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Notícias Aumento de 10%

Safra de grãos 2021/2022 no Paraná pode chegar a 36,9 milhões de toneladas, aponta Deral

Se confirmada a estimativa da secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, o volume representa um aumento de 10% em relação à safra 2020/2021, que foi bastante afetada pelo clima.

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Foto: Jonathan Campos/AEN

O volume produzido pelos agricultores paranaenses na safra de grãos 2021/2022 pode somar 36,86 milhões de toneladas em uma área de 10,9 milhões de hectares, segundo relatório mensal divulgado na quinta-feira (26) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Se confirmado, o volume representa um aumento de 10% em relação à safra 2020/2021, que foi bastante afetada pelo clima.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destaca que, em que pese os problemas climáticos, como frio, granizo e seca em alguns locais, o Paraná mantém a estimativa de uma boa safra de milho safrinha, estimada em 16 milhões de toneladas. “Essa produção é importante para estabelecer um bom nível de oferta no Brasil, equilibrar os preços e também exportar”, diz.

Com relação à soja, o ciclo foi concluído com 12 milhões de toneladas, quebra de 43% em relação à estimativa inicial.

O relatório deste mês ainda não mostra impactos significativos das geadas das últimas semanas nas lavouras, apenas problemas pontuais em regiões mais frias do Estado que cultivam feijão e milho, explica o chefe do Deral, Marcelo Garrido. “Num primeiro momento, não temos reflexos generalizados. Só será possível avaliar a situação com mais exatidão no momento da colheita”, aponta.

Milho 2ª safra

O relatório do Deral indica aumento de 9% na área plantada de milho na comparação com a safra anterior, somando 2,7 milhões de hectares. Essa área deve gerar produção de 16 milhões de toneladas – 180% maior comparativamente ao ciclo 20/21, que havia sido prejudicado pelas condições climáticas.

O Norte do Paraná é a região que mais plantou milho nesta segunda safra, segundo o analista do Deral, Edmar Gervásio. Foram 981 mil hectares, representando 36% do total. Já a região Oeste tem 817 mil hectares (30%). As condições de lavoura apresentam-se boas para 84% da área, 14% têm condição mediana e apenas 2% estão ruins. Em relação às fases das lavouras, 14% estão na final, 59% em frutificação e 27% divididos nas demais fases.

Os preços sofreram uma redução de 10% comparativamente ao ano passado. Na última semana, os produtores paranaenses receberam, em média, R$ 82,69 pela saca de 60 kg. Gervásio explica que esse cenário refletiu no abastecimento e inclusive nos preços da carne suína no varejo no primeiro quadrimestre deste ano, que também reduziram. “Provavelmente isso se deve ao custo menor do milho para o produtor, já que o grão é elemento fundamental na cadeia de proteínas animais”, destaca.

Feijão 2ª safra

As condições climáticas da última semana estão favorecendo a colheita de feijão, que atingiu 39% da área nesta semana. O restante deverá se prolongar durante a primeira quinzena de junho, segundo o economista Methodio Groxko.

O Paraná cultivou nesta safra uma área de 303 mil hectares, 11% superior à de 2021, quando foram cultivados 272,3 mil hectares. A colheita está mais adiantada nos núcleos regionais de Guarapuava, que tem 38% da área colhida; Irati (60%); Pato Branco (50%) e Ponta Grossa (60%).

Na segunda safra, ao contrário de outros anos, os produtores paranaenses apostaram mais no feijão tipo preto. Assim, a menor oferta de feijão tipo cores provocou aumento nos preços recebidos pelos produtores nos últimos 15 dias. Já o feijão-preto sofreu uma considerável queda e chegou ao patamar mais baixo no mesmo período.

Na última semana, o produtor recebeu, em média, R$ 410,00/sc de 60 kg pelo feijão-carioca, aumento de 22% frente ao período anterior, e R$ 208,00/sc de 60 kg pelo feijão tipo preto, com aumento de 1% comparativamente à semana passada. “Com o avanço da colheita e o aumento da oferta de ambos os tipos, os agentes de comercialização observam que o consumidor final começa a migrar para o feijão-preto. Essa pequena alteração no consumo já freou a subida do feijão-carioca e, ao mesmo tempo, estagnou a redução dos preços do feijão-preto”, explica Groxko.

