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A caminho da autossuficiência, Brasil aposta no Cerrado para aumentar produção de trigo

Agricultores brasileiros devem colher 9,6 milhões de toneladas, alta de 24,4% em comparação ao ciclo anterior, com aumento de 11,5% de produtividade e de 11,6% da área cultivada. Até meados de 2030 o país poderá produzir mais de 20 milhões de toneladas de trigo.

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Foto: Shutterstock

As expectativas do setor produtivo para a safra de trigo 2022/2023 são bastante otimistas em virtude das estimativas de produção recorde e grãos de boa qualidade. Conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os agricultores brasileiros devem colher 9,6 milhões de toneladas, alta de 24,4% em comparação ao ciclo anterior, com aumento de 11,5% de produtividade e de 11,6% da área cultivada.

Com uma média anual de consumo próxima a 13 milhões de toneladas, o Brasil importa cerca de 50% para abastecer o mercado interno, quase tudo da Argentina, que deve ter a maior quebra de safra da sua história, estimada em 13,4 milhões de toneladas no relatório de novembro do Ministério da Agroindústria, queda de 39,4% frente às 22,1 milhões de toneladas colhidas na safra 2021/22.

Engenheiro agrônomo e chefe-geral da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski: “Estamos melhorando tecnicamente o sistema de sequeiro, com soluções tecnológicas, ferramentas de biotecnologia e melhoramento genético da planta, em breve vamos ver esses avanços da pesquisa em campo” – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

Diferente da situação adversa no país argentino, a safra brasileira de trigo se encaminha para ser a maior da história. Com avanços contínuos em área plantada e produtividade das lavouras, o Brasil caminha com celeridade para se tornar autossuficiente na produção do cereal. “Seguramente devemos produzir todo trigo que o país necessita em menos de cinco anos”, projeta o engenheiro agrônomo e chefe-geral da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski.

Em 2020, o país cultivou 2,3 milhões de hectares, registrando 6,2 milhões de toneladas de trigo. No ano seguinte, a produção nacional alcançou 7,7 milhões de toneladas em 2,7 milhões de hectares cultivados. Já em 2022 as estimativas apontam para uma colheita com 1,9 milhão de toneladas a mais que o ciclo anterior.  “Essa será uma safra de trigo histórica para o Brasil, mostrando o potencial que temos em nosso país”, exalta Lemainski, ressaltando que em um cenário de médio prazo – até meados de 2030 – o país poderá vir a produzir mais de 20 milhões de toneladas de trigo. “Com isso seguramente não iremos mais depender do mercado externo”.

Outro fator que colaborou para diminuir a importação foi aumento da qualidade do trigo produzido no Brasil, o que por consequência ajudou a valorizar e viabilizar o cereal nacional, abrindo espaço para que a cadeia fosse melhor remunerada, garantindo assim melhor liquidez ao produto. “Para exportação, o mundo demanda trigo acima de 12% de proteína e todos as sementes produzidas no Brasil tem teores de proteína acima de 13%, inclusive temos trigo de até 18% de proteína”, ressalta o chefe-geral da Embrapa, acrescentando: “O cenário é muito positivo, mantida essa liquidez o país vai avançar rápido para autossuficiência”.

Entraves ao crescimento da produção

Porém, antes de aumentar a produção e a produtividade do cereal brasileiro, é preciso superar alguns desafios no manejo da cultura, porque além dos riscos climáticos, doenças como Giberela, Oídio, Ferrugens e Mancha amarela podem atingir as lavouras. Neste contexto, o chefe-geral da Embrapa Trigo salienta a importância da pesquisa agropecuária, citando alguns desafios que devem ser superados para que o país alcance a autossuficiência.

O primeiro deles é na região Sul, que concentra 90% da área de cultivo do trigo. Com clima quente e úmido, as condições do ambiente são propícias ao desenvolvimento da doença fúngica Gibberella zeae, que deprecia o grão em anos chuvosos, causando quebras de safra.

