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Notícias Safra de inverno

Aveia é opção de plantio de inverno, mas exige sementes certificadas

Essa gramínea de inverno também é usada para a produção de grãos para consumo humano

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Divulgação/AENPr

A aveia é uma alternativa para produtores que desejam ter pasto, feno ou cobertura para o solo durante o inverno. A cobertura vegetal produzida pela aveia também é fundamental para a manutenção do sistema de Plantio Direto. Além disso, essa gramínea também é usada para a produção de grãos.

Apesar dos benefícios que a cultura oferece, o uso de sementes certificadas no Paraná ainda é baixo, chega a apenas 10% da área cultivada com a espécie, no Estado, segundo a Abrasem (Associação Brasileira de Sementes e Mudas). Especialistas alertam que o uso de sementes próprias pelos produtores pode comprometer o cultivo de aveia com a introdução de doenças, pragas, plantas invasoras, além de comprometer o rendimento da aveia.

De acordo com Renan Carvalhal, da área de Melhoramento e Propagação Vegetal do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater), a aveia é uma planta rústica, de crescimento vigoroso, resistente à acidez dos solos e é plantada entre março e julho no Estado. Há diversas variedades à disposição do produtor e a escolha do melhor material exige a observação de alguns aspectos como o uso que se vai dar à aveia (pasto, feno, cobertura do solo ou grãos) e as condições de clima e solo da propriedade.

“Normalmente no Paraná a aveia é semeada após a colheita da soja. Então o produtor deve analisar qual a janela que ele tem disponível. Assim, ele pode optar entre uma variedade de ciclo precoce ou tardio”, disse Carvalhal. Ele lembra que as espécies de aveias têm características próprias. As aveias pretas (Avena strigosa S.) são rústicas, mais resistentes à ferrugem e a períodos de estiagem do que as aveias brancas (Avena sativa L.) que, por sua vez, toleram temperaturas mais baixas.

Pastagem

O IDR-Paraná dispõe de três variedades tardias: Iapar 61 (Ibiporã), IPR 126 e IPR Suprema. No grupo das variedades precoces estão a IPR Cabocla e a IPR Esmeralda. De acordo com Carvalhal, a aveia é, de forma geral, uma espécie de fácil manejo, tem bom comportamento diante do ataque de pragas e doenças.

Ele informa que a variedade desenvolvida pelo IDR-Paraná mais conhecida pelos agricultores é a Iapar 61 (Ibiporã). Como se trata de um material antigo, já de domínio público, muitos produtores vêm recorrendo a sementes próprias ou sementes piratas para a semeadura, o que traz riscos e insegurança de bom desempenho das lavouras.

Segundo Carvalhal, é importante o agricultor entender que a semente é um dos mais eficientes agentes de transferência de tecnologia, proporcionando que as inovações tecnológicas geradas pelas instituições de pesquisa e tecnologia cheguem rapidamente ao campo. As sementes produzidas dentro do SNSM (Sistema Nacional de Sementes e Mudas) seguem padrões rigorosos de qualidade que garantem ao produtor o melhor desempenho no campo, maximizando os benefícios de outros insumos como fertilizantes e defensivos.

“Quando o produtor deixa de usar sementes produzidas dentro do SNSM, ele assume o risco de semear um produto de baixa qualidade que aumenta as chances de contaminação da lavoura de aveia com outras espécies vegetais indesejáveis, pragas e doenças”, disse.

Ele afirma que a semente própria ou pirata apresenta menor qualidade fisiológica, ou seja, baixo poder de germinação e menor vigor. “Muitas vezes o agricultor vê alguma vantagem ao usar a semente própria, mas ele provavelmente irá gastar mais com herbicidas, fungicidas e inseticidas, para controlar plantas daninhas, doenças e pragas, sem a garantia de bons resultados”, destacou.

