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Inicia 2ª Agroshow Caparaó Capixaba

Expectativa é de R$ 5,5 milhões em negócios e da participação de mais de 10 mil pessoas durante a programação, que segue até domingo (26), no Parque de Exposições.

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Foto: Divulgação/Agroshow

A 2ª Agroshow Caparaó Capixaba começa nesta terça-feira (21), a partir das 13 horas, no Parque de Exposições Dyrcêo Santos, em Muniz Freire (ES), com a participação de 170 animais da raça Gir Leiteiro de criadores do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O evento, que é a terceira exposição consecutiva a compor o ranking da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL), se destaca pela importância no cenário nacional. Vale ressaltar que a entrada no local do evento é gratuita, proporcionando acesso a todos os interessados em prestigiar e conhecer de perto o universo do Gir Leiteiro.

Os destaques da programação, até o próximo domingo (26), são a 1ª Exposição Regional Capixaba do Gir Leiteiro e o Concurso Leiteiro, além de palestras e seminários, o 1º Leilão GIR Leiteiro, em benefício da Casa Lar de Muniz Freire, entrega de equipamentos da agricultura, shows musicais, estandes com empreendedores da agricultura familiar e praça gastronômica. A Agroshow é organizada pelos sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Iúna, Irupi e Muniz Freire, com apoio da Prefeitura de Muniz Freire, Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), Governo do Estado, ABCGIL e institutos Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf).

Gustavo Rodrigues, coordenador de exposições da ABCGIL, está na cidade e expressa a relevância da exposição para o Espírito Santo, destacando o empenho dedicado para fortalecer a presença da raça na região. “Estamos fazendo esta retomada no Estado, assim como ocorreu no ano passado no Rio de Janeiro. Muniz Freire tem toda a estrutura e autonomia para participar definitivamente da rota das exposições ranqueadas do Gir Leiteiro pelo Brasil. Muitos criadores inscritos são capixabas e trouxeram excelentes animais para a exposição”, diz.
Segundo Gustavo, a exposição conta com herdeiros de animais consagrados em exposições e leilões, inclusive em nível internacional. Dentre eles, vacas das famílias Cabo Verde, Giba, Bandeira, todas de linhagens recordistas, com genética muito evoluída e avaliada a partir de R$ 1 milhão. “A Agroshow Caparaó Capixaba é uma vitrine para os criadores venderem filhas e netas de vacas de genética superior de Gir Leiteiro. Os melhores exemplares de cada fazenda estão aqui!”.

Conforto térmico

A atual onda de calor não passa despercebida. Criadores e organizadores estão tomando medidas para garantir o conforto térmico dos animais, que começaram a chegar na última sexta (17) e receberam identificação ontem (20). As baias contam com pelo menos 15 climatizadores. Weverton Machado Bastos, o “Veto”, diretor social da Associação de Criadores e Produtores de Gado de Leite do Espírito Santo (ACPGLES) e produtor associado da ABCGIL, destaca a resistência do Gir Leiteiro diante das condições climáticas adversas. “O gado Gir Leiteiro é mais rústico, aguenta mais o desconforto provocado pelo calor extremo. Estão deitados, porém confortáveis. Não tem animal com problemas respiratórios. Essa rusticidade tem beneficiado muito nossa bacia leiteira”, avalia Veto, proprietário da Fazenda São Domingos, referência em Gir e Girolando.

A evolução do Gir, alcançada através do acasalamento entre o Touro Holandês e a Vaca Gir para produção da novilha meio-sangue Girolando trouxe uma genética mais robusta para a raça, o que o público poderá conferir durante a Agroshow Caparaó Capixaba. E para abrilhantar a competição, está confirmada a presença de Euclides Prata, um dos juízes mais renomados do Brasil. “O título de animal campeão automaticamente confere valorização no competitivo mercado de genética”, afirma Veto.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Iúna e Irupi, Jasseir Alves Fernandes, a oportunidade da etapa do Concurso Leiteiro da Raça Gir na Agroshow Caparaó Capixaba agrega ao evento, pois mostra uma alternativa de renda no meio rural além do café, cultura predominante na região. “A ideia é criar oportunidades, com a exposição e o torneio leiteiro agregando ao conjunto das atividades agrícolas da nossa região. Isso cria expectativa e motiva os produtores rurais a pensarem em novas alternativas para promoverem um mundo mais sustentável”.

