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Governo do Paraná destaca convergência entre conservação ambiental e produção agrícola

Com essa perspectiva foi conduzido o painel “Os Desafios e Oportunidades de Crescimento do Agro Sustentável no Paraná”, que contou com a participação dos secretários estaduais da Agricultura e do Abastecimento e do Desenvolvimento Sustentável.

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Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara: "Produzir alimento é nosso negócio principal, e provavelmente o que nos trouxe até aqui não será suficiente para a gente dar um novo salto em quantidade e qualidade"

É preciso seguir todos os passos de uma construção sustentável, principalmente quando se trata de produzir alimentos, e comprovar que o processo cumpre os princípios da sustentabilidade. Com essa perspectiva foi conduzido o painel “Os Desafios e Oportunidades de Crescimento do Agro Sustentável no Paraná”, em evento organizado pelo jornal Gazeta do Povo e realizado na quarta-feira (1º) na sede da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), que teve na abertura o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

“Produzir alimento é nosso negócio principal, e provavelmente o que nos trouxe até aqui não será suficiente para a gente dar um novo salto em quantidade e qualidade, por isso o esforço de trazer nossa agricultura para um modelo cada vez mais sustentável”, ressaltou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, um dos participantes do painel.

Fotos: Ari Dias/AEN

Ele apresentou o Plano Estadual de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC+ PR), que tem como desafio reduzir a emissão de gases de efeito carbono a partir de algumas atitudes, como a recuperação de 351 mil hectares de áreas de pastagens degradadas até 2030. Também estão no plano ações de melhoria de plantio direto de 400 mil hectares em grãos e em 4 mil hectares o plantio direto de hortaliças.

A integração de lavoura, pecuária e floresta (ILPF) deve alcançar 500 mil hectares. Esse método possibilita a diversidade de culturas consorciando-se em uma mesma área. Também deve-se aumentar em 430 mil hectares o uso de bioinsumos, além de alcançar mais 48 mil hectares em sistemas irrigados. A meta é, ainda, reforçar em 220 mil hectares as florestas plantadas no Estado. “Nós participamos em 2,34% da área nacional, mas com potencialidade de contribuir em 15% da meta nacional de redução de gases de efeito estufa até 2030”, disse Ortigara. “O agro tem essa capacidade de fixar carbono em sistemas e processos de produção, por isso nos colocamos esse desafio enorme”.

Ele destacou o reforço no trabalho de conservação de solo em microbacias e a parceria com entidades privadas no intuito de estabelecer parâmetros de manejo conservacionista integrado de solos e água. “Precisamos trabalhar com todas as práticas modernas, especialmente com plantas de cobertura, matéria orgânica e proteção do solo, porque manter o solo química, física e biologicamente bem equilibrado é condição fundamental para a agricultura sustentável agora e sempre”, afirmou.

Ortigara acentuou também os esforços que o Governo do Estado tem feito, com equalização total ou parcial dos juros visando investimentos em energia renovável, principalmente a solar e a proveniente de biomassa, e para irrigação.

O secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, outro painelista, citou que 33% do território paranaense é destinado à agricultura anual, vindo a seguir as florestas nativas, com 29%. “O Paraná é referência para o mundo no sentido de produzir com qualidade, quantidade e na diversidade da produção agrícola”, afirmou.

Segundo ele, há compromisso de punir o desmatamento ilegal no Estado. Em 2018 foram aplicadas 1.184 multas, com pagamento de mais de R$ 19 milhões. No ano passado foram 3.455 autuações e as multas superaram R$ 95 milhões. “Isso é preservação, isso é cuidado, isso demonstra que a gente realmente quer incentivar aquele que produz e punir aquele que está praticando crime ambiental”, reforçou.

Bernardo Jorge salientou que o Paraná tem apenas 1,28%, ou 255,4 mil hectares, de seu território irrigado. Mas há possibilidade de se alcançar 2 milhões de hectares. “O nosso potencial de aumento de produção agrícola para alimentar o mundo está aqui, na irrigação”, afirmou. “Temos de trabalhar de forma equilibrada em um plano de segurança hídrica para consumo humano, para produção de alimentos e para geração de energia”.

Fonte: AEN-PR
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Notícias COP 28

Como a saúde animal pode contribuir para as metas de descarbonização do Brasil? 

