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Brasil inicia plantio de soja em áreas irrigadas; chuva “boa” é prevista para outubro

Plantio de soja também começou em áreas irrigadas de São Paulo, no oeste de Santa Catarina e também em Mato Grosso do Sul

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Arquivo/OP Rural

Com o fim do vazio sanitário em Mato Grosso, nesta semana, e a semeadura já permitida em Estados como Mato Grosso do Sul, produtores iniciam o plantio da soja 2020/21 no Brasil, mas apenas em áreas irrigadas, visto que chuvas significativas para a cultura devem chegar somente no início de outubro.

Estima-se que Mato Grosso, maior produtor da oleaginosa no país, conte com ao menos 131,4 mil hectares irrigados por pivô central, de acordo com levantamento mais recente da associação de produtores irrigantes do Estado Aprofir, referente à 2019. “Quase que a totalidade dessas áreas é de soja na safra de verão, onde depois serão cultivados algodão, milho na segunda safra e feijão na terceira”, disse o secretário executivo da Aprofir, Afrânio Cesar Migliari.

Considerando uma área de plantio estimada em 10,2 milhões de hectares com soja em Mato Grosso nesta temporada, Migliari acredita que há um grande potencial de crescimento para a irrigação na região. “Com certeza, muitos produtores que estão mais capitalizados depois de exportações recordes neste ano e um dólar em patamar elevado vão investir neste tipo de infraestutura”, estimou o executivo ao ressaltar o avanço na utilização de recursos próprios para a compra de equipamentos de irrigação.

De acordo com o analista Adriano Gomes, da consultoria AgRural, o plantio de soja também começou em áreas irrigadas de São Paulo, no oeste de Santa Catarina e também em Mato Grosso do Sul. “Em áreas de sequeiro, o produtor vai esperar as primeiras chuvas”, disse o especialista, acrescentando que, com o fim do período do vazio sanitário contra o fungo da ferrugem, produtores já poderiam iniciar os trabalhos se houvesse previsão de chuvas.

É o caso do Paraná, onde ainda não foram iniciados os trabalhos de semeadura em função do clima seco. O cenário das lavouras paranaenses se assemelha ao visto no ano passado, quando os produtores também aguardavam o aumento da umidade para plantar a oleaginosa, lembrou o economista do Departamento de Economia Rural (Deral) Marcelo Garrido. No entanto, ele disse que há previsões de alguma chuva para o próximo fim de semana e, se isso se confirmar, certamente os primeiros trabalhos vão acontecer.

Em Mato Grosso, a recomendação é que o produtor tenha cautela, e a falta de chuvas ainda não é motivo para preocupação, pois mesmo em anos anteriores o Estado já vem realizando quase que a totalidade do plantio em outubro, mês considerado a janela ideal para a implantação das lavouras, explicou o presidente da associação de produtores Aprosoja-MT, Antônio Galvan. “Todo ano é desse jeito. O plantio é permitido em setembro, mas o período ideal é outubro e, em última instância, os trabalhos podem se estender até dezembro”, disse Galvan.

Apostando em uma safra de alta produtividade, ele afirmou que a meta é bater as 57 sacas por hectare registradas na temporada de 2019/20. Apesar da perspectiva otimista de Galvan, o órgão estadual Imea é mais comedido e estima a produção de Mato Grosso em 35,18 milhões de toneladas nesta temporada, leve queda de 0,62%.

O Brasil, maior produtor e exportador do grão, deve colher um recorde de 133,5 milhões de toneladas em 2020/21, com aumento de 3% na área plantada, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Chuva de primavera

Os modelos climáticos indicam o retorno de chuvas, ainda irregulares, na segunda quinzena de setembro, acompanhando a chegada da primavera. No entanto, ela pode beneficiar o plantio apenas em regiões dos Estados do Sul, estimou o meteorologista da Somar Meteorologia Celso Oliveira. “A chuva boa, mais significativa para a implantação do plantio está prevista para outubro, beneficiando principalmente as regiões Sudeste e Centro-Oeste, e que pode se espalhar pelo Brasil”, afirmou.