Celebração

O Agroshow Caparaó Capixaba também será palco de shows, eventos culturais, negócios, ações, debates, palestras e intercâmbio de informações, sendo o espaço perfeito para os produtores rurais, lideranças, técnicos e empresários se encontrarem e discutirem temas relacionados ao agronegócio. Os organizadores estimam a presença de mais de 10 mil pessoas, movimentando o Parque de Exposições de Muniz Freire e prospectando negócios.

A Praça de Alimentação e os estandes oferecerão uma experiência gastronômica local única, juntamente com exposições com inovações e soluções para o setor agropecuário. A Tarde Cultural, a apresentação do Boi Azulão e shows com artistas como João Felipe e Raphael e Marcos e Willian garantirão momentos de descontração e entretenimento na 2ª Agroshow Caparaó Capixaba.

O seminário dedicado à Juventude Rural também destaca o compromisso com o futuro da agricultura, abordando temas de resistência, inovação e criatividade. O encerramento será marcado pela Santa Missa Sertaneja em Ação de Graças, seguida pela Folia de Reis. A Agroshow Caparaó Capixaba não é apenas uma Feira, é uma celebração da diversidade do agro capixaba e do desenvolvimento sustentável.

“A Feira foi concebida para o desenvolvimento da região do Caparaó Capixaba em acordo com os demais sindicatos de trabalhadores. O objetivo principal é gerar oportunidades de negócios e difundir novas tecnologias e oportunidades, em especial para agricultores familiares, buscando potencializar a geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida”, ressalta Jasseir Fernandes.

O secretário Municipal de Desenvolvimento Agropecuário de Muniz Freire, Renato Bueno, afirma que a expectativa é maior com o pós-evento, já pensando na safra de 2024 e também nos negócios a serem fechados para a melhoria da genética da bacia leiteira local. A 2ª Agroshow Caparaó Capixaba é uma vitrine de excelência genética e um catalisador para o desenvolvimento do setor agropecuário no Espírito Santo.

“É também uma grande oportunidade para que nossos empreendedores rurais apresentem seus produtos para um público maior, ganhando espaço no mercado a curto e médio prazo”, finaliza Bueno, para quem duas rodovias federais (BR-101 e BR-262), além de obras de estradas em construção pelo Governo do Estado para interligar diversos municípios da região, tornam Muniz Freire polo estratégico de negócios no Caparaó.

Programação 2ª Agroshow Caparaó Capixaba

21/11 – Terça-feira

13h – Abertura Oficial do Torneio Leiteiro

14h – Início do Torneio Leiteiro

19h – Palestra “Conectando mulheres ao seu máximo potencial” do Programa Potencializa Elas da Cresol com Carol Veloso na Câmara Municipal de Muniz Freire

22h – 1ª Ordenha do Concurso Leiteiro da Raça Gir

22/11 – Quarta-feira

6h – 2ª Ordenha do Concurso Leiteiro da Raça Gir

08h às 14h30 – Seminário Municipal do Projeto: Arranjos Produtivos “Semeando Desenvolvimento com Sustentabilidade” – Câmara Municipal de Muniz Freire

14h – 3ª Ordenha do Concurso Leiteiro da Raça Gir

22h – 4ª Ordenha do Concurso Leiteiro da Raça Gir

23/11 – Quinta-feira

06h – 5ª Ordenha do Concurso Leiteiro da Raça Gir

10h – Abertura da Praça de Alimentação

14h – 6ª Ordenha do Concurso Leiteiro da Raça Gir

15h – Abertura dos Stands

16h – Palestra “Piscicultura: Uma atividade de Oportunidades” com Fabiano Giori (Consultor Técnico do Senar-ES)

18h – Aula Show “Gastronomia da Tilápia”

