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VOZ DO COOP

Pet No Reino Unido

Criadores de cães Border Collie de Pastoreio promovem leilão para angariar fundos e competir na Copa do Mundo da raça

Remate será na quarta-feira (24), às 19h30, com idealização e transmissão do MF Leilões.

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Após uma sequência de competições pelo Brasil, um grupo seleto de oito criadores de cães Border Collie se classificou para a disputadíssima ISDS World Sheep Dog Trials, que, neste ano, será na Irlanda do Norte, no Reino Unido. Mesmo representando o país na Copa do Mundo da raça, realizada a cada três anos, o esporte parece estar fora do radar dos patrocinadores.

O evento será em setembro, mas a organização financeira começa agora. Apenas para o transporte aéreo, por animal, são necessários R$ 4 mil. Aquisição da caixa de transporte, microchipagem dos cães, sorologia obrigatória, certificações, hospedagem da equipe, alimentação e local de treinamento consumiram outros R$ 31 mil (por competidor).

Fotos: Divulgação/Criadores

Enquanto eles não surgem, a solução encontrada pelos criadores para arrecadar fundos à jornada é promover o 1° Leilão Seleção Brasileira, com ofertas de coberturas, filhotes, animais de condução e linhagens campeãs. “Separamos parte do que temos de melhor em nossos criatórios”, garante o criador José d’ Oliveira Couto Neto, da Fazenda Pequenina, em Guaiçara (SP). Com 24 anos de seleção e treinamento no Border Collie, o veterano é o representante do grupo.

O remate será na quarta-feira (24), às 19h30, com idealização e transmissão do MF Leilões. O serviço de remates rurais do ecossistema MF Rural oferece como principal vantagem a antecipação dos lotes para pré-lance. Além disso, a empresa leiloeira reverterá parte da comissão de vendas ao custeio da viagem como incentivo aos criadores. “Fica também a nossa torcida para que retornem vencedores”, diz Roberto Fabrizzi Lucas, CEO do Grupo MF Rural.

Expectativas otimistas 

Segundo o criador, ao menos por enquanto, nenhum competidor brasileiro conquistou o grande prêmio da ISDS World Sheepdog Trials. Porém, os esforços em participar são compensatórios em vários aspectos. “O momento é oportuno para equiparar a evolução dos plantéis, trocar experiências com criadores icônicos, conhecer animais contemporâneos, adquirir genética melhoradora e também aperfeiçoar técnicas de treinamento”, justifica Couto.

É graças a isso que a raça vem se desenvolvendo a passos largos.  Diferentemente de regiões como o continente europeu, onde a condução do rebanho com cães de pastoreio é uma prática milenar, os primeiros animais só chegaram ao Brasil na década de 1990. Apesar da discrepância entre as duas realidades, o plantel nacional foi multiplicado a partir das melhores linhagens da raça no mundo e, contando, ainda, com treinadores habilidosos.

Em decorrência da iminência de um apagão de mão de obra no campo, o mercado de cães Border Collie de Pastoreio deve crescer significativamente. Chegam para somar forças aos peões, vaqueiros e capatazes no manejo, com a vantagem de percorrerem longas distâncias, mesmo em topografias acidentadas.

Sobre o campeonato mundial, oito vagas foram destacadas aos competidores brasileiros, sendo seis no “Open” e outras duas na categoria “Jovem”. Os critérios de classificação são definidos pelos países competidores. Já, por aqui, é preciso se destacar no campeonato nacional e em outras competições oficiais.