Ainda que as precipitações não alcancem todas as áreas do Sudeste e Centro-Oeste no início do mês que vem, até o final de outubro é provável que isso aconteça, fato que pode deixar os produtores mais “tranquilos”. Segundo Oliveira, o único ponto negativo pode estar nos Estados mais ao Norte e Nordeste, na região do Matopiba –Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia– cuja previsão é de que a chuva chegue de maneira regular somente em meados de dezembro. “Na última safra aconteceu algo muito semelhante, tem quem conseguisse plantar apenas em janeiro nesta região”, pontuou.

Apesar do fenômeno climático La Niña, configurado pelo resfriamento das águas do oceano Pacífico, o especialista disse que sua intensidade vai de fraca à moderada, o que limita danos às regiões produtores, principalmente do Sul, por falta de chuvas. “Não há expectativa de uma seca tão prolongada e pegando tantos municípios no Sul como foi no ano passado, porque temos um fenômeno não tão forte e alguns outros fatores climáticos que compensam esse cenário negativo do La Niña. A maior preocupação pode ficar para o outro lado, na Argentina”, acrescentou.

Fonte: Reuters

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Frangos possuem hormônios?

Especialista explica mitos e verdades sobre a criação das aves.

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Foto: José Adair Gomercindo

No contexto da busca por alimentos saudáveis e livres de aditivos artificiais, a questão da presença de hormônios na produção de carne de frango se torna frequente. Para elucidar essa dúvida e apresentar informações fundamentadas sobre o assunto, a zootecnista da Tijuca Alimentos, Rebeca Horn Vasconcelos, destaca alguns pontos.

De acordo com a profissional, os frangos de corte comercialmente disponíveis para consumo humano no mercado não recebem hormônios. “O crescimento acelerado das aves é resultado de décadas de seleção genética, avanços na nutrição e manejo das aves”, destaca a profissional.

A zootecnista enfatiza que o uso de hormônios em aves destinadas ao consumo humano é proibido no Brasil. “Os produtores são rigorosamente regulamentados e inspecionados para garantir a conformidade com as leis e regulamentos de segurança alimentar”, acrescenta. Essa legislação se estende a outros países da América Latina e Europa, garantindo a segurança alimentar em larga escala.

Rebeca ressalta pilares fundamentais para que essas aves tenham um rápido crescimento:

  • Aprimoramento genético: por meio de pesquisas, as linhagens de frango foram otimizadas ao longo dos anos, resultando em aves com maior potencial de crescimento;
  • Nutrição balanceada: a alimentação das aves possui dietas formuladas por especialistas e enriquecidas com nutrientes essenciais para o desenvolvimento saudável dos animais;
  • Manejo adequado: as condições de criação, como temperatura, ambiência e sanidade também influenciam significativamente no crescimento dos frangos;

A carne de frango se destaca como uma fonte rica em proteínas, vitaminas e minerais, essencial para uma alimentação balanceada e nutritiva. “Com informações confiáveis e optando por marcas responsáveis, o consumidor garante um alimento seguro e de alta qualidade”, pontua.

Fonte: Assessoria Tijuca Alimentos
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ABCZ divulga atualização das avaliações genéticas do PMGZ Corte

Dados disponíveis envolvem à seleção corte para as raças Brahman, Gir, Guzerá, Indubrasil, Nelore, Sindi e Tabapuã, abrangendo dados até janeiro de 2024.

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Foto: Divulgação/ABCZ

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), por meio do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), divulgou, nesta sexta-feira (26), a atualização das avaliações genéticas do PMGZ Corte – AG 2024-2.

As avaliações, que estão disponíveis para os mais de 2,4 mil criadores que possuem animais participantes das provas zootécnicas do PMGZ, podem ser acessadas no site da ABCZ, por meio da página de comunicações eletrônicas. A consulta pública de touros também já está no ar, por meio das plataformas eletrônicas da ABCZ.

