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Sistema de Agricultura do Paraná orienta produtores sobre uso de fertilizantes no solo

As análises econômica e técnica tecem um panorama atual e projetam alternativas e estratégias de uso, tendo em vista o conflito estabelecido no Leste Europeu e a dependência brasileira em mais de 80% da importação do insumo.

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Divulgação/Seab

A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) emitiram, na última quarta-feira (23), notas técnicas sobre a importância do fertilizante, particularmente o importado da Rússia, para a agricultura nacional e paranaense. As análises econômica e técnica tecem um panorama atual e projetam alternativas e estratégias de uso, tendo em vista o conflito estabelecido no Leste Europeu e a dependência brasileira em mais de 80% da importação do insumo.

Nota Técnica assinada pelos técnicos do IDR-Paraná destaca a diversidade da agropecuária paranaense e a importância do Estado como produtor de grãos e proteínas animais. Acentua, ainda, que o setor do agronegócio é um dos principais componentes da matriz econômica estadual. No entanto, pondera que a maioria dos solos apresenta elevada acidez e baixos teores de nutrientes. “Portanto, a correção da acidez do solo e a adubação são as práticas que historicamente proporcionaram maiores incrementos na produtividade da maioria das culturas nessas condições”, diz a nota.

Estratégias para aumentar eficiência

O documento propõe estratégias de curto, médio e longo prazo para aumentar a eficiência no uso de fertilizantes. Primeiramente, destaca algumas práticas aconselháveis para determinados tipos de solo. Uma delas é a calagem, técnica de preparo de solo com adição de calcário para neutralizar a acidez, ou a gessagem, que consiste no uso de gesso agrícola, rico em cálcio e sulfato, que melhora a exploração do solo pelas raízes. Com isso, aumenta a absorção de água e nutrientes pela planta.

Também ganha menção o manejo conservacionista do solo e da água, com uso de resíduos culturais e plantas de cobertura depositados na superfície para posterior incorporação biológica.

“A conservação do solo e redução do processo erosivo também são premissas para o bom manejo da fertilidade, uma vez que é necessário conter o escoamento superficial (sedimentos + água) que carreia nutrientes para fora da lavoura”, afirmam os técnicos do IDR-Paraná. Para garantir a fertilidade física do solo, a nota alerta sobre o risco que representa a compactação do solo proporcionada pelo tráfego inadequado de máquinas e equipamentos. “Promove a degradação da estrutura do solo, a qual compromete os fluxos de água e ar no perfil”.

A Nota Técnica orienta que se tenha conhecimento detalhado do solo e das exigências nutricionais das culturas para um adequado manejo de adubação. “A disponibilidade de nutrientes no solo é conhecida por meio da análise química, sendo a amostragem do solo a primeira etapa para recomendação de calagem, gessagem e adubação para qualquer cultura”, reforça.

Fontes alternativas

Os técnicos também analisam fontes alternativas de nutrientes. “O uso de resíduos agroindustriais pode ser uma alternativa para substituição total ou parcial dos fertilizantes minerais, contribuindo para a fertilidade do solo e nutrição das plantas”, dizem.

Segundo eles, o uso de dejetos de animais é alternativa adequada, particularmente no Paraná, que é o maior produtor de frangos e o segundo na produção de suínos, além de ter uma destacada produção bovina. “Dessa forma, há grande geração de dejetos oriundos dessa concentração de animais alojados”, afirmam. “A utilização dos dejetos e a sua contribuição na fertilidade do solo e, consequentemente, na produtividade das culturas, tem sido positiva, tendo acréscimos nos teores de um ou mais nutrientes no solo.”

A nota acrescenta que, sob orientação técnica, também é possível utilizar resíduos agroindustriais orgânicos, provenientes de usina de açúcar e álcool (bagaço e palha de cana-de-açúcar, vinhaça, cinza de caldeira); abatedores (lodo de frigorífico tratado); fábrica de papel (lama de cal, cinza de caldeira, lodo biológico, casca de madeira); fecularia e lodo de esgoto tratado. Da mesma forma, pode-se usar bioinsumos, que são produtos com presença de microrganismos ou moléculas derivadas destes e/ou a ação microbiana.

