividade hidráulica do solo. O equipamento registra os dados em um cartão de memória. A tecnologia permite acompanhar as estimativas e registrar os dados em um telefone celular por conexão bluetooth. Não é necessário o uso de um laptop no campo. Estudos de validação e comparação com equipamentos manuais já foram feitos e serão validados em outros solos e regiões do Brasil.

Fotos: Divulgação/Embrapa Solos

Com esse aparelho, o técnico, que nos métodos convencionais fica por horas anotando os valores de fluxos, é liberado para fazer outras estimativas e coletas, aumentando o rendimento e a eficiência do trabalho no meio rural. Além disso, o equipamento tem uma precisão de leitura de mm e um registro de tempo de décimos de segundo, o que aumenta a precisão dos dados coletados. O progresso do novo dispositivo vem do fato de as medidas seguirem digitalmente, por um microcomputador de baixo custo.

Os desenvolvedores do novo equipamento esperam que esse seja o primeiro de uma série de produtos destinados a realizar uma avaliação de propriedades do solo diretamente no campo. Isso é interessante ao produtor, uma vez que a condutividade hidráulica e a infiltração são parâmetros essenciais para a agronomia, em especial na irrigação, e ajudam na análise de riscos climáticos.

“Profissionais ligados à engenharia ambiental têm uma grande demanda dessas análises para construção de aterros sanitários, por exemplo. Na área da hidrologia, os dados são usados ​​no calculado de recarga de aquíferos”, declara o pesquisador da Embrapa Wenceslau Teixeira , ressaltando que a condutividade hidráulica é um medidor bastante raro, porque sua avaliação é bastante morosa. “A minha expectativa é que, com um equipamento com custos reduzidos em relação aos importados e com coleta automática, com redução do esforço, nós podemos aumentar a disponibilidade desse parâmetro e difundir o seu uso em outros projetos”, previsão do cientista.

A parceria entre a Embrapa, o CBPF e a Falker visa transformar um protótipo de pesquisa em um produto comercial, o que requer adequá-lo às linhas de produção, testar sua robustez, além de realizar os procedimentos de manipulação e manutenção, o design e a capacidade de chegar ao consumidor final, entre outras questões que surgem no desafio da inovação tecnológica.

“A Falker identificou o potencial da técnica que publicamos e, em colaboração com a Embrapa Solos, estamos desenvolvendo um equipamento inovador, funcional e economicamente viável. Isso é um exemplo claro de pesquisa e desenvolvimento (P&D)”, diz o pesquisador do CBPF Geraldo Cernicchiaro. Ele conta que a Embrapa Solos e o CBPF têm um longo histórico de parceria, entre elas um método e um dispositivo de avaliação de propriedades físico-hídricas do solo.

Cernicchiaro conta que a produção de protótipos se dá em uma escala limitada com foco na demonstração do conceito, na compreensão dos princípios de funcionamento, na garantia de resultados e na publicação científica. “No entanto, para que esse dispositivo ou sistema de medidas seja disseminado e tenha um impacto relevante nos processos produtivos, é necessária a produção industrial do equipamento, de modo que reduza os custos e democratize o acesso”, diz ele.

O protótipo em desenvolvimento na Falker será validado em breve, com estimativas no campo. “Esperamos fazer um primeiro anúncio do produto no próximo Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, em agosto, em Florianópolis”, previsão Teixeira.

“Todos os parceiros estão bastante empolgados e otimistas. Acreditamos que o trabalho irá seguir de maneira célere com a expectativa de que dentro de seis a oito meses já tenhamos um protótipo-piloto e, em seguida, o produto comercial sendo oferecido ao mercado”, acredita a analista da Embrapa Solos Gizelle Bedendo.

Inovação aberta
“Estamos trabalhando com a Falker e o CBPF a partir do conceito de inovação aberta e do codesenvolvimento do produto. Do ponto em que se encontra hoje a tecnologia traz desafios técnicos de evolução do produto e também de escalonamento. Assim, uma parceria com a Falker visa aportar essa complementaridade para entregarmos um produto final tecnicamente eficiente e comercialmente viável”, relata Bedendo.

“Queremos levar ao mercado um produto que possa ser usado não apenas por pesquisador, mas por consultores, agrônomos e, futuramente, também pelos próprios produtores”, declara o CEO da Falker.

Fonte: Embrapa Solos

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Carne de frango ganha competitividade frente a concorrentes

No caso da carne suína, as cotações iniciaram maio em alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês. Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

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Foto: Shutterstock

Enquanto a carne de frango registra pequena desvalorização em maio, frente ao mês anterior, as concorrentes apresentam altas nos preços – todas negociadas no atacado da Grande São Paulo.

Como resultado, pesquisas do Cepea mostram que a competitividade da proteína avícola tem crescido frente às concorrentes.

