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Genoma da ferrugem-asiática da soja direciona novas estratégias de manejo
O Phakopsora pachyrhizi , fungo causador da ferrugem-asiática da soja, possui um dos genomas maiores entre os patógenos vegetais (1.057 Gb) tamanho semelhante ao genoma da soja, seu principal hospedeiro. Além disso, é enriquecido com sequências repetitivas (elementos transponíveis ou transposons), capazes de “saltar” ou mudar a posição no genoma, característica que pode conferir uma adaptabilidade e então “driblar” de controle. Essas foram algumas pesquisas do genoma e a pesquisa da análise da análise do microrganismo de três etapas realizadas, realizadas entre o grupo2019 e o grupo de pesquisa internacional.
Esses resultados foram apresentados neste mês no IX Congresso Brasileiro de Soja, em Foz do Iguaçu (PR), pela pesquisadora da Embrapa Soja (PR) Francismar Marcelino-Guimarães . “Vimos, por exemplo, que parte desses elementos estão ativos no genoma do fungo durante sua interação com a soja, o que pode contribuir para sua variabilidade genética e, consequentemente, para sua adaptabilidade às medidas de controle”, frisa a ciência.
Os dados do consórcio estão publicamente disponíveis para a comunidade científica na internet . “A disponibilidade de genoma do fungo é essencial para avanço ou não conhecimento da biologia e nos fatores envolvidos na adaptabilidade desse fungo, com o intuito de acelerar o desenvolvimento de novas estratégias de controle daugem-asiática”, acrescenta Guimarães.
Além disso, a pesquisadora relata que o P. pachyrhizi apresenta um esporo com dois núcleos e com diferença (polimorfismo), além de baixa comunicação entre eles. “Essa característica que possibilita a manutenção de funções ou cópias de genes, que também pode constituir uma fonte de pesquisa importante”, diz uma fonte de pesquisa importante.
Ela conta que o genoma de referência tem possibilitado comparações entre o conjunto de genes de P. pachyrhizi com o de outras espécies de fungos. Adicionalmente, os estudos identificam famílias de genes exclusivos , alguns com número elevado, com número específico e outras com outras espécies. Segundo um pesquisador, são genes envolvidos na produção de energia e no transporte de nutrientes da planta, o que pode indicar uma flexibilidade do seu metabolismo e energia ao seu parasitismo .“Entender o estilo de vida desse parasita, em nível molecular, é importante, por exemplo, para identificar os genes que podem atuar no paratismo da planta de soja portanto, que são essenciais à aquisição de nutrientes e à sobrevivência do fungo”, explicar. “ Tais genes são alvos importantes para o desenvolvimento de estratégias de controle, como o silenciamento gênico ou RNA interferência, que podem causar a ocorrência de processos vitais das espécies e agressividade do fungo”, destacou.
Resultados conjuntos
A Embrapa Soja, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa ( UFV ), está buscando decifrar os mecanismos de ataque do fungo, identificando quais alvos da soja estão sendo manipulados pelo patógeno. “Descobrimos que a idade do fungo sobre uma proteína da soja contém resposta à defesa da planta e que a presença do fungo inibe a atividade dessa proteína”, explica.
Outra importante das variações de DNA da soja alvo do fungo, que descobriu um polimorfismo que separou-se como cultivares de soja que foram analisadas foram os genes de resistência específicos a esse fungo de resistência a ele. “Essa combinação revela um marcador potencial baseado no DNA, que pode auxiliar no desenvolvimento de cultivares de soja tais genes de defesa basal com os de resistência (genes Rpp)”, ressalta. A Embrapa já vem utilizando o programa de melhoramento genético dos genes de resistência Rpp no desenvolvimento de cultivares de soja, por intermédio da tecnologia Shield .
