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Fórum de Integração fortalece discussões para concretização da Rota do Milho

Evento foi uma oportunidade para debater as soluções para o suprimento de grãos por meio da viabilização do transporte integrando Paraguai, Argentina e Santa Catarina

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Ampliar a discussão sobre as oportunidades de complementaridade socioeconômica entre Brasil, Argentina e Paraguai, considerando o polo mundial de produção de proteína animal existente na região Oeste de Santa Catarina e as possibilidades de geração de renda para os países vizinhos. Com este foco, o I Fórum de Integração – Rota do Milho, evento que faz parte do III Mercosul Cidadão – reuniu lideranças do Brasil, Paraguai e Argentina, nessa quinta-feira (30), no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó.

O evento, que segue nesta sexta-feira (1º), representa uma oportunidade para debater as soluções para o suprimento de grãos por meio da viabilização do transporte integrando Paraguai, Argentina e Santa Catarina. A iniciativa é do Núcleo Estadual da Faixa de Fronteira de SC (NFSC) e Fórum de Competitividade e Desenvolvimento para o Oeste de SC com apoio do SEBRAE/SC. O Mercosul Cidadão é promovido pela Prefeitura de Chapecó, União de Parlamentares Sul Americanos e do Mercosul (UPM) com apoio da Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

O coordenador do NFSC e diretor da Secretaria de Estado do Planejamento, Norton Boppré, realçou que pela primeira vez o Seminário Mercosul Cidadão  tratou da Rota do Milho – um assunto de grande importância ao setor produtivo. “A consolidação da Rota é uma preciosa matéria-prima para o setor. É um assunto de grande relevância para a economia regional, pois abastecerá as cadeias produtivas do leite, aves e suínos em uma região que é o maior polo de proteína animal, pois o milho é um insumo de grande relevância para manter a cadeia produtiva”.

Segundo ele, o objetivo é discutir alternativas para buscar grãos numa localidade de menor distância. “Desde 2013, esse tema vem sendo debatido e a conquista da Rota é fundamental para a cadeia produtiva do agronegócio, visando que o setor consiga reduzir custos com transporte de grãos e eleve a competitividade. Restam ainda acertar algumas demandas que possam atender os interesses dos países envolvidos”.

O grande avanço, segundo Boppré está relacionado ao fato do assunto ter despertado interesses mútuos, reunindo entidades empresariais, governos dos Países envolvidos. O segundo aspecto foi o entendimento de que é necessário estabelecer o corredor através de balsas para travessia de caminhões carregados com grãos, atravessando Rio Paraná, chegando à Província de Missiones e circulando por rodovias para chegar ao oeste.

O vice-presidente da Facisc para o setor de Agronegócios, Vincenzo Mastrogiacomo, destacou que o Mercosul Cidadão representa a retomada do fortalecimento dos países com vistas a alcançar outros mercados. “Outro aspecto relevante é a negociação entre nós, tanto para estabelecer acordos comuns na área em vários segmentos, quanto para melhorar nossas relações de fronteira. Isso é um tema valioso para ser tratado por todos e o evento vem  de encontro com esses objetivos”.

Sobre o Fórum de Integração – Rota do Milho, mencionou que é um dos primeiros pontos positivos de realidade imediata, pois solucionará a questão das distâncias que são improdutivas, o que encarece o frete e o produto, impactando na redução de competitividade.  “Nosso objetivo é ajudar a agroindústria de Santa Catarina na abertura efetiva de comércio internacional entre produtores e consumidores. O Fórum oportuniza consolidar as ações”.

Raúl Cheyllada, da área de Relações Globais do Senado da Província de Buenos Aires, abordou os “Desafios para a internacionalização e a integração produtiva do Mercosul”. Destacou a importância da cadeia de valor que se sustenta no fortalecimento das missões associativas que dão lugar à incorporação, não somente de valor agregado na origem das produções, mas também de valor agregado intelectual que faz parte da cadeia produtiva. Enfatizou que um dos aspetos importantes para a implementação de rotas produtivas é alcançar posicionamento de marca regional.

