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Notícias Rede AgroPesquisa

Sudoeste do Paraná tem estudo raro sobre solos com 36 anos de dados

Projeto do IDR-Paraná, em andamento desde 1986, foi incorporado à Rede de AgroPesquisa em 2017. Iniciativa é uma das poucas em território nacional com coleta de longo tempo.

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Foto: Arquivo/OP Rural

Uma das principais dificuldades no Brasil para se fazer estudos envolvendo solos é a falta de dados de um longo período para conclusões precisas. Com as dificuldades para se manter iniciativas na área científica no país, a maioria dos estudos conta com dados de um recorte temporal pequeno. Na contramão, um estudo realizado em Pato Branco, no Sudoeste do Paraná, é uma das poucas em território nacional com dados coletados nos últimos 36 anos.

O pesquisador e engenheiro agrônomo Ademir Calegari conduziu o estudo até 2014, quando se aposentou, antes ainda do surgimento da Rede de AgroPesquisa. Naquela época, a pesquisadora Lutécia Beatriz dos Santos Canalli assumiu a coleta de dados. Mais tarde, em 2017, o estudo foi vinculado a um subprojeto da Rede Paranaense de AgroPesquisa e Formação Aplicada (Rede AgroParaná) – uma parceria entre o Senar-PR, Fundação Araucária e Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia.

Assim, o estudo de décadas passou a ser o subprojeto “Efeitos de longo prazo de sistemas de manejo do solo e de plantas de cobertura sobre os atributos do solo e produtividade das culturas”. Apesar dessa mudança, que representa recursos para o andamento do projeto, o princípio segue o mesmo. O objetivo da pesquisa é comparar dois sistemas de manejo de solo: plantio direto e plantio convencional. São 12 tratamentos diferentes de cobertura do solo no inverno, composto por diferentes plantas de cobertura, cultivadas isoladamente ou em consórcio, como ervilhaca, triticale, azevém, entre outros.

“São avaliados, neste experimento, os parâmetros físicos e químicos do solo, para uma análise da evolução da fertilidade do solo. Também é realizado o fracionamento da matéria orgânica do solo, para a obtenção da fração lábil [matéria orgânica mais jovem, proveniente dos resíduos vegetais frescos – palha] e da fração associada aos minerais do solo”, detalha Lutécia Beatriz dos Santos Canalli.

Segundo a pesquisadora, a separação da matéria orgânica nas frações que a compõe é um processo de suma importância nesse tipo de trabalho. “Assim, podemos definir a contribuição do aporte de resíduos [palha] ao solo por meio dos adubos verdes/plantas de cobertura e da resteva das culturas para o aumento da matéria orgânica. Quanto maior o aporte de resíduos [palhada], maior será o aumento da matéria orgânica [carbono] no solo com o passar do tempo”, ensina Lutécia.

Considerando os resultados das últimas três décadas, que já geraram inúmeros trabalhos de doutorado, mestrado e Trabalhos de Conclusão de Cursos (TCCs), os dados obtidos confirmam a superioridade do sistema conservacionista plantio direto em relação ao plantio convencional. Isso vale para atributos físicos e químicos do solo e também para a produtividade das culturas.

“O plantio direto mostrou-se também mais eficiente para recuperar e manter a matéria orgânica solo. Os resultados em relação às plantas de cobertura variam entre os anos, mas sempre os tratamentos com pousio, principalmente o pousio limpo [solo deixado totalmente descoberto], apresentam os piores resultados”, alerta.

Para driblar o desafio dos produtores que nem sempre conseguem abrir mão da soja, por ser uma cultura com alta rentabilidade, a pesquisadora recomenda consórcios de adubos verdes de inverno. “Mesmo que tenha soja todos os anos, quando nos períodos intercalares entra um consórcio de materiais diferenciados, leva-se para o ambiente de lavoura uma diversidade grande. Assim, melhora a fertilidade do solo, reduz os custos

com uso de fertilizantes, gera um ambiente mais favorável para inimigos naturais e menos favorável a doenças e pragas, fica uma grande massa de palhada para o plantio direto das culturas de interesse comercial, além de outras vantagens”, aponta.

Fonte: Ascom Faep/Senar-PR

Notícias Após oito anos

UFSM retoma tradicional Simpósio de Sanidade Avícola

Evento será realizado de forma on-line, entre os dias 05 e 07 de junho, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país.

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Foto: Julio Bittencourt

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) está em clima de celebração com o retorno do Simpósio de Sanidade Avícola, que volta a acontecer após um hiato de oito anos. Este evento, anteriormente coordenado pela professora doutora Maristela Lovato Flores, teve sua última edição em 2016 e agora ressurge graças aos esforços do Grupo de Estudos em Avicultura e Sanidade Avícola da UFSM (Geasa/UFSM). O Jornal O Presente Rural será parceiro de mídia da edição 2024 do evento.

