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Desafios climáticos: agronegócio sofre com fenômeno El Niño

71% dos profissionais do setor já sentiram as mudanças climáticas em seus cultivos, revela pesquisa.

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Foto: Fernando Dias

As mudanças climáticas têm se tornado mais comuns representando um desafio para o agronegócio. O aumento médio de temperaturas, chuvas irregulares e até mesmo eventos climáticos extremos são alguns dos exemplos dos quais os agricultores precisam se atentar para que sua produtividade agrícola não seja prejudicada. Segundo a pesquisa Farmer Voice, 71% dos profissionais do setor já sentiram as mudanças em seus cultivos.

O El Niño é uma das dificuldades que o setor está enfrentando. O fenômeno que surge de águas quentes no Pacífico Oriental, próximo à costa da América do Sul, e é geralmente acompanhado por uma desaceleração ou reversão dos ventos alísios do Leste, pode persistir até março de 2024 e com forte intensidade.

No Brasil, o fenômeno traz sérios prejuízos para as regiões Sul, Sudeste e Nordeste. No Sul, as projeções indicam um aumento do volume de chuva a partir de outubro, o que pode trazer diversos problemas relacionados ao manejo do solo e ao controle de pragas, plantas daninhas e doenças, afetando a colheita do verão. No Sudeste, além das chuvas intensas que provocam inundações e deslizamentos de terra, as projeções indicam um verão bem quente, o que pode impactar no cultivo de produtos importantes como a soja, feijão, laranja e o café que não reagem bem a temperaturas elevadas.

Por fim, o Nordeste pode sofrer com secas severas em razão do El Niño, além de ocasionar a diminuição na quantidade de precipitação na região, ou seja, irregularidade das chuvas, afetando o desenvolvimento de culturas importantes como o milho, feijão, algodão e determinadas frutas.

Para Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, os desafios climáticos afetam o agronegócio em todo o mundo. Devendo o setor investir em novas tecnologias, como também, em soluções mais sustentáveis, preventivas e resistentes ao clima.

“É necessário manter no radar pesquisas para que especialistas do Agro e pesquisadores possam se adaptar a essas mudanças climáticas e agir de forma preventiva”, destaca o especialista.

A pesquisa Farmer Voice revelou ainda que entre abril e julho deste ano, os rendimentos dos agricultores sofreram uma redução de 15,7%. Isso ocorre devido a essas intensas alterações que provocam consequências como o aumento de pragas e doenças, escassez de água, impacto na qualidade do alimento e variações de colheita, sendo a necessidade de adaptação urgente. Dessa forma, os produtores agrícolas se veem pressionados a investirem em infra estruturas e tecnologias que consigam gerir os riscos em razão da volatilidade climática.

Duas tecnologias que têm sido bastante eficazes no agronegócio para frear tais riscos são o uso da Inteligência artificial e do machine learning na previsão do clima. Ambos os recursos proporcionam informações mais assertivas sobre o tempo, proporcionando detalhes relativos à pressão atmosférica, temperatura, umidade e circulação oceânica. Isso traz uma segurança maior para o produtor rural que pode planejar seu calendário de plantio, escolher as culturas que são adaptáveis a estresse hídrico e térmico e pôr em prática medidas proativas que minimizem os impactos desses fenômenos.

“Se mantivermos o ritmo de investimentos e aprimoramento de técnicas agrícolas com desenvolvimento tecnológico, recordes serão batidos. Isso consolida a posição de destaque do Brasil no mercado global de produção de alimentos”, analisa o especialista.

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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