“É o caso da Rota do Milho. Este ano obtivemos safras recordes, tanto na Argentina, quanto no Brasil e isso deu lugar a um maior intercâmbio de matérias-primas de produtos acabados como é o caso dos suínos e aves. Mesmo assim, a falta de infraestrutura aduaneira dos passos de fronteira como, por exemplo a ponte de São Pedro Paraíso, limita gerar mais capacidades de intercâmbio, situação que favoreceria um melhor desenvolvimento de integração”.

Para o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, a Rota do Milho é um marco divisório ao Oeste catarinense que sofre com o déficit do insumo. “Quando se abre um caminho, se intensifica desenvolvimento. Teremos que fortalecer o que nos traz benefícios em comum e enfrentar juntos os obstáculos. Este é um momento histórico e importante, pois a Rota é um assunto inovador do evento e que está muito próximo da concretização”.

O secretário executivo do Bloco de Intendentes, Prefeitos e Alcades do Mercosul (BRIPAM), Ramón Ortellado, enfatizou que o evento é mais um passo importante para fortalecer a concretização da Rota do Milho. Segundo ele, o foco é pensar em missões estratégicas para 2050, o que representa oportunidades de grande impacto. “Estamos avançando! Já conseguimos a balsa com tripulação argentina e nesta sexta-feira assinaremos documento que, entre outros aspectos, reduzirá burocracias entre os Países”. Além disso, segundo ele, no dia 6 de dezembro será criada a primeira Associação Público e Privada entre prefeitos e empresários, denominada BRIPAEM”.

O gerente da Agência de Desenvolvimento Regional de Chapecó (ADR), Mauro Zandavalli, complementou que o documento que será assinado tem entre os objetivos agilizar o desembaraço aduaneiro e melhorar a infraestrutura e a logística. “Com a viabilização da Rota estaremos protegendo o produtor por meio da manutenção da agroindústria”, salientou, destacando que a que o trajeto representa um corredor de oportunidades.

O coordenador regional oeste do SEBRAE/SC, Enio Albérto Parmeggiani, assinalou que o interesse da entidade é apoiar a sustentabilidade das cadeias produtivas aos empregos e pequenos negócios que necessitam de evolução das legislações e procedimentos com uma significativa simplificação para o desenvolvimento e sustentabilidade. “O corredor viabilizará o crescimento do agronegócio e o processo desencadeado tem etapas para seu aperfeiçoamento e fluidez”, concluiu.

Rota do Milho

Os esforços para a concretização da Conexão Transfronteiriça – a nova Rota do Milho  representam uma vitoriosa articulação obtida com o envolvimento da executiva NFSC, do Fórum de Competitividade e Desenvolvimento para o Oeste de SC com o Bloco dos Prefeitos do Mercosul (BRIPAM),  Associações dos Municípios do Oeste de Santa Catarina, FACISC, FIESC, ACAV, Fecoagro, Assembleia Legislativa, Agências de Desenvolvimento Regional  com apoio técnico do SEBRAE/SC, entre outros parceiros.  A primeira etapa conquistada foi a autorização da concessão da entrada do produto paraguaio pela Argentina, cujo fato foi consolidado, durante recente reunião realizada entre autoridades do Brasil, Argentina e Paraguai, em Encarnación, no Paraguai. 

A Rota do Milho oportunizará a liberação de transporte através de balsas sobre o Rio Paraná, na localidade de Mayor Julio Otaño (Paraguai), Eldorado (Argentina), com entrada em Santa Catarina via Porto Seco de Bernardo de Irigoyen em Misiones (Argentina) e Dionísio Cerqueira (Santa Catarina – BR). Outra passagem entre São Pedro (Misiones/AR) e Paraíso (Santa Catarina) também possui ações em andamento para  atender as demandas.

Todos os anos a agroindústria catarinense precisa importar entre 3 milhões e 3,5 milhões de toneladas de grãos porque a produção interna catarinense é insuficiente. O Estado é o oitavo produtor e o segundo maior consumidor. O milho disponível está em média a 2.000 quilômetros de distância, no centro-oeste brasileiro. Entretanto, se as ações de integração fronteiriça forem implementadas, esse insumo pode ser obtido no Paraguai, país que faz divisa com o território catarinense.

