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Redução nos custos de ração alivia margens apesar dos preços baixos do frango

Com a acomodação dos preços dos insumos da ração, principalmente o milho, o spread da avicultura está voltando ao campo positivo.

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Foto: Shutterstock

O principal assunto da avicultura nas últimas semanas foi a confirmação dos casos de gripe aviária, até aqui 30, todos em aves silvestres, sendo nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Como estes eventos não foram em granjas comerciais, não foi alterado o status do país de livre da doença, nem tampouco gerou bloqueio das exportações. Todavia, a preocupação aumentou, dado o risco de introdução nas granjas comerciais.

Com a acomodação dos preços dos insumos da ração, principalmente o milho, o spread da avicultura está voltando ao campo positivo. A melhora só não foi mais sólida porque os preços da ave viva seguem contidos. No Paraná, por exemplo, a queda do milho em maio contra o mês anterior foi de 20,6% enquanto o farelo de soja cedeu 6,6%. Com isso, estimamos que os custos da avicultura em maio tenham recuado 9,5% na média ponderada do Paraná e Rio Grande do Sul, para próximo de R$ 4,65/kg.

No atacado, o frango inteiro congelado foi negociado na faixa de R$ 6,56/kg na média de maio no estado de São Paulo, desvalorização de 3% em relação a abril, enquanto no comparativo com maio de 2022 a queda é de 15%. Do lado das exportações da proteína, o fluxo segue firme, com o acumulado do ano até maio expandindo 9,3% sobre janeiro e maio de 2022, considerando a carne in natura. Em maio, os embarques in natura foram de 402 mil t, queda de 1,3%, porém, acompanhados de alta de 1,8% no preço médio em relação ao mês anterior, pelo segundo mês consecutivo, após oito meses em queda contínua. Com isso, o spread de exportação saiu de 57% em abril para 76% em maio, apoiado na correção do preço de embarque e na queda dos custos de produção.

Mesmo com as margens apertadas no primeiro trimestre, o IBGE indicou expansão dos abates de frangos no período. O  aumento nas cabeças abatidas foi de 4,8% sobre igual período de 2022, enquanto a produção de carne expandiu 6,4%, com as aves  mais pesadas.

Perspectiva segue positiva, mas sob atenção com a gripe aviária

O cenário para a avicultura deverá continuar favorável, na medida em que os custos de produção cedem com o aumento da oferta de grãos aliviando as margens. Certamente, isso valerá desde que a gripe aviária não chegue no sistema comercial. Caso ocorra fechamento das exportações, a oferta de carne no mercado interno tenderá a aumentar, potencialmente pressionando os preços para baixo.

Na atualização dos números de oferta e demanda por carne de frango, o USDA reduziu a estimativa de crescimento da produção brasileira em 2023, mas elevou as exportações, moderando o crescimento previsto para o consumo doméstico. Estima-se que a produção brasileira em 2023 crescerá 2,8%, totalizando 14,87 milhões de toneladas, ante 3,5% estimados  anteriormente. Ainda assim, serão 410 mil toneladas a mais no ano. Para os EUA, maior produtor mundial, o ajuste foi levemente para cima, de 1,3% para 1,5%, de modo que o crescimento americano deverá ser de 305 mil toneladas.

Apesar do ajuste para menor na previsão de produção brasileira, o Brasil continuará sendo o único entre os grandes exportadores a apresentar bom crescimento dos embarques. O departamento americano prevê aumento de 6,8% nas exportações brasileiras, com o país embarcando 4,75 milhões de toneladas, crescimento de 303 mil t, enquanto a exportação americana deverá crescer em apenas 31 mil toneladas.

