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A produção animal brasileira e o alimento do futuro: “O Alimento Inteligente”

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*Guilherme Augusto Vieira

Prezado Leitor do Presente Rural tenho dedicado os últimos artigos a debater neste nobre espaço sobre os desafios da produção animal brasileira em oferecer a população um alimento de qualidade produzido com custo adequado e que atenda as legislações sanitárias, ambientais e nutricionais.
Todo este processo avançou devido a evolução da produção agropecuária e do agronegócio brasileiro que teve como base de apoio as pesquisas agropecuárias desenvolvida por esta fantástica empresa que é a EMBRAPA, os Institutos de Pesquisas Agropecuárias, as Universidades brasileiras e os projetos de pesquisas desenvolvidos pelas indústrias de insumos.
Neste contexto a inovação tecnológica tornou-se primordial para o avanço do agronegócio e os processos produtivos agropecuários e agroindustriais.
Entretanto, o maior desafio da produção agropecuária nacional e mundial será fornecer alimentos para uma população que cresce exponencialmente, no qual a FAO e ONU estimam uma população mundial de 9 bilhões de habitantes projetados para 2050, nossa produção mundial de alimentos precisa aumentar 280 milhões de toneladas até 2020 e 450 milhões de toneladas até 2030, esta é uma realidade que já bateu a nossa porta e o produtor não pode fugir a sua responsabilidade.

O ambiente institucional que vive o produtor brasileiro é desafiante e provocativo pois convive com custos altos, logística inadequada, legislações tributárias, trabalhistas e ambientais  além de ter que atender as normas sanitárias e gerir todos os processos produtivos tanto agrícolas quanto pecuários.

Nossa, como este produtor é valente e ainda tem que aguentar  os “fundamentalistas” que atacam diariamente o agronegócio, principalmente nesta época de eleições.

Não bastasse este rosário de “condicionantes” do processo produtivo, cada dia cresce a onda dos ativistas, principalmente direcionada a produção animal ( assunto para outro artigo), no qual observa-se que 100 anos de pesquisas podem ser “rasgados” e jogadas no lixo por concepções equivocadas relativa aos processos produtivos.

Recentemente coordenei o VIII Seminário de Tecnologia, Marketing e Logística para a Cadeia de Carnes realizada no mês de maio de 2014 em Fortaleza – CE , no qual foram discutidos vários assuntos ligados a  todas as cadeias produtivas de carnes, desde pescados , bovinos , passando por aves e suínos, e a tônica do seminário foi a questão da qualidade dos produtos alimentícios oferecidos a população em que foi destacado que todos os elos das cadeias produtivas tem consciência de se produzir um alimento seguro, com qualidade  e atender as exigências do consumidor final.

Entretanto com tantos avanços nos processos produtivos agropecuários e agroindústrias, com modernas tecnologias de produção agropecuária e tecnologia de alimentos, varejo com lojas de conveniência, ainda convivemos com abate clandestino, espaços inadequados para comercialização de alimentos e principalmente a fome no mundo, questões que precisamos combater diariamente, não jogar a culpa somente nas autoridades sanitárias, mas todos os elos devem se unir, esclarecer a população sobre o perigo de consumir um alimento sem inspeção sanitária. Parece que voltamos a idade da pedra, deve ser uma cruzada.
Na minha opinião, o assunto mais importante debatido no Seminário, foi levantado pelo conceituado Professor José Cesar Panetta, iminente Professor da USP, Editor da Revista Higiene Alimentar, que fez uma abordagem interessantíssima sobre o alimento do futuro : o alimento inteligente[2]

O que vem a ser o alimento inteligente?
Por definição, são aqueles alimentos que beneficiam, de alguma forma, qualquer parte do corpo humano. Mas não basta conhecer, o importante é saber como incluí-los na sua dieta.

De acordo com o Professor Panetta, este alimento deve ser produzido atendendo as seguintes normas:
• Ser seguro (livre de contaminantes físicos, químicos e biológicos);
• Atender as Boas Práticas Agropecuárias;
• Possuir rastreabilidade
• Ser processado de acordo com os sistemas de qualidade ( BPF,APCC,22.000)
• Atender as legislações sanitárias e ambientais
• Ser um alimento nutracêutico[3]

Como se observa, a produção agropecuária e agroindustrial, em sua grande maioria , já produzem e processam alimentos que atende aos requisitos do alimento inteligente. O grande desafio será tornar estes alimentos  “nutracêuticos”.
A grande questão sobre a produção do alimento inteligente serão as cobranças institucionais e da sociedade.

Confesso aos Leitores que preciso estudar mais sobre o assunto. Na minha humilde opinião, todos os atores pertencentes às cadeias  produtivas  deverão ficar mais engajados no processo, desde a indústria de insumos, passando pelas produções agropecuárias, agroindustriais e canais de distribuição. Tudo isso para atender o consumidor final, que irá exigir, com todos os seus direitos, o alimento inteligente.