País deve apresentar uma proposta agressiva de até 53% nas emissões até 2030. Ainda pouco reconhecido, o setor de saúde animal poderá ter protagonismo neste processo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O setor agropecuário deverá ter um papel de destaque na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), evento realizado em Dubai, nos Emirados Árabes, entre os dias 30 de novembro a 13 de dezembro. No total, serão nada menos do que 22 painéis focados nos temas relacionados à agricultura, pecuária, alimentação e água.

O Brasil, tido como celeiro do mundo, estará no centros das atenções. Os representantes brasileiros já anunciaram uma meta agressiva de redução de até 53% em suas emissões até 2030, um objetivo que deverá ser alcançado com a colaboração do setor agropecuário, por meio da adoção de tecnologias e do aumento da produtividade em campo.

Ainda pouco reconhecido como solução de sustentabilidade, o setor de saúde animal terá um papel decisivo neste processo de transformação, seja por meio da prevenção de doenças ou no tratamento de eventuais enfermidades, não somente no Brasil como nos demais países produtores de carnes, ovos e leite.

De acordo com estudos internacionais, as doenças nos rebanhos levam a um aumento nas emissões de Gases de Efeito Estufa de até 113% na pecuária de corte e 24% na produção de leite. “Uma maior adoção de boas práticas em saúde e criação animal possibilitará uma expansão considerável da produção de proteínas sem aumentar – ou ate reduzindo – os níveis de emissão de gases de efeito estufa”, afirma Emilio Salani, vice-presidente executivo do Sindan.

Estima-se que, no Brasil, o incremento de 1% na vacinação de bovinos de corte corresponde a um aumento de 0,7% na produção. “A vacinação e tratamento dos animais também são importantes em um conceito de saúde única. Patógenos podem transmitir doenças para populações vulneráveis e animais domésticos, como vimos com a Covid-19. Existe uma clara ligação entre pessoas, animais e o meio ambiente. Por isso, precisamos aumentar nossos esforços para melhorar a saúde animal”, completa o executivo do Sindan.

Buscando um maior protagonismo tanto na COP28 como em ações futuras ligadas à mitigação dos impactos das mudanças climáticas, o setor de saúde animal, representado pelo Sindan e o Health for Animals, entidade global que representa as indústrias fabricantes de medicamentos veterinários, está em contato direto com representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária em busca de soluções para um futuro mais sustentável.

Fonte: Assessoria Sindan
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China avalia frigoríficos paranaenses para ampliar importações de carne

Comitiva de técnicos do governo chinês visitam o Paraná na próxima semana. O país asiático é o maior consumidor de carne brasileira, absorvendo cerca de dois terços das exportações.

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Foto: Ari Dias

Uma comitiva de técnicos do governo chinês visitam, na próxima semana, o Paraná para avaliar novos frigoríficos apontados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) como aptos a venderem carnes de frango e de bovinos para a China. O país asiático é o maior consumidor de carne brasileira – entre produtos derivados de suínos, bovinos e aves de corte – e absorve cerca de dois terços da exportação do produto brasileiro.

A visita acontecerá entre os dias 04 e 08 de dezembro. Os frigoríficos paranaenses que constam na nova lista do governo federal para habilitação às exportações com a China são Dip Frangos S/A, de Capanema, o Jaguafrangos Indústria e Comércio de Alimentos Ltda., de Jaguapitã, e Gonçalves & Tortola S/A, que fica em Maringá.

Em 2022, a exportação de carne bovina do Brasil movimentou US$ 10,27 bilhões. De janeiro a outubro deste ano, já passava da marca de US$ 7,68, apesar dos reflexos dos embargos da crise sanitária e de ruídos diplomáticos provocados pelo governo anterior, que afetaram as negociações. Em carnes de aves e derivados, até outubro de 2023, o Brasil já havia aumentado as exportações em 2%, que saltaram de US$ 7,46 em 2022 para os atuais US$ 7,59. A carne suína foi a que mais gerou crescimento (13%): US$ 1.95 em 2022 para US$ 2,21 este ano.

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Curso da Embrapa premiado discute uso da Inteligência Artificial na pós-colheita

Divulgação presencial das tecnologias pós-colheita de frutas e hortaliças tem ocorrido em várias cidades em 2023, como foi o caso de Sorocaba.

