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Bovinos / Grãos / Máquinas

Fazenda revela potencial para bovinocultura de corte no Oeste da Bahia

Atividade possui um enorme potencial para crescimento e intensificação em função do grande polo agrícola e custo reduzido na aquisição de insumos e resíduos para aproveitamento na nutrição animal

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Artigo escrito por Guilherme Augusto Vieira, professor doutor de Medicina Veterinária da Unime/Bahia

Abrangendo uma dimensão territorial de 8,5 milhões de km², o Brasil possui 174 milhões de hectares ocupados por pastagens. Com a grande parte do rebanho criada a pasto, a diversidade climática do país reflete nos regimes pluviométricos, na qualidade das pastagens, nos sistemas de produção pecuária e na oferta e preço do gado de região para região. Segundo dados do IBGE (2014), o rebanho de bovinos no Brasil e na Bahia eram de 212,34 milhões e 10.742.215 de animais, respectivamente.

O Brasil, com o maior rebanho comercial do mundo, é também o maior exportador de carne, maior produtor, consumidor e exportador de sementes de plantas forrageiras tropicais do planeta, com participação significativa no agronegócio. Embora com esses destaques nos cenários nacional e internacional, os índices de produtividade média da pecuária brasileira ainda estão muito aquém do seu potencial. Várias causas podem ser apontadas para essa baixa produtividade, como desconhecimento e não adoção de tecnologias disponíveis, manejo inadequado do rebanho, incluindo limitação genética, formação e manejo das pastagens incorretas, o que vem contribuindo para a degradação das pastagens.

A bovinocultura de corte, no Oeste da Bahia, possui um enorme potencial para crescimento e intensificação em função do grande polo agrícola e custo reduzido na aquisição de insumos e resíduos para aproveitamento na nutrição animal.

Características

Certo autor destaca algumas características do Oeste baiano: possui 14 milhões de hectares, sendo oito milhões de hectares correspondentes à área de solo sob vegetação de cerrados com água e clima favoráveis à agricultura e à pecuária; localização estratégica em relação a importantes capitais, como Brasília, Palmas, Salvador e Goiânia, bem como em relação a portos, sobretudo o de Salvador; solos profundos, diversificados, com boa constituição física e facilmente mecanizáveis; possui uma bacia hidrográfica de singular suporte para projetos de irrigação, composta por rios perenes e de volume d’água suficientes com destaque para os rios Grande, Corrente e Carinhanha, todos tributários do Rio São Francisco; município como Barreiras, São Desidério e Luiz Eduardo Magalhães que são privilegiados não só pela alta produção de algodão, milho, soja e café, mas também pelo processamento e beneficiamento de grãos apresentando um diferencial competitivo em relação ao restante do país, no qual 90% da soja colhida na região é processada internamente pelos empreendimentos da Cargill e Bunge localizados nos municípios de Barreiras e Luiz Eduardo Magalhães, respectivamente; conta com dois frigoríficos modernos com capacidade de abate para mil bois/dia, podendo abater também outras espécies animais, como suínos, caprinos e ovinos; projetos de confinamentos que estão sendo implantados na região, destacando-se a Empresa Captar que tem como objetivo confinar 50 mil animais/ano.

Em um país do tamanho do Brasil, com condições ambientais (solo e clima), culturais e sociais tão diversas não tem embasamento técnico/cientifico/econômico a adoção de um único sistema de produção. Um sistema de produção só pode ser definido com base em um diagnóstico preciso das condições de solo (mapeamento da fertilidade dos solos da propriedade através de análise de solo), das condições climáticas (índice pluviométrico e distribuição de chuvas, temperatura, radiação solar), das pastagens (área, relevo, tamanho, grau de degradação, problemas de manejo, pragas e invasoras, espécie forrageira, capacidade de suporte, taxa de lotação), dos animais (raça, cruzamento, programa de melhoramento genético, programa sanitário), da equipe da propriedade (nível instrucional, capacidade de liderança, nível salarial, condições de trabalho e de moradia), do negócio (mercado, preços). Neste sentido, devemos levar em consideração os fatores: a localização da propriedade e o tamanho da sua área; o valor da terra; as condições edafoclimáticas; a capacidade e custo da mão-de-obra e a capacidade gerencial do proprietário.