Balanço de Nutrientes

Por fim, a Nota Técnica trata do Balanço de Nutrientes, uma ferramenta utilizada para avaliar o uso de fertilizantes na agricultura e possibilitar o planejamento e tomada de decisão do agricultor. “Para uma produção agrícola sustentável é necessário que os nutrientes removidos do solo pelas culturas sejam repostos pela aplicação de fertilizantes minerais ou orgânicos e estes alcancem elevados índices de aproveitamento”, diz a nota. “Nesse momento de escassez e altos custos dos fertilizantes, o Balanço de Nutrientes deve ser considerado para as próximas safras com objetivo de racionalizar o uso de fertilizantes a serem aplicados. Nesse caso, o produtor deve buscar a obtenção da máxima margem de lucro, associada ao menor risco financeiro possível.”

Importação de fertilizantes

Nota preparada por economistas e residentes técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Seab, aponta que a importação de fertilizantes pelo Brasil atingiu o volume máximo em 2021, com crescimento de 45,4% em comparação a 2017. No entanto, houve diversificação na cadeia de países exportadores. No caso do Paraná, por exemplo, a participação russa apresenta tendência de queda.

Em 2019, 40% das compras era da Rússia, em 2020 caiu para 27%, e em 2021 houve mais uma redução de 20%, ficando na média de participação em 23% ao longo dos anos. O menor percentual se deve à concorrência estabelecida com outros exportadores, como Canadá e China que, em 2021, tiveram participação de 17% cada um, e Belarus, que contribuiu com 15% do fertilizante paranaense.

O Estado investiu US$ 908,4 milhões no ano passado com esse insumo. Até fevereiro de 2022, a Rússia enviou ao Paraná 105,14 milhões de toneladas em fertilizantes, com predominância do cloreto de potássio.

Os principais fertilizantes minerais são aqueles à base de nitrogênio, fósforo e potássio. No Brasil, as maiores indústrias produzem os dois primeiros, mas em quantidade insuficiente. “O investimento, por meio de projeto de pesquisa e desenvolvimento, na indústria de transformação de matéria-prima mineral em fertilizantes faz-se necessário para fortalecer a produção nacional”, propõe a Seab. “Além disso, é fundamental o aprofundamento em relação ao estudo das questões ambientais ligadas à exploração mineral com a finalidade de produzir fertilizantes.”

Elevação dos preços 

Por outro lado, a análise mostra que os preços dos fertilizantes seguem tendência de crescimento acelerada por conta do cenário conflituoso entre Ucrânia e Rússia e o apoio de Belarus aos russos, afetando o fornecimento de dois dos maiores exportadores de fertilizantes para o Estado.

Situação preocupante, visto que o aumento médio em 2021 já foi de 125% em relação ao ano anterior, o que colocou esse insumo na dianteira quando se analisa os custos de produção agropecuária paranaense, na qual variou de 16% para a segunda safra de soja até 31% na primeira safra de milho.

“Dado o contexto de cancelamento das importações dos fertilizantes russos, nos próximos meses espera-se um aumento no nível de preços, que vai recair fortemente sobre a receita do produtor paranaense”, estima a Nota Técnica da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

Fonte: SEAB

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Monitoramento agrícola aponta que condições climáticas favorecem desenvolvimento do milho 2ª safra

Plantio antecipado do milho segunda safra, junto com boas condições climáticas, resultou em um crescimento vegetativo acima da média em várias regiões, exceto no Oeste paranaense.

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Foto: Bing

Dados do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na quinta-feira (25), apontam que as chuvas que ocorreram nas primeiras semanas de abril foram suficientes para o desenvolvimento do milho segunda safra na maioria das regiões produtoras.

O estudo apresenta a análise das condições agroclimáticas e de imagens de satélite dos cultivos de verão da safra 2023/2024 e, nesta edição, mostra que os maiores volumes de precipitações deram-se em áreas dos estados do Pará e do Maranhão, com prejuízos nas operações de colheita e de logística da soja. No Rio Grande do Sul, o excedente hídrico causou danos pontuais às lavouras, mas, no geral, favoreceu a manutenção do armazenamento hídrico no solo.