Conheça os criadores, onde estão, tempo que criam e os cães classificados à ISDS World Sheep Dog Trials: 

Anderson Pacheco
Propriedade: Canil Santa Fé, Canguçu (RS)
Tempo de criação: 8 anos
Animal classificado: FIRMEZA J.E.M (Fêmea)
Premiação recente: 4° lugar no Campeonato Brasileiro Duplo Levante Ovinos 2023

Charlei Battisti
Propriedade: Border Collie Missões, Palmeira das Missões (RS)
Tempo de criação: 9 anos
Animal classificado: BOY YUCUMÃ (Macho)
Premiação recente: 5° lugar Campeão Gaúcho Open Ovinos 2022, Vice–Campeão Gaúcho Open Ovinos 2019 e 3º lugar Campeonato Sul-Americano Duplo Levante Ovinos 2019.

Diego Cunha Schaf
Propriedade: República do Border, em Torres (RS)
Tempo de criação:  11 anos
Animal classificado:  DREAM (Macho)
Premiação recente: Campeão Gaúcho Duplo Levante Ovinos 2022 e 4º lugar Campeonato Gaúcho Open Ovinos 2021

Diogo Ruiz Santos
Propriedade: Canil Border D.D, Extrema (MG)
Tempo de criação: 5 anos
Animal classificado: Capitão Fort Reno (Macho)
Premiação recente: 5° Lugar Campeonato Brasileiro Duplo Levante Ovinos 2023

João Vitor Costa Schaf
Propriedade: República do Border, Torres (RS)
Tempo de criação: 11 anos
Animal classificado: MAYA (Fêmea)
Premiação recente: 4° lugar Campeonato Gaúcho Ranch Bovinos e Vice-Campeão Brasileiro Ranch Bovinos 2017

José d’ Oliveira Couto Neto
Propriedade: Fazenda Pequenina, Guaiçara (SP)
Tempo de criação: 24 anos
Animal classificado: GARY BORDER DOG (Macho)
Premiação recente: Campeão Brasileiro Duplo Levante Ovinos 2023

Júlio César Simão
Propriedade: Canil Minas Border, Piranguçu (MG)
Tempo de criação: 13 anos
Animal classificado: CAP P.F.A.R. (Macho)
Premiações recentes: 4° lugar Campeonato Mineiro Open Ovinos, 3° lugar Campeonato Paulista Open Ovinos e 4° lugar Campeonato Brasileiro Open Bovinos 2022

Sandro da Silva Albuquerque
Propriedade: Canil Mauá, Arroio Grande (RS)
Tempo de criação: 9 anos
Animal classificado: Garra Mauá (Fêmea)
Premiação recente: Recém-iniciada em provas, a mais nova a ir para o Mundial

Fonte: Assessoria

Pet No CFMV

CRMV-RJ protocola pedido de isenção total à anuidade do ano em que ocorra parto, adoção ou gestação não levada a termo

Medida representa um importante passo em direção à valorização das profissionais médicas-veterinárias e zootecnistas, reconhecendo e apoiando momentos significativos de suas vidas pessoais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Como parte do compromisso do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ) em promover uma prática profissional cada vez mais humanizada e inclusiva, o presidente Diogo Alves protocolou no dia 07 de março, junto ao Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), um pedido para a concessão de isenção total correspondente à anuidade de mulheres inscritas no sistema CFMV/CRMVs no ano em que ocorra o parto, adoção ou gestação não levada a termo.

Essa medida, prometida durante a campanha da chapa eleita para o período de 2023-2026, representa um importante passo em direção à valorização das profissionais médicas-veterinárias e zootecnistas, reconhecendo e apoiando momentos significativos de suas vidas pessoais.

Ao promover essa isenção, o CRMV-RJ demonstra sua sensibilidade às necessidades individuais dos profissionais, bem como seu compromisso em criar um ambiente de trabalho mais acolhedor e justo para todos.

Esta iniciativa também é apresentada durante o Mês Internacional da Mulher, reafirmando o compromisso desta autarquia com a igualdade de gênero e com a promoção de condições mais favoráveis para a atuação das mulheres na Medicina Veterinária e na Zootecnia.