Atualmente, parte considerável das pastagens brasileiras apresenta problemas de degradação, o que contribui para a não sustentabilidade da produção. Dentre os diversos fatores que contribuem para isso, menciona-se, entre outros, a queda da fertilidade do solo. Esse é um dos fatores mais importantes para a sustentabilidade da produção. Associado a isso cita-se o mau manejo. Esses fatores juntos fazem com que o complexo solo-planta entre em processo de degradação, já a partir do segundo ano.

Componentes

O sistema de produção para ser parte integrante de uma cadeia produtiva de carne eficiente necessitará de avanços, especialmente, tecnológicos. Sem inserção de tecnologias, muitos segmentos terão dificuldades em vencer os desafios que são colocados pela globalização. Essas tecnologias terão como finalidade promover melhorias nos índices produtivos. Nesse sentido, um dos principais componentes do sistema de produção é a alimentação e, em especial, as pastagens devido ao seu baixo custo operacional. Ressalta-se, que para ser competitivo o sistema deverá ser capaz de, basicamente, possibilitar o aumento da capacidade de suporte das pastagens. Várias são as formas disponíveis para se obter tal incremento, dentre as quais podem-se mencionar a adubação das pastagens, o uso de irrigação, nas condições onde essa for uma prática recomendável, o uso de suplementação alimentar em pasto e mesmo o confinamento. Esse último, além de ser recomendado para aqueles animais de melhor desempenho potencial, é uma estratégia importante para liberação de pastos para outras categorias animais.

A necessidade de aumento na produção de alimentos para atender à demanda crescente de consumo exigirá dos sistemas de produção aumento na produtividade por área já que a incorporação de novas áreas ao processo produtivo será cada vez mais limitada pelas leis ambientais que proíbem e continuarão proibindo os desmatamentos de áreas naturais.

Como objetivo maior o referente artigo visa demonstrar ao pecuarista a real necessidade e importância em intensificar o sistema de produção e adotar o uso de fertilizantes, visando à redução da emissão dos gases de efeito estufa e sustentabilidade da pastagem, buscando aumento da capacidade de lotação das pastagens, recuperação de pastagens degradadas, controle das pragas, redução de mão-de-obra para manejo do gado e manutenção da pastagem, facilidade em manejar o gado no pasto, no curral e no transporte, redução dos custos de produção e aumento da rentabilidade líquida da propriedade.

Este trabalho fez parte do Trabalho de Conclusão do Curso de Medicina Veterinária da Unime/Bahia, realizado por Livio Mascarenhas, sob orientação do professor doutor Guilherme Augusto Vieira.

Material e Métodos

Foi realizado um estudo de caso na Pecuária Mascarenhas, localizada em Riachão das Neves, BA, demonstrando a produtividade e viabilidade econômica de intensificação de um sistema através da adubação de pastagem, rotação de pastagem e semi-confinamento.

Com uma área de mil hectares, a propriedade desenvolve um trabalho de engorda a pasto em semi-confinamento, com pastagem adubada e rotacionada, sendo subdividida em módulos com praça de alimentação, bebedouro central e piquetes distribuídos ao seu redor entre cinco hectares e 12 hectares ocupados com diferentes espécies forrageiras.

Resultados

O manejo nutricional da propriedade é ajustado conforme o período de chuva/seca, oferta e condição de pastagem, classificação dos animais (recria/engorda), metas da propriedade e análise de mercado.

A técnica de adubação de pastagem começou a ser implantada na propriedade no ano de 2008, numa área de 30 hectares. Após um ano foi observado que a área fertilizada correspondia a uma área dez vezes maior de produtividade do que a área adubada, ou seja, a área passou a equivaler por 300 hectares. Diante da intensificação do sistema como, adubação de pastagem, pastejo rotacionado e semi-confinamento, seus índices produtivos, zootécnicos e financeiros cresceram significativamente. No ano de 2014 foram terminados 9.030 animais com uma produção de 28@/ha/ano, ganho médio mensal de 1,06@/animal, lotação de 1,5 Ua/ha e taxa de desfrute de 82,3%.

Confrontando o preço médio da arroba de R$ 140 vezes a produção de 28@/ha e a área de 1000 ha, obteve-se uma receita bruta de R$ 3.920.000,00.