Para o frango, pesquisadores do Cepea explicam que a pressão sobre os valores vem da baixa demanda em grande parte da primeira quinzena de maio (com exceção da semana do Dia das Mães), o que levou agentes atacadistas a baixarem os preços no intuito de evitar aumento de estoques.

No caso da carne suína, levantamento do Cepea aponta que as cotações iniciaram maio alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês.

Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Em apoio ao Rio Grande do Sul

Adapar aceita que agroindústrias gaúchas comercializem no Paraná

Medida é válida para agroindústrias do Rio Grande do Sul com selo de inspeção municipal ou estadual e tem validade de 90 dias. A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos.

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Foto: Mauricio Tonetto/Secom RS

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) vai aceitar que agroindústrias gaúchas com selo de inspeção municipal ou estadual vendam seus produtos em território paranaense.

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na última quarta-feira (15) a Portaria Nº 1.114, permitindo temporariamente a comercialização interestadual de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul, em caráter excepcional.

A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos, garantindo a segurança e a qualidade alimentar para os consumidores.

A decisão atende a uma solicitação da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) pela flexibilização das regulamentações vigentes, com o objetivo de garantir a continuidade da venda dos produtos de origem animal produzidos em território gaúcho, tendo em vista o impacto das enchentes para os produtores rurais.

O assunto foi debatido em uma reunião online realizada na terça-feira (14) entre os órgãos e entidades de defesa agropecuária do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e o Mapa.

“Essa medida representará um alívio significativo para as pequenas empresas, com o escoamento de produtos que poderão ser revendidos nos estabelecimentos distribuídos por diversos estados brasileiros”, explica o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. As autorizações dispostas na Portaria do Ministério são válidas pelo prazo de 90 dias.

Para a gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adapar, Mariza Koloda, a iniciativa representa um importante passo na busca por soluções ágeis e eficazes para enfrentar os desafios impostos pelo cenário de crise no Rio Grande do Sul.

“A cooperação entre os órgãos de defesa agropecuária e o Ministério demonstra o compromisso em atender às necessidades dos produtores e consumidores, ao mesmo tempo em que se mantém a integridade e segurança dos alimentos comercializados em todo o País”, diz.

Segundo a AGL, a grande maioria das agroindústrias familiares depende de feiras, restaurantes, empórios, hotéis, vendas digitais para consumidor direto ou de compras institucionais pelo Poder Público. O impacto das chuvas prejudicou a comercialização das agroindústrias em todas as regiões, com produtores que perderam animais, lavouras e instalações.

Fonte: AEN-PR
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“Brasil está se consolidando como supermercado do mundo”, afirma ministro da Agricultura

Carlos Fávaro participou da 38ª edição da APAS Show, maior feira do setor de alimentos e bebidas da América Latina, em São Paulo.

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Durante a participação na APAS Show, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou o potencial do agronegócio brasileiro e seu impacto na economia. “O Brasil está caminhando a passos largos para ser o supermercado do mundo. O agro brasileiro está se tornando uma referência mundial”, pontuou. “O resultado do esforço no setor não poderia ser diferente, estamos impulsionando a economia. A agropecuária brasileira cresceu mais de 15% em 2023 e refletiu diretamente no PIB do Brasil”, completou Fávaro.

Fotos: Divulgação/Mapa

Organizado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), o evento é o maior do setor de alimentos e bebidas da América Latina e a maior feira supermercadista do mundo. São mais de 850 expositores dentre eles, 200 internacionais. Na oportunidade, o presidente da Apas, Pedro Lopes, ressaltou a importância do setor supermercadista e apresentou que nesta edição, o evento conta com a participação de 22 países.

Entre janeiro e março deste ano, o Brasil exportou US$ 37,44 bilhões em produtos agrícolas. O valor é cerca de 4,5% maior do que o total exportado no mesmo período do ano passado (US$ 35,84 bilhões). O agronegócio representou 47,8% das vendas externas totais do Brasil no período.

Também estiveram presentes na comitiva de visita a feira o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart; o diretor de Promoção Comercial e Investimentos, Marcel Moreira; e o superintendente de Agricultura e Pecuária do estado de São Paulo, Guilherme Campos.

APAS Show

A Apas Show representa uma oportunidade única para empresas nacionais e internacionais da cadeia produtiva de se reunirem, possibilitando a realização de negócios, networking e acompanhamento de lançamentos. Reflete o posicionamento – Além de Alimentos, oferecendo absolutamente tudo de mais relevante para o setor, desde alimentos e bebidas até tecnologia e inovação, passando por logística, finanças, infraestrutura, equipamentos e muito mais.

O encontro está acontecendo entre os dias 13 e 16 de maio de 2024. Para a edição desse ano, há a perspectiva de ultrapassar a marca de R$ 14 bilhões em negócios gerados.

Na edição de 2023 foram mais de 16 mil empresas representadas, com mais de 137 mil visitas gerais.

Fonte: Assessoria Mapa
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