Espera-se a produção de 601,9 mil toneladas de feijão no Paraná, 110% mais do que no ano passado, quando o Estado teve uma safra prejudicada pela seca e as geadas, quando foram colhidas 286 mil toneladas.

Trigo

Aproximadamente 53% da área de trigo no Paraná está semeada. Grande parte dos municípios do Norte do Estado concluíram o plantio, confirmando uma redução média de área de praticamente 10% na região, em função da concorrência com o milho. A região Oeste também está com a semeadura avançada e vivenciou situação semelhante, com uma retração de área ainda mais expressiva, superior a 20%.

“A partir de agora, os trabalhos devem se intensificar nas regiões mais frias, Sul e Sudoeste, onde a frequência das geadas inibe a presença de uma segunda safra de milho e, consequentemente, o trigo deve ter um aumento superior a 5% na área a ser plantada”, explica o agrônomo do Deral Carlos Hugo Godinho. Segundo ele, essa expectativa de incremento não é suficiente para compensar as retrações observadas em outras regiões, e a área tritícola paranaense deve recuar 4% com relação à safra passada, de 1,22 milhão para 1,17 milhão de hectares.

De acordo com o agrônomo, em função das lavouras não terem atingido as fases reprodutivas, as geadas da semana anterior não foram prejudiciais. Assim, a expectativa de produção permanece em 3,9 milhões de toneladas, volume 21% superior ao obtido em 2021, quando a seca prejudicou as lavouras e foram colhidas 3,2 milhões de toneladas.

Os triticultores paranaenses receberam, em média, R$ 100,00 pela saca de 60 kg na última semana, valor 18% superior ao que recebiam no ano passado. Com preços em patamares altos e chuvas nos momentos ideais para o desenvolvimento do cereal, os produtores têm expectativa de uma safra positiva, ainda que a alta nos custos de produção – especialmente nos fertilizantes – possa gerar preocupação.

Mandioca

Os números do Deral indicam redução na oferta de mandioca no Paraná. Para esta safra, a expectativa é de que sejam produzidos 2,87 milhões de toneladas em uma área de 130 mil hectares. O volume é 6% menor do que na safra 20/21, enquanto a área é 3% menor. As regiões de Paranavaí e Umuarama, principais produtoras, representam, juntas, 65% da produção estadual.

Já os preços estão aquecidos. Os produtores estão recebendo, em média, R$ 751,00 pela tonelada de mandioca posta na indústria, um aumento de 60% comparativamente ao mesmo período do ano passado, quando recebiam R$ 469,00. Esse valor é satisfatório para os agricultores, embora o custo de produção tenha subido significativamente. A qualidade do produto também apresentou melhora, segundo o economista Methodio Groxko.

Fonte: AEN Paraná

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Governo federal reforça compromisso na busca de mais investimentos para a Embrapa

Atualmente, para cada R$ 1 investido na Embrapa, R$ 21,23 retornam para a sociedade brasileira. Conforme o Balanço Social de 2023, o lucro social da empresa foi de R$ 85,12 bilhões com mais de 66,2 mil novos empregos criados.

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Com foco na revolução para o futuro do agro brasileiro, na quinta-feira (25), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) celebrou seus 51 anos de criação. Na ocasião, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reforçaram o compromisso em trazer mais investimentos para alavancar o crescimento da empresa.

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, pontuou que há 14 anos um presidente da República não ia à empresa. “A Embrapa é a empresa de maior respeitabilidade do Brasil e cabe a nós, do governo, dar a ela o tamanho que ela merece”, ponderou o presidente Lula. “Não é bondade do governo federal. É o reconhecimento da importância da Embrapa no desenvolvimento agrícola do nosso país. Cada dinheiro investido na Embrapa, retornam milhões de reais para o Brasil”, completou.

