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Energia renovável depende de crédito competitivo para deslanchar

Incentivos dos governos animam produtores, mas recursos limitados e juros altos ainda são entraves para o negócio

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Foto: Arquivo/OP Rural

A geração de energia no Paraná passa por uma profunda transformação. Basta transitar pelas rodovias para perceber que os painéis fotovoltaicos e os biodigestores, nos últimos anos, passaram a fazer parte da paisagem rural. O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) estima cerca de 15 mil ligações com placas fotovoltaicas espalhadas pelo Estado. No biogás, o CIBiogás calcula que, atualmente, mais de 171 plantas estão em funcionamento, localizadas nas regiões Oeste, Sudoeste, Noroeste e Campos Gerais.

O desenvolvimento das energias renováveis no Paraná tem a contribuição de diversas entidades, como o Sistema Faep/Senar-PR, que colocou o tema como prioridade em suas demandas junto ao poder público. “A geração de energia mais barata e a destinação correta de dejetos gerando um bônus ao produtor têm sido uma das nossas bandeirasnos últimos anos. Esse é o começo de um trabalho que visa colocar o campo paranaense, mais uma vez, na vanguarda”, aponta o presidente do Sistema Faep/Senar-PR, Ágide Meneguette.

Coordenador do Renova-PR, Herlon Almeida: “O retorno financeiro é muito grande” – Fotos: Divulgação

O Programa Paraná Energia Renovável (Renova-PR), conduzido pelo IDR-Paraná, Fomento Paraná e governo do Estado, é uma das iniciativas para incentivar o investimento em energias renováveis. Criado em agosto de 2021, a proposta destinou, até outubro deste ano, R$ 928 milhões em 4.861 projetos em energia solar e 18 em biogás e biometano. “Estamos estimulados pela resposta que os produtores paranaenses estão dando em relação à adoção da geração própria de energia”, avalia Herlon Almeida, coordenador do Renova-PR,complementando: “Muitos estão fazendo com recurso próprio ou com financiamento de banco. É porque realmente vale a pena. O retorno financeiro é muito grande”, salienta.

Pelo Renova-PR, o Estado assume 100% da taxa de juros – que vão, no geral, de 5% a 12% – nas linhas do Plano Safra. “A energia elétrica é um dos insumos que mais pesa no custo de produção. Os produtores de aves, suínos, peixe e leite sabem bem disso. Mas temos alguns gargalos, que precisam ser resolvidos para dar agilidade nos investimentos e na adoção da tecnologia”, destaca Luiz Eliezer Ferreira, técnico do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep/Senar-PR.

Desafios

Projeções do setor apontam que a energia fotovoltaica vai predominar, a ponto de ser maior que a hidráulica nas próximas décadas. A indefinição é a velocidade na qual esse processo vai avançar. Nesse ponto, o crédito acessível tem um papel fundamental. “Precisamos de mais dinheiro nos bancos para sustentar a velocidade que queremos dar as energias renováveis”, analisa Almeida.

Coordenadora regional da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), Liciany Ribeiro: “Estamos pleiteando junto ao governo estadual que tenhamos a mesma condição de outros Estados, que desfrutam de prazo indeterminado desse incentivo”

Segundo Liciany Ribeiro, coordenadora regional da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), o Paraná cresceu menos do que outros Estados nos últimos anos quando se trata de energia fotovoltaica. A situação começou a melhorar nos primeiros dias deste ano, quando foi publicada a Lei 14.300/22, que instituiu o marco legal da microgeração e minigeração distribuída e uma série de incentivos, especialmente a isenção da Taxa de Uso da Rede de Distribuição (TURD) até 6 de janeiro de 2023. “No Paraná, temos uma desvantagem: o ICMS de 18% sobre a tarifa de energia após quatro anos do início da operação das placas fotovoltaicas. Estamos pleiteando junto ao governo estadual que tenhamos a mesma condição de outros Estados, que desfrutam de prazo indeterminado desse incentivo”, cita.