Como principal vantagem a intensificação do sistema de produção visa a produtividade em escala, menor espaço e tempo. Sendo assim, é possível inferir que a produtividade animal é determinada pelo desempenho animal através do ganho de peso vivo e pelo número de animais por unidade de área ajustado à sua capacidade de suporte. Segundo um estudioso, tem se observado péssimos cuidados em relação ao cultivo e manutenção das forrageiras, acarretando em um processo de degradação e consequentemente diminuição direta no nível de fertilidade do solo, aparecimentos de pragas e plantas invasoras nas pastagens, diminuição na taxa de acúmulo de forragem, diminuição na capacidade de suporte e baixa produção de arrobas/hectare/ano (@/ha/ano). A principal desvantagem consta no alto custo do seu investimento, no desconhecimento referente às técnicas de intensificação da produção e na sua má utilização, resultando em perdas significativas e barreiras para implantação da técnica.

Nos sistemas de produção com base na utilização de pastagens de gramíneas tropicais, é fundamental o ajuste entre a disponibilidade de nutrientes às exigências dos animais durante todo o ciclo de produção. Apesar de que as estratégias de manejo de pastagens e suplementação ser dependentes da meta a ser alcançada, a escolha destas deve ser fundamentada em uma análise econômica. A rentabilidade das estratégias deve constituir-se no norteador na escolha do manejo do pastejo, suplementos e da época de suplementação. O nível de suplementação, período e formas de fornecimento, e composição dos suplementos devem ser delineados de acordo com os recursos forrageiros basais e o manejo praticado nas pastagens. Os custos diretos com distribuição de suplementos e mão de obra devem ser computados no planejamento. Sendo assim, a terminação de bovinos em pastejo envolve primeiramente a viabilidade econômica.

Conclusão              

Apesar da sua onerosidade, a intensificação do sistema de produção é uma estratégia para melhorar a rentabilidade dos sistemas de produção levando ao aumento da produtividade da pastagem, sustentabilidade da pastagem, recuperação de pastagens, possibilidade de introduzir recursos forrageiros, redução da estacionalidade de produção e flexibilidade no manejo.

A criação de bovinos vem crescendo consideravelmente no Brasil, devido ao seu alto valor adaptativo e reprodutivo, destacando-se pela sua boa produção de carne. Sendo assim, diante da competitividade e na tentativa de eliminar focos negativos na produção, é preciso adotar sistemas de intensificação como adubação e irrigação de pastagens, suplementação e confinamento estratégico de modo a diluir os custos fixos e aumentar a rentabilidade do produtor. 

Mais informações você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de agosto/setembro de 2017 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Bovinos / Grãos / Máquinas

Por que monitorar os preços do leite e dos lácteos?

O crescimento econômico deriva, sim, de investimentos estruturais, como assistência técnica, melhoria em nutrição, saúde e reprodução animal, treinamento de mão de obra, adoção de ferramentas gerenciais nas fazendas e laticínios. Depende também de infraestrutura e logística. Mas tudo isso exige um ambiente institucional que favoreça a diminuição das assimetrias de informação e dos custos de transação.

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Foto: Rubens Neiva

A importância do sistema agroindustrial (SAG) do leite no Brasil é inegável. Nosso País é o quinto maior produtor de leite do mundo e nossa produção corresponde a quase 5% do total mundial, segundo dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). As estatísticas nacionais mostram que são mais de 1,17 milhão de produtores no campo e cerca de 130 mil pessoas empregadas na indústria de laticínios (IBGE, 2017; RAIS, 2022). Os últimos dados disponíveis do Cepea indicam que o setor lácteo gerou R$ 77,1 bilhões em 2020, valor que representou 4% do PIB do agronegócio naquele ano.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Apesar da grande importância que o setor tem no agronegócio brasileiro, ainda há gargalos expressivos para seu desenvolvimento, com relação a produtividade no campo, qualidade do leite cru, eficiência dos laticínios e, finalmente, competitividade brasileira. Isso fica claro ao se observar que o Brasil, embora tenha grande potencial na produção de proteína animal, não é autossuficiente na produção de lácteos, o que torna o País dependente de importações. Em 2023, os volumes adquiridos no mercado externo triplicaram e pressionaram as cotações internas. Se entre 2003 e 2022 as importações representavam, em média, 4% da captação industrial nacional, em 2023, elas passaram a corresponder por 9%.

