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Produtores conhecem oportunidades e exemplos de energias renováveis

Painel na Semana Arrozeira apresentou formas de investimento e linhas de crédito para projetos alternativos

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Com o custo de energia impactando fortemente o produtor de arroz, empresas e entidades buscam soluções para diminuir esta dor de cabeça dos agricultores quando chega o extrato da conta. Pensando nisto, empresas e entidades estudam formas de mudar este cenário. Na noite desta terça-feira, dia 30 de maio, a décima edição da Semana Arrozeira, promovida pela Associação dos Arrozeiros de Alegrete, discutiu o tema no painel "A Nova Matriz Energética Sustentável Para a Lavoura Arrozeira".

O superintendente de Energias Renováveis da Itaipu Binacional, Herlon Goezler de Almeida, apresentou o projeto "Oeste em Desenvolvimento", realizado na Região Oeste do Paraná há quatro anos e que engloba 54 municípios com 1,1 milhão de habitantes. O objetivo foi unificar projetos que já vinham sendo realizados de forma individual. "Precisávamos gerar convergência dos projetos de empresas e entidades na região. Muitas tinham projetos paralelos que inclusive criavam competição entre eles. Hoje geramos um processo único", salientou.

Foram identificadas as cadeias produtivas prioritárias da região: suinocultura, avicultura, bovinos de leite, piscicultura, grãos, turismo e processo metal mecânico. Foram criadas Unidades Produtivas Intensas em Energia Elétrica. Com isso foram criadas Câmaras Técnicas de Energias Renováveis com a implantação de unidades técnicas de referência de geração em energia solar. Goezler provocou os participantes a organizarem processos na Fronteira Oeste de forma a utilizar as diversas fontes de energia que são geradas inclusive nas propriedades, como a oportunidade do biogás. "Não existem concorrências de energias renováveis, pois você pode ter a utilização de vários modelos em conjunto", observou.

Já o presidente da Associação Gaúcha de Energia Solar (Agesolar), Rodrigo Corrêa, falou sobre os benefícios da energia solar, mostrando que é feita uma média de captação das radiações solares. A distribuição pode ser realizada em grupos, como cooperativas ou condomínios, pois a legislação só permite que seja feita de um mesmo CPF ou CNPJ. Conforme o dirigente, a redução da energia elétrica com a instalação de placas solares pode chegar a até 90%. "Temos um caso em que já foi reduzida a conta de R$ 5.494,00 para R$ 253,00", afirmou.

Sobre o retorno do investimento que, conforme Corrêa, tem vida útil de 30 anos, teve uma diminuição de tempo. No meio rural, por exemplo, em 2012 a estimativa era de 16 anos, agora é de 6 a 7 anos. O dirigente falou sobre a criação da Agesolar, que foi fundada no ano passado com a participação de mais de 60 associados, criada após uma demanda das empresas junto ao governo do Rio Grande do Sul para resolver a cobrança dupla de ICMS sobre a energia gerada. "A associação veio para padronizar o mercado, pois existia muita gente que não entregava qualidade ao consumidor final", explicou, acrescentando que a entidade lançará um selo de qualidade para as empresas associadas.

O diretor da Privatto Energia, Marcio Fitchner, informou sobre o projeto de energia eólica que está sendo realizado na região do Carumbé, em Uruguaiana (RS). A proposta está, no momento, em fase de medição, onde são necessários 36 meses antes de poder levar a iniciativa para leilão do governo federal. A área disponibilizada de 5 mil hectares está na etapa de licenciamento ambiental e a potência estimada de geração de energia é de 200 MegaWatts.

Fitchner também falou dos potenciais da Fronteira Oeste para a instalação de projetos de energias renováveis. A radiação da região, por exemplo, é 40% maior do que em regiões na Alemanha, principal país atualmente na utilização das fontes alternativas. A fatia do meio rural da energia alternativa no Rio Grande do Sul é de apenas 4%, mas já ultrapassou o setor industrial, que é de 1%. "A energia renovável pode ser uma grande aliada dos produtores para reduzir custos e aumentar o lucro", explicou.

Mediador do debate, o vice-presidente da Associação dos Arrozeiros de Alegrete e CEO da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), Fernando Lopa, falou sobre os projetos que estão sendo realizados na região. Lembrou também do papel das instituições financeiras na formalização de propostas de crédito para projetos inovadores. "Precisamos buscar outras formas de financiamento para implantarmos na Fronteira Oeste propostas de maneira que possamos produzir desenvolvimento e baixar o custo da lavoura", salienta.