O Paraguai possui 11 portos fluviais no rio Paraná. A província de Misiones (Argentina) estrutura um porto na capital provincial Posadas e uma ponte em Eldorado na divisa Argentina/Paraguai. Com essa conexão construída, o milho do Paraguai estará a apenas 130 quilômetros da fronteira com Santa Catarina pelo trajeto Paraguai/Rio Paraná/Eldorado até Dionísio Cerqueira (SC) ou Paraíso (SC). Da fronteira até o maior polo da agroindústria (Chapecó) a distância é de apenas 190 quilômetros.

Fonte: Assessoria

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Atual situação política do Brasil abre espaço para o protagonismo da sociedade organizada

Ao analisar a atual conjuntura política nacional e a ação do Congresso Nacional, o consultor João Henrique Hummel ressaltou o empoderamento da sociedade por meio da ação parlamentar.

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Fotos: Divulgação/ABRASS

A abertura do Encontro Nacional dos Produtores de Sementes de Soja (ENSSOJA 2024) reuniu representantes do setor, pesquisadores, produtores, empresários, consultores e deputados federais que integram a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O evento começou na quinta (23) e termina nesta sexta-feira (24), no Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort, em Foz do Iguaçu (PR).

Consultor político e sócio da Action Consultoria, João Henrique Hummel

O Consultor político e sócio da Action Consultoria, João Henrique Hummel, falou sobre a evolução e o fortalecimento do Legislativo e da democracia brasileira e destacou a importância da ação das instituições representativas como a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS), por exemplo, no sentindo de apresentar e cobrar dos parlamentares a implantação de políticas públicas relevantes para o setor. “Isso representa a participação efetiva da sociedade nesse processo democrático no qual vivemos atualmente”, destacou Hummel, que falou também da necessidade do fortalecimento da cultura participativa da cidadania nesse cenário político no qual a última palavra é do Congresso Nacional.

Frente Parlamentar

Deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion (PP-PR): “Nós já conseguimos um avanço importante reunindo mais de 330 votos em favor do direito da propriedade e isso é o que justifica o nosso trabalho e a nossa bancada”

A participação ativa das instituições também foi enaltecida pelo deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion (PP-PR), que destacou a defesa dos interesses da agropecuária, seja em questões ambientais ou tributárias, e o trabalho para garantir o direito de propriedade no Brasil. “Nós já conseguimos um avanço importante reunindo mais de 330 votos em favor do direito da propriedade e isso é o que justifica o nosso trabalho e a nossa bancada, que funcionam porque têm o fomento e a articulação de todos aqui presentes. É a integração pelo desenvolvimento da agropecuária brasileira”, afirmou.

Mercado e desafios

Presidente da ABRASS, Gladir Tomazelli: “Apesar da busca constante por novas tecnologias, inovação e aumento da produtividade, ainda enfrentamos grandes desafios como, por exemplo, atingir os espaços onde atualmente ainda prevalecem as sementes salvas e as piratas”

O presidente da ABRASS, Gladir Tomazelli, lembrou que a Associação reúne hoje os principais multiplicadores do país, responsáveis por mais de 50% da demanda nacional de sementes. “Apesar da busca constante por novas tecnologias, inovação e aumento da produtividade, ainda enfrentamos grandes desafios como, por exemplo, atingir os espaços onde atualmente ainda prevalecem as sementes salvas e as piratas que representam entre 20% e 25% das sacas no país. Nesse contexto, o principal papel da Associação é a representatividade política, buscando uma legislação e uma tributação que auxiliem no desenvolvimento do setor”, disse.

Tomazelli também ressaltou que “tudo começa pela semente e uma semente certificada e de qualidade determina uma lavoura de potencial produtivo que, aliado a outros fatores como solo e clima, beneficia toda a cadeia”.

Durante a abertura do ENSSOJA 2024, Tomazelli também reforçou, em nome da ABRASS, a campanha de arrecadação para auxiliar o Rio Grande do Sul.

