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A matéria prima e seu potencial impacto nos recentes eventos de Peste Suína Africana

Evidências de que ingredientes de matéria primas estão potencialmente relacionados com o vírus da PSA podem indicar necessidade de programa de biossegurança mais restrito

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Artigo escrito por Fabio Catunda, gerente Global de suínos da Phileo Lesaffre Animal Care

Após os eventos do mês passado, está claro que o Vírus da Peste Suína Africana (VPSA) não é uma ameaça apenas para as regiões no Sudeste Asiático, China e Europa. Independentemente de onde você opera no mundo, a PSA é e deve ser a preocupação principal de nossa atividade. Certamente você não precisa viajar para o Sudeste Asiático ou China para entender que este pode ter impacto severo no nosso setor aqui no Brasil, e provavelmente, os eventos que estamos vivenciando no momento pode mudar a forma como o negócio de suínos será gerenciado em um futuro próximo.

Vamos analisar rapidamente os fatos atuais:

  • Desde 2007, a peste suína africana tem se espalhado por toda Europa Oriental e pela Rússia
  • Recentemente temos ouvido sobre notícias de novas granjas contaminadas na China e duas confirmações surpreendentes vindas do Japão e da Bélgica.
  • Sabemos que o VPSA é um vírus muito resistente, muito estável fora do hospedeiro e que atualmente não há vacina disponível.
  • Historicamente, o vírus vem se espalhando através de animais selvagens, má biossegurança de granja e o manuseio de produtos de carne contaminados.
  • Pesquisadores dos EUA afirmam que a febre suína africana pode ter um impacto econômico de mais de US$ 16,5 bilhões em prejuízo econômico e outros setores relacionados só nos Estados Unidos.
  • Não há dúvidas que pode devastar o comércio global e os mercados internacionais.
  • Felizmente, o VPSA não prejudica as pessoas.

A importâncias dos ingredientes da ração e as necessidades de programa de biossegurança mais restrito.

A velocidade com que o vírus da PSA está se movendo em todo mundo levou a especulações de que os ingredientes da ração também podem ser um dos principais portadores do vírus PSA.

A constatação preliminar do estudo realizado pela Dra. Megan Niederwerder da Universidade Estadual do Kansas, concluiu que o VPSA pode sobreviver nos ingredientes da ração por mais de 30 dias, o que sugere que a ração pode ser um caminho potencial que os patógenos, como o vírus da peste suína africana, podem se espalhar.

A pesquisa foi feita colocando ingredientes em tubos de 50 mililitros em uma câmara ambiental e usando dados meteorológicos para programar a temperatura e umidade da câmara, com o objetivo de simular uma viagem de navio de carga da Europa Oriental para a América do Norte.  A inoculação do vírus foi feita em 5 gramas de ração completa e ingredientes de ração, alguns dos quais incluem farelo de soja, lisina, grãos destilados secos, colina e vitamina D.

Repercussões deste estudo no mercado  Norte Americano – Sete pontos críticos que devem ser questionados ao seus fornecedores de matéria prima.

Artigo recente publicado na revista National hog Farmer, enfatiza como a Associação Americana Industrial de Alimentos e a Associação Nacional de Grãos e Alimentos, apoiada pela Universidade Estadual do Kansas e Universidade de Minnesota, estão reagindo e aconselhando a  indústria  Americana – Premixeiras, fabrica de raçoes, integradores, cooperativas e agricultores.

Unidas, estas organizações estão sugerindo a implementação de um questionário para seleção de fornecedores que contem perguntas sobre sete pontos críticos que devem ser levantados com seus fornecedores de ração e de ingredientes.

O objetivo é iniciar um diálogo sobre a segurança e conscientização da indústria dos ingredientes de ração perante os novos fatos de PSA.

O questionário está embasado nas seguintes perguntas:

  1. Descrever o programa de biossegurança da instalação para minimizar a propagação de patógenos de pessoas, veículos e ingredientes.
  2. Descrever o treinamento dos funcionários na instalação quanto à segurança alimentar.
  3. Descrever o programa de controle de peste da instalação.
  4. Descrever o programa de rastreabilidade da instalação.
  5. Descrever o programa de aprovação do fornecedor da instalação.
  6. A instalação é certificada por um órgão de certificação de terceiros quanto à segurança de alimentos? Programas de certificação de terceiros podem incluir Fabricantes de Aditivos de Ração, a Organização Internacional para Padronização, Alimento Seguro de Qualidade, Ração Segura/Alimento Seguro etc.
  7. A instalação usa ingredientes que foram fabricados ou empacotados fora do país?

