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Suínos / Peixes

Diretora do Dipoa fala sobre autocontrole em frigoríficos

Transformação digital acelerou os avanços tecnológicos na indústria, que passou a incorporar cada vez mais inovações e abordagens focadas na geração sistêmica de valor, criando produtos de maior qualidade, em ritmo e volumes alinhados às demandas de consumo, com níveis cada vez maiores de eficiência.

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Foto: Shutterstock

Responsável pela inspeção de produtos de origem animal e vegetal, a Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária (Dipoa/SDA), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), atua em estabelecimentos de abate de bovinos, bubalinos, ovinos, suínos, javalis, aves, pescados e coelhos. Seus fiscais também trabalham junto a entrepostos de carnes, pescados, laticínios, mel, ovos e na industrialização de seus derivados.

O órgão dispõe de três coordenações gerais, uma responde pela inspeção, sendo responsável por cuidar de toda parte operacional, fazendo a gestão das fiscalizações, dos registros de produtos, de estabelecimentos, das notificações internacionais, gestão das habilitações e certificações sanitárias, entre outros serviços; a segunda engloba os programas especiais, responsável pelos programas nacionais de controle de resíduos contaminantes e de conformidades de produtos de origem animal; e a terceira pelo controle e avaliação de risco sanitário e de reconhecimento de equivalência internacional, não apenas para o Brasil exportar os produtos nacionais, mas também para importar produtos dos seus parceiros comerciais.

Foto: Dudu Leal/Avisulat

Distribuídas nos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, as 11 Regionais do Serviço de Inspeção Federal de Produtos de Origem Animal (Sipoa’s) são responsáveis pela fiscalização de 3.319 estabelecimentos de produtos de origem animal com S.I.F. e 4.144 estabelecimentos fabricantes de produtos para alimentação animal. “Todos esses estabelecimentos registrados no S.I.F. independentemente de terem comércio internacional ou não estão aptos a exportar produto para países que aceitam a legislação nacional”, salienta a médica-veterinária, auditora fiscal e diretora do Dipoa/SDA/Mapa na unidade do Rio Grande do Sul, Ana Lúcia de Paula Viana, que participou do Painel Modernização Industrial do 6º Congresso e Central de Negócios Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (Avisulat), evento promovido entre 28 e 30 de novembro em Porto Alegre, RS, pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat) e pelo Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS).

Na ocasião, a diretora do Dipoa/SDA/Mapa destacou a abrangência dos serviços atribuídos ao órgão público. De acordo com ela, do total de empresas inspecionadas no país, 35,5% é do ramo de lacticínios, 23,2% de carne, 14,4% de ovos, 7,9% de pescado, 7% de mel, 7% de alimentos não comestíveis, além de 4,9% de estocagem. O órgão conta com 1.057 auditores fiscais federais agropecuários, 732 agentes técnicos de nível médio, 176 médicos-veterinários sob contrato temporário, 166 médicos-veterinários contratados por cooperação técnica e 76 pessoas que atuam no setor administrativo.

No país são submetidos à inspeção permanente 144 abatedouros de aves, 219 de bovinos, 87 de suínos e 15 estabelecimentos que abatem ovinos e caprinos, um de avestruzes, um de jacarés, dois de coelhos e três de rãs. “Nestes frigoríficos é obrigatório que durante as atividades de abate tenha um médico-veterinário oficial in loco para realizar a inspeção ante mortem, inspeção post mortem, verificação de elementos de controle, coleta de amostras e certificação sanitária. Nas demais atividades a inspeção é periódica, com frequência de acordo com a classificação de risco de cada estabelecimento, podendo ser quinzenal, bimestral ou anual”, afirma Ana.

Cerca de 83% de frangos de corte, 77% dos suínos e 69% de bovinos abatidos no país em 2021 foram em plantas frigoríficas credenciadas ao Serviço de Inspeção Federal, totalizando mais de 5,158 bilhões de carcaças inspecionadas (5,1 bilhões de aves, 40 milhões de suínos e 18 milhos de bovinos).