19h30 – Abertura Oficial do Agroshow

21h – Show com Legião Sertaneja – Campo Comercial

22h – 7ª Ordenha do Concurso Leiteiro da Raça Gir

24/11 – Sexta-feira

06h – 8ª Ordenha do Concurso Leiteiro da Raça Gir

09h – Início do Julgamento da Raça Gir Leiteiro – Machos e Fêmeas Jovens

09h – Palestra “Bem Estar e Resfriamento Animal – Implicância do Pré e Pós Parto” com Joedson Silva Scherrer (Departamento Técnico ACPGLES)

10h – Abertura da Praça de Alimentação

10h30 – Palestra “Trypanossoma – Um Prejuízo Oculto na Pecuária Leiteira” com Jorge Tadeu Zanchetta Filho – MSD

14h – Término do Torneio Leiteiro da Raça Gir

14h30 – Entrega de Equipamentos da Agricultura

15h – Abertura dos Stands

15h – Palestra “O Agro do Caparaó” com Enio Bergoli (Secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca)

16h – Palestra “Estratégias para a Alta Produtividade” com Gustavo Rennó (Canal No Pé do Café).

18h – Show com Viola Dourada (Campo Comercial)

20h – 1º Leilão GIR Leiteiro (1º Lote em prol a Casa Lar)

23h – Show com João Felipe e Raphael

25/11 – Sábado

09h – Seminário da Juventude Rural com o tema “Juventude – Resistência, Inovação e Criatividade na Agricultura Familiar” com Mônica Bufon, Prof Márcio Bolzan e Júlio
César Mendel

09h – Reinício do Julgamento da Raça Gir Leiteiro – Fêmeas Adultas

10h – Abertura da Praça de Alimentação e Stands

15h – Tarde Cultural

18h – Apresentação do Boi Azulão (Concentração: Casa da Cultura)

19h – Show com Amizade do Samba

22h – Show com Hugo e Tiago

00h – Show com Marcos e Willian

26/11 – Domingo

10h – Santa Missa Sertaneja em Ação de Graças com Pe. Antonio

12h – Abertura da Praça de Alimentação e Stands

14h – Encerramento

Fonte: Assessoria Agroshow
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Nova regra transformará o Fiagro no produto perfeito para gestores, investidores e produtores

A medida é importante porque, atualmente, os Fiagros operam provisoriamente com base nas regras dos fundos imobiliários (FIIs), fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) e fundos de investimentos em participações (FIPs).

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) iniciou o processo de consulta pública para debater uma norma específica para o Fiagro. As sugestões serão recebidas pela CVM até o dia 31 de janeiro de 2024 e a ideia é estabelecer parâmetros definitivos para os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio.

A medida é importante porque, atualmente, os Fiagros operam provisoriamente com base nas regras dos fundos imobiliários (FIIs), fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) e fundos de investimentos em participações (FIPs). Isso aconteceu porque o Fiagro é um produto financeiro novo.

Chegou ao mercado em agosto de 2021 e a CVM precisava primeiro testar sua aceitação e viabilidade antes de criar normas específicas. Até porque criar regra primeiro para só depois conhecer as necessidades e funcionamento do segmento não seria muito produtivo, já que necessitaria de revisões sempre que aparecesse algum empecilho.

Pois bem, ao pegar emprestado as normas dos FIIs como base para as operações com Fiagros, a CVM viabilizou um novo produto com bastante segurança jurídica e, nesses dois anos, observou o comportamento do mercado. A conclusão é de que o produto interessa tem futuro e é importante para o desenvolvimento das cadeias produtivas do agronegócio.

Então, vem aquela pergunta. Se usando as regras dos FIIs como base, o segmento de Fiagros tem funcionado muito bem, então, qual a razão de criar uma norma definitiva e específica para eles? Em primeiro lugar, temos de entender que as regras feitas para os FIIs atendem a outro segmento da economia. Os FIIs existem há bastante tempo e estão consolidados dentro da realidade daquele setor.

O agronegócio, por sua vez, tem características próprias, algumas semelhantes ao do setor imobiliário, mas outras totalmente diferentes. Manter os Fiagros dentro das regras dos fundos imobiliários é limitar o potencial de crescimento deste novo e importante produto.