Já na região do Cerrado brasileiro, a produção de trigo avança em sinergia com a geração e a adoção de tecnologias para assegurar uma produtividade rentável ao crescimento da triticultura tropical. Porém, em virtude do clima quente subúmido, as lavouras de trigo podem ser afetadas pela Brusone, doença provocada pelo fungo Pyricularia grisea, que causa branqueamento de parte da espiga a partir do ponto de infecção e gera perda significativa da cultura.

Com uma área potencial de 2,7 milhões de hectares para o cultivo de grãos na região do Brasil Central, Lemainski conta que o sistema de sequeiro oferece mais condições para o cereal aumentar sua área produtiva sem concorrer com os demais cultivos que dependem de irrigação. Porém, o desafio está em ampliar a implantação das lavouras no ambiente tropical. “A Embrapa lançou uma publicação para contribuir com o manejo do trigo de sequeiro no Cerrado, com informações técnicas sobre planejamento da produção, mas é preciso evoluir em pesquisa para garantir um crescimento eficiente da triticultura no Cerrado. Asseguro que estamos melhorando tecnicamente o sistema de sequeiro, com soluções tecnológicas, ferramentas de biotecnologia e melhoramento genético da planta, em breve vamos ver esses avanços da pesquisa em campo”, salienta.

Lemainski defende que quanto mais intensificar o uso do solo com plantas no ambiente tropical e subtropical melhor estruturada a terra vai ficar para o manejo da cultura, reduzindo, desta forma, os riscos por quebra de safra por estiagem. “Essas questões são convergentes e nós temos conhecimento técnico e científico para fazermos um sistema agrícola otimizado, pois conhecemos as variações climáticas, época de semeadura, precipitação pluviométrica, umidade do ar, genética da planta adaptada ao ambiente, as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo na proporção que a planta responde, então agora é preciso que nós utilizemos todo esse conhecimento a nosso favor”, expressa o chefe-geral da Embrapa Trigo.

Outro problema apontado é a carência de armazéns, principalmente dentro das fazendas, que atualmente é o principal gargalo para o aumento da produção de grãos no país, não apenas do trigo.

Superado estes desafios, Lemainski afirma que o trigo fará o mesmo caminho do milho e da soja, mudando a geopolítica do cereal no mundo. “O trigo já contribui com 18% da produção de proteína que os humanos consomem no mundo inteiro; com 20% da energia calórica, é o cereal mais consumido pelos humanos. O milho, por sua vez, com uma produção mundial acima de 1,1 bilhão de toneladas, cerca de 783 milhões de toneladas são destinadas ao consumo humano, 160 milhões vão para ração e 204 milhões transacionam entre os países. Esse é o cenário mundial e nós da Embrapa estamos muito felizes com as conquistas e com os avanços do setor”, afirma.

Alternativas ao uso do trigo

Além do trigo compor a ração para suínos, gado de leite e aves de corte e postura, Lemainski acentua que o cereal também pode ser usado como pastejo para uma produção de leite mais competitiva.

Pelo alto teor de amido este cereal pode ser convertido em etanol. “Essa é mais uma alternativa para a cadeia, a cada mil quilos de amido pode ser produzido 400 litros de etanol. Ao tempo que eu produzo etanol é gerado cerca de 340 quilos de DDG, resíduo que contém alto teor de proteína, matéria-prima que pode ser usada na composição da ração para suínos e aves”, expõe.

Lemainski destaca ainda que planta do trigo é descarbonizante e que o seu cultivo contribui para a melhora do solo. Segundo o chefe-geral da Embrapa Trigo, a cultura plantada em 09 de junho na cidade gaúcha de Carazinho e colhida em 29 de outubro fixou 1.074 gramas de gás carbônico equivalente (CO2 eq.) por metro quadrado, enquanto que o grão levou 520 gramas de CO2 eq., gerando neste período 7.540 quilos de CO2 eq. fixado no solo. “O trigo é um grande reservatório de carbono, que pode se transformar como uma alternativa de remuneração ao produtor com a venda de créditos de carbono”, aponta.

