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Manejo pré-abate e problemas respiratórios são explanados no 22º SBSA

Palestras de Hirã Azevedo Gomes e de Alberto Back discutem aspectos importantes para a excelência na produção avícola.

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Hirã Azevedo Gomes explanou sobre manejo pré-abate - Fotos: Divulgação/Nucleovet

A carne de frango é uma das proteínas de origem animal mais consumidas no mundo, possui alto valor nutritivo sendo considerada uma das mais saudáveis. Ao mesmo tempo em que a cadeia produtiva coloca novos produtos no mercado, os consumidores estão cada vez mais com um olhar crítico sobre qualidade, sustentabilidade e bem-estar animal. Por isso, o setor precisa ficar atento ao mercado. Manter a capacidade de competir, tanto no mercado nacional como internacional, somente se torna possível com apresentação de produtos que atendem os desejos dos consumidores em todos os aspectos, sejam eles físicos, químicos e ou microbiológicos.

Para manter a sanidade e a qualidade na produção de frangos de corte, o manejo é fundamental. O tema foi abordado pelo engenheiro agrônomo, mestre em Produção e Nutrição Animal e assessor técnico latinoamérica na empresa Ilender, Hirã Azevedo Gomes, que palestrou sobre “Manejo pré-abate: jejum x abate” no segundo dia do 22º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), nesta quarta-feira (6).

O SBSA e a 13ª Brasil Sul Poultry Fair são promovidos pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) e seguem até esta quinta-feira (7), no Parque de Exposições Tancredo Neves, em Chapecó (SC). Os eventos são híbridos, com transmissão online ao vivo.

Engenheiro agrônomo, mestre em Produção e Nutrição Animal e assessor técnico latinoamérica na empresa Ilender, Hirã Azevedo Gomes

De acordo com Gomes, ainda existem desafios a serem superados na área de manejo pré-abate. “O jejum pré-abate é uma prática rotineira na indústria avícola e tem por objetivo diminuir a contaminação no abatedouro e melhorar a eficiência da produção”, explicou, ao acrescentar que existe uma preocupação muito grande com o bem-estar dos animais. “Com isso, o estresse pré-abate passou a ser mais bem estudado e a indústria precisou adaptar os seus sistemas de produção”, enfatizou.

Gomes frisou que o período pré-abate representa 1% da vida dos frangos, mas pode comprometer os outros 99%. Por isso, todos os envolvidos na cadeia de produção precisam estar envolvidos e engajados no mesmo objetivo, que envolve fazer o manejo tendo menos perda de peso, mantendo a qualidade da carcaça e o bem-estar animal, dentro do que prevê a legislação. “O comprometimento do produtor aliado ao entendimento do funcionamento do sistema digestivo das aves são fatores determinantes na redução de perdas e na prevenção a contaminação das carcaças durante o processo de abate na indústria”.

As carcaças de frangos de corte podem ser contaminadas com o conteúdo do papo ou do intestino durante o processo de abate. “Quando ocorre a contaminação, as carcaças têm a parte afetada eliminada, podendo, em alguns casos, serem condenadas totalmente. Isso atrasa o processo de abate e aumenta o custo do processamento, além de colocar em risco a saúde do consumidor”, salientou o palestrante.

O especialista enfatizou que o planejamento de abate para frangos de corte deve contar com a correta aplicação de uma série de práticas como: manter o ambiente adequado, uso correto do método de carregamento, bom sistema de transporte e boa estrutura para espera nos frigoríficos. Esses fatores são determinantes e apresentam efeitos significativos na qualidade de carcaças das aves.

Os frangos de corte são, tradicionalmente, submetidos a um período de jejum pré-abate, com objetivo principal de reduzir a probabilidade de contaminação fecal nas carcaças durante o processamento das aves para o consumo humano. Durante esse período – que corresponde a soma do tempo em que os animais estão no galpão sem acesso ao alimento, processo de carregamento, transporte e tempo de espera no frigorífico até o momento do abate – o trato digestivo das aves é evacuado e o conteúdo drasticamente reduzido. “Por mais longo que seja o tempo de jejum, a evacuação do conteúdo gastrintestinal não será 100%”, acrescentou.