No painel, o Sicredi Pampa Gaúcho informou que possui linhas de crédito com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de linhas próprias e convênios com empresas. A Unipampa também apresentou o trabalho já realizado na produção de energia no meio rural com o Grupo de Exploração Integrada de Recursos Energéticos, que tem por objetivo consolidar ações de ensino e pesquisa com o desenvolvimento no campo do planejamento destes recursos, enfatizando tanto o lado da oferta quanto o da demanda da energia.

Fonte: Assessoria

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Brasil avança na regulamentação do mercado de carbono: entenda o impacto e as oportunidades

Mercado de carbono é uma ferramenta estratégica para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as mudanças climáticas.

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Foto: Gisele Rosso

O Brasil está cada vez mais próximo de regulamentar o mercado de carbono, uma medida que promete revolucionar o cenário socioeconômico e ambiental do país. Com a discussão do Projeto de Lei n.º 2.148/2015 no Senado Federal, a atenção se volta para as implicações e oportunidades que essa regulamentação trará.

O PL estabelece o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que funcionará com base no sistema internacionalmente conhecido cap-and-trade, onde se impõe um limite máximo de emissões e é possível comercializar direitos de emissão, internacionalmente conhecidos como allowances e definidos como Cotas Brasileiras de Emissões (CBE) no projeto de lei.

O mercado de carbono é uma ferramenta estratégica para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as mudanças climáticas. Funciona como um sistema de compra e venda de créditos de carbono, incentivando a adoção de práticas sustentáveis pelas empresas e promovendo a transição para uma economia de baixo carbono.

Segundo a advogada Nailia Aguado Ribeiro Franco, existem dois tipos de mercados de carbono: voluntário e regulamentado. No mercado voluntário, as partes podem cooperar de forma voluntária para implementar suas contribuições determinadas nacionalmente, conforme estabelecido no Acordo de Paris.

O Brasil, ao ratificar o Acordo em 2016, comprometeu-se a reduzir emissões até 2025 e atualizou sua meta na COP 26 para uma redução de 50% das emissões de GEE até 2030. “Este mercado é amplo e permite a participação de empresas, pessoas físicas e jurídicas, ONGs, governos e outras instituições na compensação de suas emissões adquirindo créditos de carbono de projetos que reduzem efetivamente as emissões ou capturam carbono”, diz a advogada

Ela explica ainda que a regulamentação do mercado de carbono traz uma série de oportunidades para a economia brasileira. “Setores como o agronegócio, empresas e startups poderão se beneficiar com incentivos para adotar práticas sustentáveis e investir em projetos de mitigação das emissões de carbono”, afima

De acordo com a advogada, o mercado de carbono pode impulsionar a inovação e a competitividade das empresas brasileiras, fortalecendo a posição do país como um líder global em soluções climáticas. “Diante desse cenário, é fundamental que o Brasil avance na regulamentação do mercado de carbono, garantindo uma transição justa e sustentável para todos os setores da sociedade. O futuro do país e do planeta depende das ações que tomarmos hoje para enfrentar os desafios das mudanças climáticas”, finaliza

Fonte: Assessoria Andersen Ballão Advocacia
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Santa Catarina alcança em abril o melhor desempenho do ano na exportação de carnes

Estado alcançou os melhores resultados do ano na exportação de frangos e suínos.

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Foto: Cláudio Neves

Em abril, Santa Catarina alcançou os melhores resultados do ano na exportação de frangos e suínos. No total, o estado exportou 173,2 mil toneladas de carnes de frangos, suínos, perus, patos e marrecos, bovinos, entre outras, com altas de 11,7% em relação aos embarques do mês anterior e de 14,5% na comparação com os do mesmo mês de 2023.

Em receitas, o estado exportou US$ 358,3 milhões, crescimento de 15,5% em relação às de março e de 6,0% na comparação com os valores de abril de 2023.

Foto: Divulgação/SAR

No acumulado do 1º quadrimestre, foram exportadas 631,7 mil toneladas de carnes, alta de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Suínos

Santa Catarina foi responsável por 57,6% da quantidade e 59,7% das receitas das exportações brasileiras de carne suína dos quatro primeiros meses deste ano. O estado exportou 60,5 mil toneladas de carne suína in natura, industrializada e miúdos em abril, alta de 14% em relação aos embarques do mês anterior e de 7,1% na comparação com os de abril de 2023. As receitas de abril foram de US$ 138,7 milhões, alta de 18,1% na comparação com as do mês anterior.

O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária Valdir Colatto, avalia que esses são resultados do comprometimento de toda cadeia produtiva com a qualidade dos produtos catarinenses, “nosso estado dá exemplo e está sempre vigilante para garantir a sanidade e segurança alimentar, ampliando assim as relações comerciais externas”, afirma Colatto.