Estas avaliações dizem respeito à seleção corte para as raças Brahman, Gir, Guzerá, Indubrasil, Nelore, Sindi e Tabapuã, abrangendo dados até janeiro de 2024.

“As avaliações, desenvolvidas pela ABCZ em parceria com a Embrapa Gado de Corte, reúnem dados de 17.593.832 animais das raças zebuínas de corte, processadas com a utilização de mais de 21 milhões de fenótipos e características de crescimento, idade ao primeiro parto, stayability, perímetro escrotal ao ano, perímetro escrotal ao sobreano, ultrassonografia de carcaça e de características morfológicas”, explica o Gerente de Provas Zootécnicas da ABCZ, Ismar Carneiro.

Ainda segundo Ismar, é importante destacar a quantidade de animais que já foram genotipados – já são mais de 399 mil genotipagens realizadas pelo PMGZ, cujos resultados estão incorporados na avaliação divulgada nesta quarta. Desse total, 390.100 animais são da raça Nelore, enquanto 9.072 pertencem à raça Tabapuã. “Para as demais raças, a ABCZ está investindo na genotipagem gratuita de animais com a expectativa de que, nas próximas avaliações, já tenhamos um banco de dados genotípicos expressivo”, comenta o Superintendente Técnico da associação, Luiz Antonio Josahkian.

“Para tanto, é imprescindível que os criadores enviem para a ABCZ o material biológico dos animais selecionados, cuja lista também está disponível na página de comunicações eletrônicas”, expõe.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Notícias No Rio Grande do Sul

IPVDF substitui prova em diagnóstico de raiva para abolir uso de animais vivos

Testes verificaram que, além de proporcionar resultados mais rápidos, a técnica RT-PCR apresenta uma concordância de 99,4% com a prova biológica, sendo capaz de detectar variantes circulantes do vírus da raiva no estado gaúcho.

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Foto: Fernando Dias

O Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF) do Rio Grande do Sul deu um importante passo rumo à modernização e ética nos processos de diagnóstico. Relatório de validação, elaborado por seu Laboratório de Virologia, comunica a substituição da Prova de Inoculação Intracerebral em Camundongos Lactentes, pela Transcrição Reversa seguida da Reação em Cadeia da Polimerase (RT-PCR) para o diagnóstico de raiva. Com isso, o IPVDF não vai mais utilizar animais vivos para a prova biológica.

“Essa substituição representa um grande avanço no diagnóstico da raiva animal. Além de ser uma técnica mais eficiente, ela elimina completamente o uso de animais, atendendo aos princípios éticos e de bem-estar animal”, explica a pesquisadora Carla Rodenbusch.

Os testes verificaram que, além de proporcionar resultados mais rápidos, a técnica RT-PCR apresenta uma concordância de 99,4% com a prova biológica, sendo capaz de detectar variantes circulantes do vírus da raiva no Rio Grande do Sul. “Essa conquista não apenas moderniza o processo de diagnóstico da raiva animal, mas também reforça o compromisso do IPVDF com a redução do uso de animais em experimentação, em conformidade com os princípios éticos preconizados pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA)”, ressalta o chefe do centro de pesquisa, Vilar Gewehr.

Para o presidente do Comitê de Ética no Uso de Animais do IPVDF (Ceua-IPVDF), Guilherme Klafke, a substituição da prova biológica pelo método RT-PCR representa um significativo avanço ético, alinhado com os princípios dos 3Rs que orientam a experimentação animal: Redução, Refinamento e Substituição (Reduction, Refinement and Replacement, na sigla em inglês). “A completa eliminação do ensaio com camundongos em favor de um método que não requer o uso de animais é um bom exemplo dos princípios dos 3Rs. Esta abordagem não só promove uma prática científica mais compassiva, como também evidencia uma evolução na busca por técnicas mais éticas e precisas”, destaca o pesquisador.

Fonte: Assessoria Seapi
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