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Suínos / Peixes

Estudo sugere descarte de nascidos com baixo peso

Trabalho da UFPR propõe reflexão da cadeia suinícola brasileira sobre viabilidade de leitões nascidos com menos de 800 gramas. Mesmo com manejo, ingestão de colostro seria insuficiente para garantir sobrevivência do animal

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A hiperprolificidade tem sido uma busca incessante para produtores de suínos em todo o mundo. Basicamente, para a indústria, quanto maior o número de nascidos vivos melhor. Mas um projeto de extensão conduzido por uma equipe da Universidade Federal do Paraná (UFPR) está questionando a viabilidade desse modelo de sistema na produção. O estudo sugere o descarte de leitões nascidos com menos de 800 gramas por conta da incapacidade desse animal consumir a quantidade de colostro necessária para garantir a sua sobrevivência.

O estudo “Perfil da ingestão do colostro em granjas de suínos do Paraná”, apresentado durante a PorkExpo 2016, de 18 a 20 de outubro, em Foz do Iguaçu, terá mais uma etapa, no verão de 2017, quando os pesquisadores pretendem provar a viabilidade econômica de adotar um modelo priorizando os leitões mais pesados. O coordenador do trabalho e suplente de chefe do Departamento de Ciências Veterinárias da UFPR do campus de Palotina, Geraldo Alberton, sabe que o estudo gera polêmica. Em entrevista exclusiva a O Presente Rural, ele revela suas dúvidas quanto à viabilidade de manter vivos leitões que, em sua opinião, possuem pouca chance de sobrevivência e podem atrapalhar o desenvolvimento de leitões maiores.

Alberton explica que o volume de colostro ingerido pelos leitões nas primeiras 24 horas de vida é essencial para a sobrevivência, mas, segundo o estudo, animais com peso abaixo de 800 gramas não conseguem, mesmo com manejo, ingerir o suficiente. “A literatura afirma que a quantidade mínima necessária de colostro ingerido por leitão nas primeiras 24 horas para garantir a sobrevivência durante as primeiras semanas de vida é de 200 gramas. Para obter boa saúde e bom desempenho zootécnico, porém, são 250 gramas. Entretanto, nosso estudo mostra que leitões com menos de 800 gramas não conseguem ingerir os 200 gramas necessários, mesmo sendo estimulados com o manejo de colostro”, justifica.

Material e Métodos

O estudo foi realizado em julho deste ano, em quatro granjas de suínos do Paraná – três localizadas na região Oeste e uma nos Campos Gerais. Todas as granjas utilizam genéticas modernas hiperprolíferas, com plantéis que variaram de 800 a 5,5 mil matrizes. Para a estimativa da quantidade de colostro ingerida nas primeiras 24 horas de vida, os leitões foram pesados em balanças digitais logo após o parto (P0) e 24 horas depois (P24). A partir destas duas variáveis, usando programas estatísticos, a ingestão do colostro foi estimada pela equipe.

Os pesquisadores acompanharam 118 partos, sendo incluídos no estudo 1.328 leitões. Desses, explica Alberton, cerca de 70 nasceram abaixo do peso preconizado. Os leitões que morreram ou que perderam a identificação após a primeira pesagem foram excluídos da análise. A média de nascidos vivos por leitegada foi de 14,26 leitões. A média de VCI foi de 286 gramas. Os P0 e P24 foram 1,331 e 1,405kg, respectivamente.

De acordo com o professor, o VCI apresentou correlação positiva com o peso inicial, de modo que o VCI aumenta conforme aumenta o P0 (Tabela 1). Ou seja: quanto mais pesado nasce o leitão, mais colostro ele ingere. Os pesquisadores e acadêmicos observaram que 79% dos leitões com peso inicial abaixo dos 800 gramas não ingeriram a quantidade de 200 gramas de colostro, que é a dose mínima para garantir a sobrevivência nas primeiras semanas de vida, “demostrando que apesar dos grandes avanços com o tamanho das leitegadas, boa parte está sob risco, pois a taxa de mortalidade aumenta consideravelmente para leitões com baixa ingestão”. O professor cita que já existe outro estudo no Brasil que demonstra a relação direta entre peso ao nascer e volume de colostro ingerido.

Manejo Desnecessário

De acordo com o pesquisador da Universidade Federal do Paraná, a técnica do manejo de colostro é recomendada para melhorar a distribuição do VCI entre a leitegada, garantindo aceso ao aparelho mamário para todos os leitões. Entretanto, o estudo destaca que a prática de manejo, comum em granjas brasileiras, “não afetou a média de volume de colostro ingerido, demonstrando que leitões de baixo peso não conseguem ingerir quantidades suficientes de colostro mesmo quando auxiliados para mamar e/ou quando o acesso ao aparelho mamário é facilitado pela ausência de disputa”.

Outro fato que justifica o manejo de colostro é oferecer não apenas o espaço, mas também a oferta de colostro. Na opinião de especialistas, leitões que nascem antes acabam esgotando primeiro o colostro do aparelho mamário. Porém, novamente os resultados do estudo contrariam a literatura, pois não houve correlação entre ordem de nascimento com a quantidade ingerida.

