Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias

El Niño afeta a produtividade da soja na região do Cerrado

O ideal é que se consiga prever com boa antecedência, por meio do uso desses índices, quais as alterações estarão presentes durante o ciclo da cultura, de maneira que o produtor tenha tempo de adequar a data de plantio e o tipo de cultivar que ele adotará a cada safra.

Publicado em

em

Foto: Alfredo Luiz

Pesquisadores da Embrapa analisaram a influência do El Niño sobre a soja semeada em Planaltina (DF), região de Cerrado, e detectaram que há efeitos do fenômeno na produtividade da cultura, em datas específicas do ano. Estudos anteriores já indicavam impactos na maior ou menor ocorrência de chuvas nas Regiões Sul e Norte do País, mas os efeitos sobre o Brasil Central ainda eram desconhecidos ou considerados ausentes ou mínimos.

No estudo, os anos analisados, segundo a presença ou não do fenômeno, foram agrupados em cinco tipos: El Niño; Fim de El Niño; Neutro; Início de La Niña; e La Niña. Alfredo Luiz, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e um dos autores do trabalho, aponta que foi possível observar que nos anos de El Niño a produtividade média da soja semeada nos meses de setembro e outubro ficam muito aquém do seu potencial e do patamar alcançado, nessas mesmas datas de semeadura, nos anos em que o fenômeno não está presente.

O El Niño é o que se chama de um fenômeno climático de larga escala, ou seja, é uma ocorrência que se estende por grande parte do planeta e que permanece por longo período. Embora seja determinado principalmente pela diferença de temperatura em certas regiões do Oceano Pacífico, sua influência é sentida em várias partes do globo.

“Existem diversos índices criados pelos pesquisadores para o monitoramento desse fenômeno. Como o efeito não é o mesmo sobre as várias regiões afetadas, é preciso que se estude com detalhe como e quando o El Niño age sobre as variáveis climáticas de cada local e como isso pode afetar as atividades agrícolas”, enfatiza Luiz.

Por ser uma atividade conduzida a céu aberto, em sua maioria, a agropecuária sempre estará sujeita, ainda de acordo com o pesquisador, aos caprichos meteorológicos, mas o conhecimento científico pode ajudar, por meio de previsões cada vez mais acuradas, na diminuição dos prejuízos causados por acontecimentos extraordinários do clima.

Para Alfredo Luiz, pesquisas complementares são necessárias para investigar quais as variáveis climáticas foram afetadas nos anos de El Niño e no período de crescimento da soja que tanto influenciaram na queda da produtividade da cultura. E será investigada a relação entre essas variáveis e os indicadores de El Niño.

O ideal é que se consiga prever com boa antecedência, por meio do uso desses índices, quais as alterações estarão presentes durante o ciclo da cultura, de maneira que o produtor tenha tempo de adequar a data de plantio e o tipo de cultivar que ele adotará a cada safra.

“Em especial, destaca o pesquisador, as atividades agrícolas enfrentam enormes desafios diante dos eventos climáticos adversos. Atualmente, no Brasil, estamos presenciando, ao mesmo tempo, regiões assoladas pela seca enquanto outras sofrem com o excesso de chuvas”, alerta

O trabalho Efeito de El Niño na produtividade da soja em Planaltina, DF, teve coautoria do pesquisador Fernando Macena, da Embrapa Cerrados, e foi apresentado na 22 edição do Congresso Brasileiro de Agrometeorologia (XXII CBAGRO), de 3 e 6 de outubro, em Natal (RN). O tema foi A Agrometeorologia e a Agropecuária: Adaptação às Mudanças Climáticas.

Fonte: Embrapa Meio Ambiente

Notícias

Falta de chuva preocupa; cotações da soja têm novos aumentos

Paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo. 

Publicado em

em

Foto: Geraldo Bubniak

A falta de chuva nas principais regiões produtoras de soja no Brasil vem deixando agentes em alerta, visto que esse cenário pode atrasar o início da semeadura na temporada 2024/25.

Segundo pesquisas do Cepea, nesse cenário, vendedores restringem o volume ofertado no spot nacional, ao passo que consumidores domésticos e internacionais disputam a aquisição de novos lotes.

Com a demanda superando a oferta, os prêmios de exportação e os preços domésticos seguem em alta, também conforme levantamentos do Cepea.

A paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

Notícias

Exportação de ovos cai 42% em um ano e processados têm menor participação desde dezembro de 2022

De acordo com dados da Secex, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023. 

Publicado em

em

Foto: Rodrigo Félix Leal

As exportações brasileiras de ovos comerciais recuaram pelo segundo mês consecutivo, refletindo a diminuição nos embarques de produtos processados, como ovalbumina e ovos secos/cozidos.

De acordo com dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.

Das vendas externas registradas no último mês, apenas 24,6% (o equivalente a 305 toneladas) corresponderam a produtos processados, a menor participação dessa categoria desde dezembro de 2022, também conforme a Secex.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

Notícias

Preços do milho seguem em alta no Brasil

Atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.

Publicado em

em

Foto: Gilson Abreu

Levantamentos do Cepea mostram que os preços do milho seguem em alta no mercado doméstico.

Segundo pesquisadores deste Centro, atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.

Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea explicam que a procura internacional pelo milho brasileiro tem se aquecido, sustentada pela maior paridade de exportação.

Compradores internos também têm retomado as negociações, seja para recompor estoques e/ou por temerem novas valorizações nos próximos dias.

Quanto aos embarques, em agosto, somaram 6,06 milhões de toneladas do cereal, praticamente o dobro das 3,55 milhões escoadas em julho, mas ainda 35% inferiores aos de agosto de 2023, conforme dados Secex.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo
ABMRA 2024

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.