Fonte: Assessoria de Comunicação da ABRASS
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Cadeia de sementes de soja movimentou R$ 33,6 bilhões na safra 2022/23

Panorama do setor está sendo debatido no Encontro Nacional dos Produtores de Sementes de Soja.

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Foto: Divulgação/ABRASS

Com um mercado em constante crescimento, a cadeia de sementes de soja movimentou cerca de R$ 33,6 bilhões no ciclo 2022/23 no Brasil. Neste montante estão contabilizados os royalties de biotecnologia e o tratamento da semente industrial que cada vez mais vem ganhando espaço no setor.

Os números foram apresentados nesta quinta-feira, 23, pelo engenheiro agrônomo e CEO da Blink Inteligência Aplicada, Lars Schobinger, no painel Panorama do Mercado de Sementes de Soja – Relevância e Desafios que abriu o Encontro Nacional dos Produtores de Sementes de Soja (ENSSOJA). O evento segue até essa sexta-feira, 24, no Hotel Bourbon, em Foz do Iguaçu (PR).

Engenheiro agrônomo e CEO da Blink Inteligência Aplicada, Lars Schobinger, no painel Panorama do Mercado de Sementes de Soja – Relevância e Desafios

Conforme Lars, o mercado de sementes das principais culturas do Brasil vem evoluindo de modo consistente nos últimos anos. A movimentação que em 2015/16 era de R$ 14,8 bilhões chegou a um volume de faturamento de R$ 44,4 bilhões na safra 2022/23. Neste total, o mercado de soja representa R$ 24,5 bilhões.

A soja, ainda segundo Lars, vem todos os anos representando mais da metade do mercado de sementes do Brasil que também produz milho, algodão, trigo e arroz. Esse crescimento constante começou a acelerar a partir de 2020/21 no período da pandemia.

O avanço médio anual de área plantada de sementes de soja no Brasil foi de 3.9%, saindo de 32,4 milhões de hectares na safra 2015/16 para 42,5 milhões de hectares na safra 2022/23, um aumento de mais de 30%.

Já o volume de sementes passou de 43 milhões de sacas para 55 milhões, mostrando um crescimento médio anual de 3.4%. Nesse mesmo período, o preço do quilo da semente que era R$ 2.9 avançou até R$ 7,40 por quilo representando um aumento da qualidade da semente ofertada ao produtor.

Esse panorama ajudou a trazer um crescimento de 17% ao ano em valor de mercado, saindo R$ 8,1 bilhões e avançando até R$ 24,4 bilhões na última safra. “São números expressivos, consistentes que refletem a força do setor e a importância da atividade dentro do agro nacional”.

Quando se trata da produção regional, o estado Mato Grosso continua sendo o principal estado brasileiro, mostrando um aumento de 2,5 bilhões de sacos por consumo ao longo de 2 anos. Na safra 2022/23, o estado consumiu mais de 16 milhões de sacos, representando quase 30% do mercado nacional.

Os estados do Rio Grande do Sul e o Paraná, juntos chegam ao patamar de 30% do mercado, seguidos por Goiás com 5,2 milhões, 10% do mercado, e Mato Grosso do Sul com 4,5 milhões de sacos e Minas Gerais 2,5 milhões. Os 6 estados ultrapassam 80% do mercado brasileiro.

A produção de sementes gera mais de 10 mil empregos no Brasil e são 369 produtores de sementes de soja certificadas.

Fonte: Assessoria de Comunicação da ABRASS
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Incertezas do mercado do trigo nacional e internacional refletirão diretamente nos preços praticados ao consumidor final

Webinar promovido pelo Sindustrigo destacou a volatilidade do cenário atual do trigo e destacou a importância da atenção redobrada dos moinhos para evitar prejuízos futuros.

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Foto: Gilson Abreu

Em meio a um cenário atual de incertezas e baixas expectativas para a próxima safra, o Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo) promoveu, na quinta-feira (23), um webinar para debater o panorama do cereal, que tem operado em alta no mercado, gerando o aumento nos custos dos moinhos, que refletirá em um ajuste significativo dos preços da farinha e seus derivados já nos próximos meses.

