Notícias Formação Profissional Rural
Produtores e trabalhadores rurais catarinenses terão 460 oportunidades gratuitas de qualificação profissional em junho
Objetivo é auxiliar no desenvolvimento da produção de alimentos de forma sustentável e promover avanços sociais no campo em Santa Catarina.
As oportunidades de qualificação profissional oferecidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Santa Catarina (Senar), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc), em parceria com os Sindicatos Rurais, vêm contribuindo para a melhoria da produtividade e para a qualidade de vida no campo. Todos os meses são oferecidos cerca de 500 cursos gratuitos do Programa de Formação Profissional Rural (FPR) e da Promoção Social (PS). Para junho, estão abertas as inscrições para 460 treinamentos em todo o Estado. Quem tiver interesse deve procurar o Sindicato Rural de sua região.
O objetivo é auxiliar no desenvolvimento da produção de alimentos de forma sustentável e promover avanços sociais no campo. São beneficiados produtores e trabalhadores rurais que querem aprimorar o conhecimento para aumentar a produtividade e promover inovações nas propriedades. A Formação Profissional Rural contempla capacitações nas áreas de agricultura, agroindústria, aquicultura, atividades de apoio agrossilvipastoril, atividades relativas à prestação de serviços, pecuária e silvicultura. Na Promoção Social são oferecidos treinamentos focados na educação, organização comunitária, saúde, alimentação e nutrição, além de artesanato.
O presidente do sistema Faesc/Senar-SC, José Zeferino Pedrozo, ressalta que um dos desafios do Senar/SC é manter o produtor rural preparado para as tendências de mercado e, por isso, a entidade investe fortemente em educação e formação profissional com várias soluções para as mais diversas áreas do agronegócio. Entre elas estão os cursos gratuitos que são muito procurados e contribuem significativamente para a melhoria da produtividade, aumento da renda e qualidade de vida no campo”.
De acordo com o superintendente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, a grande missão da entidade é levar oportunidades que promovem a educação, a informação e o conhecimento em agronegócio com inovação e eficiência. “Isso é muito importante para continuarmos na vanguarda do agronegócio e seguir contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do estado”.
Conheça alguns cursos oferecidos gratuitamente
Alguns dos cursos oferecidos pelo Senar/SC mensalmente são: Turismo Rural – utilização dos recursos naturais; Programa especial – inclusão digital rural – iniciação à informática; Inseminação artificial em bovinos; Produção caseira de massas para congelamento; Olericultura básica; Soldador – arco elétrico com eletrodo revestido; Emissão de nota fiscal eletrônica do produtor rural; Emissão de guias de trânsito animal (e-GTA) e de origem de produtos vegetais (e-Origem); Floricultura; Programa especial mulheres em campo; Casqueamento em bovinos; Produção caseira de pães e biscoitos; Produção caseira de massas para congelamento; Criação de bezerras e novilhas; Segurança e saúde no trabalho com agrotóxicos – NR 31; Doma racional de equídeos; boas práticas de manipulação de alimentos e Produção de frangos e ovos caipiras.
Inscrições podem ser feitas no Sindicato Rural da sua região. Para mais informações clique aqui.
Notícias
Preço da soja no Brasil atinge maior nível em três meses, influenciado por clima irregular
Essa dinâmica foi influenciada pela demanda industrial e cautela dos sojicultores devido às chuvas irregulares no país no período de início dos tratos de plantio.
Produção
Em sua última divulgação, a Conab manteve a sua estimativa para a safra nacional de soja na safra 2023/24 em 147,4 milhões de toneladas, recuo de 4,7% em relação à safra anterior. Da mesma forma, o IBGE projeta uma queda de 4,9% na produção do grão. Esse resultado é principalmente atribuído à redução da produtividade, associada a fatores climáticos adversos com origem no El Niño.
Na atual safra, Mato Grosso, maior produtor nacional, deve apresentar recuo de 13,7% devido à queda de 15,7% na produtividade. Influenciados pelos mesmos fatores, Paraná (-18,0%), Goiás (-5,1%) e Mato Grosso do Sul (-19,5%) também devem apresentar retração na produção do grão. Na outra ponta, Rio Grande do Sul deve combinar o aumento de área plantada (3,2%) e produtividade (46,3%) e expandir sua safra em 51,0%.