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“Mais de 63 milhões de toneladas de carne foram inspecionadas somente em 2021”, Ana Lúcia de Paula Viana, médica-veterinária, auditora fiscal e diretora do Dipoa/SDA/Mapa na unidade do Rio Grande do Sul – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

A diretora do Dipoa/SDA/Mapa destaca a conquista do setor com a revisão completa do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), que instituiu normas complementares baseadas e orientadas no desenvolvimento científico e na inovação tecnológica.

Conforme Ana, as atualizações realizadas tanto em 2017 quanto em 2020 tiveram como base a Lei nº 13.874/2019 sobre a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica e dos Decretos nº 10.178/2019 e nº 10.229/2020, os quais preveem critérios e procedimentos para a classificação de risco de atividade econômica e o direito de desenvolver, executar, operar ou comercializar produto ou serviço em desacordo com a norma técnica desatualizada. “Se uma norma não está em conformidade com o que vem sendo executado e um serviço ou governo não teve tempo de atualizar, o órgão de serviço oficial não pode impedir que o desenvolvimento tecnológico fique preso a uma norma desatualizada”, esclarece a profissional.

No apagar das luzes de 2022, depois de consulta pública e de inúmeros debates, o governo federal sancionou o Projeto de Lei nº 1.293, de 2021, que dispõe sobre os programas de autocontrole no setor agropecuário. A lei estabelece a obrigatoriedade da elaboração, implementação e monitoramento dos sistemas de autocontrole nos processos produtivos em todos os 18 setores regulados pela defesa agropecuária. A ideia foi aperfeiçoar a atuação da defesa agropecuária brasileira, incorporando as informações geradas nos programas de autocontrole de responsabilidade dos agentes regulados, produtores agropecuários e indústria.

Conforme a diretoria do Dipoa/SDA/Mapa, a modernização no sistema de inspeção federal possibilitou o compartilhamento de responsabilidades com o setor regulado, produtores agropecuários e indústria, com a utilização de ferramentas de gestão de risco, programas oficiais delineados estatisticamente com base no volume de produção, inspeção com base em risco de suínos, inspeção com base em risco de aves e normas técnicas de inspeção de bovinos.

Uso de tecnologia na indústria

A transformação digital acelerou os avanços tecnológicos na indústria, que passou a incorporar cada vez mais inovações e abordagens focadas na geração sistêmica de valor, criando produtos de maior qualidade, em ritmo e volumes alinhados às demandas de consumo, com níveis cada vez maiores de eficiência. “O uso de Inteligência Artificial na indústria de alimentos é cada vez maior, o que tem gerado grandes saltos tecnológicos para garantir a automação das linhas de produção. Com a Inteligência Artificial já é possível fazer a tipificação de carcaças bovinas utilizando a padronização de procedimento, aumento do rendimento e precisão dos dados de produção; cronologia dentária para estimar a idade dos animais, utilizando as imagens da arcada dentária, além da avaliação de lesões em carcaças com uso de scanner”, celebra a médica-veterinária.

Desafios

Segundo a diretora do Dipoa/SDA/Mapa, o Brasil ainda tem muitos desafios pela frente em relação ao papel que ocupa como grande produtor e fornecedor de alimentos para o mundo, entre eles cita a garantia da segurança dos alimentos e da segurança alimentar, a manutenção de mercados para exportação dos produtos brasileiros, abertura de novos mercados, gestão de pessoal para atendimento às demandas e definição das atividades de realização exclusiva do serviço oficial e das empresas. “Temos uma demanda de crescimento diária e o serviço público tem dificuldade de atender esse crescimento do setor produtivo com a disponibilização de pessoal. Diante disso, é preciso otimizar cada vez mais a nossa força de trabalho para que consigamos acompanhar esse avanço, sem ser um empecilho para esse crescimento”, ressalta Ana.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola acesse gratuitamente a edição digital de Suínos. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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