Foto: Gilson Abreu/AEN

Em outro estudo feito no sistema de sucessão trigo-soja, o engenheiro agrônomo conta que o fluxo de carbono fixado foi de 1.850 quilos de CO2 eq. por metro quadrado.

Valorização

Há cinco anos, a saca de trigo de 60kg era comercializada entre R$ 40 e R$ 45, já em 2020 o valor médio subiu para R$ 55 e, em 2021, passou a ser vendida entre R$ 80 e R$ 110, registrando nova alta em 2022, quando foi negociada entre R$ 90 e R$ 120. “Em 11 de julho de 2022 o país havia exportado 690 mil toneladas, com valor da saca de 60kg entre R$ 114 e R$ 118, o que mostra que a ambiência mercadológica atraí vários negócios para o trigo e essa valorização evidência que têm oportunidades no mercado para o nosso produto. Por exemplo, no Rio Grande do Sul já avançamos bastante no cultivo do cereal, se nós conseguirmos aumentar a área de plantio no país vamos trabalhar o ano todo, com isso ajudamos toda a cadeia de suprimentos de insumos e otimizamos o uso das máquinas, diluindo os custos fixos do setor, o que melhora a nossa competitividade”, analisa Lemainski.

Sul detém mais de 90% da produção nacional

Esse resultado deve ser alcançado mesmo com a redução de produtividade das lavouras no Paraná, prejudicadas pelo excesso de umidade, registrado especialmente nos meses de setembro e outubro, o que afetou a qualidade do grão. Contudo, a situação adversa no Estado paranaense foi compensada pelas condições climáticas favoráveis no Rio Grande do Sul, com rendimentos obtidos acima de 55 sacas por hectare e boa qualidade do grão colhido.

Os três Estados da região Sul – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – concentram mais de 90% da área cultivada com o cereal no Brasil. Os gaúchos podem ter a maior produção de trigo da história, com 4,68 milhões de toneladas, um incremento de 32% acima da frustrada safra passada por intempéries climáticas. Para uma área de cultivo que aumentou 18,6% em relação ao último ano, atingindo 1,46 milhão de hectares, espera-se uma produtividade média de 3.210 quilos/hectare, ou seja, 53,5 sacos/hectare.

Já os produtores paranaenses cultivaram 1,175 milhão de hectares, área 4% menor que no ano anterior quando o cereal foi cultivado em 1,225 milhão de hectares, e devem registrar uma produção de 3,890 milhões de toneladas – 21% acima das 3,208 milhões de toneladas colhidas na temporada 2021. A cultura no Paraná sofreu com influências do clima, que afetaram tanto a quantidade quanto a qualidade das lavouras, mas apesar das condições adversas a produtividade média é de 2.947 quilos hectares, 10% acima da safra anterior. Neste contexto, o Rio Grande do Sul irá ultrapassar o Paraná, se tornando momentaneamente o maior produtor de trigo do país.

Com uma produção mais modesta, Santa Catarina deve colher a maior safra de trigo dos últimos 10 anos, chegando a 348 mil toneladas, um incremento de 102% em relação à safra anterior, em uma área plantada 74% maior que no ano passado, conforme dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).

De acordo com o USDA, a produção mundial está estimada em 782,67 milhões de toneladas, 0,1% superior aos dados indicados em outubro e 0,4% acima dos da temporada passada, um novo recorde.

Perspectivas 2023

Em relação as perspectivas para 2023, o chefe-geral da Embrapa Trigo é bastante otimista, frisando que as ações devem se intensificar no Cerrado para aumentar a área cultivada, vislumbrando agregar mais 100 mil hectares de trigo, saltando dos atuais 300 mil para 400 mil hectares.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola e da piscicultura acesse gratuitamente a edição digital Anuário do Agronegócio Brasileiro.