Olhando para frente, o primeiro levantamento para produção agrícola e pecuária da Conab na safra 2024/25 apontou para uma safra de 166 milhões de toneladas, nova máxima histórica e aumento de 12,7% em relação à anterior. Resultado advém de um aumento na área plantada (1,1%) e de produtividade (9,6%). Regionalmente, Mato Grosso deve ampliar sua participação na produção nacional com crescimento de 17,0%. Paraná, deve se consolidar como segundo maior produtor nacional do grão, combinando o aumento de área plantada (1,2%) e produtividade (12,5%). Rio Grande do Sul, deve registrar crescimento mais tímido após registar expressiva expansão na safra anterior. Na região do MATOPIBA, o destaque fica por conta da expansão da produção de Tocantins e Bahia, que nos últimos cinco anos incrementaram sua área plantada em 35,1% e 43,2% respectivamente.
O processo de semeadura da safra 2024/25 nos estados segue em ritmo mais lento em relação à safra anterior devido ao atraso das chuvas. No Mato Grosso e Paraná, maiores produtores, o percentual semeado encontra-se em 21,1% e 41,0% respectivamente. Com exceção da parte norte da Bahia, todas as regiões apresentam condições favoráveis ao plantio, segundo dados da Conab. Em relação às exportações, segundo o MDIC, o mês de setembro registrou um volume de 2,6 bilhões de reais, recuo de 25,6% na passagem mensal e 8,0% na variação acumulada em 12 meses.
Preço
Os preços da soja apresentaram crescimento no mercado doméstico no mês de setembro, com o indicador ESALQ/BM&F Bovespa apresentando expansão de 5,0%, com média de R$ 139,90 a saca de 60kg, cotação mais elevada nos últimos três meses. Essa dinâmica foi influenciada pela demanda industrial e cautela dos sojicultores devido às chuvas irregulares no país no período de início dos tratos de plantio.
Os preços e prêmios de exportação do óleo de soja foram impulsionados pela baixa disponibilidade do subproduto para embarques imediatos, devido em grande medida a maior demanda de indústrias alimentícias e de biodiesel.
No mercado externo, os preços subiram, impulsionados pela forte demanda internacional. Na Bolsa de Chicago, o contrato de primeiro vencimento de soja apresentou valorização de 3,0% em setembro..
Perspectivas para o trimestre
Neste último trimestre, produtores deverão estar atentos à evolução da safra 2024/25 nos EUA, que segundo projeções do USDA deve ter um aumento de 10% na produção (124,8 milhões de toneladas), com estoque final expandindo significativos 62% ante a passagem de 2023/24, para 15 milhões de toneladas. Para o Brasil, o USDA também estima crescimento relevante da produção, de 153 para 169 milhões de toneladas. Com a produção maior nos principais produtores, a oferta global da commodity deve ficar bem mais confortável.
Apesar do atraso no início do plantio da nova safra no Brasil, as chuvas nas regiões produtoras a partir de outubro e previstas para continuarem pelo menos até o fim do 3º trimestre de 2025 devem colaborar para o bom andamento das lavouras, inclusive na Argentina e no Paraguai.
Apesar dos preços estarem menores do que na safra anterior, o excesso de oferta pode resultar em mais quedas à frente.
Notícias
Ministro da Agricultura participa da 1ª Conferência Regional para a Transformação Sustentável da Pecuária na América Latina e Caribe
Carlos Fávaro destacou investimentos em recuperação de pastagens e reforçou seu posicionamento sobre a Lei Antidesmatamento da União Europeia.
Na última quarta-feira (6), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da Primeira Conferência Regional para a Transformação Sustentável da Pecuária, realizada em Punta del Este, Uruguai. O evento busca promover sistemas de produção mais inovadores, resilientes e eficientes, com menor impacto ambiental e maior acesso a alimentos saudáveis.
Durante o Painel Ministerial intitulado “Quadro Político para a Transformação Sustentável da Pecuária”, Fávaro esteve ao lado dos ministros da Agricultura do Peru, Ángel Manero; do México, Julio Berdegué; e da Guatemala, Maynor Estrada. O anfitrião, ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Fernando Matos, mediou o painel, discutindo os desafios para tornar a produção pecuária mais sustentável e o papel das políticas públicas e dos acordos internacionais nesse processo.
O ministro Fávaro ressaltou o papel essencial dos produtores rurais brasileiros e a importância das políticas públicas que incentivam práticas sustentáveis. “O Brasil, nos meses do governo do presidente Lula, construiu políticas voltadas para os próximos anos. A Embrapa realizou uma pesquisa mostrando que, dos 160 milhões de hectares de pastagens brasileiras, 40 milhões estão degradados, mas possuem um altíssimo potencial produtivo e precisam ser recuperados. Por isso, lançamos um programa que destinou R$ 7 bilhões em linhas de crédito aos nossos pecuaristas, para recuperação de áreas com fertilizantes, matéria orgânica, novas sementes e tecnologias, com juros de 7% ao ano, dois anos de carência e 10 anos para amortização”, detalhou Fávaro.
O Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas visa recuperar 40 milhões de hectares, melhorando o uso produtivo da terra, reforçando a segurança alimentar e contribuindo para a preservação ambiental. Fávaro também destacou a capacidade da agropecuária brasileira de sequestrar carbono e ajudar a mitigar o aquecimento global. “Não há nada mais eficiente para sequestrar carbono do que uma pastagem bem manejada, com uma boa massa foliar. O sequestro de carbono ocorre por meio da fotossíntese, e quanto maior a área foliar, mais carbono é capturado. É uma solução simples e extremamente sustentável, mas que exige investimento e dedicação, e é exatamente isso que estamos promovendo”.
Fernando Matos enfatizou a importância do Brasil como um parceiro estratégico, lembrando que o país passou por uma transformação agrícola significativa nas últimas décadas. “Estive reunido há pouco tempo com o ministro Fávaro no G20 Agro, que aconteceu em Mato Grosso. O Brasil passou por uma grande revolução verde nos últimos 40 anos: era um grande importador de carne e hoje se tornou um dos maiores exportadores. Investimentos em pesquisa e sustentabilidade colocaram o país no centro do debate agrícola global”, afirmou Matos, destacando ainda a necessidade de respeito à soberania dos países produtores da América Latina e Caribe.
Outro ponto importante da fala de Fávaro foi a carta enviada pelo Brasil à União Europeia, pedindo a suspensão da Lei Antidesmatamento e a revisão da abordagem punitiva adotada. “Ao comissário de agricultura da Comunidade Europeia, estou solicitando providências imediatas para suspender a legislação aprovada pelo Parlamento Europeu, que restringe a compra de produtos associados ao desmatamento, prevista para entrar em vigor em janeiro de 2025. Não estamos pedindo isso porque não queremos discutir o tema ou porque não temos responsabilidade com a produção sustentável. Pelo contrário, o problema é a decisão unilateral, sem diálogo, desrespeitando a soberania dos países produtores. É essencial discutir com nações parceiras, tanto vendedoras quanto compradoras, as formas sustentáveis de produção”, afirmou o ministro, elogiando o apoio de outros países sul-americanos ao posicionamento brasileiro.
Reunião extraordinária com o IICA
Ainda no evento, o ministro Fávaro participou de uma reunião paralela com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que contou com a participação de 27 países toda América do Sul América Latina Caribe e América do Norte, na qual foi deliberada uma carta que será apresentada a Comunidade Europeia que restringe os efeitos da legislação Europeia no âmbito de desmatamento, que atrapalha as boas relações diplomáticas e comerciais entre a Comunidade Europeia e Américas.
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Faesp reitera apoio aos agropecuaristas paranaenses
Invasões de terra levam insegurança jurídica ao produtor.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles, reiterou apoio ao presidente da Federação paranaense, Ágide Eduardo Meneguette, que visitou na última sexta-feira (01) propriedades invadidas no Paraná, começando pela Fazenda Brilhante, no município de Terra Roxa. Para Meirelles, é vital que as esferas de governo estejam atentas a esses acontecimentos, que afetam a vida de milhares de famílias que trabalham para construir a economia do país.
Além da insegurança que essas questões geram em toda a região, as invasões acabam prejudicando o planejamento do setor agropecuário, uma vez que afetam a safra futura. Segundo Meneguette, os produtores foram impedidos de fazer o plantio e o impacto anual pode chegar a R$ 600 milhões no Valor Bruto da Produção e questionou quem irá ressarcir os agricultores.
A expectativa da Faesp, assim como de todas as federações, é a sanção do projeto de lei que irá penalizar os invasores. O projeto, aprovado na Câmara dos Deputados, encontra-se em tramitação no Senado. Pessoas que invadirem terras agrícolas ou imóveis urbanos ficarão oito anos sem acesso a benefícios governamentais, como Bolsa-Família e imóveis do Minha Casa, Minha Vida; não poderão ser nomeados em cargos públicos; sairão de programas de regularização fundiária; e ficam impedidos de se inscrever em concursos públicos, entre outros.
“É preciso penalizar o invasor, para que a segurança possa voltar ao campo. O clima de tensão prejudica a vida do produtor, a economia e a sociedade”, disse Meirelles.