Fotos: Divulgação/Mapa

O ministro Fávaro ressaltou o importante papel da Embrapa no avanço da vocação brasileira para a produção de alimentos. Desde a criação da empresa, o Brasil passou de importador para um dos principais exportadores do mundo. “Sob a gestão do presidente Lula, saímos da 13ª, somos a 9ª e vamos, rapidamente, ser a 8ª economia do mundo, descobrimos há 50 anos a nossa verdadeira vocação, que é produzir alimentos de qualidade”, destacou o ministro.

Atualmente, para cada R$ 1 investido na Embrapa, R$ 21,23 retornam para a sociedade brasileira. Conforme o Balanço Social de 2023, o lucro social da empresa foi de R$ 85,12 bilhões com mais de 66,2 mil novos empregos criados. “Fortalecer e trazer a empresa de volta ao PAC, buscar com que a Embrapa se prepare para os próximos 50 anos é um legado que o presidente Lula está deixando a partir de agora”, completou Fávaro. Para isso, o presidente convocou, durante a cerimônia, os ministros Fávaro e Paulo Texeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) para uma reunião com foco nas demandas da Embrapa para os próximos 50 anos.

A presidente Silvia Massruhá destacou o impacto do trabalho realizado pela Embrapa. “Derrotar a fome, garantir a segurança alimentar no nosso país e no mundo, o acesso a alimentos saudáveis e de qualidade para todos os cidadãos, a promoção da melhoria do bem-estar e de qualidade de vida, o desenvolvimento sustentável, o enfrentamento dos efeitos da mudança do clima, a redução das desigualdades no campo, fazendo com que o conhecimento e a inovação tecnológica produzidos alcancem o pequeno, o médio, o grande produtor rural, dos menos até os mais tecnificados. É para isso que a Embrapa trabalha”.

Terceirização

Ao enfatizar que o reconhecido trabalho de pesquisa e desenvolvimento realizado pela Embrapa é feito, sobretudo, por pessoas, Fávaro lembrou as palavras da presidente ao destacar que a ciência não é feita apenas com investimentos. “Por isso, deixamos aqui a garantia de que não haverá a terceirização da carreira de auxiliar de pesquisa”, disse o ministro em atenção a um dos pleitos dos servidores da Embrapa. A empresa conta com 7,7 mil trabalhadores atuando em 43 unidades em todo o país.

Acordos de cooperação

Durante o evento, foram celebrados dois acordos de cooperação técnica de abrangência internacional com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e a Corporação Financeira Internacional (IFC) – que juntos formam o Grupo Banco Mundial (GBM) – foi firmado o Memorando de Entendimento para o desenvolvimento de projetos para um setor agroalimentar mais verde, resiliente e inclusivo, apoiado em modelos de empreendedorismo rural e intercâmbio científico para países em desenvolvimento com duração de cinco anos.

Já a cooperação técnica com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) tem como objetivo o Desenvolvimento colaborativo da agricultura de precisão e digital para o fortalecimento dos ecossistemas de inovação e a sustentabilidade do agro brasileiro. A proposta é aumentar a transparência, confiabilidade e eficiência do processo produtivo brasileiro com referência na expertise japonesa no domínio de ferramentas da Tecnologia da Informação e Comunicação.

Ao todo, foram sete acordos estratégicos celebrados durante o evento, incluindo parcerias com os ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), além de envolveram o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste).

Em 26 de abril de 1973 foi empossada a primeira diretoria da Embrapa no Ministério da Agricultura. A celebração dos 51 anos da empresa ocorre de 25 a 27 de abril na sua sede, em Brasília (DF).

A cerimônia desta quinta-feira também contou com a presença da primeira-dama Janja, dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; da Gestão, Inovação e Serviços Públicos, Esther Dweck; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira e do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência República, Marcio Macêdo.

Fonte: Assessoria Mapa
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PMGZ ganha evidência em evento latino-americano 

Eric Costa, técnico da ABCZ, apresentou as ferramentas do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos e impactos na seleção de rebanhos bovinos.

