Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias

Pesquisa brasileira leva pioneirismo, empreendedorismo e inovações para as cadeias nacionais de milho, sorgo e milheto

Ao papel tradicional da agropecuária brasileira de produzir alimentos, fibras e energia, novos conceitos foram incorporados, levando-se em conta a sustentabilidade dos negócios agrícolas, principalmente nos aspectos ligados à segurança alimentar e nutricional, à agregação de valor, à qualidade de vida das pessoas e à preocupação com o meio ambiente.

Publicado em

em

Foto: Sandra Brito/Arte: Maria Eduarda Saraiva

Nas últimas décadas, a agropecuária brasileira se modernizou, ganhando novos cargos e se tornando mais complexa. Ao seu tradicional papel de produção de alimentos, fibras e energia, novos conceitos foram incorporados, levando-se em conta a sustentabilidade dos negócios agrícolas, principalmente nos aspectos ligados à segurança alimentar e nutricional, à agregação de valor, à qualidade de vida das pessoas e à preocupação com o meio ambiente.

Nesse período, a agropecuária tornou-se, também, uma das principais forças motrizes para a produção, a transformação e a ampliação das opções de consumo que impulsionaram o mercado brasileiro – notadamente urbano – nos dias atuais. “Ao longo das últimas cinco décadas, a produção brasileira de grãos saltou de 38 milhões de toneladas, em 1975, para cerca de 310 milhões de toneladas, em 2023, o que representa um aumento de quase oito vezes na produção de grãos, com um acréscimo de apenas duas vezes na área plantada. “Esse evidente “efeito poupa-terra” só foi possível a partir de incrementos em produtividade, resultando, principalmente, de investimentos em pesquisa e inovação para a modernização da agricultura brasileira”, relata o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Milho e Sorgo, Maria Marta Pastina.

A  Embrapa Milho e Sorgo , Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), acompanhou e participou ativamente de todo esse processo de modernização, entregando resultados inovadores de pesquisa, produtos e serviços que desenvolveram para o crescimento sustentável das cadeias produtivas de milho, sorgo e milheto no Brasil. “Pesquisa é futuro”, comenta o chefe-geral Frederico Ozanan Machado Durães. “A percepção dos desafios a serem enfrentados na construção do conhecimento, a qualificação e o posicionamento cooperativo, para impactos nos sistemas intensificados e organizados, técnicos-científicos, institucionais e produtivos, da agropecuária tropical não são tarefas triviais para gestores, cientistas e apoiadores da ciência e de sua aplicação”, complementa Durães.

Ele enfatiza que “compreender, formular e implementar estratégia de ação para o desenvolvimento da agricultura são processos evolutivos na trajetória, no esforço atual e na perspectiva futura de uma empresa de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), como é o caso da Embrapa e de sua rede de Unidades Descentralizadas de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) e de negócios de base tecnológica, como a Embrapa Milho e Sorgo”.

“A Unidade é responsável pela manutenção e exploração racional das espécies de milho, de sorgo e de milheto, e de coleções multifuncionais de microrganismos úteis para o manejo eficiente de características na matriz insumo-produto de qualidade, focando em sistemas intensificados de produção, produtividade e sustentabilidade, nomeadamente de grãos, proteína animal e áreas afins”, pontua Durães.

Foto: Arnaldo Pontes

Inaugurada em 1976, em Sete Lagoas (MG), a Embrapa Milho e Sorgo deu continuidade a uma história em pesquisa agropecuária realizada desde 1907 por instituições públicas naquela região.

Segundo a filosofia inerente à época de sua implantação, o então Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo coordenaria e executaria pesquisas para o aumento da produtividade, a redução dos custos de produção e a expansão da fronteira agrícola com a incorporação de áreas até então subaproveitadas.

