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Universo Pecuária aborda em Dia de Campo sustentabilidade de três sistemas produtivos

Objetivo da PAP Labor é desenvolver e aprimorar sistemas de produção integrados de lavoura e pecuária para áreas do Sul do Brasil

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Foto: Lisiane Brisolara

Universo Pecuária aborda em Dia de Campo sustentabilidade dos sistemas produtivos

A Embrapa Pecuária Sul e o Universo Pecuária realizaram, na quinta-feira (03), o Dia de Campo Intensificação Sustentável da Pecuária. O evento aconteceu em Lavras do Sul, nas fazendas São Crispim e Espinilho, durante a programação do Universo Pecuária. Nas duas propriedades, a Embrapa Pecuária Sul, em parceria com os produtores rurais e outras instituições, desenvolveu trabalhos de pesquisa que foram apresentados durante o evento.

Na primeira estação do Dia de Campo, na Fazenda São Crispim, as pesquisadoras Cristina Genro e Elen Nalério, da Embrapa, o professor da UFRGS Aino Jacques, e os proprietários Adauto Loureiro e Alessandra Loureiro falaram sobre a terminação de novilhos de corte em sistemas de campo nativo e campo nativo melhorado.

Na propriedade, em 23% da área total é realizado o melhoramento do campo nativo com fertilização e introdução de azevém de ciclo longo. “A área de campo nativo melhorado é o pulmão da propriedade, pois é a partir de onde todo o sistema produtivo funciona”, destaca Loureiro que, com essa estratégia, conseguiu manter boa disponibilidade de forragem nos períodos frios do ano e potencializar a qualidade e diversidade forrageira dos campos nativos, melhorando os índices produtivos e reprodutivos dos animais, além de manter preservado o bioma Pampa. “Hoje somos reconhecidos por ser uma propriedade de pecuária sustentável e isso é motivo de grande orgulho”, disse Loureiro.

O uso de fertilizantes e a sobressemeadura de forrageiras de estação fria são ferramentas para potencializar a produção de forragem, especialmente no inverno e primavera, período em que os campos naturais reduzem a sua produção. Esse manejo permite, entre outros benefícios, aumentar o desempenho na terminação de bovinos de corte em pastagem natural e reduzir a idade de abate. Conforme a pesquisadora Cristina Genro, a Embrapa avaliou, por dois anos, três sistemas de terminação de novilhos da Fazenda São Crispim: o primeiro apenas em campo nativo, o segundo em campo nativo melhorado e o terceiro em campo nativo melhorado quando os animais não alcançavam peso de abate apenas no nativo. Os melhores resultados foram auferidos no campo nativo melhorado, com idade de abate aos 23 meses e ganho médio diário de 1.260 kg.

As carcaças e a carne desses animais foram avaliadas em estudo posterior e, conforme a pesquisadora Elen Nalério, todos os sistemas produziram carcaças dentro da categoria chamada gordura mediana, com boa maciez e perfil de ácidos graxos benéficos à saúde humana, com proporção de ômega 6 e ômega 3 de 3:1 – a Organização Mundial da Saúde preconiza que são saudáveis as relações abaixo de 4:1.

Na segunda estação, na Fazenda Espinilho, o pesquisador da Embrapa, Danilo Sant’Anna, a professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Tangriani Assmann, o professor da Universidade do Paraná, Aníbal de Moraes, e os produtores rurais Carlos Wagner La Bella e Adrovando Borges apresentaram o trabalho realizado em parceria, intitulado PAP Labor (Parceria Agropecuária La-bella e Borges).

No local, foi realizada a avaliação de três sistemas de produção: um com lavoura de soja no verão e aveia e azevém no inverno, outro com sorgo grão no verão e aveia e azevém no inverno, e um terceiro no sistema Pasto sobre Pasto, conceito que trata da diversidade e sobreposição de plantas com características complementares em uma mesma área, visando a estabilidade na produção de forragem ao longo do ano, sobretudo na transição entre as estações quentes e frias, quando ocorrem os problemas de vazios forrageiros.

Durante o Dia de Campo, os pesquisadores e professores compararam trincheiras abertas em diferentes áreas, visando mostrar a diferença dos perfis de solo nos três sistemas avaliados. A apresentação demonstrou que a maior a diversidade de plantas, como ocorre no campo nativo, e uso de práticas agrícolas adequadas, como o plantio direto e não revolvimento do solo, permitem melhor estruturação do solo, aumento da capacidade de captação de água e nutrientes, aumento de captação e fixação de carbono, potencialização dos organismos vivos que habitam no solo, entre outras melhorias.

