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Pesquisador da Embrapa aponta mecanismos para aprimorar a qualidade da carne suína

Além da genética adequada para se obter carne de qualidade superior, a alimentação oferecida aos animais desempenha um papel igualmente importante para atingir bons resultados.

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Pesquisador, mestre em Zootecnia, doutor em Animal Breeding da Embrapa Suínos e Aves, Élsio Antonio Pereira de Figueiredo: "A forma de tratamento dos animas ajuda a reduzir o estresse, e isso também é importante para ter uma carne de qualidade" - Foto: Sandro Mesquita/OP Rural

Em meio um seleto nicho consumidor que prima pela excelência nos melhores cortes de carnes, estudos e pesquisas científicas indicam o norte a suinocultores que buscam atender essa fatia exigente do mercado. Alguns fatores influenciam na aparência e na atratividade da carne. “Os principais são o sistema de produção, a genética, a nutrição e as práticas de manejo”, destaca o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Élsio Figueiredo.

Foto: Shutterstock

De acordo com o pesquisador, apesar desse tipo de carne ter valor agregado, para produzi-la o sistema de produção utilizado deve ser desenhado para permitir lucro ao suinocultor. Caso o produtor queira, por exemplo, utilizar o sistema de semiconfinamento, o custo aumentará em razão do tipo de alojamento. “O produtor precisa conhecer cada ponto da produção antes de entrar nesse mercado”, frisa Figueiredo, que também é mestre em Zootecnia e doutor em Animal Breeding.

Para obter uma carne com qualidade melhorada é preciso se ater ao maior custo de produção em relação a carne convencional, sobretudo pela utilização de raças menos produtivas e logística mais cara. “Para bancar esse custo mais elevado é necessário estabelecer um negócio dedicado, com logística própria, marca específica e contratos com clientes (abatedouros, supermercados, restaurantes e afins)”, menciona.

Indicadores

Algumas características da carne suína são analisadas conforme indicadores como pH, cor, maciez, cheiro, gordura intramuscular e perda de água, aponta o pesquisador da Embrapa.

Segundo Figueiredo, a carne pálida, flácida e exsudativa, (PSE) sigla em inglês para pale, soft and exudative, está relacionada ao rápido aumento da acidez, conforme a queda do pH e a alteração da cor da carne após o abate do animal. “O pH baixo com a carcaça ainda quente leva à desnaturação de proteínas com comprometimento sobre as características desejáveis ao processamento”, afirma.

Enquanto que a carne PFD (Dark, Firm, Dry), ou seja, a carne nesse caso é mais escura, dura e seca. Possui um pH muito mais elevado que 5,9 e 6,5. A depleção de glicogênio muscular pode ser causada por uma variedade de graves tensões pré-abate, incluindo a exaustão de transporte, medo, estresse climático, a retenção prolongada de alimentos antes do abate, entre outros.

Genética

O pesquisador salienta a necessidade de utilizar genéticas menos produtivas do que a usada na produção industrial para melhorar a qualidade da proteína suína. “Precisa ser um animal que gaste a energia que seria usada para produzir músculo, para produzir gordura”, afirma.

Figueiredo destaca o uso de raças melhoradas como a Duroc, Berkshire, raças asiáticas, ibéricas-Moura, Piau e Nilo Canastra e o cruzamento entre Duroc com F1 Landrace-Large White; Berkshire com F1 Landrace-Large White e Duroc com Landrace-Large White-Moura. “Os cruzamentos proporcionam o vigor híbrido das matrizes e dos animais de abate”, afirma o pesquisador.

O pesquisador da Embrapa, ressalta ainda um estudo realizado na Argentina, que aponta a variabilidade genética para características de qualidade da carne dos suínos industriais-híbridos e crioulos. Entre os genes encontrados no estudo está o Halotano (RYR1), que além de determinar a maior predisposição ao estresse em suínos, é responsável pela produção de carcaças com maior produção de carne magra, porém relacionado à produção de carne PSE. O outro gene importante para o desempenho da carne é o da carcaça (PRKAG3), chamado de gene da carne ácida. “Esses são os dois genes que causam os maiores defeitos, mas existem outros com mutações menores”, explica.

O estudo apontou ainda que na frequência genotípica no sistema industrial o RYR1 apresentou índice de frequência alélica do gene causador de 14,94%, enquanto que no sistema crioulo o índice foi de 22,41%.

Nutrição

Além da genética adequada para se obter carne de qualidade superior, a alimentação oferecida aos animais desempenha um papel igualmente importante para atingir bons resultados, destaca o pesquisador da Embrapa.

Figueiredo ressalta a utilização de nutrientes com vitamina E e a suplementação de magnésio em dietas de suínos para reduzir o efeito do estresse através da redução da concentração de catecolaminas no plasma. “Se for usado muito óleo na ração, por exemplo, o produtor terá uma carne sem a firmeza desejada”, exemplifica o pesquisador da Embrapa.

Manejo

A forma como é realizado o manejo na granja é outro ponto importante para obtenção de carne de melhor qualidade. Figueiredo destaca as boas práticas de bem-estar animal para evitar carnes DFD e PSE. Entre elas, o pesquisador destaca o jejum pré-abate de 12 a 18 horas; a seleção, embarque, transporte e desembarque dos suínos de maneira calma, evitando possíveis fatores estressantes; o descanso de duas horas nas baias de espera antes do abate; o espaço suficiente na baia de espera para que os animais possam deitar e descansar e a utilização de chuveiros nas baias de espera e nos bretes para que os suínos possam se refrescar enquanto estão em áreas do abatedouro. “A forma de tratamento dos animas ajuda a reduzir o estresse, e isso também é importante para ter uma carne de qualidade”, ressalta Figueiredo.

Fonte: O Presente Rural

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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