Fonte: Assessoria CRMV-RJ
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Pet

Pets também podem desenvolver transtornos mentais e emocionais

É preciso entender as particularidades dos animais, as causas e os sinais comportamentais de que algo não está bem

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inúmeras pesquisas apontam para o quadro de saúde mental da população humana, conscientizando sobre a necessidade de cuidados para garantir o bem-estar emocional dos indivíduos e da sociedade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclusive publicou o Informe Mundial de Saúde Mental (2022) e alertou que, em 2019, quase um bilhão de pessoas viviam com algum transtorno mental, a principal causa de incapacidades.

Porém, transtornos mentais e emocionais não são exclusividade dos humanos. Os pets também podem desenvolvê-los, principalmente ansiedade, reatividade, agressividade, medo/fobia, comportamento compulsivo e dermatites. “Os animais de estimação têm emoções e elas devem ser compreendidas e respeitadas. É preciso atender às necessidades emocionais do pet e ficar atento caso haja mudança de comportamento do animal, procurando assistência especializada quando algo fora do comum acontecer”, comenta a médica-veterinária comportamental, Dani Graziani.

As situações que mais geram desconforto para eles estão relacionadas a mudanças, como de casa ou de rotina, à perda de um ente da família ou até mesmo à senilidade, processo de envelhecimento que vem acompanhado de desafios físicos e emocionais, como diminuição da visão, da audição e do olfato, dificuldade de locomoção, irritabilidade, desorientação, perda de memória, entre outros fatores que os deixam mais vulneráveis. “São muitos os sinais que podem identificar que o animal de estimação não está bem, como um cão tranquilo apresentar agressividade ou um pet que fazia seu xixi no lugar certo começar a fazê-lo em outro lugar. É importante acolher em vez de ficar bravo, pois ele está demonstrando que precisa de ajuda e o apoio é essencial para o processo de cura”, aconselha a veterinária.

De olho na prevenção

A atividade física impacta diretamente na saúde física e mental dos animais. “Os cães precisam correr, caminhar e explorar ambientes. Um passeio diário de vinte minutos já acalma e ajuda no gasto de energia, na socialização, na perda de peso e na manutenção da massa muscular”, indica a médica-veterinária Farah de Andrade.

A falta de brinquedos e de interação também pode trazer prejuízos, assim como um ambiente muito agitado ou monótono demais. “O ideal é manter uma rotina equilibrada entre atividades, brincadeiras e descanso, para se evitar o estresse e a ansiedade. Dar mais atenção ao pet é fundamental para o bem-estar dele”, conta Farah.

Colocar em prática o enriquecimento ambiental, ou seja, adaptar o lar para proporcionar uma rotina mais saudável e prazerosa ao pet, com estímulos mentais, físicos e sensoriais, auxilia a prevenir o tédio, reduzir o estresse e promover um comportamento equilibrado.

Para dar certo, é preciso conhecer o animal de estimação, seus gostos e preferências. Para os gatos, é possível instalar prateleiras nas paredes, nichos, redes, arranhadores e deixar brinquedos em locais estratégicos. Já para os cachorros, além dos brinquedos, incluir atividades que estimulam o olfato, treinamento cognitivo e socialização são algumas formas de deixar o ambiente mais interativo.

Tratamento em forma de petisco

Medicar um animal nem sempre é uma tarefa fácil, sendo, muitas vezes, um fator de grande estresse, especialmente para os felinos. Para isso existem soluções como os medicamentos manipulados em formas farmacêuticas que facilitam a administração, como biscoitos, caldas ou molhos, pastas orais e géis transdérmicos. As apresentações orais podem ainda ser flavorizadas com sabores como bacon, caramelo, leite condensado, frango entre diversos outros que atraem os pets. “O gel transdérmico é aplicado na pele do animal e sua aplicação mais parece um carinho. Já um biscoito com sabor é como um petisco, um mimo. Muitos pacientes chegam a ‘pedir’ mais”, comenta Farah.