Termino esta breve reflexão homenageando o Professor José Cezar Panetta que no auge de sua sapiência nos traz uma questão relevante e que merece ser discutida arduamente.

Até a próxima oportunidade.

*Médico Veterinário, Doutorando em História das Ciências UFBA/UEFS, Professor  do Curso Veterinária UNIME/ Qualittas, Secretário Executivo da ABA, Colunista do Jornal Presente Rural

[2] Sugiro aos Colegas Selmar e Luciany, Colegas daqui do presente Rural, uma pauta sobre este assunto.

[3] “É um produto alimentício ou o alimento que proporciona benefícios médicos e de saúde, incluindo a prevenção e o tratamento da doença”.

Na verdade a velha canja de galinha já era um ótimo alimento nutracêutico, principalmente para as “mulheres paridas” e auxiliares no tratamento de doenças infecciosas.

Fonte: Professor Guilherme Augusto Vieira

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Santa Catarina bate recorde no Valor da Produção Agropecuária em 2023, com destaque para a produção animal

Pecuária de leite, suínos, frango e bovinos de corte representaram 52,6% da composição do VPA catarinense.

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Suínos para abate respondem por 20,2% da composição do VPA em 2023 - Fotos: Divulgação/Cidasc

O Valor da Produção Agropecuária (VPA) de Santa Catarina em 2023 alcançou o recorde de R$64,3 bilhões, representando um crescimento nominal de 6,6% sobre o VPA de 2022, que era o recorde anterior. A produção animal – leite, suínos, frango e bovinos de corte – representaram 52,6% da composição do VPA. Esses e outros dados integram a 44ª edição da Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina, lançada pela Epagri nesta semana.

A publicação é coordenada pelo analista de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri/Cepa, Tabajara Marcondes. Ele explica que o cálculo do VPA de 2023 considerou os 62 produtos de maior valor de produção no Estado. São os da produção animal (pecuária e aquicultura), os da produção das lavouras (grãos, outras lavouras temporárias, hortaliças e lavouras permanentes) e os da produção da silvicultura e extração vegetal.

Tabajara revela que, em termos de composição do VPA, os destaque são: suínos para abate, 20,2%; frangos para abate, 16,4%; leite, 12,3%; e soja, 10,9%. “Dos demais produtos, apenas o tabaco (5,6%)  e o milho-grão (5,2%)  tiveram participação superior a 5% no VPA estadual de 2023”, diz o analista.

A publicação traz também dados das exportações do agronegócio catarinense, análises sobre o crédito rural e sobre o desempenho das principais atividades agrícolas e pecuárias desenvolvidas no Estado.

Agro responde por 64,7%  das exportações
No caso do mercado internacional, a análise mostra que em 2023 o agronegócio alcançou o segundo melhor desempenho da história. O valor exportado, de US$7,49 bilhões, é superado apenas pelos US$7,74 bilhões de 2022. Com isso, o agro respondeu por 64,7% dos US$11,58 bilhões gerados pelas exportações totais de Santa Catarina. O setor também foi responsável por 4,5% dos US$165,45 bilhões exportados pelo agro brasileiro.

Os maiores valores exportados foram de carnes de frango e derivados; carnes de suínos e derivados; madeira e obras de madeira; produtos do complexo soja e de papel e celulose, que representaram 83,4% dos US$7,49 bilhões exportados pelo agro catarinense.

Aplicação do Pronaf na pecuária
Para a safra 2023/24 (julho/23 a junho/24), houve aumento do crédito disponibilizado aos agricultores catarinenses: R$364,22 bilhões para os enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais produtores, e R$71,60 bilhões para a agricultura familiar. “Esses valores significam aumentos nominais de 27% e 34% sobre os disponibilizados na safra 2022/23”, salienta Tabajara.

Em 2023 Santa Catarina respondeu por 5,1% do valor do crédito aplicado no Brasil e foi o estado que mais aplicou recursos do Pronaf em pecuária. O número de contratos de crédito em 2023 foi 6,6% maior do que em 2022. Em valores aplicados, a indexação pelo IGP-DI mostra que os R$20,369 bilhões de 2023 são 17,2% maiores do que os R$17,387 bilhões de 2022.

Dados auxiliam nas políticas públicas
O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto, participou do evento e destaca a importância da publicação. “O olhar analítico sobre o desempenho da agricultura é  fundamental para balizar as políticas públicas que chegam ao campo. Os dados mostram a diversidade da nossa produção, nos auxiliando no planejamento dos programas e projetos para atender as reais necessidades dos agricultores”, diz ele.

O presidente da Epagri, Dirceu Leite, comenta que a Síntese começou a ser publicada em 1976 e se caracteriza como  uma das publicações mais longevas em sua categoria. “Esta publicação anual sintetiza o esforço da pesquisa socioeconômica da Epagri em organizar, analisar e disponibilizar dados estruturados para o agronegócio catarinense. São informações confiáveis que auxiliam o segmento do agro na tomada de decisões”, frisa Dirceu.

