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Comissão de Agricultura realiza debate sobre futuro da aviação agrícola no país
Audiência pública foi motivada por decisão do STF que proibiu a pulverização aérea em plantios no estado do Ceará.
Com o tema “Os desafios e o futuro da Aviação Agrícola no País”, a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado Tião Medeiros (PP-PR), discutiu nta quarta-feira (30), durante Audiência Pública as dificuldades que o setor tem enfrentado após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu a pulverização aérea em plantios no estado do Ceará.
O deputado Tião Medeiros foi o requerente da audiência pública e explicou que alguns estados e municípios têm proibido a aviação agrícola que permite a aviação aérea, tratando o tema de maneira equivocada sem conhecimento.
O parlamentar explica que a aviação agrícola deve ser permitida dentro da regulação e limites legais. “Estão tentando proibir a atividade de maneira rasa por aqueles que não conhecem o tema. Não houve debate adequado e você acaba inviabilizando e onerando a atividade agrícola por um desconhecimento e uma regra equivocada”.
Tião Medeiros afirmou, ainda, que a finalidade do debate é trazer luz ao tema e ouvir especialistas, principalmente sobre a pulverização pela aviação e sua evolução nos últimos anos. “Sabemos que a pulverização é fundamental para que a agricultura continue a crescer. É a ferramenta com menor impacto de carbono por hectare”, afirmou o deputado.
A aviação agrícola brasileira, regulamentada pelo Decreto 86.765 de 22 de dezembro de 1981, é reconhecida mundialmente e possui a segunda maior frota aeroagrícola do mundo, com mais de 2,5 aeronaves, atrás apenas dos Estados Unidos.
O setor gera mais de 10 mil empregos em diversas áreas e desempenha um papel importante na promoção do plantio, combate a incêndios e repovoamento de rios e lagos com novas espécies. A aviação agrícola também contribui para aumentar a eficiência produtiva sustentável, sendo 75 vezes mais rápida que as aplicações terrestres e consumindo oito vezes menos água.
Para o deputado e presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), a pulverização área é mais uma técnica agrícola para que se possa ter lavouras cada vez mais saudáveis. “O debate ajudou a mitigar qualquer dúvida em relação à pulverização aérea e mostrou a todos os benefícios que a atividade traz para o setor, a economia e principalmente a responsabilidade socioambiental que tem a pulverização área aplicada aqui no Brasil”, afirmou o presidente da FPA.
Durante o debate, o deputado Rafael Pezenti (MDB-SC) destacou que é fundamental disponibilizar mais dados, estatísticas e informações para combater falácias sobre o setor. “Essa turma que quer impedir a aviação agrícola, o drone e a pulverização com mais tecnologia, está em 1950, provavelmente. Mas só chegamos aqui evoluindo, aprendendo com outros exemplos e ensinando outros países também, porque o Brasil, é líder em tecnologia agroambiental”.
Também participaram da Audiência Pública representantes da Embrapa, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), e de entidades representativas dos setores da cana, do algodão e da soja, que utilizam a aviação agrícola.
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Falta de chuva preocupa; cotações da soja têm novos aumentos
Paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
A falta de chuva nas principais regiões produtoras de soja no Brasil vem deixando agentes em alerta, visto que esse cenário pode atrasar o início da semeadura na temporada 2024/25.
Segundo pesquisas do Cepea, nesse cenário, vendedores restringem o volume ofertado no spot nacional, ao passo que consumidores domésticos e internacionais disputam a aquisição de novos lotes.
Com a demanda superando a oferta, os prêmios de exportação e os preços domésticos seguem em alta, também conforme levantamentos do Cepea.
A paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
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Exportação de ovos cai 42% em um ano e processados têm menor participação desde dezembro de 2022
De acordo com dados da Secex, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
As exportações brasileiras de ovos comerciais recuaram pelo segundo mês consecutivo, refletindo a diminuição nos embarques de produtos processados, como ovalbumina e ovos secos/cozidos.
De acordo com dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
Das vendas externas registradas no último mês, apenas 24,6% (o equivalente a 305 toneladas) corresponderam a produtos processados, a menor participação dessa categoria desde dezembro de 2022, também conforme a Secex.
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Preços do milho seguem em alta no Brasil
Atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.
Levantamentos do Cepea mostram que os preços do milho seguem em alta no mercado doméstico.
Segundo pesquisadores deste Centro, atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.
Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea explicam que a procura internacional pelo milho brasileiro tem se aquecido, sustentada pela maior paridade de exportação.
Compradores internos também têm retomado as negociações, seja para recompor estoques e/ou por temerem novas valorizações nos próximos dias.
Quanto aos embarques, em agosto, somaram 6,06 milhões de toneladas do cereal, praticamente o dobro das 3,55 milhões escoadas em julho, mas ainda 35% inferiores aos de agosto de 2023, conforme dados Secex.