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Notícias No Rio Grande do Sul

Seapi amplia rede de estações meteorológicas e instala a primeira em sistema silvipastoril

Recentemente foi instalada a primeira na propriedade Agropecuária Banhado, em Barra do Ribeiro.

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Fotos: Fernando Dias/Seapi

Para compreender melhor a dinâmica das variáveis climáticas (temperatura do ar, temperatura do solo, umidade relativa do ar, umidade do solo, entre outras) em ambientes com sistema silvipastoril, o Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e o Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+RS estão instalando estações meteorológicas para realizar o monitoramento climático. Recentemente foi instalada a primeira na propriedade Agropecuária Banhado, em Barra do Ribeiro. A próxima será no município de Cacequi nos próximos meses.

São duas estações internas (no sistema silvipastoril) e uma externa dentro da Agropecuária Banhado, que possui uma floresta plantada de três mil eucaliptos em uma área de oito hectares, sendo cerca de 400 árvores por hectare. Segundo o meteorologista da Seapi e coordenador do Simagro, Flavio Varone, a externa é uma das 48 novas da segunda etapa do projeto de ampliação da rede de estações automáticas para o monitoramento agroclimático e desenvolvimento de produtos específicos para o setor agropecuário do Rio Grande do Sul.

Segundo Varone, este ano já foram instaladas também nos municípios de Agudo, Restinga Sêca, Pantano Grande e Porto Alegre. Até o final de 2023, serão 100 no total, com as que já existem. “As novas foram adquiridas com recursos oriundos do Programa Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural, dentro do Programa Supera Estiagem. E para atingir as 100 unidades, vamos receber estações de outros fundos disponíveis na Seapi”.

Varone explica que a ideia é fazer o adensamento da rede, com mais estações. “Vamos coletar dados externos, que vão servir para pesquisa, para efetivação de que o sistema silvipastoril realmente vale a pena ser implantado. A estação externa nos traz uma condição de monitoramento de uma área que a gente não tinha, a região Metropolitana de Porto Alegre, perto do Guaíba, das lagoas”, enfatiza Varone.

“Agora temos uma integração entre os setores do Simagro e do ABC+RS, o que é uma novidade na Seapi. E daqui a pouco podemos fazer um trabalho conjunto com a fiscalização também, ou com a pesquisa do butiá”, diz o meteorologista. “A ideia é expandir cada vez mais esses dados no local dos experimentos e tirar dados agroclimáticos de onde está saindo o produto, dentro de uma propriedade, de uma área de lavoura, de plantio de alguma cultura, para melhorar a produção”. Conforme Varone, para o Simagro, que gera índices agroclimáticos, isso é “extremamente importante, porque vamos conseguir fazer os índices com os dados efetivos do local”.

De acordo com o meteorologista, poder ver qual é a diferença de temperatura dentro do sistema silvipastoril e na área externa, qual a diferença de umidade do solo e da umidade do ar são dados essenciais para ter um bom desenvolvimento desses sistemas, principalmente o silvipastoril.

O engenheiro florestal do Departamento de Desenvolvimento e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Seapi e coordenador do Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+RS, Jackson Brilhante, esclarece que o sistema silvipastoril é uma opção tecnológica de consórcio de floresta e pecuária (consiste na combinação intencional de árvores, pastagens e gado numa mesma área e ao mesmo tempo). “É uma das oito tecnologias que compõem o plano ABC+RS, devido ao seu enorme potencial de sequestro de carbono por causa da presença de árvores”.

Além disso, conforme Brilhante,é uma tecnologia que garante maior resiliência e adaptabilidade aos riscos climáticos para a produção pecuária. “Em janeiro de 2022, visitamos vários produtores da região central do Estado com sistema silvipastoril e observamos que ele minimizou os efeitos da estiagem, porque propiciou um microclima na parte do sub-bosque, trazendo o bem-estar para os animais. Observamos diferenças de temperatura de dentro e de fora do sistema silvipastoril de 8 graus”, pontua. “Ou seja, o silvipastoril propiciou condições mais adequadas do ponto de vista de promover um conforto térmico maior para os animais, reduziu a incidência de raios solares, com isso se torna menos prejudicial para as pastagens”.