Fonte: O Presente Rural

Notícias Relações internacionais

Ministro da Agricultura apresenta propostas de cooperação a embaixadores da Liga Árabe

Representantes de 16 países discutiram parcerias agrícolas com o Brasil

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com embaixadores da Liga dos Estados Árabes para tratar de propostas de cooperação técnica e agrícola entre os países. O encontro foi realizado na Embaixada da Palestina, em Brasília, na quarta-feira (08) e contou com representantes de 16 países do grupo (Arábia Saudita, Argélia, Egito, Iraque, Mauritânia, Tunísia, Líbia, Sudão, Jordânia, Kuwait, Qatar, Bahrein, Omã, Síria e Palestina).

Durante a reunião, o ministro destacou a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no estreitamento das relações diplomáticas com os países árabes e a aproximação, cada vez maior, do Brasil com o Sul Global tendo sempre como foco principal o combate à fome a segurança alimentar. Neste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já realizou missões oficiais em três países da Liga Árabe: Emirados Árabes Unidos, Omã e Marrocos.

Fotos: Divulgação/Mapa

Anfitrião do evento, o embaixador da Palestina no Brasil, ponderou que este primeiro encontro é de suma importância para os países presentes. “Sob o comando do presidente Lula, sentimos que Brasil e os países árabes trabalham como uma família unida e essa reunião é um indício de que esse trabalho de estreitamento está sendo feito”, destacou o embaixador da Jordânia, Maen Moh’d Sodii Salem Masadeh.

Fundada em 1945 com o objetivo de fomentar as relações culturais, econômicas, sociais e políticas entre seus membros, a Liga Árabe é uma organização internacional que reúne 22 estados-membro e, atualmente, representa uma importante parceira para o Brasil em termos diplomáticos e econômicos. Em 2023, os países integrantes do grupo importaram cerca de U$ 13,5 bilhões em produtos da agropecuária brasileira. “O Brasil é maior produtor e exportador de proteína halal do mundo. Temos muito orgulho desse título e queremos fortalecer ainda mais esta relação pois o Brasil tem um grande potencial de ampliar sua produção de forma sustentável”, destacou Fávaro.

Para isso, uma das maiores ações que o Mapa vem desenvolvendo é o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), que visa aumentar a área de produção de alimentos no país sem avançar sobre áreas preservadas e com a recuperação dos solos, contribuindo para a segurança alimentar e climática do planeta. “Em momento de mudanças climáticas evidentes, que o mundo pensa de forma sustentável, o Brasil tem obrigação de manter políticas públicas de preservação da Amazônia”, ressaltou o ministro. “A Amazônia é um grande patrimônio brasileiro, mas também mundial com relação ao sequestro de carbono. Mas a preservação da Amazônia não significa que o Brasil ainda não pode expandir sua produção de alimentos”, completou.

Isso porque a expertise do país, especialmente após a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), faz com que o Brasil seja a principal potência para fornecimento de suprimento alimentar com preços acessíveis e estabilidade.

Além do anfitrião, o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, participaram da reunião os embaixadores da Arábia Saudita, Faisal Ghulam; do Bahrein, Bader Abbas Hasan Salem Al Zarim Alhelaibi; do Qatar, Ahmad Mohammed Al-Shebanin; do Egito, Mai Taha Khalil; da Jordânia, Maen Moh’d Sodii Salem Masadeh; do Kuwait, Talal Al Mansour; do Líbano, Carla Jazzar; da Líbia, Osama Ibrahim Ayad Sawan; da Mauritânia, Abdoulaye Idrissa Wagne; do Omã, Talal Sulaiman Alrahbi; da Síria, Rania Alhaj Ali e da Tunísia, Nabil Lakhal, e os encarregados de negócios do Iraque, Dr. Firas Hasan Hashim Al-Hamadany; da ⁠Argélia, Emira Assia Dali; do Sudão, Ahmed Etigani Mohamed Swar. Integraram a delegação do Mapa, o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart; o secretário-executivo adjunto, Cleber Soares; o secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Júlio Ramos, o assessor especial do ministro, Carlos Ernesto Augustin e o diretor de Promoção e Comercial e Investimentos, Marcel Moreira.