Sob a nova liderança dos professores doutores Helton Fernandes dos Santos e Paulo Dilkin, o evento chega a 11ª edição e promete manter o alto padrão técnico-científico que sempre marcou suas edições anteriores. “Estamos imensamente satisfeitos e felizes em anunciar o retorno deste evento tão importante para a comunidade avícola”, declararam os coordenadores.

O Simpósio está marcado para os dias 05, 06 e 07 de junho e será realizado de forma on-line, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país. “Com um programa cuidadosamente planejado ao longo dos últimos meses, o evento pretende aprofundar os conhecimentos sobre sanidade avícola, abrangendo temas atuais e pertinentes à Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia”, evidenciou o presidente do Geasa/UFSM, Matheus Pupp de Araujo Rosa.

Entre as novidades deste ano, destaca-se o caráter beneficente do evento. Em solidariedade às vítimas das recentes enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul, 50% do valor arrecadado com as inscrições será doado para ajudar aqueles que foram afetados por essa adversidade.

Os organizadores também garantem a presença de palestrantes de renome, que irão abordar as principais pautas relacionadas à sanidade nos diversos setores da avicultura. “Estamos empenhados em proporcionar um evento de alta qualidade, que contribua significativamente para o desenvolvimento profissional dos participantes”, afirmaram.

Em breve, mais detalhes sobre os palestrantes, temas específicos e informações sobre inscrições serão divulgados. Para acompanhar todas as atualizações, você pode também seguir  o perfil oficial do Geasa/UFSM pelo Instagram. “O Simpósio de Sanidade Avícola é uma excelente oportunidade para a comunidade acadêmica e profissional se reunir, trocar conhecimentos e contribuir para o avanço da avicultura, enquanto também apoia uma causa social de grande relevância”, ressalta Matheus.

Fonte: O Presente Rural
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Notícias

Carne de frango ganha competitividade frente a concorrentes

No caso da carne suína, as cotações iniciaram maio em alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês. Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

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Foto: Shutterstock

Enquanto a carne de frango registra pequena desvalorização em maio, frente ao mês anterior, as concorrentes apresentam altas nos preços – todas negociadas no atacado da Grande São Paulo.

Como resultado, pesquisas do Cepea mostram que a competitividade da proteína avícola tem crescido frente às concorrentes.

Para o frango, pesquisadores do Cepea explicam que a pressão sobre os valores vem da baixa demanda em grande parte da primeira quinzena de maio (com exceção da semana do Dia das Mães), o que levou agentes atacadistas a baixarem os preços no intuito de evitar aumento de estoques.

No caso da carne suína, levantamento do Cepea aponta que as cotações iniciaram maio alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês.

Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Em apoio ao Rio Grande do Sul

Adapar aceita que agroindústrias gaúchas comercializem no Paraná

Medida é válida para agroindústrias do Rio Grande do Sul com selo de inspeção municipal ou estadual e tem validade de 90 dias. A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos.

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Foto: Mauricio Tonetto/Secom RS

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) vai aceitar que agroindústrias gaúchas com selo de inspeção municipal ou estadual vendam seus produtos em território paranaense.

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na última quarta-feira (15) a Portaria Nº 1.114, permitindo temporariamente a comercialização interestadual de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul, em caráter excepcional.

A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos, garantindo a segurança e a qualidade alimentar para os consumidores.

A decisão atende a uma solicitação da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) pela flexibilização das regulamentações vigentes, com o objetivo de garantir a continuidade da venda dos produtos de origem animal produzidos em território gaúcho, tendo em vista o impacto das enchentes para os produtores rurais.

O assunto foi debatido em uma reunião online realizada na terça-feira (14) entre os órgãos e entidades de defesa agropecuária do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e o Mapa.

“Essa medida representará um alívio significativo para as pequenas empresas, com o escoamento de produtos que poderão ser revendidos nos estabelecimentos distribuídos por diversos estados brasileiros”, explica o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. As autorizações dispostas na Portaria do Ministério são válidas pelo prazo de 90 dias.

Para a gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adapar, Mariza Koloda, a iniciativa representa um importante passo na busca por soluções ágeis e eficazes para enfrentar os desafios impostos pelo cenário de crise no Rio Grande do Sul.

“A cooperação entre os órgãos de defesa agropecuária e o Ministério demonstra o compromisso em atender às necessidades dos produtores e consumidores, ao mesmo tempo em que se mantém a integridade e segurança dos alimentos comercializados em todo o País”, diz.

Segundo a AGL, a grande maioria das agroindústrias familiares depende de feiras, restaurantes, empórios, hotéis, vendas digitais para consumidor direto ou de compras institucionais pelo Poder Público. O impacto das chuvas prejudicou a comercialização das agroindústrias em todas as regiões, com produtores que perderam animais, lavouras e instalações.

Fonte: AEN-PR
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