Além disso, entre os importadores, chama atenção o ajuste nos números para a China. A perspectiva de importações pelo país asiático, antes prevista para cair 3,9%, agora é estimada sendo 18,5% maior que a de 2022, devendo alcançar 750 mil t.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA

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Delegação do Pará conhece modelo de negócio das cooperativas paranaenses

Representantes do estado do Norte do País foram recebidos pelo vice-governador Darci Piana e o presidente da Ocepar, José Roberto Ricken, com quem trataram do relacionamento entre o setor produtivo e o Governo do Estado. Com foco no agronegócio, as cooperativas paranaenses figuram entre as maiores do Brasil e da América do Sul.

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Fotos: Roberto Dziura Jr/AEN

O vice-governador Darci Piana recebeu na quinta-feira (0) uma comitiva da Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará (OCB/PA). Os representantes visitaram Curitiba para conhecer mais detalhes sobre o modelo de negócios das cooperativas paranaenses, que contam com um amplo apoio do Governo do Estado e que estão entre as maiores do País.

Piana lembrou que o cooperativismo paranaense é uma referência nacional e internacional, com boa parte das maiores cooperativas da América do Sul instaladas no Estado. “Essa pujança das cooperativas contribui com o desenvolvimento do Paraná e chama a atenção de outros estados, como no caso do Pará, em que os representantes buscam replicar esse modelo”, disse.

“O sucesso das cooperativas paranaenses está na sua organização, no bom relacionamento entre as instituições e, no caso das agrícolas, nos robustos investimentos em industrialização, o que agrega valor na produção, aumenta os lucros e a capacidade de geração de emprego e renda”, acrescentou o vice-governador.

O encontro foi intermediado pelo Sindicado e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). Segundo o presidente da entidade, José Roberto Ricken, um dos principais fatores que explica o sucesso das cooperativas paranaenses é o planejamento de longo prazo. “O Governo do Estado busca o desenvolvimento do Paraná e o compromisso das cooperativas e da Ocepar é de investir cada vez mais em agregar valor aos produtos estaduais com o fortalecimento da agroindústria e em buscar oportunidades de negócios em outros países”, afirmou.

Ricken também considera que a atual gestão estadual tem acertado na condução das políticas públicas voltadas à infraestrutura e logística, sobretudo nos novos contratos de concessão rodoviária e no projeto da Nova Ferroeste. “Infelizmente o Paraná passou 25 anos com um modelo de concessão rodoviária em que os investimentos previstos não foram feitos. Agora é preciso recuperar isso, além de investir em ferrovias, já que não é concebível continuar a escoar praticamente toda a produção estadual apenas pelo modal rodoviário”, argumentou o presidente da Ocepar.

Para o presidente da OCB/PA, Ernandes Raiol, o saldo da visita ao Paraná foi positivo e a intenção é estreitar ainda mais os laços para levar as experiências paranaenses ao estado da região Norte do País. “O Pará é um estado que está aberto para investimentos de toda a ordem, mas para isso precisamos melhorar a política pública voltada à produção, infraestrutura e logística”, ponderou.

“Saímos satisfeitos por conhecer as estratégias do Governo do Paraná, da Ocepar e de outros parceiros do setor produtivo e com a certeza de que devemos trabalhar para melhorar a organização empresarial, investir em energia limpa, na pavimentação das nossas estradas vicinais e na viabilização da Ferrogrão”, concluiu Ernandes, referindo-se ao projeto já existente para a construção de um corredor ferroviário de exportação via Bacia Amazônica.

Presenças

Também estiveram presentes no encontro o superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti; o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará, Carlos Ledo; o deputado estadual do Pará Fábio Freitas; e o superintendente da OCB/PA, Junior Serra.

Fonte: AEN-PR
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Florestas públicas serão concedidas para gerar crédito de carbono

Floresta Nacional de Bom Futuro, com 17 mil hectares desmatados, e a Gleba João Bento, com quase 56 mil hectares em desmatamento acumulado nos estados de Rondônia e Amazonas, serão concedidas à iniciativa privada para restauração e geração de crédito de carbono. As duas unidades serão as primeiras a participarem de uma iniciativa de recuperação de vegetação nativa e gestão sustentável de florestas públicas na Amazônia.