Transferência tecnológica 
Diante da experiência exitosa do Brasil na produção de alimentos, especialmente na fruticultura em clima árido, o ministro colocou à disposição dos países da Liga Árabe a possibilidade de acordos de transferência tecnológica por meio da Embrapa.

Parcerias entre a empresa pública e a Organização Educacional, Cultural e Científica da Liga Árabe (Alecso) e instalação de centros de pesquisa da Embrapa nos países foram um dos principais temas debatidos durante o encontro.

O encarregado de negócios do Iraque, Firas Al-Hamadany, informou que seu país já trabalha numa proposta de acordo na transferência tecnológica do setor agrícola e ampliação das relações comerciais.

Já o embaixador do Qatar, Ahmad Al-Shebanin, informou que uma delegação da Hassan Food, braço de investimento agrícola e de alimentos da Autoridade de Investimentos do Qatar (QIA), visitará o Brasil ainda nesta semana com objetivo de cooperar e investir no país.

Uma parceria entre Sudão, Arábia Saudita e Brasil para a produção de alimentos e cooperações no setor de biocombustíveis também foram destacadas pelo encarregado de negócios do Sudão, Ahmed Swar.

Um dos principais fornecedores de fertilizantes para o Brasil, o Omã também terá uma delegação de investidores prospectando investimentos no país na próxima semana e, segundo o embaixador do Omã, Talal Alrahbi, está em estudo a possibilidade de realização de um projeto conjunto nessa área.

Solidariedade
No encontro, os embaixadores fizeram questão de manifestar, em nome de seus países, solidariedade às famílias do Rio Grande do Sul que estão sofrendo com os efeitos das chuvas excessivas no estado, inclusive, oferecendo apoio e parcerias para mitigar os impactos.

Fonte: Assessoria Mapa
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Notícias Exportações brasileiras

Cinco países abrem mercado para suínos vivos do Brasil

Trata-se da segunda grande abertura comercial na UEEA para produtos agrícolas brasileiros em menos de 10 meses.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os cinco países que compõem a União Econômica Eurasiática (UEEA) – Rússia, Belarus, Armênia, Cazaquistão e Quirguistão – abriram seus mercados para a exportação brasileira de suínos vivos. Esta decisão marca a segunda grande abertura comercial para produtos agrícolas do Brasil na UEEA em menos de 10 meses.

A autorização para exportar suínos vivos segue uma série de iniciativas bem-sucedidas, incluindo a permissão concedida em setembro de 2023 para exportar bovinos vivos para os países membros da União. Essas conquistas resultam de esforços coordenados entre representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o apoio da Embaixada do Brasil na Rússia, fortalecendo os laços comerciais entre o Brasil e os países da UEEA.

De acordo com dados do Ministério da Agricultura, em 2023, o Brasil exportou mais de US$ 1,2 bilhão em produtos do agronegócio para a UEEA, incluindo produtos soja em grãos, carne bovina, café verde e açúcar bruto. Esses números refletem a importância crescente das exportações agrícolas brasileiras para a região e a confiança dos países da UEEA na qualidade e competitividade dos produtos brasileiros.

Com essa nova conquista, o agronegócio brasileiro alcança sua 39ª abertura de mercado em 24 países somente neste ano, totalizando 117 aberturas em 50 países desde 2023.

Fonte: Com informações do Mapa
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Notícias Ações de conscientização

Mês da Saúde Animal tem como enfoque ações do Serviço Veterinário Oficial e saúde única

Ao longo do mês serão realizadas ações entre o Mapa e organizações públicas e privadas em saúde animal com apresentações de informações relevantes para a sociedade e pecuaristas sobre produção animal segura, sustentável e para a segurança dos alimentos.   