A menor competitividade dos lácteos brasileiros frente aos estrangeiros não é a causa da fragilidade do setor, mas, sim, o sintoma mais agudo de uma estrutura produtiva que ainda carece de investimentos específicos e que engendra e é engendrada por estratégias de negócios apoiadas em estruturas de governança pouco coordenadas e focadas sobretudo nos retornos de curto prazo.

Pesquisas do Cepea indicam que as estruturas de governança que regem a aquisição do leite cru são fortemente influenciadas por incertezas, sendo as principais a dificuldade dos agentes em avaliar seu desempenho e a imprevisibilidade das flutuações de oferta e demanda, o que, por sua vez, se reflete em elevada volatilidade dos preços do leite cru.

Em termos práticos, essa incerteza torna a avaliação do contexto de mercado, a tomada de decisão e as ações dos agentes mais propensas à divergência. Isso significa dizer que a leitura do mercado pode destoar entre os agentes da cadeia produtiva, como se produtores tivessem acesso a uma foto do mercado e os laticínios, a outra. Essa divergência pode ocorrer até mesmo entre os agentes de um mesmo segmento, o que explicaria condutas diferentes para a organização dos negócios e para os investimentos, por exemplo.

De qualquer maneira, esse contexto de incerteza eleva as dificuldades de alinhamento dos segmentos da cadeia produtiva, levando a uma baixa intensidade de coordenação entre eles. As relações pouco coordenadas, por sua vez, dificultam a geração e a distribuição do valor dentro da cadeia produtiva, elevando os custos de transação. Com isso, fica cada vez mais difícil de se atingir objetivos estratégicos e comuns ao desenvolvimento do SAG.

Foto: Shutterstock

A redução da incerteza ocorre a partir da diminuição das assimetrias de informação. Quando fatores ligados à incerteza passam a ser monitorados e mensurados, criam-se informações. A distribuição e o acesso homogêneos a essas informações entre os agentes do SAG têm o potencial de transformar a incerteza em risco. E o risco, ao contrário da incerteza, pode ser gerenciado.

É aqui, então, que a pergunta feita no título desse texto é respondida: monitorar e mensurar aspectos de um mercado são importantes para diminuir a incerteza, gerar informação e reduzir os custos de transação. É nesse sentido que se estrutura a missão do Cepea de fornecer dados que possam orientar as estratégias dos agentes de mercado e contribuir para uma leitura mais precisa do curto e longo prazo.

Em entrevista realizada com 33 indústrias de laticínios, que captam quase 24% de todo leite brasileiro, quase 88% dos entrevistados concordam que as informações do Cepea são importantes para avaliar desempenho, e 72,8% concordaram que são informações relevantes para serem usadas como referência de precificação.

Ainda dentro da porteira, o Cepea monitora os custos de produção, identificando os coeficientes técnicos das fazendas modais brasileiras e analisando as variações dos preços dos insumos da atividade. No segmento produtivo, é divulgado mensalmente o indicador do preço do leite ao produtor. Para se ter ideia da extensão da rede de colaboradores que compõem esse projeto, a Média Brasil é calculada com base em mais de 48 mil dados mensais. Quinzenalmente, os colaboradores recebem os preços da pesquisa do leite spot, para, assim, acompanhar as movimentações do preço do leite cru no campo. No segmento industrial, a pesquisa do Cepea monitora quinzenalmente preços dos lácteos negociados com canais de distribuição. Para o estado de São Paulo, os indicadores são semanais, no caso do leite em pó fracionado (400g), e diários, nos casos do leite UHT e queijo muçarela.

Aqui, vale destacar o motivo da escolha destes três lácteos como indicadores para a pesquisa do Cepea. Estima-se que aproximadamente 30% de todo leite cru seja utilizado na produção de UHT; outros 30%, na fabricação de leite em pó; e mais 30%, na produção de queijos, com a muçarela sendo a mais comum. Esses lácteos são considerados commodities, mas possuem estratégias de fabricação e comercialização distintos. Tanto o UHT quanto o leite em pó são produtos que não necessitam de refrigeração e têm prazo de validade mais longo, permitindo aos laticínios estocagem e expansão do mercado de atuação. Por outro lado, a produção desses itens demanda um leite de qualidade superior, com alta estabilidade térmica. Já no caso da muçarela e dos queijos, em geral, há uma maior flexibilidade quanto à qualidade da matéria-prima. A variabilidade da qualidade faz com que haja maior impacto da marca na negociação. Como a muçarela é um produto que tem data de validade mais limitada, sendo dependente de refrigeração para a logística e venda, é necessário que a produção ocorra por encomenda.