Nesse sentido, a partir da compreensão dessas dinâmicas, o objetivo da PAP Labor é desenvolver e aprimorar sistemas de produção integrados de lavoura e pecuária para áreas do Sul do Brasil, em especial nas áreas de terras altas do bioma Pampa, mais diversos e sustentáveis, com menor dependência de insumos externos, maior resiliência, menores riscos, tanto produtivos como econômicos e ambientais, e que por fim, possam proporcionar maior renda e segurança aos produtores, além de uma crescente melhoria dos recursos utilizados como solos e água, entre outros. O trabalho visa oferecer ao setor produtivo alternativas mais sustentáveis em relação a alguns modelos convencionais de integração lavoura-pecuária que vêm sendo utilizados.

Fonte: Ascom Embrapa Pecuária Sul

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Ministério da Agricultura destaca vocação brasileira na exportação de carne de frango

Brasil exporta carne de frango para 172 países, é o maior exportador e terceiro maior produtor.

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Foto: Shutterstock

A carne de frango é uma das proteínas mais consumidas pelo Brasil à fora, e para destacar este setor, o Conselho Mundial da Avicultura criou o Dia Mundial do Frango, celebrado nesta sexta-feira (10).

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) trabalha no fomento e incentivo da produção e exportação de produtos provenientes da avicultura. Para o ministro Carlos Fávaro, o setor é uma das molas propulsoras da economia brasileira. “É indiscutível a importância da avicultura para o Brasil. Além de alimentar a população brasileira, gera oportunidades, gera empregos e renda para dentro do país. Merece o reconhecimento e incentivo para crescer cada vez mais”, destacou.

Foto: Jonathan Campos

De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), o Brasil exporta carne de frango para 172 países, sendo o maior exportador e terceiro maior produtor.

Em 2023, foram exportados mais de US$ 9,61 bilhões, representando 5 milhões de toneladas. Até março deste ano, foram exportados mais de 1,1 milhão de toneladas, US$ 2,10 bilhões.

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em abril a venda de produtos in natura e processados de frango foi de aproximadamente 480 mil toneladas, sendo o segundo melhor resultado da série histórica do setor.

O secretário da SCRI, Roberto Perosa, salientou que o Brasil destina cerca de 33% da sua produção ao mercado externo, “isso é resultado da eficiência da cadeia produtiva e o rigoroso sistema sanitário que garante a alta qualidade e segurança dos produtos que oferecemos internacionalmente”, disse.

O Brasil é também o maior exportador de carne halal do mundo, em que incluem a avicultura. O frango halal é aquele que atende todos os requisitos religiosos do abate Halal e as especificações de cada país importador.

O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) apresenta que o abate em preceitos religiosos, na maioria das vezes, prescinde da insensibilização dos animais antes da sangria, que é um procedimento tecnológico estabelecido pelo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa) e pela Portaria nº 365/2021. A insensibilização dos animais visa resguardar o abate dos animais de forma humanitária.

Em abril, o Mapa publicou a Portaria nº 676 que aprova os procedimentos para solicitação, avaliação, concessão e revogação da autorização excepcional para abate e processamento de produtos de origem animal de espécies de açougue, de acordo com preceitos religiosos. A norma determina que os estabelecimentos com registro junto ao Serviço de Inspeção Federal (SIF) poderão requerer a realização de abate e processamento de produtos de origem animal de espécies de açougue de acordo com preceitos religiosos, com permissão para dispensa de atendimento de regras previstas em atos normativos específicos.

O Brasil vende carne de frango halal para mais de 30 países. Em 2023 foram exportados mais de 2.2 milhões de toneladas e mais de US$3.9 bilhões. No último mês, foram habilitados novos quatro frigoríficos para a exportação para a Malásia. “A crescente demanda também por nossa carne de frango halal do Brasil tem evidenciado a capacidade do país de atender a mercados diversificados, reforçando nosso compromisso com a excelência e a segurança alimentar do mundo”, ressaltou o secretário da SCRI, Roberto Perosa.

Fonte: Assessoria Mapa
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Embarques de carne suína crescem 7,8% em abril

Considerando o primeiro quadrimestre deste ano, as exportações de carne suína totalizaram 402,1 mil toneladas, número 6% maior em relação ao acumulado entre janeiro e abril do ano passado, com 379,4 mil toneladas.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 112,7 mil toneladas em abril, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 7,8% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 104,5 mil toneladas.