Desde o início, a Embrapa Milho e Sorgo deu ênfase ao desenvolvimento de cultivares mais produtivas e ao melhoramento de híbridos adaptados aos solos ácidos do Cerrado – uma nova fronteira agrícola a ser conquistada. A Unidade desenvolveu também sistemas de produção mais lucrativos e protegidos para nossas regiões, com indicação de cultivares, regulação de máquinas e recomendações para o uso correto de fertilizantes e agroquímicos. Assim, pretendia-se a redução das perdas na colheita e o armazenamento adequado dos grãos. Era um “pacote tecnológico”, aumentando imediatamente a disponibilidade de alimentos.

Fotos: Sandra Brito

O jornalista José Heitor Vasconcellos conta que a implantação de Bancos Ativos de Germoplasma (BAG) de Milho, de Sorgo e de Milheto também foi fundamental para a obtenção contínua das cultivares desenvolvidas pela Unidade. Neles são conservados materiais genéticos de diversas partes do mundo e de coletas estratégicas realizadas nas regiões brasileiras. “Nas décadas de 1970 e 1980, a Embrapa Milho e Sorgo dinâmica e melhorou diversas inovações de milho tropical, que resultou no desenvolvimento de cultivares com características adequadas para a expansão da cultura para o Cerrado, um bioma antes considerado improdutivo. Essas novas plantas também apresentaram ciclo mais precoce, propiciando maiores produtividades com menor risco em plantios da segunda safra e “escape” da seca em regiões semiáridas”, diz Vasconcellos.

Soluções tecnológicas

Maria Marta Pastina relata que, ao longo da trajetória, do esforço atual e da visão de futuro da Unidade, a Embrapa Milho e Sorgo tem investido no desenvolvimento de soluções tecnológicas sustentáveis ​​para os reais desafios enfrentados pelo setor produtivo, ampliando oportunidades e mitigando riscos econômicos , sociais e ambientais. “Na agricultura familiar, por exemplo, o desenvolvimento da plantadeira de tração animal para o plantio consorciado de milho e feijão , em uma única operação, proporcionou um avanço eficaz nesse sistema de plantio. O lançamento da variedade de milho BR 106 deu aos produtores uma cultivar produtiva e competitiva com os materiais disponíveis no mercado”, comenta Vasconcellos.

Ele destaca que o lançamento do primeiro milho de proteína de alta qualidade, o BR 451 , destinado à alimentação humana e de animais monogástricos, revolucionou a estratégia de marketing então até utilizada, com a distribuição de milhares de pacotes dessas sementes em revistas agrícolas, atingindo tanto o público rural quanto o urbano.

O pioneirismo da Embrapa Milho e Sorgo no desenvolvimento de cultivares adaptadas aos solos ácidos revolucionou o mercado brasileiro de sementes. O híbrido duplo de milho BR 201 , por exemplo, abriu o caminho não só para o estabelecimento dessa cultura no Cerrado, mas também para o nascimento de uma “franquia vegetal”, a Embrapa/Unimilho, em que companhias privadas brasileiras produzem e comercializam como cultivares desenvolvidas pela Empresa pública.

Já nos anos 1990 , no Brasil, a produção agrícola encontrou no Centro-Oeste as condições ideais para seu crescimento. A Embrapa Milho e Sorgo continua a disponibilizar tecnologias exclusivas para todos os níveis de produtores. “Para a agricultura familiar, foi desenvolvida uma beneficiadora/classificadora portátil de sementes de milho, adaptada à pequena propriedade rural”, recorda Vasconcellos.

O pesquisador Paulo Evaristo Guimarães ressalta que “o programa de melhoramento de milho teve grande impulso com a colocação de cultivares para agricultores de todos os segmentos, desde a agricultura empresarial até a feita por pequenos produtores familiares, destacando-se os híbridos BRS 2022, BRS 1055, BRS 1060, BRS 3042 VTPRO2, BRS 3046 (milho-verde), BRS Vivi (milho-doce) e BRS 2107 e as variedades BRS Caimbé, BRS 4103 e BRS 4104 (milho pró-vitamina A), BRS 4105 e BRS 4107”.