Do primeiro ao sétimo nascido, o consumo foi de 284 gramas. Do oitavo ao 12º, 294 gramas. Os últimos (>12) consumiram 274 gramas. “Isso se explica porque os leitões que nascem primeiro mamam e vão dormir, dando espaço para aqueles que nasceram depois. Não percebemos que o manejo auxilia no volume de colostro ingerido”, destaca a acadêmica Bruna Siega, do 8º período de Medicina Veterinária e uma das atuantes diretas no projeto. Todo o estudo foi conduzido por 11 acadêmicos, respaldado em professores universitários e médicos veterinários das cooperativas donas das granjas.

Em leitegadas com mais de 12 leitões o VCI foi 24 gramas menor que em leitegadas com até 12 leitões, reforçando, na opinião dos pesquisadores, a relação negativa entre prolificidade e volume de colostro ingerido. A pesquisa ainda demonstrou que o volume de colostro ingerido foi de 298 gramas em primíparas (OP1), 292 gramas em fêmeas que já tiveram de dois a quatro partos (OP 2-4) e de 264 gramas em fêmeas com mais de quatro partos (OP>4), demonstrando que o VCI em primíparas não foi inferior. Por outro lado, as leitegadas de OP 2-4 e OP>4 foram um e dois leitões, respectivamente, maiores que as OP1.

Durante o estudo não foi avaliada a qualidade do manejo de colostro e não houve interferência no manejo. Portanto define Aberton, ele “retrata o efeito deste manejo nos moldes como ele é realizado no campo, e não em condições experimentais”.

Para o professor, o projeto de extensão quebra paradigmas sobre ingestão de colostro, “pois o VCI não foi menor nos leitões de ordem de nascimento maior, tampouco nos filhos de primíparas e nas leitegadas sem manejo de colostro. “O estudo reforça a relação positiva entre o peso ao nascer e o volume de colostro ingerido, assim como o efeito negativo do tamanho da leitegada sobre o VCI, minimizando o efeito de outras variáveis”, cita. Para o professor, o estudo revela que o aproveitamento de todos os leitões nascidos vivos, inclusive os de baixo peso, fracos e com desenvolvimento intrauterino retardado, deve ser revisto pela suinocultura brasileira, pois “a manutenção destes leitões de baixa viabilidade, ingerindo colostro, diminui a ingestão dos leitões viáveis e, ao mesmo tempo, não aumenta a chance de sobrevivência dos mesmos”. Novos estudos serão conduzidos durante o verão de 2017 para verificar a repetibilidade dos dados e acompanhar os leitões durante a fase de maternidade e creche.

Poucos Estudos

“Nossa ideia é ajudar a cadeia produtiva de suínos em pontos pouco esclarecidos, em situações emergenciais, como doenças ou práticas de manejo que precisam ser melhor compreendidas. Por outro lado, usamos o projeto para colocar os alunos dentro das granjas”, comenta Alberton.

De acordo com ele, o tema proposto surgiu da falta de informação sobre o impacto da ingestão de colostro em leitegadas cada vez maiores. “Hoje todo mundo está trabalhando com genéticas que produzem grandes leitegadas. A gente não sabia qual era o impacto disso na ingestão de colostro. Colocamos quatro equipes de alunos nas granjas para mensurar essa ingestão, especialmente a quantidade, usando uma metodologia já consagrada. Os alunos ficaram duas semanas nas granjas e trouxeram os dados para avaliação na Universidade”, conta o professor.

Para ele, as práticas de manejo não surtem efeito e devem ser revistas. “Qual era a recomendação até agora: fazer o manejo de colostro, deixando seis ou sete mamar de cada vez, fazendo revezamento; segundo: leitão que nasce por último consome menos, e terceiro: leitão pequeno, se bem manejado, conseguiria tomar uma boa ingestão de colostro e ter a mesma chance de sobrevivência que leitões maiores. Era o que a gente sabia como verdade. Quando observamos os resultados, vimos que nenhuma dessas três afirmações eram verdadeiras em nossa condição”.

Custos e Doenças

Alberton explica que leitegadas menores, porém com mais peso e maior consumo de colostro, geram também reflexos na redução de custos com mão de obra e medicamentos e no status sanitário do plantel. De acordo com o professor, o suíno de baixo peso, que não consome o suficiente de colostro, é um potencial carreador de enfermidades, já que não tem os nutrientes necessários para obter uma boa saúde.

“O funcionário tem que dedicar muito tempo com o manejo. Isso gera custos. Além do que, sem o manejo você não tem o funcionário pisoteando a granja, promovendo uma possível disseminação de patógenos. Por outro lado, esse suíno atrasado vai gerar mais custos ao ficar mais tempo em cada etapa da produção, e ser um possível amplificador de doenças”, destaca.

Além disso, Alberton comenta que o processo de robotização da indústria, que está primando pela padronização do tamanho da carcaça, vai pressionar uma mudança no processo de produção. “Esses indivíduos menores não vão ser mais aceitos”, entende o estudioso.

Para o professor, “na tentativa de salvar os menores, a suinocultura está drenando esforços (leite) que poderiam estar indo para leitões de maior potencial biológico”.

O professor cita ainda a qualidade da carne como outro ponto negativo em manter leitões menores até o abate. “Se atrasar um mês no processo de produção, esse leitão pode chegar ao peso de abate, mas, além dos custos, a carne é de pior qualidade porque tem mais tecido conjuntivo, que não são músculos. São tecidos de sustentação, como colágenos, que deixam a carne mais dura. Esse leitão custa mais caro, atrapalha os outros, fica doente e no final a carne é ruim”, justifica.

Mais informações você encontra na edição de Nutrição e Saúde Animal de novembro/dezembro de 2016 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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