Os medicamentos manipulados também costumam ser a principal alternativa para a prevenção ou o tratamento de transtornos mentais devido à possibilidade de combinação de ativos num mesmo medicamento, manipulado na dose exata para o peso do animal, além dos diferenciais de flavorização e apresentação.

“Florais de Bach e fitoterápicos como valeriana, kawa-kawa, passiflora, L-triptofano e melatonina são algumas opções que podem ser prescritas em casos como insônia, estresse ou ansiedade. Medicamentos controlados, geralmente indicados para casos mais complexos, também podem ser manipulados, como fluoxetina, sertralina e clomipramina”, comenta Farah, ressaltando que somente um médico-veterinário está apto a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso.

Fonte: Assessoria DrogaVET
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Notícias

Instituto da UEL completa um ano com 84 cientistas em busca de vacina contra toxoplasmose

No Brasil, 14 estados de todas as regiões estão representados no INCT com pesquisadores desenvolvendo projetos científicos que buscam um kit de diagnóstico rápido para a doença, além de uma vacina para suínos e gatos, animais considerados os principais transmissores da doença.

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Coordenador do INCT-Toxoplasmose, professor João Luis Garcia: "A vacina nacional se encontra em estágio de ensaio pré-clínico" - Foto: Pedro Livoratti/Agência UEL

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Toxoplasmose (INCT), do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), comemora um ano de atividades com 70 pesquisadores brasileiros e 14 estrangeiros provenientes de 32 instituições conectados. As atividades do grupo começaram em março de 2023, logo após a UEL ser contemplada na Chamada 58/2022 do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), do CNPq, que financia pesquisas de alto impacto, com investimento de R$ 5 milhões.

No Brasil, 14 estados de todas as regiões estão representados no INCT com pesquisadores desenvolvendo projetos científicos que buscam um kit de diagnóstico rápido para a doença, além de uma vacina para suínos e gatos, animais considerados os principais transmissores da doença.

A toxoplasmose é uma zoonose que afeta a saúde pública brasileira. Recentemente, em 2018, houve um surto da doença em Santa Maria (RS), com um óbito. Outra manifestação intensa do parasita ocorreu em Santa Isabel do Ivaí, no Noroeste do Paraná. O protozoário pode ser encontrado em fezes de gato e alimentos contaminados e pode causar graves complicações em gestantes e pessoas com o sistema imunológico debilitado.

As pesquisas do INCT têm foco na prevenção, daí a importância da criação de um kit rápido. Além desse esforço, os pesquisadores têm projeto para o desenvolvimento da primeira vacina brasileira contra toxoplasmose. O imunizante é utilizado em ovinos e caprinos apenas no Reino Unido, Irlanda, França e Nova Zelândia. A vacina nacional se encontra em estágio de ensaio pré-clínico. O imunizante deverá ser aplicado em gatos (que contaminam o meio ambiente por meio das fezes) e em suínos (que podem transmitir a doença pelo consumo da carne mal passada).

O coordenador do Instituto, João Luis Garcia, do Departamento de Medicina Veterinária e Preventiva (DMVP), afirma que o projeto foca na chamada Saúde Única, focando em ferramentas que possam fortalecer medidas preventivas, de forma conciliada com a sustentabilidade. O público-alvo das medidas preventivas envolve crianças e gestantes. “Outra preocupação é quanto aos animais de produção, já que a doença não pode ser constatada na inspeção sanitária”, afirma.

Por meio do INCT Toxoplasmose, a estudante Ana Clésia da Silva viajou em agosto do ano passado para os Estados Unidos, onde aprofunda pesquisas sobre a doença na Universidade Estadual da Carolina do Norte (NCSU), considerado um importante centro de pesquisa da doença.

Pesquisadores interessados ainda podem submeter seus projetos para avaliação. As propostas podem ser enviadas para o portal do Instituto.

Fonte: AEN-PR
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