Os juros altos também interferem diretamente na velocidade de expansão da energia renovável, segundo Liciany. “Nosso principal entrave de investimento é a taxa Selic muito alta. Os recursos subsidiados do Plano Safra não estão sendo suficientes e muitos bancos dizem que não têm mais recursos. Isso dificulta o trabalho com o produtor paranaense, pois sem crédito fica muito limitado”, pontua.

A especialista lembra que, no contexto atual de preços de energia, a viabilidade dos projetos já é uma realidade. Isso sem considerar que, em 2023, novos aumentos na conta estão por vir. “As pessoas estão adquirindo mais confiança em investir. O produtor vê o painel no telhado do vizinho, vai atrás de mais informações. Essa credibilidade do boca a boca é a que realmente funciona. Por termos começado depois de outros Estados, temos mais a crescer. Isso transforma o Paraná num cenário mais próspero”, projeta Liciany.

Seminários reuniram mais de 600 produtores

No dia 26 de outubro, o seminário “O presente e o futuro da segurança energética no campo”, promovido pelo Sistema Faep/Senar-PR, abriu a programação da Feira Paranaense de Energias Renováveis, em Cascavel, no Oeste do Paraná. O evento foi prestigiado por cerca de 100 pessoas, entre produtores rurais e lideranças da região.

A diretora técnica do Sistema Faep/Senar-PR, Débora Grimm, parabenizou a iniciativa dos produtores rurais do Oeste do Paraná de promoverem a discussão da geração de energia sustentável, para a redução de custos de produção. “Nós temos feito todo um trabalho de fomento com cursos, cartilhas, seminários e diversas ações. Ver essa discussão ganhando corpo e se transformando em projetos é muito gratificante para nós”, ressaltou Débora.

Para o presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso, as energias renováveis representam um diferencial que, em breve, vai se converter em valor agregado ao agronegócio paranaense. “Estamos em uma região com vocação para transformar proteína vegetal em animal e precisamos de energia barata e da destinação correta dos dejetos”, apontou.

Em abril, o Sistema Faep/Senar-PR promoveu o mesmo seminário no Centro de Treinamento Agropecuário (CTA) de Assis Chateaubriand para mais de 90 pessoas. O evento também ocorreu em Londrina (14/09); Guarapuava (20/09); e Pato Branco (05/10), com a participação, no total, de mais de 400 produtores rurais.

Fonte: Ascom Sistema Faep/Senar-PR

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Carne de frango ganha competitividade frente a concorrentes

No caso da carne suína, as cotações iniciaram maio em alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês. Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

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Foto: Shutterstock

Enquanto a carne de frango registra pequena desvalorização em maio, frente ao mês anterior, as concorrentes apresentam altas nos preços – todas negociadas no atacado da Grande São Paulo.

Como resultado, pesquisas do Cepea mostram que a competitividade da proteína avícola tem crescido frente às concorrentes.

Para o frango, pesquisadores do Cepea explicam que a pressão sobre os valores vem da baixa demanda em grande parte da primeira quinzena de maio (com exceção da semana do Dia das Mães), o que levou agentes atacadistas a baixarem os preços no intuito de evitar aumento de estoques.

No caso da carne suína, levantamento do Cepea aponta que as cotações iniciaram maio alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês.

Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Em apoio ao Rio Grande do Sul

Adapar aceita que agroindústrias gaúchas comercializem no Paraná

Medida é válida para agroindústrias do Rio Grande do Sul com selo de inspeção municipal ou estadual e tem validade de 90 dias. A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos.

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Foto: Mauricio Tonetto/Secom RS

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) vai aceitar que agroindústrias gaúchas com selo de inspeção municipal ou estadual vendam seus produtos em território paranaense.

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na última quarta-feira (15) a Portaria Nº 1.114, permitindo temporariamente a comercialização interestadual de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul, em caráter excepcional.

A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos, garantindo a segurança e a qualidade alimentar para os consumidores.