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Foto: Divulgação/Embrapa

Criado em 2011, com 20 participantes de maneira presencial na 1ª edição, o Curso de Tecnologia Pós-Colheita em Frutas e Hortaliças, organizado pela Embrapa Instrumentação, passou por várias transformações que possibilitaram levar o conhecimento para mais pessoas em todo o Brasil e até no exterior. A 7ª edição, cujo lançamento acabou de completar dois anos no dia 18 de novembro, marcou a inclusão no modelo de Educação à Distância (EAD) na plataforma e-Campo da Embrapa – totalmente gratuito – e já atingiu 7570 inscrições em todos os Estados e mais 11 países da África, Europa, América Central e América do Sul.

Prêmio Automação

O trabalho foi reconhecido no mês de novembro com a conquista da 25ª edição do Prêmio Automação da GS1 Brasil, na categoria Educação, em função da utilização dos padrões da GS1 no módulo Rastreabilidade. A premiação – que contou com 211 inscrições em seis categorias – foi a primeira de um curso EAD de toda a Embrapa.

Já em sua 8ª edição, o curso trouxe novidades em 2023, com a realização do Encontro Regional de Tecnologias Embrapa (ERTE) em São Roque, Araçoiaba da Serra e Ibiúna, e do Workshop sobre Tecnologias Pós-colheita em Frutas e Hortaliças, em Sorocaba, todos os eventos no interior de São Paulo, com demonstrações práticas para os produtores rurais.

Painel Inteligência Artificial

Agora, como parte da programação, será realizado nesta quinta-feira (23), a partir das 8 horas, na Embrapa Instrumentação, um painel sobre Inteligência Artificial (IA) na pós-colheita de frutas e hortaliças. A inscrição gratuita para quem for ao auditório pode ser feita pelo link https://forms.gle/J4ZMvqx6umGSPe849; também haverá transmissão pelo canal da Embrapa no YouTube.

“O painel pretende discutir como a Inteligência Artificial pode impactar a pós-colheita de frutas e hortaliças e contribuir para a diminuição das perdas e desperdício de alimentos, com a participação de especialistas da USP, do CPQD e da própria Embrapa”, explica o coordenador do Curso, Marcos David Ferreira.

“No curso on-line temos módulos sobre Rastreabilidade, Colheita, Beneficiamento, Nanotecnologia na pós-colheita, Análise não destrutiva da qualidade e Produtos Minimamente Processados (PMPs) e, em 2024, lançaremos o módulo sobre Água e Sustentabilidade, sempre com o intuito de trazer os temas que já afetam ou que poderão impactar as cadeias produtivas, os produtores rurais e os consumidores, daí a realização do painel sobre IA”, acrescenta o pesquisador.

Números e repercussão

O curso contou com a participação de 45 conteudistas e instrutores da Embrapa e de instituições públicas e privadas, que ajudaram a produzir seis apostilas, num total de 395 páginas, vídeos, podcasts; infográficos; animações gráficas, além de 46 videoaulas – os recursos financeiros foram de uma emenda parlamentar do Deputado Federal Vitor Lippi (PSDB – SP).

O conteúdo tem despertado a atenção do público feminino, que responde por 53.29% das inscrições; o curso é mais procurado nos estados de São Paulo – 13,4% das inscrições, Bahia – 11,7% e Minas Gerais- 10,3%. No perfil de inscrições destacam-se profissionais de engenharia agronômica e estudantes; o módulo mais procurado é o de rastreabilidade.

Plataforma atualizada

Outra novidade é a atualização da plataforma e-Campo, que possui 130 capacitações ativas, das quais 103 são gratuitas. “Os ajustes que foram feitos vão aprimorar a experiência de quem faz os cursos da Embrapa, com um filtro de busca aprimorado, uma página mais moderna e que também será o primeiro serviço da Embrapa a permitir a inscrição pelo aplicativo gov.br”, comenta Aline Branquinho Silva, da Gerência Geral de Negócios da Embrapa (Brasília – DF).

“O interessado pode se inscrever a qualquer momento. Como essas capacitações são autoinstrucionais, o participante pode realizar seus estudos no seu ritmo, de qualquer lugar e a qualquer hora. No caso do Curso de Tecnologia Pós-colheita em Frutas e Hortaliças, os números e o prêmio conquistado refletem o sucesso dessa iniciativa”, finaliza Aline Branquinho.

Fonte: Assessoria Embrapa
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