Sobre a parceria do Simagro com o Plano ABC+RS, o objetivo é unir duas políticas que convergem para o mesmo objetivo. “O Simagro tem todo o know how de monitoramento climático, agroclimático, geração de índices, alertas, toda a parte de clima. E nós temos, dentro do Plano ABC+ RS, o sistema silvipastoril, que, além de ter uma alta capacidade de estocar carbono, pela presença das árvores, promove a redução das emissões de gases de efeito estufa”, esclarece Brilhante.

O engenheiro florestal conta ainda que é um sistema que promove uma adaptação frente às mudanças climáticas. “Ele cria um microclima, trazendo uma série de benefícios para a produção agropecuária. Por isso que vamos monitorar. Para realmente a gente ter esses dados contínuos por até quatro anos, ao longo das quatro estações do ano”, destaca. “Aí vamos compreender a diferença entre uma área que não tem sistema silvipastoril, onde é o clima real, e outra onde tem, onde o sistema, com a inclusão de árvores, modifica todas as variáveis climáticas, ou seja, traz benefícios principalmente para os animais, para a pastagem”.

Brilhante explica que, com a estação meteorológica, será possível entender melhor a dinâmica das próprias forrageiras que estão no sistema. “Quando elas crescem mais, qual a temperatura que afeta o seu crescimento, então vamos ter uma série de dados sendo monitorados”.

O proprietário da Agropecuária Banhado, que possui 90 hectares no total, Pedro Feijó da Rosa, acredita que com os dados das estações vai poder melhorar o manejo. “Vamos ter os dados na ponta da língua para ver o que conseguimos aperfeiçoar nessa integração de pecuária com eucalipto”. A propriedade trabalha com gado de cria das raças Red Angus, Angus e Braford. No silvipastoril, há rotação do gado.

Para Rosa, ter os dados meteorológicos é muito bom. “Hoje só sabemos os níveis de chuva, mas a ideia é monitorar cada vez mais, para melhorar a produção, sabermos a hora certa de adubar, de entrar com o animal, tudo a gente vai conseguir ver e acompanhar com os dados”.

Brilhante acrescenta que dá ainda para saber o comportamento da espécie forrageira, que são espécies tropicais, de clima quente. “Então quando colocam as árvores, é criado um microclima que protege essas forrageiras num período de frio. Isso permite com que a pastagem fique por mais tempo viva, produzindo nesse sistema”. E, segundo Brilhante, no futuro, daqui há cerca de 10 anos, a madeira também poderá ser comercializada, com maior valor agregado. “É uma forma também do produtor diversificar a renda”.

O engenheiro florestal afirma que, nos próximos meses, com a chegada de alguns equipamentos na Seapi, vão fazer coleta de algumas amostras do solo para avaliar a quantidade de carbono e os gases de efeito estufa. “A Agropecuária Banhado vai ser uma unidade de referência tecnológica do Plano ABC+RS, onde vamos monitorar detalhadamente aspectos ligados à questão de como o sistema silvipastoril contribui tanto na adaptação de mudanças climáticas, como também na redução das emissões de gases de efeito estufa”.

Fonte: Assessoria Seapi

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Sindiavipar critica decisão do STF sobre desoneração da folha de pagamento

Sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

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Foto: Jonas Oliveira

O Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) manifestou, nesta sexta-feira (26), sua preocupação diante da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país.

Anteriormente, esta medida havia sido aprovada pelo Congresso Nacional com ampla maioria de votos.

De acordo com o Sindiavipar, a decisão do STF responde a um pedido do governo federal e pode impactar negativamente o emprego, elevar os custos de produção, agravar a inflação e acentuar a insegurança jurídica no país.

Diante disso, o sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

Confira a nota na íntegra: 

É com extrema preocupação e profunda decepção que o Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) recebe a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país, que havia sido duplamente referendada pelo Congresso Nacional por esmagadora maioria de votos dentro do mais transparente processo democrático.

Além de ferir o princípio constitucional da equidade dos três poderes, a lamentável medida, que atende inoportuno pedido do governo federal, expõe mais uma intromissão indevida do STF em atribuições que são exclusivas do legislativo, com potencial para levar à demissão milhões de trabalhadores, restringir novas contratações, elevar os custos de produção com forte impacto inflacionário e aumentar a insegurança jurídica do Brasil, fator que já vem desestimulando novos investimentos na economia e travando o crescimento nacional.

