Notícias Produtores catarinenses
Solução de impasse entre produtores e IBAMA avança em Brasília
Foram apresentadas as reivindicações dos produtores rurais da Coxilha Rica notificados e multados pelo órgão federal

Delegação de lideranças catarinenses esteve em Brasília nesta semana para denunciar excessos praticados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) contra produtores rurais da Serra Catarinense. Após audiência com o presidente do IBAMA, Eduardo Fortunato Bim, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) José Zeferino Pedrozo avaliou como satisfatório o primeiro encaminhamento proposto. Também participaram do encontro o presidente do Sindicato Rural de Lages Marcio Cícero Neves Pamplona, empresários e produtores rurais.
Foram apresentadas as reivindicações dos produtores rurais da Coxilha Rica notificados e multados pelo órgão federal, dois deles, inclusive, com multas em valores elevados e outro com área embargada. A orientação do presidente do IBAMA, após ouvir as lideranças, foi de que cada um dos produtores notificados protocole suas defesas na superintendência do Ibama em Florianópolis, solicitando a suspensão das notificações.
“Fomos muito bem recebidos pelo presidente do IBAMA que ouviu as necessidades dos produtores rurais e se colocou à disposição para analisar, individualmente, cada caso notificado para, posteriormente, dar os encaminhamentos cabíveis conforme o que prevê a legislação. Persistiremos na luta para solucionar esse impasse da melhor maneira possível aos nossos produtores sem ferir o que diz a lei”, observa Pedrozo.
O presidente do Sindicato Rural de Lages destaca a importância de os produtores rurais notificados protocolarem todos os documentos comprobatórios da legalidade do uso das áreas. “Com base no laudo técnico efetuado os produtores têm as condições necessárias para embasar suas defesas e, assim, recorrer junto ao IBAMA sobre as multas e embargos. Continuaremos dando total apoio aos produtores na busca da solução dessa situação”, complementa Pamplona.
O ministro do Meio Ambiente Ricardo Sales, em decorrência de agenda, não pôde comparecer à audiência, mas enviou o chefe de gabinete para que atendesse e recepcionasse a comitiva de lideranças a fim de ouvir as reivindicações. Conforme relata Pamplona, o Ministério colocou-se à disposição para, dentro da legalidade, para fazer um estudo para que a situação seja revertida da melhor maneira possível.

Notícias Mercado
JBS adquire empresa europeia e expande sua plataforma global de alimentos plant-based
Compra da Vivera, terceira maior produtora de proteína plant-based da Europa, impulsiona a JBS no mercado de proteína vegetal

A JBS, maior empresa de proteína e segunda maior indústria de alimentos do mundo, celebrou acordo para a compra da empresa Vivera, terceira maior produtora de plant-based na Europa, por um enterprise value (valor de empresa) de 341 milhões de euros. A Vivera desenvolve e produz um diversificado e inovador portfólio de produtos plant-based substitutos de carne para grandes varejistas em mais de 25 países europeus, com presença relevante na Holanda, no Reino Unido e na Alemanha. A transação inclui três unidades fabris e um centro de pesquisa e desenvolvimento localizados na Holanda.
A aquisição da Vivera fortalece e impulsiona a plataforma global de produtos plant-based da JBS. A tendência global é de forte crescimento no consumo desse segmento. A operação vai ampliar o portfólio da JBS com uma marca consolidada na preferência dos consumidores, reforçando o foco da Companhia em produtos de valor agregado.
A Vivera, atualmente a maior companhia independente de plant-based da Europa, se soma às iniciativas da Seara, no Brasil, onde a Linha Incrível detém a liderança em hambúrgueres vegetais, e da Planterra, que conta com a marca OZO nos Estados Unidos.
“É um passo importante para o fortalecimento da nossa plataforma global de proteína vegetal. A Vivera traz musculatura para a JBS no setor de plant-based com conhecimento tecnológico e capacidade de inovação”, afirma Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS.
Para fomentar seu espírito empreendedor, a JBS vai manter a Vivera como uma unidade de negócios autônoma, mantendo sua atual liderança.
“Juntar forças com a JBS nos dá acesso a recursos significativos e capacidades para acelerar nossa atual trajetória de forte crescimento”, diz Willem van Weede, CEO da Vivera.
A transação, que foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Administração da JBS, está sujeita à validação das autoridades antitruste.
Notícias Soja
Indicador Paraná atinge recorde nominal
Preços da soja estão em alta no Brasil, influenciados pelas maiores demandas doméstica e externa

Os preços da soja estão em alta no Brasil, influenciados pelas maiores demandas doméstica e externa. Segundo pesquisadores do Cepea, parte dos produtores mostra preferência em comercializar a soja em detrimento do milho, o que eleva a liquidez no mercado da oleaginosa.
Diante disso, mesmo sendo período de finalização de colheita no Paraná, o Indicador CEPEA/ESALQ da soja atingiu R$ 172,66/saca de 60 kg no último dia 14, recorde nominal da série do Cepea, iniciada em julho de 1997. Já outra parcela de vendedores não mostra interesse em fechar negócios para entrega no curto prazo, atentos à maior paridade de exportação para embarques nos próximos meses.
Notícias Milho
Falta de chuva preocupa e mantém produtor afastado do mercado
Neste atual período de desenvolvimento das lavouras, a falta de precipitação pode prejudicar a produtividade

As chuvas ainda abaixo do esperado neste mês em importantes regiões produtoras de segunda safra têm deixado vendedores afastados das negociações. Neste atual período de desenvolvimento das lavouras, a falta de precipitação pode prejudicar a produtividade.
Compradores, por sua vez, precisam recompor estoques, cenário que mantém os preços em alta. Na parcial de abril (até o dia 16), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas-SP) subiu 4,45% fechando a R$ 97,88/saca de 60 kg na sexta-feira (16), novo recorde real da série do Cepea. Em algumas praças, os avanços nos preços são mais expressivos, e vendedores já pedem valores acima de R$ 100 pela saca de 60 kg.