Atualmente, são disponibilizadas sementes de híbridos e variedades de milho em parcerias com empresas privadas de forma ainda mais estratégica. As parcerias preconizam o posicionamento de cultivares, de acordo com a adaptação a regiões e épocas de cultivo, considerando características específicas e as vantagens competitivas de cada cultivar.

Barraginhas e lago de uso múltiplo

Entre as soluções tecnológicas destacam-se também as Barraginhas e o Lago de uso múltiplo . As Barraginhas são pequenas bacias escavadas no solo, construídas dispersas nas propriedades com a função de captar enxurradas, controlar as erosões e proporcionar a infiltração da água das chuvas no terreno.

Já o lago de uso múltiplo consiste em uma alternativa para armazenamento superficial de água em propriedades rurais, para utilização da água disponível na propriedade para diversas especificidades.

Sorgo e milheto

A Embrapa Milho e Sorgo tem trabalhado no desenvolvimento de sistemas de produção e de genética de alta performance para os cinco tipos diferentes de sorgo (granífero, forrageiro/silageiro, biomassa, sacarino e vassoura), e também para milheto, com foco em valor nutricional para alimentação humana e animal, bioenergia, resistências às principais previsões e doenças, resiliência frente às mudanças climáticas e maior eficiência na absorção de nutrientes.

A segunda safra, em sucessão à soja, iniciou-se com uso de sorgo granífero. Os primeiros híbridos de sorgo lançados pela Embrapa, BRS 300 e BRS 304, foram preponderantes para o avanço da agricultura no Cerrado. O programa de melhoramento do sorgo granífero da Embrapa teve início há 48 anos, sendo um dos principais fornecedores de material genético para o Brasil, com fornecimento contínuo de cultivares. Dentre elas, podem ser destacadas: BR 300, BR 304, BRS 307, BRS 308, BRS 309, BRS 310, BRS 330, BRS 332, BRS 373, BRS 380, BRS 3002 e BRS 3318.

O pesquisador Cícero Beserra de Menezes comenta que o programa já licenciou importantes cultivares de sorgo para silagem (BRS 601, BRS 610, BRS 655, BRS 658, BRS 659, BR 700, BRS 701 e Ponta Negra), além de sorgo de corte e pastejo (BR 800, BRS 801, BRS 802 e BRS 810).

Outra linha de pesquisa da Embrapa é a sorgo bioenergia, com alternativas dessa planta como fontes renováveis ​​de energia. A Embrapa lançou três variedades (BRS 508, BRS 509 e BRS 511) para produção de etanol e um híbrido (BRS 716) para a produção de biomassa. Para atender a agricultura familiar, a Embrapa lançou também o sorgo BRS 900, que é do tipo vassoura.

Em 2022, a Embrapa Milho e Sorgo lançou, em parceria com o setor produtivo, o Movimento + Sorgo, com o objetivo de expandir uma área de cultivo e ampliar o conhecimento dos produtores sobre o potencial da cultura do sorgo para o País.   “Atualmente, uma Unidade possui 61 contratos de licenciados de sementes de sorgo. Os sorgos BRS 373 (granífero) e BRS Ponta Negra (silageiro e palhada) estão entre os materiais mais plantados no mercado nacional. O objetivo do projeto é dar continuidade a essas parcerias, buscando sempre a melhoria dos processos para dar sustentabilidade ao agronegócio do sorgo”, diz Menezes.