De acordo com Gomes, a sugestão de período de jejum total é em torno de 8 horas e nunca ultrapassar 12 horas. “Um período curto de jejum pode originar uma limpeza incompleta do trato digestivo, o que aumenta potencialmente a probabilidade de contaminação das carcaças durante o processo de abate, colocando em risco a segurança alimentar e a qualidade do produto. Porém, períodos elevados de jejum afetam diretamente o rendimento e a integridade muscular dos intestinos, tornando-os mais frágeis e susceptíveis ao rompimento durante a evisceração, o que também leva a contaminação”, explicou, ao enfatizar que a presença de carcaças contaminadas depois do processo de abate não é aceitável porque representa um elevado risco a saúde humana.

“Durante o processo de abate, as carcaças visualmente com a presença de resíduos (alimento, fezes ou bílis) devem ser retiradas da linha de produção para uma melhor inspeção e pode ser descartada parcialmente a parte contaminada ou a carcaça total”, complementou Gomes.

Problemas respiratórios

Os desafios sanitários na indústria avícola são temas recorrentes entre os profissionais do setor. Dos problemas que podem ocorrer em granjas avícolas, as doenças respiratórias são um dos principais, podendo levar a perdas econômicas e de produtividade. Para encerrar a programação da manhã desta quarta-feira (6) do 22° Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), o doutor em microbiologia veterinária e diretor técnico do MercoLab, Alberto Back, palestrou sobre “Problema respiratório a campo: bronquite X E. coli”.

Doutor em microbiologia veterinária e diretor técnico do MercoLab, Alberto Back

O especialista falou sobre alguns problemas de bronquite que ocorreram no Paraná e fez uma análise sobre os estudos para isolamento e caracterização da Escherichia coli, aspectos fundamentais para entender o vírus e seu tratamento. Salientou que a biologia molecular avança a passos largos e que estão surgindo novas ferramentas para fazer sequenciamento genético e identificar as variáveis da E. coli. “A subtificação da E. coli é importante para os estudos de patogenicidade, para a rastreabilidade e para o estabelecimento de programas de controle”.

Back enfatizou que os agentes respiratórios na cadeia avícola, principalmente o vírus da bronquite infecciosa, têm que estar sob constante vigilância e monitoramento. “A E. coli também precisa ser monitorada para entender a patogenicidade e estabelecer programas de rastreabilidade”, reforçou.

Inscrições

As inscrições para o 22º SBSA continuam durante o evento. Os valores são: R$ 600,00 (presencial) e R$ 500,00 (virtual) para profissionais e R$ 460,00 (presencial) e R$ 400,00 (virtual) para estudantes. Na compra de pacotes a partir de dez inscrições serão concedidos códigos-convites. Nessa modalidade há possibilidade de parcelamento em até três vezes. O acesso para a 13ª Poultry Fair é gratuito, tanto presencial quanto virtual, assim como para o pré-evento.

O 22º SBSA tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SC (CRMV/SC), da Embrapa, da Prefeitura de Chapecó, do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

Fonte: Assessoria

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Governo federal reforça compromisso na busca de mais investimentos para a Embrapa

Atualmente, para cada R$ 1 investido na Embrapa, R$ 21,23 retornam para a sociedade brasileira. Conforme o Balanço Social de 2023, o lucro social da empresa foi de R$ 85,12 bilhões com mais de 66,2 mil novos empregos criados.

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Com foco na revolução para o futuro do agro brasileiro, na quinta-feira (25), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) celebrou seus 51 anos de criação. Na ocasião, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reforçaram o compromisso em trazer mais investimentos para alavancar o crescimento da empresa.

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, pontuou que há 14 anos um presidente da República não ia à empresa. “A Embrapa é a empresa de maior respeitabilidade do Brasil e cabe a nós, do governo, dar a ela o tamanho que ela merece”, ponderou o presidente Lula. “Não é bondade do governo federal. É o reconhecimento da importância da Embrapa no desenvolvimento agrícola do nosso país. Cada dinheiro investido na Embrapa, retornam milhões de reais para o Brasil”, completou.