Vou dar um exemplo. A medida provisória da CVM permitiu a constituição de três tipos de Fiagros, o imobiliário, o de direitos creditórios e de participações, mas de forma separada. A aprovação da norma definitiva permitirá que um único fundo possa ser composto por ativos das três classes citadas. Para o investidor, isso significa a possibilidade de diversificar investindo em um único fundo. As possibilidades aumentam conforme a composição de cada Fiagro. Alguns podem conter um percentual maior de direitos creditórios e menor de ativos imobiliários e de participações ou maior de imobiliários e menor de direitos creditórios. Ou simplesmente ser montado com ativos de apenas uma ou duas classes conforme a estratégia adotada pelo gestor.

Outro ponto é que a nova regra tem também como objetivo possibilitar a criação de Fiagros que atendam aqueles investidores que priorizam ativos sustentáveis. Em outras palavras a norma deixará claro o que é necessário para que um Fiagro seja considerado dentro dos parâmetros ESG para que, desta forma, eles possam abranger investimentos em créditos de carbono do mercado voluntário.

A iniciativa é sensacional porque hoje o Fiagro é uma das formas de fomento do agronegócio em geral. Sua adaptação para atender quem só investe em ativos sustentáveis vai ajudar a alavancar projetos, dos mais variados tipos, baseados nos conceitos ESG, o que tornará nosso agro, não apenas pujante, mas também extremamente moderno e alinhado com as necessidades globais de combate ao aquecimento global.

Até o final de junho deste ano, mesmo com as limitações impostas pela regra provisória, a CVM tinha em seus registros 69 Fiagros em operação, totalizando patrimônio de R$ 14,7 bilhões. Desempenho excelente, porém, muito pequeno considerando que o agronegócio representa mais de 25% do PIB brasileiro.

E não é só isso. O agronegócio demanda, segundo especialistas, algo em torno de R$ 800 bilhões em crédito a cada safra. O plano safra 2023/2024, por exemplo, anunciado pelo governo em junho, destina aos produtores R$ 364,22 bilhões, bem abaixo da demanda. O restante é coberto por outras formas de financiamento e o Fiagro ainda participa com um percentual muito pequeno.

Sabemos que isso vai mudar e que logo os Fiagros terão um peso gigantesco no financiamento da produção agropecuária. E essa nova regra, quando entrar em vigor, vai aumentar exponencialmente as possibilidades, atraindo uma enorme quantidade de investidores. Com isso, o “bolo” vai crescer exponencialmente. O importante agora é termos paciência e esperarmos a consulta pública ser concluída. Ela é importante para que os players possam opinar, dar dicas que tornem os fundos de investimento na cadeia do agronegócio a ferramenta perfeita para o trio formado por gestores, investidores e produtores.

Fonte: Por André Ito, sócio e gestor da MAV Capital
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Sindirações divulga o balanço 2023 do setor de alimentação animal

Cadeias produtivas com desempenho antagônico registram avanço modesto da alimentação animal; • Previsão é fechar o ano com produção estimada de 87 milhões de toneladas de rações e sal mineral e incremento de cerca de 1,5% em relação a 2022.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) divulga o balanço 2023 do setor de alimentação, com avanço modesto do setor, resultado do desempenho antagônico entre as cadeias produtivas. Resumidamente, de janeiro a setembro, a produção de rações avançou quase 2% e somou 62,6 milhões de toneladas. O desdobramento revela que a demanda do segmento de frangos de corte incrementou em 3%, quando comparada ao mesmo período do ano passado. O mesmo raciocínio aplicado estabelece avanço de 1,0% para as poedeiras.

No caso dos suínos, o crescimento foi de 2,4%, enquanto para os bovinos de corte e de leite foram apurados recuos de 5,1% e 1,1%, respectivamente. Para aquacultura, o incremento se deu na ordem de 2,8% e, finalmente, incremento de 6,3% no caso dos cães e gatos. No geral, a previsão é finalizar o ano com produção aproximada de 87 milhões de toneladas de rações e sal mineral e apurar incremento de quase 1,5% em relação ao ano passado.