A aveia pode ser cultivada sozinha, o cultivo solteiro, ou em consórcio/coquetéis/mix de sementes. Normalmente esta última prática é indicada para a produção de cobertura verde que, posteriormente, terá a função de formar uma camada de massa morta que trará benefícios como a manutenção da umidade do solo, menor infestação de plantas daninhas e a redução da erosão. A aveia pode ser combinada com azevém, centeio, ervilha forrageira, trevo, ervilhaca, nabo forrageiro ou trigo mourisco.

Carvalhal acrescenta que algumas variedades se destacam quando a finalidade é a produção de forragem. A Iapar 61, aveia preta de ciclo tardio (134 dias da emergência ao florescimento) chega a produzir 7.400 kg de massa seca por hectare. Já a IPR Suprema, aveia branca de ciclo muito tardio (145 dias), se destaca pelo alto teor de proteína bruta, importante para a produção de leite.

Produção de grãos

O grupo das aveias brancas, além da forragem, também produz grãos de elevado valor para o uso na alimentação humana e animal. De acordo com Klever Arruda, que também é da área de Melhoramento e Propagação Vegetal do IDR-Paraná, na safra 2019 a produção nacional dessas variedades de aveia chegou a aproximadamente 908,6 mil toneladas.

No entanto, somente cerca de 200 mil toneladas foram usadas na alimentação humana. O alto custo do milho está levando muitos produtores a aumentar o uso de aveia na alimentação de animais.

No Paraná a área com aveias graníferas, para a produção de grãos, chega a 81,9 mil hectares, sendo o segundo cereal de inverno mais plantado no Estado. O plantio segue o zoneamento agrícola do Ministério da Agricultura, iniciando em abril, nas regiões mais quentes, e terminando em julho, no Sul do Estado. O zoneamento leva em conta as condições de clima e solo de cada região.

A Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia indica 14 variedades, sendo que duas delas são do IDR-Paraná. Arruda diz que a IPR Afrodite é altamente produtiva e mais adequada à indústria processadora por apresentar facilidade para ser descascada. Ele destaca que a IPR Afrodite é resistente a vários tipos de nematóide e que se torna uma alternativa para o agricultor que constatou a praga em sua propriedade e precisa de uma cultura de inverno que diminua a infestação. Outra variedade disponível é a IPR Artemis, também com boa capacidade de descasque e resistente à ferrugem, principal patógeno da aveia.

Quanto ao manejo, Arruda afirma que as lavouras de aveia para a produção de grãos têm poucos problemas com doenças de difícil controle. A ferrugem e as manchas foliares são as principais, mas podem ser combatidas com fungicidas simples, mais baratos.

“Um dos problemas nos cultivos é o alto nível de acamamento, o que exige cuidados com a adubação nitrogenada para evitar o problema”, destacou. São esses aspectos que exigem que o produtor consulte um extensionista para ajudar a planejar a sua lavoura, escolhendo o melhor material e o manejo mais adequado para o bom rendimento da lavoura.

Fonte: AEN/Pr

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Governo federal reforça compromisso na busca de mais investimentos para a Embrapa

Atualmente, para cada R$ 1 investido na Embrapa, R$ 21,23 retornam para a sociedade brasileira. Conforme o Balanço Social de 2023, o lucro social da empresa foi de R$ 85,12 bilhões com mais de 66,2 mil novos empregos criados.

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Com foco na revolução para o futuro do agro brasileiro, na quinta-feira (25), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) celebrou seus 51 anos de criação. Na ocasião, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reforçaram o compromisso em trazer mais investimentos para alavancar o crescimento da empresa.

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, pontuou que há 14 anos um presidente da República não ia à empresa. “A Embrapa é a empresa de maior respeitabilidade do Brasil e cabe a nós, do governo, dar a ela o tamanho que ela merece”, ponderou o presidente Lula. “Não é bondade do governo federal. É o reconhecimento da importância da Embrapa no desenvolvimento agrícola do nosso país. Cada dinheiro investido na Embrapa, retornam milhões de reais para o Brasil”, completou.