Fotos: Divulgação/Mapa

O ministro Fávaro ressaltou o importante papel da Embrapa no avanço da vocação brasileira para a produção de alimentos. Desde a criação da empresa, o Brasil passou de importador para um dos principais exportadores do mundo. “Sob a gestão do presidente Lula, saímos da 13ª, somos a 9ª e vamos, rapidamente, ser a 8ª economia do mundo, descobrimos há 50 anos a nossa verdadeira vocação, que é produzir alimentos de qualidade”, destacou o ministro.

Atualmente, para cada R$ 1 investido na Embrapa, R$ 21,23 retornam para a sociedade brasileira. Conforme o Balanço Social de 2023, o lucro social da empresa foi de R$ 85,12 bilhões com mais de 66,2 mil novos empregos criados. “Fortalecer e trazer a empresa de volta ao PAC, buscar com que a Embrapa se prepare para os próximos 50 anos é um legado que o presidente Lula está deixando a partir de agora”, completou Fávaro. Para isso, o presidente convocou, durante a cerimônia, os ministros Fávaro e Paulo Texeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) para uma reunião com foco nas demandas da Embrapa para os próximos 50 anos.

A presidente Silvia Massruhá destacou o impacto do trabalho realizado pela Embrapa. “Derrotar a fome, garantir a segurança alimentar no nosso país e no mundo, o acesso a alimentos saudáveis e de qualidade para todos os cidadãos, a promoção da melhoria do bem-estar e de qualidade de vida, o desenvolvimento sustentável, o enfrentamento dos efeitos da mudança do clima, a redução das desigualdades no campo, fazendo com que o conhecimento e a inovação tecnológica produzidos alcancem o pequeno, o médio, o grande produtor rural, dos menos até os mais tecnificados. É para isso que a Embrapa trabalha”.

Terceirização

Ao enfatizar que o reconhecido trabalho de pesquisa e desenvolvimento realizado pela Embrapa é feito, sobretudo, por pessoas, Fávaro lembrou as palavras da presidente ao destacar que a ciência não é feita apenas com investimentos. “Por isso, deixamos aqui a garantia de que não haverá a terceirização da carreira de auxiliar de pesquisa”, disse o ministro em atenção a um dos pleitos dos servidores da Embrapa. A empresa conta com 7,7 mil trabalhadores atuando em 43 unidades em todo o país.

Acordos de cooperação

Durante o evento, foram celebrados dois acordos de cooperação técnica de abrangência internacional com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e a Corporação Financeira Internacional (IFC) – que juntos formam o Grupo Banco Mundial (GBM) – foi firmado o Memorando de Entendimento para o desenvolvimento de projetos para um setor agroalimentar mais verde, resiliente e inclusivo, apoiado em modelos de empreendedorismo rural e intercâmbio científico para países em desenvolvimento com duração de cinco anos.

Já a cooperação técnica com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) tem como objetivo o Desenvolvimento colaborativo da agricultura de precisão e digital para o fortalecimento dos ecossistemas de inovação e a sustentabilidade do agro brasileiro. A proposta é aumentar a transparência, confiabilidade e eficiência do processo produtivo brasileiro com referência na expertise japonesa no domínio de ferramentas da Tecnologia da Informação e Comunicação.

Ao todo, foram sete acordos estratégicos celebrados durante o evento, incluindo parcerias com os ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), além de envolveram o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste).

Em 26 de abril de 1973 foi empossada a primeira diretoria da Embrapa no Ministério da Agricultura. A celebração dos 51 anos da empresa ocorre de 25 a 27 de abril na sua sede, em Brasília (DF).

A cerimônia desta quinta-feira também contou com a presença da primeira-dama Janja, dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; da Gestão, Inovação e Serviços Públicos, Esther Dweck; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira e do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência República, Marcio Macêdo.

Fonte: Assessoria Mapa
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PMGZ ganha evidência em evento latino-americano 

Eric Costa, técnico da ABCZ, apresentou as ferramentas do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos e impactos na seleção de rebanhos bovinos.