Ainda em julho, o CEO do Sindirações, Ariovaldo Zani pontuava que a produção acumulada de aproximadamente 62,6 milhões de toneladas de rações e concentrados no primeiro semestre desse ano, revelou-se quase 2% superior àquela do mesmo período do ano passado, muito embora, os montantes alcançados no primeiro e segundo trimestres de 2023 praticamente encontraram equivalência. “A perspectiva no horizonte anual reserva amplas variações, à exemplo do avanço das rações para frangos de corte e alimentos para cães e gatos que caracteriza movimento contrário ao retrocesso apontado na alimentação industrializada do plantel leiteiro, prejudicado pela retração no consumo doméstico dos lácteos e das importações de leite que quase dobraram ainda no primeiro semestre. É importante ressaltar que o provável incremento, tradicionalmente apurado ao longo dos segundos semestres, permite apostar na produção de mais de 83 milhões de toneladas de rações e concentrados (exceto sal mineral) e vislumbrar então um avanço de aproximadamente 2% em 2023”, afirma.

Perspectivas & Planejamento 2024

Para as projeções de crescimento do setor em 2024, Zani reforça que a indústria de alimentação animal, modulada pelo desempenho da cadeia produtiva de proteína animal, “leva em conta as projeções preliminares disponibilizadas pelas entidades representativas dos produtores de carnes bovina, suína, aves, ovos e leite e exportadores, a produção de rações deve avançar algo em torno de 2,5%”, projeta o CEO do Sindirações.

As estratégias da indústria de alimentação animal para enfrentar os desafios e oportunidades de 2024 focam no planejamento apropriado para garantia de suprimento dos macros ingredientes influenciados pelo desempenho das safras de milho, farelo de soja, cereais de inverno etc., e dos micros ingredientes, notadamente as vitaminas, enzimas e demais aditivos importados e precificados em dólar. Já as tendências em nutrição animal e aditivos para rações que devem se destacar são aquelas voltados a mitigação da pegada de carbono, ou seja, da descarga poluidora (nitrificação, eutrofização, matéria orgânica) e da emissão dos gases do efeito estufa.

Frangos de corte

A produção de rações para avicultura de corte contabilizou 27,5 milhões de toneladas no período de janeiro a setembro do corrente ano. Apesar da ameaça do surto de influenza aviária de alta patogenicidade, a apuração no território brasileiro sequer revelou qualquer episódio em granja comercial, e os casos notificados, acometeram apenas poucas aves silvestres e algumas criações de subsistência ou “fundo de quintal”. Ou seja, o status sanitário prevalente no Brasil e a preservação da biosseguridade revelam o esforço reconhecido oficialmente pela Organização Mundial de Saúde Animal/OMSA, não impõe qualquer restrição ao comércio internacional dos produtos avícolas brasileiros. A visão prospectiva dessa cadeia produtiva, inclusive, é otimista por conta do continuado incremento na produção doméstica e na exportação da respectiva proteína animal.

Galinhas poedeiras

A demanda para alimentação de poedeiras comerciais alcançou 5,18 milhões de toneladas nos primeiros nove meses desse ano, quantidade superior àquela consumida durante o mesmo intervalo temporal de 2022. Os produtores de ovos têm garantido suprimento suficiente para atendimento do consumo interno e do potencial incremento oriundo do mercado externo pelas opções “in natura” e processada. Os resultados da Pesquisa Trimestral do IBGE, publicados em setembro passado, registraram que a oferta de ovos avançou 3%, quando comparados os montantes dos primeiros semestres desse e do ano anterior.

Suínos

O consumo de rações para suínos somou 15,9 milhões de toneladas, montante ligeiramente superior àquele apurado durante o mesmo período do ano passado, a saber, de janeiro a setembro. O resultado está alinhado ao ritmo de crescimento da ordem de 2% que revela tendência de estabilidade na produção de suínos. Por sua vez, é importante ressaltar que o arrefecimento do custo para alimentação dos planteis, a eficiência produtiva e a sanidade, contribuíram sobremaneira no fortalecimento da competitividade da carne suína exportada frente aos demais concorrentes internacionais nesse ano e, sobretudo, revelam um cenário bastante favorável no transcorrer de 2024.