A gerente da Epagri Cepa, Edilente Steinwandter,  destaca a inovação nesta 44ª edição Síntese.  “O documento traz novos recursos interativos no arquivo digital, permitindo uma leitura rápida, dinâmica e interativa. Com a inclusão de links e botões de acesso em cada uma das seções, os leitores podem facilmente navegar entre as diferentes seções da publiicação”, informa. Ela também agradece a todos que possibilitaram a geração de dados, como as entidades representativas do agro, os parceiros informantes e a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, por meio de suas empresas vinculadas – Cidasc, Epagri e Ceasa.

Fonte: Assessoria Epagri
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Notícias Impacto das inundações

Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul está com atendimento remoto; sites do governo estão fora do ar

Sistema foi desligado para preservar a infraestrutura instalada e retomar as atividades no menor intervalo de tempo possível. A retirada da maioria dos serviços é temporária.

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Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

Devido a situação das vias de acesso da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul, bem como o desligamento da energia elétrica na região, as atividades presenciais estão suspensas na sede da pasta, situada à Avenida Getúlio Vargas, nº 1384, no Bairro Menino Deus, em Porto Alegre (RS). Os servidores estão trabalhando em home office e o atendimento é realizado de forma remota.

A Seapi também comunica que as atividades no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa Animal Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul, estão suspensas por tempo indeterminado devido o prédio ter sido atingido pela água.

Exames como peste suína clássica, aujeszky, raiva, brucelose, sarna e biocarrapaticidograma não estão sendo realizados no momento.

O Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio, também está com as atividades suspensas, no mínimo até a próxima sexta-feira (10), por conta do alagamento no local.

Canais de contato

Área vegetal

O Departamento de Defesa Vegetal (DDV)  estará atendendo pelo e-mail ddv@agricultura.rs.gov.br ou pelo WhatsApp (51) 98412-9961

Área animal

O Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) pode ser contatada pelo e-mail ddagr@agricultura.rs.gov.br ou pelo Canal Notifica de WhatsApp (51) 98445-2033 (aceitam apenas mensagens)

Área pesquisa

O Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) atende pelo e-mail gabinete-ddpa@agricultura.rs.gov.br

Área administrativa

O Departamento Administrativo (DA) pode ser contatado pelo e-mail da@agricultura.rs.gov.br.

Área financeira

O Departamento de Finanças e Execução Orçamentária (Defin) atende pelo e-mail gabinete-defin@agricultura.rs.gov.br ou pelo WhatsApp (51) 3288-6312

Sites do governo gaúcho foram desligados para evitar colapso da rede

Sites e serviços online oferecidos pelo governo do Rio Grande do Sul estão fora do ar ou funcionando precariamente, sem atualizações, após a sede do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (Procergs) ter sido inundada, em Porto Alegre.

No portal do governo estadual, a última notícia foi publicada na segunda-feira (06) às 20h43, antes de o sistema de processamento de dados estaduais ter sido desligado para evitar um colapso da rede. Já no site da Defesa Civil estadual, a última postagem foi um alerta, publicado no dia 05 de maio às 20h32.

No início da tarde desta terça-feira (07), a Secretaria de Educação chegou a publicar uma notícia, pouco após o meio-dia, informando sobre a ativação de canais para o recebimento de doações via Pix, afim de auxiliar as vítimas das enchentes. A publicação anterior foi no dia 04 de maio, às 11h40.

O portal de serviços do estado e os sites de secretarias, como as de Fazenda; de Logística e Transportes; e de Saúde, estão fora do ar.

O desligamento do sistema já havia sido anunciado pelo próprio centro de tecnologia. “Informamos a todos que, apesar de todos os esforços empreendidos ao longo dos últimos dias, e de todas as diversas ações tomadas no sentido de preservar o Data Center da Procergs e do Estado, nas últimas horas a enchente em Porto Alegre tomou proporções inéditas e a água entrou no prédio da companhia em um volume que a empresa não consegue contornar”, diz a nota.

Segundo o Procergs, o desligamento foi a alternativa encontrada para preservar a infraestrutura instalada e retomar as atividades no “menor intervalo de tempo possível”. A retirada da maioria dos serviços é temporária e ainda não há previsão de retomada dos serviços, informou.

Fonte: Assessoria Seapi
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Baixa oferta de qualidade volta a elevar preços do trigo

Com isso muitos vendedores, capitalizados, se mostram resistentes nas negociações envolvendo grandes volumes.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Levantamento do Cepea aponta que a baixa oferta de trigo de qualidade superior tem acirrado a disputa entre compradores por novos lotes, além de elevar os preços internos do cereal.

Com isso, segundo pesquisadores do Cepea, muitos vendedores, capitalizados, se mostram resistentes nas negociações envolvendo grandes volumes.

Neste período de entressafra, esses agentes estão atentos, também, às incertezas em relação à área, ao clima e aos custos externos, ainda conforme pesquisas do Cepea.

No campo, o Deral/Seab indica que alguns produtores do Paraná começaram a semeadura da nova safra, com destaque para os da região norte do estado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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