A cadeia do leite é, assim, monitorada pela equipe do Cepea para que se possa compreender a geração de valor entre os segmentos. A síntese mensal desses resultados é publicada no Boletim do Leite, mas os participantes da rede de colaboradores do Cepea recebem outros informativos também.

O preço não é só uma cifra: ele é também uma informação, que auxilia os agentes de um SAG a mensurar seu desempenho, a oferta, a demanda e os impactos de diferentes estratégias que eles podem adotar para gerir seus negócios. Ao se munirem de informação, os agentes da cadeia do leite podem não apenas compreender melhor o cenário atual, mas se prepararem para cenários futuros. É essa constante adaptação, no curto e longo prazos, que possibilita a resiliência dos negócios, mesmo diante das adversidades do mercado.

Esse texto busca relembrar o papel da informação no desenvolvimento do agronegócio. O crescimento econômico deriva, sim, de investimentos estruturais, como assistência técnica, melhoria em nutrição, saúde e reprodução animal, treinamento de mão de obra, adoção de ferramentas gerenciais nas fazendas e laticínios. Depende também de infraestrutura e logística. Mas tudo isso exige um ambiente institucional que favoreça a diminuição das assimetrias de informação e dos custos de transação. Por isso, é preciso que a sociedade apoie, colabore, financie e valorize as iniciativas que geram informações sobre as cadeias produtivas.

Fonte: Por Natália Grigol, pesquisadora da equipe leite do Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas No Rio Grande do Sul

Declaração de rebanho tem prazo prorrogado para 31 de julho

Prorrogação se deve às fortes chuvas registradas em maio no Rio Grande do Sul, que causaram indisponibilidade de diversos sistemas da Procergs.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Declaração Anual de Rebanho 2024 teve seu prazo final prorrogado para 31 de julho. A prorrogação se deve às fortes chuvas registradas em maio no Rio Grande do Sul, que causaram indisponibilidade de diversos sistemas da Procergs – entre eles, o Sistema de Defesa Agropecuária (SDA), por onde a declaração é feita. A Instrução Normativa nº 15/2024, que prorroga o prazo, foi publicada no Diário Oficial do Estado na quarta-feira (11).

A Declaração de Rebanho é uma obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos detentores de animais. Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Um tutorial ensinando a realizar o preenchimento pode ser consultado aqui. Caso prefira, o produtor também pode fazer o preenchimento nos formulários em PDF ou presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária, com auxílio dos servidores da Seapi e assinando digitalmente com sua senha do Produtor Online.

A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada no estabelecimento, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, abelhas, entre outros. No formulário de caracterização da propriedade, há campos como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais têm questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros.

Em 2023, a declaração teve adesão de 84,19%, índice que se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores.

Fonte: Assessoria Seapi
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Preços de cortes mais baratos da carne bovina reagem no atacado

Dados do Cepea mostram que os valores dos cortes dianteiro e ponta de agulha, mais baratos, se destacaram com reajustes positivos, ao passo que o traseiro segue em desvalorização.

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Foto: Fernando Dias

Enquanto os mercados de boi e de reposição seguem com baixa liquidez e preços enfraquecidos, as negociações de carne com osso no atacado da Grande São Paulo voltaram a se recuperar.

Dados do Cepea mostram que os valores dos cortes dianteiro e ponta de agulha, mais baratos, se destacaram com reajustes positivos, ao passo que o traseiro segue em desvalorização.

Pesquisadores do Cepea indicam que o comportamento distinto dentre os cortes tem relação com a exportação mais intensa de peças do dianteiro e também com a renda da maioria dos consumidores brasileiros.

Ainda que alguns indicadores macroeconômicos – como o desemprego – estejam evoluindo positivamente, o poder de consumo segue limitado e, para muitos, não alcança cortes mais nobres de carne bovina.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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