Como analisou o consultor em Gerenciamento de Riscos de Trigo na StoneX Brasil, Jonathan Pinheiro, o cenário global do trigo enfrenta um dos seus momentos mais emblemáticos que, mesmo com um crescimento de safra de 10 milhões de toneladas anteriormente, os estoques são menores, fazendo com que se vivencie um aperto de oferta na transição de temporadas – com recuos consideráveis nas últimas cinco.  Ao que se refere unicamente a 2024, o setor contabiliza o menor estoque de passagem nos últimos 15 anos, quando comparado ao consumo mundial do cereal. “Mesmo que a produção global apresente um crescimento gradual, o consumo tem mais que compensado esse movimento, ou seja: há uma demanda muito maior do que a capacidade de crescimento da produção atual”, explicou Pinheiro.

Fotos: Arquivo/OP Rural

Neste cenário, a América do Norte como um todo apresenta um bom desempenho produtivo nas regiões dos Estados Unidos e do Canadá. Já a Europa enfrenta problemas climáticos que podem ocasionar novos ajustes no montante global, com a Rússia e a Ucrânia resultando em produções menores em decorrência da temporada de chuvas.  “Ao que diz respeito à Rússia e à Ucrânia, o restante do mundo já olha para as produções menores desses dois países com preocupação, pois há uma dependência de oferta e de preços mais competitivos, que sobem continuamente, fazendo com que todos as outras regiões produtoras tenham que fazer o mesmo”, frisa o profissional.

Já no hemisfério Sul, até o momento, o resultando tende a ser mais positivo que negativo. A Austrália apresenta uma boa safra e a Argentina, apesar de não contar com um crescimento de área, se destaca pelos bons índices de produtividade e um potencial de safra maior, o que beneficiará o consumo interno brasileiro.

Brasil: um cenário incerto

Como também explicou o consultor, espera-se um cenário desafiador para a produção de trigo em território brasileiro, uma vez que, com a pressão do cenário externo, potencializada pela Europa, o país também enfrentará a baixa rentabilidade da última safra, os preços pressionados no momento de decisão, as dificuldades no acesso a oferta de sementes e maior competição com outras culturas de inverno.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, há um cenário muito incerto, fator que pode pressionar ainda mais o mercado, que já se encontra em um momento de atenção. Com um clima considerado arriscado e produtores descapitalizados, o recolhimento da safra de trigo na região apresenta uma tendência de ser mais prejudicado, ao contrário do Paraná, que deve aproveitar a recuperação internacional e se favorecer da situação enfrentada pelo Estado parceiro, se destacando na produção. “Estamos enfrentando um momento muito delicado para a indústria moageira nacional, que tem assistido um aumento quase que diário de sua principal matéria-prima, evidenciando assim a discrepância entre o preço de compra da commodity, o trigo, e o produto final, a farinha de trigo, que não tem acompanhado o mesmo movimento de subida nos preços”, destacou o diretor de Suprimentos da Correcta e Moinho Cruzeiro do Sul, Maurício Ghiraldelli, que moderou o webinar.

A necessidade por importação pelos moinhos brasileiros nesse cenário é cada vez maior. “O mercado doméstico já não tem uma oferta tão abundante e basicamente o que temos lá fora para comprar está um pouco mais caro, ou seja, o aumento nos custos dos moinhos é real e vai resultar no repasse aos consumidores, com o aumento de preços dos derivados de farinha aos consumidores”, frisou o consultor.

Para o presidente do Sindustrigo, João Carlos Veríssimo, “neste momento de transição entressafras, temos que tomar decisões sobre precificação de produto hoje e expectativa de reposição de produtos para o futuro. Tudo o que enfrentamos hoje e enfrentaremos nos próximos meses não representa uma situação simples para o mercado e as perspectivas são complexas”.

“É preciso cautela, pois o resultado de uma política comercial desajustada ou menos conectada com os custos de reposição pode acarretar prejuízos bastante significativos para o setor”, destacou ele.

O webinar completo está disponível no canal do Sindustrigo no Youtube e a apresentação com os dados da Stonex está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Sindustrigo
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