O Sindiavipar espera que os senadores e deputados federais, representantes legítimos dos interesses e das aspirações da população brasileira, tomem as necessárias e urgentes providências para derrubar o ato infeliz do ministro do STF e restaurar a vontade soberana do Parlamento, evitando um grave retrocesso que trará desastrosos prejuízos econômicos e sociais para o país.

Sindiavipar

Curitiba, 26 de abril de 2024

Fonte: O Presente Rural
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Com presença de autoridades, 89ª ExpoZebu será aberta oficialmente neste sábado

Expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Será aberta oficialmente neste sábado (27), a 89ª ExpoZebu – Genética Além das Fronteiras. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, fará a abertura da solenidade às 10 horas no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG).

Confirmaram presença no evento o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart.

A expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

A ExpoZebu deste ano ressalta a força da cadeia produtiva da carne e do leite destacando avanços da genética zebuína, a relevância dos subprodutos da pecuária, trazendo ampla gama de produtos e serviços especializados.

Além disso, evidencia para criadores, investidores, profissionais do setor, estudantes e toda a comunidade as mais recentes técnicas de produção, manejo de rebanhos, nutrição animal, inovação tecnológica e oportunidades de negócios, apresentando muito mais do que uma exposição de gado.

Esta edição conta com 2.520 animais que participarão dos julgamentos entre os dias 28 e abril a 4 de maio. A programação também inclui o 2º Congresso Mundial de Criadores de Zebu (Comcebu), o 44º Torneio Leiteiro, 38 leilões, 8 shoppings de animais, palestras educativas, workshops práticos, demonstrações ao vivo voltadas ao impulsionamento da eficiência e produtividade porteira adentro.

Além disso, atrações para todos os públicos como a tradicional Feira de Gastronomia e Alimentos de Minas, a 39º Mostra do Museu do Zebu e shows, o que contribui para a movimentação da economia com geração de 4.200 empregos diretos e indiretos.

O Parque Fernando Costa estará aberto para visitação durante os dias de feira das 7h30 às 22h. Especialmente neste sábado, os visitantes poderão degustar pipoca e algodão doce gratuitamente no período da manhã.

A ‘89ª ExpoZebu – Genética Além das fronteiras’ é uma realização da ABCZ, com patrocínio de Cervejaria Petrópolis – Itaipava, Neogen, Banco do Brasil, Cachaça 51: uma boa ideia, Sistema CNA/Senar, Programa leilões, Chevrolet, SETPAR empreendimentos e Caixa – Governo Federal e apoio de Geneal, Sicoob Credileite, Prefeitura de Uberaba – Geoparque, Sindicato Rural de Uberaba e Fazu.

Fonte: Assessoria ABCZ
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ABCZ lança campanha para valorização do produtor rural e da produção de carne e leite

Vídeos educativos serão exibidos em painéis no Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu.

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A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) inicia a 89ª ExpoZebu, maior feira de pecuária zebuína do mundo, uma campanha de valorização do produtor rural e da produção de carne e leite. Trata-se de vídeos educativos com informações importantes sobre o setor.

‘Conhecer para Admirar’ é uma série de 3 episódios com histórias de personagens que tiveram as vidas transformadas pelo agronegócio. A ABCZ também divulgará dois vídeos educativos evidenciando os benefícios da carne e do leite.  “Nós precisamos ampliar o diálogo com a população para combater informações equivocadas sobre a pecuária e agronegócio. Por isso, na campanha, mostraremos exemplo de trabalho e superação na produção rural, além dos benefícios da carne e do leite: empregos gerados, produtos e subprodutos, e principalmente as qualidades nutricionais indispensáveis para a nossa saúde. Tudo isso é fruto do melhoramento genético”, destaca o presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid.

O trabalho desenvolvido pela ABCZ contribuiu para o desenvolvimento da genética no país. Entidade ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a ABCZ é responsável pelos registros de animais zebuínos no Brasil. Ao longo de seus 105 anos, a associação já registrou cerca de 23 milhões de animais. E esse progresso genético levou o Brasil ao topo do ranking de exportadores de carne bovina.

Os vídeos serão lançados nesta sexta-feira (26), durante reunião da Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB). Em seguida, serão publicados nas redes sociais da ABCZ e serão divulgados nos telões do Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu, por onde passam cerca de 400 mil pessoas.

Fonte: Assessoria ABCZ
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