As consequências dessas constatações são de alta relevância, especialmente ao considerar o papel da China e da Europa como fornecedores globais de ingredientes e matéria prima.

Também é de fundamental importância compreender o novo papel que a cadeia de suprimentos global de ingredientes está assumindo no controle de biossegurança, que no passado estava focado em animais, pessoas, carne e transporte.

Definitivamente, estamos chegando a um estágio em que a biossegurança da matéria prima mudará a forma com que compramos nossos ingredientes e selecionamos nossos fornecedores. Portanto, pode não ser exagero pensar que os eventos recentes envolvendo o VPSA podem diretamente mudar a maneira como a cadeia suína funcionará.

A pesquisa aparece na revista PLOS ONE na publicação colaborativa, "Sobrevivência de patógenos virais nos ingredientes de ração animal nos modelos de remessa transfronteiriça." É a primeira publicação que demonstra a sobrevivência do vírus da peste suína africana nos ingredientes de ração.

Fonte: Assessoria

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Notícias Com apoio do Governo do Paraná

17ª ExpoFrísia propõe discussões sobre o mercado leiteiro

Uma produção com os pés calcados em desenvolvimento, inovação e sustentabilidade. Essas premissas são destaque na 17ª edição da ExpoFrísia e 7º Digital Agro, abertos nesta quinta-feira (25) no Pavilhão Frísia, anexo ao Parque Histórico de Carambeí.

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Uma produção com os pés calcados em desenvolvimento, inovação e sustentabilidade. Essas premissas são destaque na 17ª edição da ExpoFrísia e 7º Digital Agro, abertos na quinta-feira (25) no Pavilhão Frísia, anexo ao Parque Histórico de Carambeí (PR). A crise vivida pelo setor leiteiro no estado paranaense, proveniente principalmente do aumento na importação do produto em pó de países do Mercosul, também dá o tom no ambiente.

Vice-governador do Paraná, Darci Piana, participou da abertura da ExpoFrísia: “Das 10 maiores cooperativas da América, sete estão no Paraná, e isso é um orgulho para nós” – Fotos: Igor Jacinto/Vice-Governadoria

O vice-governador do Paraná, Darci Piana, participou da abertura e destacou as qualidades da economia do Paraná. O PIB estadual cresceu 5,8% ao longo do ano passado, enquanto o brasileiro teve alta de 2,9%. Ele também citou os avanços de produção na cadeia de proteína animal em 2023, que fizeram do Estado ainda mais protagonista no setor. “É fruto do trabalho dos cooperados, que produzem com muita tecnologia e empregam muita gente”, destacou. “Das 10 maiores cooperativas da América, sete estão no Paraná, e isso é um orgulho para nós”.

O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, disse que a feira dos Campos Gerais é uma das que mais promovem conhecimento, inovação e ciência. “A Frísia oportuniza um momento em que pode apresentar seus resultados do passado e estender um olhar para o futuro, além de possibilitar às famílias um contato com a vida rural”, afirmou.

O secretário lembrou a crise enfrentada pelos produtores de leite por causa do aumento na importação de leite em pó dos países do Mercosul. “Perdemos muitos produtores nos últimos anos, mas estamos unidos para vencer a crise. No Paraná, já tomamos atitudes, taxando o leite em pó e o queijo industrializado importados, favorecendo a produção local”, afirmou.

A primeira decisão foi a publicação do Decreto 5.396/2024 , que altera o tratamento tributário na importação dos dois produtos. Além disso, o Governo encaminhou à Assembleia projeto de lei para alterar a legislação do ICMS (Lei Estadual 13.212/2001) da importação do leite em pó e do queijo mussarela.

Até então, a importação de insumos utilizados em processos produtivos ocorria com suspensão total de ICMS. Com as mudanças, a importação dos dois produtos passa a ter taxação de ICMS. Dessa maneira, tanto o leite em pó quanto o queijo mussarela importados passam a pagar ICMS de 7% – valor mínimo de cobrança do imposto, já que ambos os produtos fazem parte da cesta básica e, por isso, não podem ser taxados na alíquota cheia de 19,5%. No Paraná, os maiores importadores dos dois produtos são as indústria, para quem passa a valer a regra.

ExpoFrísia

Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara: “Perdemos muitos produtores nos últimos anos, mas estamos unidos para vencer a crise”

Pelo terceiro ano consecutivo, a ExpoFrísia e o Digital Agro acontecem de forma simultânea em Carambeí. Os eventos levam ao público exposição de gado leiteiro e soluções para o agronegócio que atendam a dinâmica do campo com sustentabilidade, inovações e tendências para a agricultura digital e a pecuária. A feira é realizada pela Cooperativa Frísia com apoio técnico da Fundação ABC.