O Boletim revela ainda que os menores volumes de chuva foram registrados em áreas do Centro-Sul e Centro-Norte da Bahia, do Norte de Minas Gerais e do Centro de São Paulo, causando restrição hídrica às lavouras, principalmente, devido às chuvas irregulares e às temperaturas elevadas. No Sudoeste de Mato Grosso do Sul, a umidade no solo restringiu parcialmente o desenvolvimento do milho segunda safra.

Os gráficos de evolução do índice de vegetação (IV) das principais regiões produtoras de milho segunda safra apresentam a emergência avançada na atual safra, devido à antecipação na semeadura. Esse adiantamento, associado às condições climáticas favoráveis, na maioria das regiões, têm resultado na evolução do IV acima da safra anterior e da média histórica. No Matopiba (que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), o IV da safra atual está evoluindo próximo da média. Contudo, no oeste paranaense, houve uma redução do IV, devido às condições climáticas adversas em período anteriores ao monitoramento.

O BMA é um estudo publicado mensalmente, resultado da colaboração entre Conab, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), além de agentes colaboradores que contribuem com dados pesquisados em campo.

Fonte: Assessoria Conab
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Estados do Sul discutem em maio agricultura de baixa emissão de carbono

Evento vai reunir especialistas, produtores e gestores para discutir o futuro sustentável da agricultura dos estados do Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Estão abertas as inscrições para o Simpósio Sul Brasileiro ABC+ Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, que vai debater as práticas para redução da emissão de Gases de Efeito Estufa no setor da agricultura. O evento, na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis (SC), ocorrerá no dia 03 de maio, e deverá reunir especialistas, produtores e gestores para discutir o futuro sustentável da agricultura na região Sul do Brasil. A organização é dos Grupos Gestores Estaduais de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. As inscrições podem ser feitas clicando aqui.

“Este evento é de suma importância porque mostra a sinergia, a união dos três estados do Sul para promover as tecnologias do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono. A região Sul é a única do país que já tem as metas estabelecidas do Plano para adoção de boas práticas”, destaca o pesquisador da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Jackson Brilhante, coordenador do Plano ABC+RS. Segundo ele, o Simpósio é também uma oportunidade para troca de experiências e conhecimentos entre os envolvidos na cadeia.

O Simpósio vai debater os planos estaduais ABC+, as metas 2030 de baixa emissão de carbono no sul do Brasil, as experiências de sucesso com relação ao tema, o enfrentamento às mudanças climáticas em decorrência da emissão de gases, além de explanações técnicas.

O Plano ABC+

O Plano ABC+ é uma extensão do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), uma iniciativa do governo federal, que visa promover práticas agrícolas sustentáveis, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa e fortalecendo a resiliência do setor agropecuário.

O Plano ABC+ estende-se até 2030, com metas de descarbonização das cadeias produtivas e adoção de tecnologias inovadoras, entre elas a redução da emissão de carbono equivalente em 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário.

No Rio Grande do Sul, o objetivo é expandir 4,6 milhões de hectares com agricultura de baixo carbono até 2030 e mitigar 75 milhões de dióxido de carbono equivalente com adoção de oito práticas de produção sustentável. São elas, práticas para recuperação de pastagens degradadas, adoção de sistema de plantio direto, sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e Sistemas Agroflorestais, florestas plantadas, bioinsumos, sistemas irrigados, manejo de resíduos da produção animal e bovinos em terminação intensiva.