Fotos: Divulgação/Mapa

O ministro Fávaro ressaltou o importante papel da Embrapa no avanço da vocação brasileira para a produção de alimentos. Desde a criação da empresa, o Brasil passou de importador para um dos principais exportadores do mundo. “Sob a gestão do presidente Lula, saímos da 13ª, somos a 9ª e vamos, rapidamente, ser a 8ª economia do mundo, descobrimos há 50 anos a nossa verdadeira vocação, que é produzir alimentos de qualidade”, destacou o ministro.

Atualmente, para cada R$ 1 investido na Embrapa, R$ 21,23 retornam para a sociedade brasileira. Conforme o Balanço Social de 2023, o lucro social da empresa foi de R$ 85,12 bilhões com mais de 66,2 mil novos empregos criados. “Fortalecer e trazer a empresa de volta ao PAC, buscar com que a Embrapa se prepare para os próximos 50 anos é um legado que o presidente Lula está deixando a partir de agora”, completou Fávaro. Para isso, o presidente convocou, durante a cerimônia, os ministros Fávaro e Paulo Texeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) para uma reunião com foco nas demandas da Embrapa para os próximos 50 anos.

A presidente Silvia Massruhá destacou o impacto do trabalho realizado pela Embrapa. “Derrotar a fome, garantir a segurança alimentar no nosso país e no mundo, o acesso a alimentos saudáveis e de qualidade para todos os cidadãos, a promoção da melhoria do bem-estar e de qualidade de vida, o desenvolvimento sustentável, o enfrentamento dos efeitos da mudança do clima, a redução das desigualdades no campo, fazendo com que o conhecimento e a inovação tecnológica produzidos alcancem o pequeno, o médio, o grande produtor rural, dos menos até os mais tecnificados. É para isso que a Embrapa trabalha”.

Terceirização

Ao enfatizar que o reconhecido trabalho de pesquisa e desenvolvimento realizado pela Embrapa é feito, sobretudo, por pessoas, Fávaro lembrou as palavras da presidente ao destacar que a ciência não é feita apenas com investimentos. “Por isso, deixamos aqui a garantia de que não haverá a terceirização da carreira de auxiliar de pesquisa”, disse o ministro em atenção a um dos pleitos dos servidores da Embrapa. A empresa conta com 7,7 mil trabalhadores atuando em 43 unidades em todo o país.

Acordos de cooperação

Durante o evento, foram celebrados dois acordos de cooperação técnica de abrangência internacional com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e a Corporação Financeira Internacional (IFC) – que juntos formam o Grupo Banco Mundial (GBM) – foi firmado o Memorando de Entendimento para o desenvolvimento de projetos para um setor agroalimentar mais verde, resiliente e inclusivo, apoiado em modelos de empreendedorismo rural e intercâmbio científico para países em desenvolvimento com duração de cinco anos.

Já a cooperação técnica com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) tem como objetivo o Desenvolvimento colaborativo da agricultura de precisão e digital para o fortalecimento dos ecossistemas de inovação e a sustentabilidade do agro brasileiro. A proposta é aumentar a transparência, confiabilidade e eficiência do processo produtivo brasileiro com referência na expertise japonesa no domínio de ferramentas da Tecnologia da Informação e Comunicação.

Ao todo, foram sete acordos estratégicos celebrados durante o evento, incluindo parcerias com os ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), além de envolveram o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste).

Em 26 de abril de 1973 foi empossada a primeira diretoria da Embrapa no Ministério da Agricultura. A celebração dos 51 anos da empresa ocorre de 25 a 27 de abril na sua sede, em Brasília (DF).

A cerimônia desta quinta-feira também contou com a presença da primeira-dama Janja, dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; da Gestão, Inovação e Serviços Públicos, Esther Dweck; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira e do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência República, Marcio Macêdo.

Fonte: Assessoria Mapa
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PMGZ ganha evidência em evento latino-americano 

Eric Costa, técnico da ABCZ, apresentou as ferramentas do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos e impactos na seleção de rebanhos bovinos.