Sorgo para alimentação humana

A Embrapa Milho e Sorgo é pioneira nas pesquisas que visam o uso do sorgo na alimentação humana no Brasil. A pesquisadora Valéria Queiroz comenta que, desde 2008, diversos estudos vêm sendo realizados pela Embrapa e por parceiros. “Nossas pesquisas comprovaram o potencial do sorgo como ingrediente para a produção de alimentos especiais (sem glúten, funcionais, “plant-based”, “eco-friendly”), por possuir propriedades nutricionais e antioxidantes às superiores materiais-primas disponíveis no mercado, podendo contribuir com a segurança alimentar e nutricional dos consumidores desses produtos”, diz Queiroz.

Genótipos de soro com altos teores de nutrientes e de compostos bioativos foram identificados, e suas ações na modulação de parâmetros relacionados à obesidade, inflamação, esteatose hepática, glicemia, disbiose intestinal e saciedade foram comprovadas em ensaios “in vivo”, com animais e humanos . “Além disso, foram desenvolvidos diversos produtos sem glúten à base de farinha de sorgo, como barra de cereais, pães, biscoitos, bolos, churros, cereais matinais, bebidas, entre outros, e complementos bons acessíveis sensoriais”, pontua Valéria Queiroz.

Milheto

O milheto ( Pennisetum glaucum ), em conjunto com o sorgo, compõe um mix de culturas trabalhadas na Embrapa Milho e Sorgo, além do milho. O pesquisador Flávio Tardin ressalta que o milheto é uma cultura definida atualmente no sistema “Climate-Smart-Agriculture”, conceito inserido no universo da agricultura digital como linha promissória e necessária para o futuro sustentável da agricultura. “O milheto é uma cultura importante para compor sistemas de produção mais resilientes, mitigando riscos inerentes à atividade agropecuária inseridos em contextos e cenários de mudanças climáticas, crescimento populacional, combate à pobreza e incertezas nutricionais”, explica Tardin.

O programa de melhoramento de milheto da Embrapa disponibiliza no mercado as cultivares BRS 1501, BRS 1502 e BRS 1503. “O BRS 1501, disponibilizado aos agricultores no ano de 1999, é, até hoje, uma variedade de milheto mais plantada no Brasil. Suas finalidades de uso abrangem desde a função de planta de forrageira para pastejo, silagem e cobertura do solo, até a produção de grãos. Os grãos são utilizados na produção de ração animal e na alimentação humana. Além disso, o milheto é considerado um cereal sem glúten”, diz Tardin.

Insumos biológicos e soluções biotecnológicas

Atualmente, como bioinseticidas e insetos benéficos, são exemplos de diferentes culturas agrícolas. Nos , foram desenvolvidos , para o controle dos principais insetos-praga em milho, soja e algodão:

A Embrapa tem uma grande experiência no desenvolvimento de deinoculantes solubilizadores de fosfatos e fixadores de nitrogênio. Em 2019, a Embrapa Milho e Sorgo, em parceria com a empresa Simbiose, lançou o BiomaPhos, o primeiro produto biológico registrado para a solubilização e disponibilização de fósforo para a cultura do milho. “Esse produto tem sido aplicado com sucesso em outras culturas, permitindo o aumento da produtividade e dos retornos econômicos, com maior sustentabilidade e preservação dos biomas brasileiros”, afirma Maria Marta Pastina.

Foto: Fernando Valicente

O programa de biotecnologia aplicada da Embrapa tem gerado eventos transgênicos e dominados por técnicas de edição gênica e predição genômica, associados à seleção assistida por marcadores e à tecnologia de duplo haploides. Em 2022 , a Embrapa Milho e Sorgo, em parceria com a empresa Helix Sementes, aprovou, na CTNBio, o BTMAX. Ele é o primeiro evento transônico desenvolvido por empresas nacionais, e apresenta alta eficácia contra a lagarta-do-cartucho, considerada a principal praga da cultura do milho. “O BTMAX está em fase pré-comercial, devendo ser disponibilizado para as produtores rurais do Brasil (e do mundo) nos próximos anos”, relata o pesquisador Lauro José Moreira Guimarães.