Outra linha de pesquisa da Embrapa, em parceria com a Bayer, vem explorando a variabilidade existente nas populações naturais do fungo, de ampla ocorrência no Brasil e no continente americano. “ O sequenciamento médio e comparação das sequências isoladas entre diferentes países de outros continentes reconhecíveis no Brasil e em uma escala temporal, têm regiões do genoma com diferentes diferenças. Isso, por, a identificação de novas exemplos em um dos principais alvos dos novos exemplos, que podem estar associados com a ocorrência. Tais informações podem auxiliar no direcionamento de novos estudos para incrementar o manejo químico da ferrugem da soja”, explica.
Ferrugem-asiática da soja: estratégias de manejo
Desde sua introdução em 21, a ferrugem da soja no Brasil, até o fungo Phakrhizi , é uma doença mais severa da cultura, podendo levar a perdas de 80%, se não controlada. Segundo levantamentos do Consórcio Antiferrugem, os custos com a ferrugem-asiática ultrapassam os US$ 2 por safra no Brasil, considerando a aquisição de fungicidas e as perdas de produtividade da doença.
As estratégias de manejo estão centradas em práticas como: o vazio sanitário, que é o período de pelo menos 90 dias sem plantas vivas de soja no campo, para redução do inóculo do fungo ( ver quadro abaixo sobre o vazio sanitário ); a utilização de cultivares e semeadura no início da época recomendada como estratégia de fuga da doença, a adoção de cultivares resistentes, respeito ao calendário precoce de semedura ( ver informações sobre calendário no quadro ) e utilização de fungicidas.
O fungo apresenta vários grupos P que conferem resistência aos principais de fungos específicos e novos tempos podem ser selecionados ao longo do tempo. “O fungo causador da doença é capaz de se adaptar a algumas das estratégias de controle, pela perda da sensibilidade fungicidas ou pela “quebra” da resistência genética das cultivares de soja”, explica a pesquisadora Cláudia Godoy , da Embrapa Soja.
Por isso, a prevenção da Embrapa é para que os produtores sejam adotados como estratégias de manejo disponíveis com o intuito de fungos disponíveis e como cultivares disponíveis. “Todas as estratégias, quando utilizadas de forma conjunta, podem ser adequadas para a doença. Algumas regiões que utilizam cultivares segundas para fazer uma safra ou algodão têm como escapar ou atraso tardia da ferrugem-asiática e outras doenças precoces têm predominância na cultura. Em regiões que mais tarde, as cultivares com o gene de resistência têm um controle bom, mesmo o problema de resistência que vem com todo o tempo”, explica Godoy.
Em 2021, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou na Portaria nº 388 , de 31 de agosto de 2021, que estabelece o vazio sanitário, como medida para o controle do fungo causador da ferrugem-asiática da soja e do calendário de semeadura, como medida fitossanitária para racionalização do número de aplicações de fungicidas.
Vazio sanitário da soja e sua importância
Em junho e julho, tem início o vazio sanitário nos três maiores produtores brasileiros de soja: Paraná (10 de junho), Mato Grosso (15 de junho) e Rio Grande do Sul (13 de julho).
O sanitário vazio é o período definido e contínuo em que não se pode manter plantas vivas de soja em uma área determinada. Esse período deve ser de, pelo menos, 90 dias sem a cultura e sem plantas úteis no campo. “O objetivo é reduzir a população do fungo no ambiente na entressafra e assim atrasar a ocorrência da doença na safra”, explica a pesquisadora Claudine Seixas , da Embrapa Soja.
Anualmente os períodos de vazios sanitários são estabelecidos pela Secretaria de Defesa Agropecuária com base nas sugestões dos órgãos de Defesa Sanitária Vegetal. Para 2022 os períodos estabelecidos pela Portaria SDA 516 , de 1º de fevereiro de 2022.
Calendarização da semeadura da soja
Outra importante estratégia de manejo da ferrugem-asiática é o estabelecimento de um calendário de semeadura, que tem por objetivo reduzir o número de aplicações de fungicidas ao longo da safra e com isso reduzir a pressão de seleção de resistência do fungo aos fungicidas.