Dentre os temas que serão abordados neste ano estão gestão hídrica; conforto térmico para os animais – assunto que afetou o desempenho da cadeia leiteira; genoma bovino; principais usos de forrageiras; entre outros. Na feira ainda são apresentadas a exposição de bovinos da raça holandesa e realizados o Clube de Bezerras e a Copa dos Apresentadores.

“O Brasil acontece, o Paraná acontece e o cooperativismo acontece porque temos nossos cooperados que trabalham arduamente no dia a dia”, disse o presidente da Frísia, Renato Greidanus. “Quanto mais trabalhamos junto com Governo do Estado, o município, a cooperativa e os produtores poderemos mais. Temos que nos unir e planejar nosso futuro, nossas atividades e estamos fazendo isso”.

A prefeita de Carambeí, Elisangela Pedroso, disse que o crescimento da feira reflete o processo de crescimento econômico do município e da região. “Carambeí, que é o berço do cooperativismo no Brasil, está passando por um momento importante de industrialização que muito nos orgulha. Nestes três dias de feira, poderemos discutir inovações para o mundo da agricultura, do agronegócio e o melhoramento genético, além de fomentar o grande potencial turístico que a cidade possui”, comentou.

Fonte: AEN-PR
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Instituições do Paraná divulgam nota técnica sobre quebramento da haste e podridão de grãos da soja

Ocorrências têm aumentado significativamente nos últimos anos em lavouras da região Médio-Norte de Mato Grosso e Rondônia, tendo sido observado durante a safra 2023/2024 nos estados do Paraná e de Santa Catarina.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Embrapa Soja, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) divulgaram nesta semana uma nota técnica enfatizando que a área de ocorrência de quebramento da haste no Paraná, na safra 2023/2024, foi pouco expressiva. Na nota técnica, as instituições informam ainda que as lavouras acometidas pelo quebramento da haste, nem sempre, apresentaram ocorrência de podridão de grãos, bem como esclarecem alguns aspectos relacionados ao quebramento da haste da soja e a podridão de grãos e ressalta que não há dados suficientes que comprovem a relação entre os problemas.

As ocorrências de quebramento de haste e podridão de grãos na cultura da soja têm aumentado significativamente nos últimos anos. A podridão de grãos tem sido particularmente preocupante desde a safra 2018/2019, afetando principalmente a região Médio-Norte de Mato Grosso e Rondônia. Por outro lado, o quebramento de haste tornou-se um problema mais proeminente a partir da safra 2020/2021, também sendo observado tanto na região mato-grossense quanto nos estados do Paraná e de Santa Catarina durante a safra 2023/2024.

Quebramento de plantas de soja – Fotos: Maurício Meyer

Quebramento de haste da soja

O quebramento de haste da soja é um problema recorrente na cultura, relatado e estudado há mais de três décadas no Brasil, cujas conclusões das possíveis causas recaem na interação da sensibilidade genética de cultivares e o estresse ambiental. O quebramento de haste da soja ocorre, geralmente, a partir do período de pré-fechamento das entrelinhas de semeadura, podendo ser visualizado somente após o início da formação de grãos. É caracterizado pela maior fragilidade de sustentação da planta na base da haste, próximo ao nó cotiledonar.

Essa fragilidade favorece o quebramento das hastes em decorrência de ventos. As plantas afetadas, com uma leve pressão lateral, estralam ao quebrar. As plantas quebradas podem permanecer com a parte aérea viva e verde, podendo completar a formação de grãos, mas oferecem dificuldades para a operação de colheita, em virtude de sua posição deitada no solo. Em condições de escassez de chuvas e temperaturas elevadas, as plantas quebradas secam antecipadamente e o enchimento dos grãos não é completado. As plantas quebradas comumente apresentam maior número de vagens chochas, com o enchimento de grãos interrompido.

Estrias necróticas na parte periférica do lenho da haste

Na região do quebramento, podem ser observadas estrias necróticas na parte periférica do tecido lenhoso das hastes, mas as mesmas estrias podem ser encontradas em regiões superiores das plantas e em plantas sem quebramento. O possível envolvimento de fungos fitopatogênicos e/ou outros fatores bióticos e abióticos, causando ou potencializando o quebramento de hastes, ainda está em estudo pela Embrapa e por outras instituições.