A receita obtida com as exportações do mês chegou a US$ 241,8 milhões, saldo 3,8% menor em relação ao mesmo período de 2023, com US$ 251,3 milhões.

Considerando o primeiro quadrimestre deste ano, as exportações de carne suína totalizaram 402,1 mil toneladas, número 6% maior em relação ao acumulado entre janeiro e abril do ano passado, com 379,4 mil toneladas. Com estes embarques, a receita registrada no mesmo período comparativo chegou a U$ 839,6 milhões, número 6,5% menor em relação ao mesmo período do ano passado, com US$ 897,7 milhões.

No ranking dos maiores destinos, a China segue na liderança, com 21,5 mil toneladas importadas em abril (-35,9%), seguida por Filipinas, com 16,7 mil toneladas (+66,5%), Hong Kong, com 9,1 mil toneladas (-34,7%), Singapura, com 8,1 mil toneladas (+3%), Chile, com 7,3 mil toneladas (+22,7%), Japão, com 7 mil toneladas (+82,4%) e Vietnã, com 5,3 mil toneladas (+99,1%). “A demanda internacional tem influenciado positivamente os preços ao longo deste ano, que apresenta uma recuperação significativa entre janeiro e abril. Ao mesmo tempo, o bom ritmo das exportações deverá se manter, estabelecendo patamar de embarques acima das 100 mil toneladas”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Santa Catarina segue como maior exportador brasileiro de carne suína, com 62 mil toneladas embarcadas em abril (+9,1%), seguida pelo Rio Grande do Sul, com 21,6 mil toneladas (-7,5%), Paraná, com 17,1 mil toneladas (+15,4%), Mato Grosso, com 4 mil toneladas (+62,5%), e Mato Grosso do Sul, com 2,3 mil toneladas (+2,2%). “Há um aumento na capilaridade das exportações de carne suína do Brasil, que agora alcançam com maior expressividade outros mercados de alto valor agregado, como é o caso do Japão e outras nações da Ásia. Destaque também para os crescentes volumes embarcados para as Américas, em especial Estados Unidos, Porto Rico e Chile, em certa medida fruto de novas habilitações conquistadas pelo setor. Por sua vez, expectativas ainda mais positivas nos próximos meses nas Filipinas, que recentemente aceitou o sistema de pre-listing do Brasil. Este movimento de diversificação dos destinos deve se manter ao longo deste ano”, analisa o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

Fonte: Assessoria ABPA
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StoneX reduz produção brasileira de trigo 2024/25 para 8,59 milhões de toneladas

Além das perdas no Rio Grande do Sul, as baixas observadas no oeste de Santa Catarina, principal região produtora do estado, também contribuíram para a diminuição.

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Foto: Jaelson Lucas

A StoneX atualizou sua estimativa para a produção de trigo 2024/25 do Brasil, projetando queda de 6,8%, passando de 9,22 para 8,59 milhões de toneladas.

Em um momento em que as atenções estão voltadas para o Rio Grande do Sul (RS), após inundações terem causado grandes perdas materiais e humanas, um primeiro corte foi realizado na área plantada do estado, que inicialmente se reduziria em 200 mil hectares, podendo haver novas atualizações nas próximas divulgações.

“As perdas poderiam se ampliar por duas frentes: a logística e a capacidade financeira dos agricultores. Por um lado, estradas e pontes foram afetados, dificultando o acesso aos portos tanto para escoamento dos produtos, como para acesso a insumos. Por outro lado, após três safras de verão consecutivas com rendimentos abaixo do esperado, a capitalização dos produtores encontra-se fragilizada, constituindo outro elemento que poderia diminuir os investimentos nas lavouras, com repercussões na produtividade”, avaliou a consultoria, em relatório, nesta sexta-feira (10).

Além das perdas em solos gaúchos, a redução também reflete o oeste de Santa Catarina, principal região produtora do estado.

Com a queda produtiva, o primeiro ajuste realizado para cima foi nas possíveis importações, uma vez que em um cenário que já se encontrava ajustado e sem perspectivas de maiores excedentes para exportações, agora espera-se uma maior necessidade de se comprar mais trigo do exterior, com a estimativa de importação passando de 5,71 para 6,25 milhões de toneladas.

É preciso acompanhar também o uso para semente e o consumo interno. Em relação às sementes a estimativa foi reduzida em quase 7%. Já para a demanda doméstica, a situação é de instabilidade, uma vez que o aumento esperado inicialmente pode não se concretizar.

Assim, apesar de um cenário ainda é incerto, foi reduzida a oferta em 0,6%.

Fonte: Assessoria StoneX Brasil
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