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Foto: Divulgação/ABCZ

O Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), foi destaque na programação do 24º Simpósio Latino-Americano, durante a 33ª Feira Agropecuária Internacional (Agropecruz), realizada recentemente em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. O técnico da ABCZ, Eric Costa, foi responsável pela apresentação, que abordou o impacto do programa no trabalho de seleção e melhoramento genético de rebanhos bovinos no Brasil e no exterior.

“Este é um evento muito expressivo na Bolívia que, nesta edição, teve mais de 600 participantes de diversos países. É uma grande satisfação poder divulgar o trabalho da ABCZ em um evento desta magnitude. Tivemos oportunidade de demonstrar as diversas ferramentas disponibilizadas pelo PMGZ para auxiliar os criadores no trabalho de seleção, como de acasalamento dirigido, análise de tendências genéticas, monitoramento genético, descarte e reposição de matrizes, sempre visando o diagnóstico do rebanho e as possíveis correções para melhoria de determinadas características”, ressaltou o técnico.

Renovação de convênio

Ainda durante a Agropecruz, foi renovado o convênio entre a ABCZ, Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu), e a Asociación Boliviana de Criadores de Cebú (Asocebu), que oferece benefícios para criadores associados e filhos de associados do país vizinho. Estiveram presentes o diretor da Fazu, Caio Márcio Gonçalves, o vice-presidente da Fundação Educacional para o Desenvolvimento das Ciências Agrárias (Fundagri) e conselheiro da ABCZ, José Olavo Borges Mendes Júnior, o coordenador do curso de Zootecnia da Fazu, Rayner Barbieri, e o membro do Conselho Deliberativo da Fundagri, José Peres de Lima Neto.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Perspectivas do cenário macroeconômico serão tratadas pelo embaixador do cooperativismo na Expofrísia

Roberto Rodrigues vai tratar sobre perspectivas do cenário macroeconômico no fim tarde desta quinta-feira (25), trazendo informações a cadeia produtiva, seus impactos anteriores e o que pode se esperar dos próximos anos.

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Roberto Rodrigues é um dos maiores nomes do agro no Brasil e embaixador do cooperativismo da Organização das Nações Unidas - Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

A safra 2023/2024 foi desafiadora para os produtores, com queda dos preços, oscilação climática e aumento do custo de produção. Esse conjunto de fatores obrigou os produtores a trabalharem com várias frentes, muitas vezes de forma simultânea. Para auxiliar na busca por uma previsibilidade na próxima safra, a Expofrísia, traz a palestra de Roberto Rodrigues, um dos maiores nomes do agro no Brasil e embaixador do cooperativismo da Organização das Nações Unidas (ONU). A entrada da feira é gratuita e a inscrição pode ser feita clicando aqui.

Na tarde desta quinta-feira (25), a feira realiza a sexta edição do Fórum Comercial, para tratar dos mercados de grãos, leite e proteína animal. No evento, o público terá acesso a informações mercadológicas relevantes e atualizadas para o agricultor e o pecuarista tomarem as melhores decisões.

Em seguida, no fim da tarde, haverá a palestra principal de Roberto Rodrigues com o tema: perspectivas do cenário macroeconômico. A apresentação tratará da cadeia produtiva, seus impactos anteriores e o que pode esperar dos próximos anos.

Rodrigues é coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é engenheiro agrônomo pela USP e professor do Departamento de Economia Rural da Unesp, em Jaboticabal (SP). Foi secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além de ter sido presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e da Sociedade Rural Brasileira (SRB).

Expofrísia

Pelo segundo ano consecutivo, a Expofrísia e o Digital Agro acontecem de forma simultânea em Carambeí, município localizado na região dos Campos Gerais do Paraná.

Os eventos levam ao público exposição de gado leiteiro e soluções para o agronegócio que atendam a dinâmica do campo com sustentabilidade, inovações e tendências para a agricultura digital e a pecuária.

A feira é realizada pela Cooperativa Frísia com apoio técnico da Fundação ABC.

Fonte: Assessoria Expofrísia
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CBNA – Cong. Tec.

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