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Foto: Divulgação/ABCZ

O Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), foi destaque na programação do 24º Simpósio Latino-Americano, durante a 33ª Feira Agropecuária Internacional (Agropecruz), realizada recentemente em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. O técnico da ABCZ, Eric Costa, foi responsável pela apresentação, que abordou o impacto do programa no trabalho de seleção e melhoramento genético de rebanhos bovinos no Brasil e no exterior.

“Este é um evento muito expressivo na Bolívia que, nesta edição, teve mais de 600 participantes de diversos países. É uma grande satisfação poder divulgar o trabalho da ABCZ em um evento desta magnitude. Tivemos oportunidade de demonstrar as diversas ferramentas disponibilizadas pelo PMGZ para auxiliar os criadores no trabalho de seleção, como de acasalamento dirigido, análise de tendências genéticas, monitoramento genético, descarte e reposição de matrizes, sempre visando o diagnóstico do rebanho e as possíveis correções para melhoria de determinadas características”, ressaltou o técnico.

Renovação de convênio

Ainda durante a Agropecruz, foi renovado o convênio entre a ABCZ, Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu), e a Asociación Boliviana de Criadores de Cebú (Asocebu), que oferece benefícios para criadores associados e filhos de associados do país vizinho. Estiveram presentes o diretor da Fazu, Caio Márcio Gonçalves, o vice-presidente da Fundação Educacional para o Desenvolvimento das Ciências Agrárias (Fundagri) e conselheiro da ABCZ, José Olavo Borges Mendes Júnior, o coordenador do curso de Zootecnia da Fazu, Rayner Barbieri, e o membro do Conselho Deliberativo da Fundagri, José Peres de Lima Neto.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Perspectivas do cenário macroeconômico serão tratadas pelo embaixador do cooperativismo na Expofrísia

Roberto Rodrigues vai tratar sobre perspectivas do cenário macroeconômico no fim tarde desta quinta-feira (25), trazendo informações a cadeia produtiva, seus impactos anteriores e o que pode se esperar dos próximos anos.

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Roberto Rodrigues é um dos maiores nomes do agro no Brasil e embaixador do cooperativismo da Organização das Nações Unidas - Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

A safra 2023/2024 foi desafiadora para os produtores, com queda dos preços, oscilação climática e aumento do custo de produção. Esse conjunto de fatores obrigou os produtores a trabalharem com várias frentes, muitas vezes de forma simultânea. Para auxiliar na busca por uma previsibilidade na próxima safra, a Expofrísia, traz a palestra de Roberto Rodrigues, um dos maiores nomes do agro no Brasil e embaixador do cooperativismo da Organização das Nações Unidas (ONU). A entrada da feira é gratuita e a inscrição pode ser feita clicando aqui.

Na tarde desta quinta-feira (25), a feira realiza a sexta edição do Fórum Comercial, para tratar dos mercados de grãos, leite e proteína animal. No evento, o público terá acesso a informações mercadológicas relevantes e atualizadas para o agricultor e o pecuarista tomarem as melhores decisões.

Em seguida, no fim da tarde, haverá a palestra principal de Roberto Rodrigues com o tema: perspectivas do cenário macroeconômico. A apresentação tratará da cadeia produtiva, seus impactos anteriores e o que pode esperar dos próximos anos.

Rodrigues é coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é engenheiro agrônomo pela USP e professor do Departamento de Economia Rural da Unesp, em Jaboticabal (SP). Foi secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além de ter sido presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e da Sociedade Rural Brasileira (SRB).

Expofrísia

Pelo segundo ano consecutivo, a Expofrísia e o Digital Agro acontecem de forma simultânea em Carambeí, município localizado na região dos Campos Gerais do Paraná.

Os eventos levam ao público exposição de gado leiteiro e soluções para o agronegócio que atendam a dinâmica do campo com sustentabilidade, inovações e tendências para a agricultura digital e a pecuária.

A feira é realizada pela Cooperativa Frísia com apoio técnico da Fundação ABC.

Fonte: Assessoria Expofrísia
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CBNA – Cong. Tec.

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