De acordo com os maiores números de sequências tardias de soja podem ser infectados pelo fungo, no início da safra (estádios vegetativos), o que exige uma antecipação de aplicação de fungicida e promoção de aplicações. “Quanto maior o número de aplicações, maior a chance de acelerar o processo de seleção de populações resistentes a esses produtos”, explica.
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Estratégias de controle de Salmonella serão destaque no Simpósio Matrizes
Guilherme Lando Bernardo, da Aurora Coop, abordará a importância do controle de Salmonella nas reprodutoras para garantir a segurança do processo produtivo.
O controle da Salmonella é um dos principais desafios enfrentados pela avicultura moderna, especialmente no cenário de crescente demanda por alimentos seguros e de qualidade. Durante o Simpósio Matrizes, da Facta, que será realizado nos dias 15 e 16 de outubro de 2024, em Chapecó, Santa Catarina, o médico-veterinário e assessor técnico da Aurora Coop, Guilherme Lando Bernardo, irá apresentar a palestra “Estratégias de controle de Salmonella”, abordando as melhores práticas e os principais controles que podem ser aplicados na gestão sanitária das reprodutoras.
Segundo Guilherme, o controle eficaz nas reprodutoras é fundamental para manter o processo produtivo livre de contaminação. “Dentre os principais controles, podemos ressaltar a qualidade microbiológica do alimento e água, programas de biosseguridade, como controle de acesso de pessoas e materiais, controle de pragas e o destino correto de carcaças e resíduos”. Ele também destacará a importância da transferência adequada das aves, do transporte de ovos em condições seguras e da implementação de autocontrole microbiológico com coletas periódicas. “Manter a progênie livre é o maior passo para garantir que o processo produtivo permaneça negativo para Salmonella”, completa.
Simpósio Matrizes
O Simpósio Matrizes, promovido pela Facta, encerra o ciclo de eventos da organização em 2024 e nele os profissionais discutirão os principais desafios relacionados à sanidade, ambiência e qualidade intestinal das aves.
O evento reforça a importância das matrizes reprodutoras na produção sustentável de pintos de um dia e como elas impactam as estratégias de alojamento, tendo em vista os novos mercados internacionais abertos para o Brasil.
A programação completa você pode conferir aqui. E para se inscrever acesse a página do evento.
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Ex-ministro Francisco Turra discute futuro da pecuária em painel promovido pela Atitus
Evento foi realizado em parceria com o CNEX | MIT SMR Brasil e o Instituto Aliança Empresarial
O Instituto Aliança Empresarial, em Passo Fundo, foi palco de uma importante discussão sobre o cenário atual e o futuro da pecuária brasileira, na última quarta-feira (2). A Atitus Educação, por meio da Escola do Agronegócio, trouxe para o debate o ex-ministro da Agricultura e conselheiro consultivo da Escola, Francisco Turra. O evento foi promovido em parceria com o CNEX | MIT SMR Brasil, centro de formação executiva da Atitus, e o Instituto Aliança.
Para enriquecer a discussão, o painel contou com a participação do diretor da Escola do Agronegócio, Deniz Anziliero, do gerente comercial da Resolpec, Lucas De Carli Meneghello, e teve como mediador o CEO do CNEX, Douglas Souza.
Em sua fala, Turra ressaltou que o Brasil é o maior exportador do mundo de carne de aves e o segundo maior produtor. Também ocupa a quarta posição em produção e exportação de carne suína. “Temos um papel de destaque nessa cadeia, principalmente em qualidade e sanidade dos produtos, mas temos muito o que investir em informação, tecnologia e capacitação”, ressaltou o ex-ministro que também é presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), além de ser vice-presidente da Associação Latino-Americana de Avicultura (ALA), presidente do conselho da associação dos produtores de biodiesel (APROBIO) conselheiro de Agronegócio da FIESP e da Escola do Agronegócio da Atitus.
Ele defendeu que o país deveria explorar mais os produtos em vez de exportá-los: “Poderíamos transformá-los, agregar valor e gerarmos mais emprego, mais conhecimento e rentabilidade. Estamos deixando os outros países faturarem mais”. Turra também mencionou que há muitas oportunidades na área de proteína animal no Brasil, como a carne de avestruz, o peru e os peixes, como tilápia e salmão, que possuem muita demanda no exterior e são pouco explorados aqui.