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Foto: Divulgação/ABCZ

O Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), foi destaque na programação do 24º Simpósio Latino-Americano, durante a 33ª Feira Agropecuária Internacional (Agropecruz), realizada recentemente em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. O técnico da ABCZ, Eric Costa, foi responsável pela apresentação, que abordou o impacto do programa no trabalho de seleção e melhoramento genético de rebanhos bovinos no Brasil e no exterior.

“Este é um evento muito expressivo na Bolívia que, nesta edição, teve mais de 600 participantes de diversos países. É uma grande satisfação poder divulgar o trabalho da ABCZ em um evento desta magnitude. Tivemos oportunidade de demonstrar as diversas ferramentas disponibilizadas pelo PMGZ para auxiliar os criadores no trabalho de seleção, como de acasalamento dirigido, análise de tendências genéticas, monitoramento genético, descarte e reposição de matrizes, sempre visando o diagnóstico do rebanho e as possíveis correções para melhoria de determinadas características”, ressaltou o técnico.

Renovação de convênio

Ainda durante a Agropecruz, foi renovado o convênio entre a ABCZ, Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu), e a Asociación Boliviana de Criadores de Cebú (Asocebu), que oferece benefícios para criadores associados e filhos de associados do país vizinho. Estiveram presentes o diretor da Fazu, Caio Márcio Gonçalves, o vice-presidente da Fundação Educacional para o Desenvolvimento das Ciências Agrárias (Fundagri) e conselheiro da ABCZ, José Olavo Borges Mendes Júnior, o coordenador do curso de Zootecnia da Fazu, Rayner Barbieri, e o membro do Conselho Deliberativo da Fundagri, José Peres de Lima Neto.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Perspectivas do cenário macroeconômico serão tratadas pelo embaixador do cooperativismo na Expofrísia

Roberto Rodrigues vai tratar sobre perspectivas do cenário macroeconômico no fim tarde desta quinta-feira (25), trazendo informações a cadeia produtiva, seus impactos anteriores e o que pode se esperar dos próximos anos.

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Roberto Rodrigues é um dos maiores nomes do agro no Brasil e embaixador do cooperativismo da Organização das Nações Unidas - Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

A safra 2023/2024 foi desafiadora para os produtores, com queda dos preços, oscilação climática e aumento do custo de produção. Esse conjunto de fatores obrigou os produtores a trabalharem com várias frentes, muitas vezes de forma simultânea. Para auxiliar na busca por uma previsibilidade na próxima safra, a Expofrísia, traz a palestra de Roberto Rodrigues, um dos maiores nomes do agro no Brasil e embaixador do cooperativismo da Organização das Nações Unidas (ONU). A entrada da feira é gratuita e a inscrição pode ser feita clicando aqui.

Na tarde desta quinta-feira (25), a feira realiza a sexta edição do Fórum Comercial, para tratar dos mercados de grãos, leite e proteína animal. No evento, o público terá acesso a informações mercadológicas relevantes e atualizadas para o agricultor e o pecuarista tomarem as melhores decisões.

Em seguida, no fim da tarde, haverá a palestra principal de Roberto Rodrigues com o tema: perspectivas do cenário macroeconômico. A apresentação tratará da cadeia produtiva, seus impactos anteriores e o que pode esperar dos próximos anos.

Rodrigues é coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é engenheiro agrônomo pela USP e professor do Departamento de Economia Rural da Unesp, em Jaboticabal (SP). Foi secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além de ter sido presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e da Sociedade Rural Brasileira (SRB).

Expofrísia

Pelo segundo ano consecutivo, a Expofrísia e o Digital Agro acontecem de forma simultânea em Carambeí, município localizado na região dos Campos Gerais do Paraná.

Os eventos levam ao público exposição de gado leiteiro e soluções para o agronegócio que atendam a dinâmica do campo com sustentabilidade, inovações e tendências para a agricultura digital e a pecuária.

A feira é realizada pela Cooperativa Frísia com apoio técnico da Fundação ABC.

Fonte: Assessoria Expofrísia
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