A decisão atende a uma solicitação da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) pela flexibilização das regulamentações vigentes, com o objetivo de garantir a continuidade da venda dos produtos de origem animal produzidos em território gaúcho, tendo em vista o impacto das enchentes para os produtores rurais.

O assunto foi debatido em uma reunião online realizada na terça-feira (14) entre os órgãos e entidades de defesa agropecuária do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e o Mapa.

“Essa medida representará um alívio significativo para as pequenas empresas, com o escoamento de produtos que poderão ser revendidos nos estabelecimentos distribuídos por diversos estados brasileiros”, explica o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. As autorizações dispostas na Portaria do Ministério são válidas pelo prazo de 90 dias.

Para a gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adapar, Mariza Koloda, a iniciativa representa um importante passo na busca por soluções ágeis e eficazes para enfrentar os desafios impostos pelo cenário de crise no Rio Grande do Sul.

“A cooperação entre os órgãos de defesa agropecuária e o Ministério demonstra o compromisso em atender às necessidades dos produtores e consumidores, ao mesmo tempo em que se mantém a integridade e segurança dos alimentos comercializados em todo o País”, diz.

Segundo a AGL, a grande maioria das agroindústrias familiares depende de feiras, restaurantes, empórios, hotéis, vendas digitais para consumidor direto ou de compras institucionais pelo Poder Público. O impacto das chuvas prejudicou a comercialização das agroindústrias em todas as regiões, com produtores que perderam animais, lavouras e instalações.

Fonte: AEN-PR
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“Brasil está se consolidando como supermercado do mundo”, afirma ministro da Agricultura

Carlos Fávaro participou da 38ª edição da APAS Show, maior feira do setor de alimentos e bebidas da América Latina, em São Paulo.

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Durante a participação na APAS Show, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou o potencial do agronegócio brasileiro e seu impacto na economia. “O Brasil está caminhando a passos largos para ser o supermercado do mundo. O agro brasileiro está se tornando uma referência mundial”, pontuou. “O resultado do esforço no setor não poderia ser diferente, estamos impulsionando a economia. A agropecuária brasileira cresceu mais de 15% em 2023 e refletiu diretamente no PIB do Brasil”, completou Fávaro.

Fotos: Divulgação/Mapa

Organizado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), o evento é o maior do setor de alimentos e bebidas da América Latina e a maior feira supermercadista do mundo. São mais de 850 expositores dentre eles, 200 internacionais. Na oportunidade, o presidente da Apas, Pedro Lopes, ressaltou a importância do setor supermercadista e apresentou que nesta edição, o evento conta com a participação de 22 países.

Entre janeiro e março deste ano, o Brasil exportou US$ 37,44 bilhões em produtos agrícolas. O valor é cerca de 4,5% maior do que o total exportado no mesmo período do ano passado (US$ 35,84 bilhões). O agronegócio representou 47,8% das vendas externas totais do Brasil no período.

Também estiveram presentes na comitiva de visita a feira o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart; o diretor de Promoção Comercial e Investimentos, Marcel Moreira; e o superintendente de Agricultura e Pecuária do estado de São Paulo, Guilherme Campos.

APAS Show

A Apas Show representa uma oportunidade única para empresas nacionais e internacionais da cadeia produtiva de se reunirem, possibilitando a realização de negócios, networking e acompanhamento de lançamentos. Reflete o posicionamento – Além de Alimentos, oferecendo absolutamente tudo de mais relevante para o setor, desde alimentos e bebidas até tecnologia e inovação, passando por logística, finanças, infraestrutura, equipamentos e muito mais.

O encontro está acontecendo entre os dias 13 e 16 de maio de 2024. Para a edição desse ano, há a perspectiva de ultrapassar a marca de R$ 14 bilhões em negócios gerados.

Na edição de 2023 foram mais de 16 mil empresas representadas, com mais de 137 mil visitas gerais.

Fonte: Assessoria Mapa
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