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Foto: Divulgação/Mapa

A Floresta Nacional de Bom Futuro, com 17 mil hectares desmatados, e a Gleba João Bento, com quase 56 mil hectares em desmatamento acumulado nos estados de Rondônia e Amazonas, serão concedidas à iniciativa privada para restauração e geração de crédito de carbono. As duas unidades serão as primeiras a participarem de uma iniciativa de recuperação de vegetação nativa e gestão sustentável de florestas públicas na Amazônia.

O modelo de concessão é fruto de um acordo de cooperação técnica entre o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmado nesta sexta-feira (03), no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. A parceria terá US$ 800 mil disponibilizados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em recursos não reembolsáveis do Fundo Verde para o Clima (em inglês Green Climate Fund), uma iniciativa internacional de enfrentamento às mudanças climáticas.

Além das unidades federais, também serão apoiados projetos de concessão nos estados. O diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, afirmou durante a cerimônia que serão investidos R$ 30 milhões em estudos para projetos de concessão na Amazônia.

“Vamos disponibilizar para o governo e para as populações das áreas, qual o resultado dos estudos, quais são os investimentos, qual a receita, quantos empregos serão gerados e qual é a rentabilidade e a atratividade para quem vai investir”, disse.

Os estudos apresentarão propostas de concessões de florestas públicas estaduais, que precisem passar pela recuperação da vegetação nativa, mas também prevejam como retomo financeiro aos investimentos propostas de manejo ambiental conforme a necessidade de cada área.

De acordo com SFB, a meta para concessões de florestas públicas federais, até 2026, é de 4 milhões de hectares, que deverão ser incluídos em projetos propostos pela iniciativa privada para recuperação e manejo florestal sustentável. De acordo com a instituição, a previsão é que essas iniciativas gerem 25 mil empregos e R$ 60 milhões ao ano em renda nos municípios alcançados.

Fonte: Agência BNDES de Notícias
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Produção industrial cresce 0,9% em março, diz IBGE

Apesar do resultado positivo na passagem de fevereiro para março, apenas cinco das 25 atividades industriais apresentaram alta no período, com destaque para o setor de alimentos, que cresceu 1% no mês, principalmente devido às produções de carne e açúcar.

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Foto: Marcos Vicentti

A produção industrial brasileira cresceu 0,9% em março deste ano, na comparação com fevereiro. No mês anterior, a indústria havia crescido 0,1%. O crescimento em dois meses não foi suficiente para recuperar a perda de 1,1% no setor em janeiro.

Os dados da Produção Industrial Mensal (PIM) foram divulgados nesta sexta-feira (03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa mostra que, na comparação com março de 2023, foi registrada uma queda de 2,8%. A produção industrial acumula altas de 1,9% no ano e de 0,7% no período de 12 meses.

A indústria está 0,4% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) mas 16,3% abaixo do ponto mais alto da série histórica, observado em maio de 2011.

Apesar do resultado positivo na passagem de fevereiro para março, apenas cinco das 25 atividades industriais apresentaram alta no período, com destaque para o setor de alimentos, que cresceu 1% no mês, principalmente devido às produções de carne e açúcar.

Além dele, apresentaram alta apenas os segmentos de produtos têxteis (com avanço de 4,5%), impressão e reprodução de gravações (8,2%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (0,5%) e indústrias extrativas (0,2%).

Entre as 20 atividades em queda, os principais destaques negativos foram apresentados pelos ramos de veículos automotores (-6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-13,3%) e produtos químicos (-2%).

Na análise das quatro grandes categorias econômicas da indústria, houve crescimento nos bens intermediários, que são insumos industrializados usados no setor produtivo (1,2%), e nos bens de consumo semi e não duráveis (0,9%). Por outro lado, apresentaram queda os bens de consumo duráveis (-4,2%) e os bens de capital, ou seja, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (-2,8%).

Fonte: Agência Brasil
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