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Durante o mês de maio é realizada a Campanha Nacional do Mês da Saúde Animal com o intuito de promover e fomentar ações de conscientização, engajamento e prevenção de doenças voltadas para a produção animal brasileira. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou o mês de maio como o Mês da Saúde Animal em 2023 por meio da portaria nº 583. A primeira campanha é realizada neste ano com a temática “Saúde Animal – É Saúde para Todos”.  

Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro destaca que rebanhos saudáveis são fundamentais para a garantia de produção de alimentos de qualidade para o mercado interno e externo, além de geração de emprego e renda. “Não se pode separar a saúde humana, o meio ambiente e a saúde animal. Integrando as ações em uma só saúde, todos são beneficiados”, disse.   

Ao longo do mês serão realizadas ações entre o Mapa e organizações públicas e privadas em saúde animal com apresentações de informações relevantes para a sociedade e pecuaristas sobre produção animal segura, sustentável e para a segurança dos alimentos.   

A ação é promovida pelo Departamento de Saúde Animal (DSA) da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). Para o secretário Carlos Goulart, trata-se de uma medida de grande importância para aproximar cada vez mais a população e o Serviço Veterinário Oficial (SVO), informando sobre o seu papel como promotor de rebanhos saudáveis, permitindo, desta forma, a geração de alimentos seguros e o acesso dos produtos brasileiros aos mercados interno e externo.  

Neste ano, a campanha tem como foco o Papel dos SVOs na garantia da saúde animal e ações em saúde única, que considera a saúde humana, animal e vegetal como interdependentes e vinculadas à saúde dos ecossistemas em que existem.   

A Campanha tem quatros estratégias principais: conscientizar e incentivar os pecuaristas na atualização anual de cadastros de seus rebanhos, pois contribui para a prevenção de doenças; Promoção sobre o papel dos SVOs sobre boas práticas sanitárias na produção animal, conscientização para identificação e notificação a suspeitas de enfermidades; e o trabalho realizado pelos governos federal e estadual na garantia da saúde dos rebanhos.   

Os SVOs trabalham na garantia da qualidade sanitária, monitoramento, controle e erradicação de doenças dos animais de produção, terrestres e aquáticos e, da ambiência dos campos brasileiros, criada pela parceria com os produtores rurais. Essa ambiência abre portas para o consumo interno seguro e, para as exportações de animais e produtos de origem animal. Regulamentam e controlam o trânsito nacional e internacional de animais e produtos de origem animal, sobre o uso de prudente de antimicrobianos na medicina veterinária. Além de regulamentar, acompanhar e certificar a condição sanitária de propriedades e áreas livres de doenças animais, facilitando assim a abertura de mercados para exportação dos produtos pecuários nacionais.

Em ação e no mês que se comemora o cuidado com a saúde animal, o ministro Fávaro anunciou na última quinta-feira (2) que os todos os estados brasileiros estão livres de febre aftosa sem vacinação. No mês de abril foram intensificadas as ações para a vacinação dos rebanhos bovinos que faz parte do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA).   

Produção animal

Para o ano de 2024, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revela que a expectativa é de aumento na produção de carne bovina, suína e frango com 30,88 milhões de toneladas neste ano. Destes, 21,12 milhões de toneladas serão destinados ao mercado interno e 9,85 milhões de toneladas devem ser exportadas.    

De acordo com dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) em 2023 o Brasil exportou oito milhões de toneladas de carnes somando mais de US$ 23,51 bilhões.     

Desde 2023 foram abertos novos mercados de carne bovina e suína para o México e República Dominicana, além de carne bovina enlatada para o Japão e carne bovina processada para Singapura. Aves na Argélia, Butão, Israel, El Salvador, Polinésia Francesa e Vanuatu.  

Fonte: Assessoria Mapa
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