Bovinos de corte

A demanda de rações e concentrados para bovinos de corte somou apenas 4,29 milhões de toneladas de janeiro a setembro. Os preços do bezerro e aquele pago pela arroba do animal terminado vem sofrendo acentuada desvalorização por conta do fenômeno denominado “ciclo pecuário”. Ainda no período 2020/2021, os pecuaristas retiveram muitas fêmeas e produziram mais bezerros, estimulados pela arroba valorizada à época, aproveitando a “fase de alta”. Em resposta, já em 2022, a exuberante oferta desses animais jovens culminou na desvalorização do preço deles. Em consequência, durante esse 2023, o “cenário de baixa” tem incrementado o abate de fêmeas, que somado à oferta aos frigoríficos, ainda continua pressionando o preço do boi gordo. A perspectiva de virada do referido ciclo aponta para meados do próximo ano e deve alcançar seu auge em 2025.

Bovinos de leite

A produção de rações e concentrados para bovinos leiteiros alcançou 4,4 milhões de toneladas, montante aquém daquele expedido durante os três trimestres do ano passado. A tendência de recuo da demanda é multifatorial e se deve à redução do rebanho, concentração da atividade em megaempreendimentos, baixos preços pagos aos produtores, má qualidade das pastagens, muito embora relativo alívio se deu no custo da alimentação industrializada dos animais. Além disso, a queda na oferta de leite cru determinou importação recorde de lácteos dos vizinhos Argentina e Uruguai. A perspectiva futura é de melhora no cenário e retomada do consumo doméstico em resposta à tendência de queda da inflação e dos aportes financeiros oriundos dos programas de auxílio às famílias de baixa renda.

Peixes e camarões

A produção de rações para peixes e camarões totalizou 1,24 milhão de toneladas de janeiro a setembro, enquanto o ritmo de avanço da piscicultura diminuiu razoavelmente em resposta à escassez de tilápias, desencadeada pela elevada taxa de mortalidade de causa viral, principalmente dos alevinos e juvenis criados em tanques-rede. No caso da carcinicultura, os produtores de camarões buscaram encurtar os ciclos e baixar o custo de produção com densidade inferior de povoamento e menor peso de despesca.

 

Fonte: Assessoria Sindirações
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Negociações para acordo com União Europeia devem ser concluídas até fevereiro

Nos últimos dias, líderes dos países e diplomatas intensificaram as negociações, que já duram quase 20 anos. No fim de semana passado, durante a 28ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças do Clima (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o presidente da França, Emmanuel Macron, mostrou-se contrário ao acordo.

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Apesar dos esforços do Brasil, a Cúpula do Mercosul terminou na quinta-feira (07) sem um anúncio oficial de acordo entre o bloco e a União Europeia. Mas o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que existe a possibilidade de a negociação ser concluída com sucesso até meados de fevereiro de 2024.

“Continuamos as negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia. Não foram concluídas, mas temos a perspectiva de concluir talvez no mês de janeiro. No início de fevereiro seria o limite, já na presidência paraguaia [no Mercosul], mas podemos concluir tendo em vista a manifestação de interesse de ambas as partes”, disse Vieira.

Nos últimos dias, líderes dos países e diplomatas intensificaram as negociações, que já duram quase 20 anos. No fim de semana passado, durante a 28ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças do Clima (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o presidente da França, Emmanuel Macron, mostrou-se contrário ao acordo. Mas o Brasil promete concentrar esforços para que os dois blocos regionais cheguem a um desfecho positivo.

“Não mudou nada. Nós continuamos conversando e negociando. O Macron expressou as posições dele como presidente da França, tendo em vista as preocupações do setor agrícola francês. Nós continuamos conversando até que se conclua ou se chegue à percepção de que não é possível firmar esse acordo. Mas estamos trabalhando”, garantiu o ministro brasileiro.

Fonte: Agência Brasil
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