Deniz Anziliero comentou sobre os avanços na cadeia de suínos e aves em comparação à pecuária bovina, citando a incorporação de tecnologia e a participação de startups. “A pecuária ainda é desorganizada e fragmentada, com muitas soluções em escala reduzida. As grandes empresas e cooperativas estão liderando essa transformação, integrando tecnologia nas propriedades e gerindo informações. No entanto, muitos produtores ainda não têm afinidade, assistência técnica para viabilizar a implementação das tecnologias”, destacou.
Ele também ressaltou que a Escola do Agronegócio está preparando os jovens para o mercado, ensinando-os a utilizar tecnologias como aliadas para melhorar os resultados no campo, sem deixar de lado as práticas agropecuárias tradicionais. “Integramos os jovens com instituições de pesquisa e empresas que estão implementando tecnologias”, concluiu.
Lucas De Carli Meneghello compartilhou a percepção da Resolpec, distribuidora de produtos veterinários, em relação ao mercado da pecuária, suas demandas e oportunidades. “Há 20 anos no mercado, estamos sempre em busca de levar mais diagnóstico para o produtor e exponenciar o crescimento das fazendas de maneira mais assertiva”, comentou. Neste sentido, apresentou o Software Gerir (Gestão Estratégica de Resultados e Índices de Rebanho), que auxilia na gestão estratégica da fazenda, armazenando os dados e auxiliando na tomada de decisão em relação à qualidade de leite e a criação de bezerras.
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Mercoagro 2025 será lançada em Chapecó no dia 10 de outubro
O lançamento consistirá de exibição de vídeo, apresentação dos números oficiais da feira, manifestações de lideranças e coquetel de confraternização.
A maior exposição-feira do setor industrial da proteína animal da América Latina – a Mercoagro 2025 (Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne) – será lançada na próxima quinta-feira (dia 10), às 19 horas, no Shopping Pátio Chapecó, reunindo expositores, patrocinadores, autoridades e imprensa.
A Mercoagro é realizada, promovida e organizada pela Associação Comercial, Industrial, Agronegócio e Serviços de Chapecó (ACIC) desde 1996 e está programada para o período de 9 a 12 de setembro de 2025, no Parque de Exposições Dr. Valmor Ernesto Lunardi, em Chapecó (SC).
O lançamento consistirá de exibição de vídeo, apresentação dos números oficiais da feira, manifestações de lideranças e coquetel de confraternização.
A Mercoagro 2025 terá 250 expositores representando mais de 700 marcas. De acordo com seu desempenho histórico, deve atrair 25 mil visitantes/compradores e oportunizar 250 milhões de dólares em negócios.
A feira é um retrato planetário do estágio em que se encontra um dos mais estratégicos setores da indústria de alimentos. A indústria da proteína animal é uma área de intensivo emprego de ciência e tecnologia. Por essa razão, desde as primeiras edições, a Mercoagro cumpre importante papel de difusão tecnológica e atualização científica do principal evento paralelo que promove para seu público-alvo formado por operadores de agroindústrias e por fabricantes e fornecedores de máquinas, equipamentos e insumos para as longas e complexas cadeias produtivas.
As vendas estão praticamente concluídas e 96% dos expositores da edição anterior (2024) renovaram contrato para participar da edição de 2025. “Nosso compromisso é aperfeiçoar a feira a cada edição para intensificar a experiência dos visitantes e ampliar os negócios dos expositores”, enfatiza o presidente da ACIC Helon Antonio Rebelatto.
A Mercoagro 2025 tem parceria da Prefeitura de Chapecó e patrocínio da Aurora Coop, do BRDE e do Sicoob. A feira tem apoio institucional do Nucleovet, do Chapecó Convention & Visitors Bureau, do Sistema Fiesc/Senai/Sesi, da Unochapecó e do Pollen Parque.