Foto: Ari Dias

A maioria dos principais destinos ampliaram suas aquisições em relação ao 1º. quadrimestre de 2023, com destaque para Filipinas (altas de 89,7% em quantidade e de 78,8% em receitas), Japão (101,8% e 94,0%) e Coreia do Sul (190,2% e 257,0%). Por outro lado, a China registrou queda de 40,1% em quantidade e 51,9% em receitas na comparação entre o 1º quadrimestre deste ano e o mesmo período de 2023. Com isso, a China perdeu a liderança do ranking das exportações catarinenses de carne suína, posição que ocupava desde 2018. O principal destino, atualmente, são as Filipinas (22,7% das exportações do estado).

Frango

O estado foi responsável por 24,3% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango nos quatro primeiros meses deste ano. Em abril, Santa Catarina exportou 104 mil toneladas de carne de frango com alta de 10% em relação aos embarques do mês anterior e de 19,7% na comparação com os de abril de 2023. As receitas foram de US$ 200,7 milhões, crescimento de 11,9% em relação às do mês anterior e de 9,2% na comparação com as de abril de 2023.

Segundo explica o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Alexandre Luís Giehl, o aumento no volume exportado, deve-se ao crescimento nas quantidades embarcadas para os principais destinos ao longo dos quatro primeiros meses do ano, com destaque para Japão (+11,2% em relação ao 1º quadrimestre de 2023), Países Baixos (20,3%) e Emirados Árabes Unidos (30,1%). A China, por sua vez, que foi o principal destino do frango catarinense no ano passado, registrou queda expressiva nas aquisições do produto neste ano: -31,9% em quantidade e -44,1% em receitas.

Fonte: Assessoria SAR
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Aprovação na CCJ garante mais segurança ao seguro rural

Mudanças no PL 4720/16 favorecem melhor gestão dos recursos e evitam contingenciamentos.

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Foto: Roberto Dziura Jr

Com 34 votos a favor, foi aprovada, nesta quarta-feira (15), na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, a relatoria do deputado Sérgio Souza (MDB-PR) ao Projeto de Lei 4.720/16, que aprimora a gestão dos recursos destinados ao seguro rural. A proposta visa garantir mais segurança e previsibilidade para os produtores rurais, especialmente os pequenos e médios, que são os mais impactados por eventos climáticos adversos.

Deputado Sérgio Souza (MDB-PR): “O Seguro Rural garante a continuidade da produção agropecuária e a segurança alimentar, responsabilidade que o Brasil tem com o planeta” – Fotos: Divulgação/FPA

O Seguro Rural é essencial para proteger a produção agropecuária contra riscos climáticos, como secas, geadas e inundações, que podem provocar perdas significativas. Nas últimas safras, o Brasil enfrentou os efeitos dos fenômenos La Niña e El Niño, causando prejuízos consideráveis aos agricultores. “O Seguro Rural garante a continuidade da produção agropecuária e a segurança alimentar, responsabilidade que o Brasil tem com o planeta”, enfatiza Souza.

Menos burocracia, mais previsibilidade

O PL 4720/16 propõe transferir as responsabilidades financeiras do Seguro Rural do Ministério da Agricultura para as Operações Oficiais de Crédito, vinculadas à Secretaria do Tesouro Nacional. Essa alteração assegura que os recursos para o seguro não sejam contingenciados, como ocorreu nos últimos anos.

“Esta mudança trará mais previsibilidade aos produtores rurais, permitindo que contem com o Seguro Rural de maneira mais eficaz”, explica Sérgio Souza. “Além disso, reduzirá o custo do seguro, aumentando a transparência e a segurança jurídica na aplicação dos recursos.”

Presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR): “No Rio Grande do Sul, se os produtores tivessem garantia mínima de seguro rural pelo governo brasileiro, o impacto no orçamento federal para auxiliar na reestruturação das dívidas seria substancialmente menor”

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), ressaltou a importância do PL 4720/16 para o desenvolvimento do agronegócio no Brasil. “Este é um tema crucial. Recentemente, foi debatido na Comissão de Agricultura outro projeto similar, tratando da legislação sobre o Seguro Rural”, destacou Lupion. “A demanda por seguro foi muito alta este ano; precisamos endereçar essa questão urgentemente.”

Após a aprovação na CCJ, o deputado Sérgio Souza agradeceu aos colegas que apoiaram a medida e destacou que a proposta proporcionará segurança ao produtor rural, especialmente aos mais afetados por intempéries, como os do Rio Grande do Sul nesse momento. “No Rio Grande do Sul, se os produtores tivessem garantia mínima de seguro rural pelo governo brasileiro, o impacto no orçamento federal para auxiliar na reestruturação das dívidas seria substancialmente menor”, frisou o parlamentar.

 

 

Fonte: Assessoria FPA
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