Programação do Simpósio Sul Brasileiro ABC+ Agricultura de Baixa Emissão de Carbono

08h30 – Recepção e café

09h – Mesa redonda: Apresentação dos Planos e Resultados para a Agricultura de Baixa Emissão de Carbono no Sul do Brasil (Secretários de Estado)

10h20 – Painel GGEs do Sul do Brasil – Metas da Região SUL (Coordenadores)

11h – Abertura oficial

13h30 – Apresentação de Banners (Resumo expandido)

14h – Experiências de sucesso para as tecnologias ABC+:

– Recuperação de pastagens degradadas

– ILPF – Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

– SPDH+SPDG (Sistema Plantio Direto Hortaliças + Sistema Plantio Direto Grãos)

–  Biometano

16h40 – Sessão de perguntas e respostas

17h30 – Coquetel de encerramento

Fonte: Assessoria Seapi
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Estratégias para a próxima safra de soja são abordadas em Seminário Técnico da Copacol

Informações foram repassadas aos produtores durante o Seminário Técnico, realizado pela equipe de pesquisadores do CPA. Ao todo 1,4 mil cooperados participaram do evento e tiveram a oportunidade de agregar conhecimento e se atualizarem sobre as tecnologias que deverão ser aplicadas na próxima safra pensando em produtividade e rentabilidade.

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Promover o desenvolvimento agrícola para aumentar a produtividade de seus cooperados a cada safra: essa foi a proposta da Copacol que por meio do Centro de Pesquisa Agrícola (CPA), que apresentou aos cooperados das Unidades da região oeste os resultados da última safra e as recomendações para o ciclo 24/25 que se aproxima.

Fotos: Divulgação/Copacol

Todas as informações foram repassadas aos produtores durante o Seminário Técnico, realizado pela equipe de pesquisadores do CPA. Ao todo 1,4 mil cooperados participaram do evento e tiveram a oportunidade de agregar conhecimento e se atualizarem sobre as tecnologias que deverão ser aplicadas na próxima safra pensando em produtividade e rentabilidade. “Apresentamos as recomendações de todas áreas, como: manejo dos sistemas de produção e fertilidade dos solos, plantas daninhas de difícil controle, insetos pragas da cultura da soja, manejo de doenças e recomendações de cultivares. Dessa forma, o produtor pode planejar junto ao corpo técnico os manejos que são mais relevantes para a sua propriedade”, destaca o supervisor do CPA, Vanei Tonini.

Quem vai aproveitar o período de entressafra para corrigir o solo é o cooperado de Goioerê, André Sestak, que participou do Seminário Técnico. “A Cooperativa nos traz todas as informações que precisamos para que possamos produzir mais. A partir dessas informações e pensando na próxima safra, vou investir na correção do solo, já que com um solo em boas condições posso melhorar minha produção. Mas também estou atento às cultivares, escolher as que mais se adaptam ao solo e clima da nossa região, é muito importante”, relata André, que cultiva uma área de 250 hectares.

Oportunidade
A antecipação na colheita a soja da safra 2023/24 possibilitou aos produtores antecipação na semeadura do milho, que também deve ser colhido mais cedo e, com isso, o produtor terá um intervalo maior até o plantio da próxima safra de soja. E é nesse momento que surge a oportunidade de fazer um bom manejo de solo visando a safra futura. “Observamos na nossa região a falta de aplicação de corretivos de solo e o produtor terá uma boa janela para melhorar esses aspectos que corrigem a acidez, principalmente pela maior janela entre a colheita do milho e a semeadura da soja em setembro”, reforça Tonini.

Um outro ponto enfatizado durante os encontros foi com relação as cultivares, que no último ciclo da soja interferiu na produtividade, principalmente as mais precoces, que foram implantadas mais cedo e, devido à estiagem na fase de enchimento de grão, antecipou o ciclo causando impacto negativo na produtividade, por isso é importante o produtor se planejar e acompanhar as orientações técnicas.

Soja
A liderança da soja na agricultura brasileira se deve principalmente pelo retorno econômico ao agricultor e a versatilidade do grão, que pode ser utilizado pela indústria, como fonte de proteína para a criação animal, e produção de óleo vegetal.

Segundo maior produtor do grão no país, o estado do Paraná tem na região oeste o maior volume de produção. Só para ter uma ideia da importância da oleaginosa para a região, a Copacol uma das maiores Cooperativas do agronegócio brasileiro, registra médias de produtividade superior a nacional e a estadual.

Na safra 2023/24 a média produtiva da Copacol foi de 151 sacas por alqueire, enquanto que a média registrada no Paraná foi de 128 sacas.

Fonte: Assessoria Copacol
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