Podridão de grãos da soja

A podridão de grãos é observada a partir do início de enchimento de grãos. Externamente, as vagens podem apresentar sintomas de encharcamento e/ou escurecimento, sem abertura visível e, internamente, apresentam apodrecimento dos grãos.

A presença de vagens com sintomas e de grãos apodrecidos ocorre de forma aleatória na planta e na vagem, respectivamente, não necessariamente acometendo todos os grãos. Por consequência, a incidência da podridão de grãos eleva a presença de grãos avariados, depreciando a qualidade do produto colhido. Os fungos que predominam nos isolamentos a partir dos grãos e das vagens (com e sem sintomas) são diferentes espécies de Diaporthe, Fusarium, Colletotrichum e, em algumas safras, também foi observada alta incidência de mancha-púrpura nos grãos, causada por Cercospora spp. Esses e outros fungos podem ser encontrados de forma latente na planta e nos grãos, como endofíticos, sem causar sintomas aparentes, cada um associado a uma doença quando ocorrem os sintomas.

Podridão de grãos de soja e alta incidência de grãos avariados

Os sintomas de apodrecimento de grãos observados em lavouras brasileiras, assemelham-se aos causados pelo complexo de Diaporthe spp., descrito em 1920 nos Estados Unidos. Espécies de Diaporthe estão associadas a uma série de doenças da soja, incluindo apodrecimento de grãos, seca da haste e das vagens e cancro da haste, e levam a perdas de produção consideráveis em todo o mundo. A podridão de grãos é favorecida por condições climáticas quentes e úmidas, especialmente desde o enchimento da vagem (R5) até a maturidade fisiológica (R8).

O principal controle da podridão de grãos é por meio de seleção de cultivares menos suscetíveis. Fungicidas podem ser utilizados para reduzir a incidência. Exposição das plantas às condições de elevadas temperaturas (acima de 30 ºC) durante a fase de enchimento de grãos pode provocar deterioração e elevados índices de enrugamento dos grãos. Esse enrugamento normalmente é mais intenso sob déficit hídrico, mas pode também ocorrer em condições normais de disponibilidade hídrica.

O enrugamento afeta drasticamente a qualidade dos grãos e das sementes e propicia a infecção secundária por Diaporthe spp., o que pode propiciar o apodrecimento das vagens, principalmente em situações de ocorrência de chuvas frequentes em pré-colheita. Sabe-se que o caráter de enrugamento de grãos tem grande influência genética. Supõe-se que as cultivares que estão apresentando esse problema possam ser mais suscetíveis à sua expressão, aspecto esse que merece ser avaliado pela pesquisa.

Relação entre os problemas

Ainda não há dados suficientes que comprovem a relação entre o quebramento de haste da soja e a podridão de grãos. Cultivares mais sensíveis ao quebramento de haste e menos suscetíveis à podridão de grãos e vice-versa já foram observadas no campo, assim como cultivares sensíveis aos dois problemas.

Fonte: Com Adapar
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Notícias Gestão eficiente

Fundesa-RS tem contas aprovadas do primeiro trimestre de 2024

Saldo total do fundo até agora é de R$ 145,3 milhões e as despesas no período chegaram a R$ 2,5 milhões, ante R$ 6,7 milhões de receita

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Conselheiros do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul aprovaram, na última semana, a prestação de contas do primeiro trimestre de 2024. O saldo total do fundo até agora é de R$ 145,3 milhões e as despesas no período chegaram a R$ 2,5 milhões, ante R$ 6,7 milhões de receita.

Entre as despesas, destaque novamente para as indenizações na pecuária leiteira, que somaram R$ 1,3 milhão. Também foi homologado o aporte de recursos para a reforma do prédio da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Júlio de Castilhos, superando R$ 180 mil. A reforma está em fase de finalização e o atendimento aos produtores já está sendo realizado na unidade. Antes o funcionamento da IDA se dava em um prédio alugado.

Os conselheiros também homologaram uma série despesas relacionadas ao Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor que consistem em aferição de instrumentos de laboratório, aquisição de insumos e aquisição de equipamentos.

Outro aporte de recursos aprovado durante a assembleia foi a cobertura de despesas com estadia e deslocamento de oito técnicos da Secretaria da Agricultura do RS, na reunião da Cosalfa, comemorativa aos 50 anos do grupo. A Comissão de Luta Sul-Americana de Luta contra a Febre Aftosa se realizará no final deste mês no Rio de Janeiro e contará com a apresentação da Plataforma de Defesa Sanitária Animal do RS, como destaque entre os participantes.

Fonte: Assessoria Fundesa-RS
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