Sustentabilidade em sistemas de produção intensificados

A intensificação produtiva revela-se como um fator extremamente positivo, com forte “efeito poupa-terra” e impactos na sustentabilidade da produção agrícola e pecuária, uma vez que a produção pode ser aumentada por meio de incrementos em produtividade nas áreas já abertas, sem necessidade de expansão para novas áreas de cobertura vegetal nativa. “A Embrapa Milho e Sorgo vem contribuindo na geração de conhecimentos, práticas e tecnologias que impactam positivamente o modo de produção, intensificando o uso de áreas agrícolas, ao mesmo tempo que melhoram os indicadores de conservação de solos, de armazenamento de água e de captura de carbono nos sistemas produtivos”, ressalta o pesquisador Lauro Guimarães.

“Exemplos são as recomendações técnicas relacionadas à adubação de sistemas (e não mais de trabalhos específicos) e ao manejo mais adequado em sistemas de fertilidade construídos, associados a sistemas de plantio direto na palha. produção intensificados chamados de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, ou ILPF, e suas variações (ILP, ILF e IPF) e de sistemas de produção “carne de baixo carbono” e “carne carbono neutro””, cita Guimarães.

Um sistema de cultivo intensificado inédito e disruptivo foi lançado pela Embrapa Milho e Sorgo em 2020 – o Sistema Antecipe . Essa tecnologia permite a antecipação, em até 20 dias, do plantio de milho safrinha nas entrelinhas de soja. Além de favorecer o estabelecimento precoce da cultura do milho, o Antecipe promove a intensificação sustentável dos sistemas, trazendo a possibilidade de uma terceira safra em algumas regiões brasileiras.

A base desse sistema é a utilização de um maquinário, uma plantadeira desenvolvida e patenteada pela Embrapa, associada a conhecimentos relacionados aos estádios fenológicos das culturas da soja e do milho. Com o plantio antecipado, o milho de segunda safra tem acesso a maior quantidade de chuvas do que foi implantado após a colheita da soja (liberação completa da área), com conseqüente aumento na produtividade e na produção bruta de área.

Últimos lançamentos

No ano passado, a Embrapa Milho e Sorgo lançou o híbrido superprecoce de sorgo BRS 3318 , com alto potencial produtivo, alta sanidade foliar e baixo fator de reprodução de nematóides. Essa cultivar apresentou ótimo desempenho no Cerrado, especialmente na região Centro-Oeste, no Triângulo Mineiro e no Oeste Baiano, com produção de grãos acima de cinco toneladas por hectare.

Também foram lançadas as cultivares de milho BRS 4107 e BRS 2107 , voltadas para os segmentos de baixa e média tecnologia, que produzem em condições menos adequadas. Ambas são indicadas para todo o território brasileiro para plantio em safra ou safrinha. Outra novidade foi o milho híbrido XB 3042 VTPRO2 , transgênico que combina duas tecnologias importantes: tolerância a lagartas e resistência ao herbicida glifosato. Essa combinação de características torna uma cultivar altamente versátil, possibilitando seu uso em diversos ambientes de cultivo em todo o Brasil.

Embrapa 50 Anos

A Embrapa, que comemorou 50 anos em 2023, foi fundada em 26 de abril de 1973. A Empresa é vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e conta com uma rede de 43 Unidades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e de Negócios de Base Tecnológica para o desenvolvimento da agricultura brasileira.

As comemorações alusivas ao cinquentenário da Embrapa acontecem até o mês de abril de 2024. Para conhecer a história da empresa, acesse a Página Especial Aniversário 50 Anos Embrapa “Seu futuro inspira nossa ciência”.

Fonte: Assessoria Embrapa Milho e Sorgo

Notícias

Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
Continue Lendo

Notícias

Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

Publicado em

em

Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
Continue Lendo

Notícias

Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

Publicado em

em

Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
Continue Lendo
AJINOMOTO SUÍNOS – 2024

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.