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CSA´s apresentam proposta de fundo indenizatório para brucelose e tuberculose

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Os presidentes dos Conselhos Municipais de Sanidade Animal de Guarapuava (CSA), Rodolpho Luiz Werneck Botelho (presidente do Sindicato Rural de Guarapuava), e de Turvo, Alisson Rickli, representando produtores rurais de Guarapuava e região, levaram ontem, 17, ao secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, e ao diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Afonso Kroetz, em Curitiba, propostas para que o governo do Estado ajude produtores rurais que tiverem rebanhos atingidos por brucelose e tuberculose. Para os pecuaristas, atualmente, é preocupante o nível de incidência na região. As duas doenças não têm cura e, quando ocorrem num rebanho, obrigam o criador de gado a sacrificar os animais contaminados. O setor chama a atenção para o fato de que, em alguns casos, o prejuízo pode ameaçar a sobrevivência da propriedade rural atingida. 
Acompanhados de representantes regionais da Seab de Guarapuava, e da Faep, ao lado dos deputados estaduais Artagão de Mattos Leão e Bernardo Carli, Botelho e Rickli apresentaram a sugestão que resultou de uma reunião dos CSA´s da região, dia 5, no Sindicato Rural de Guarapuava: a criação de um fundo de indenização para o produtor que tiver de sacrificar animais por causa de brucelose e tuberculose.  O secretário Ortigara solicitou às lideranças para encaminhar uma mensagem de lei à Assembleia Legislativa constituindo um fundo para indenizar os produtores.
Após o encontro, Rodolpho Luiz Werneck Botelho avaliou que o debate foi positivo. “Foi muito produtiva a reunião. A Seab está aberta a discutir soluções para as duas doenças, que afetam a pecuária de leite”, declarou. Botelho destacou ainda, como importante, o consenso de todos os participantes de que é necessário que não só os pecuaristas, mas toda a cadeia produtiva do leite, se integrem num esforço conjunto para erradicar aquelas doenças.
Chefe da regional da Seab que abrange 12 municípios da região de Guarapuava, Arthur Bittencourt, comentou em entrevista ao site do Sindicato Rural de Guarapuava, ao retornar de Curitiba, que a criação de um fundo de indenização, em especial para rebanhos sacrificados por causa da tuberculose bovina, seria, em sua opinião, viável. Bittencourt acrescentou que o problema das duas doenças também atinge outras regiões e que, a seu ver, é necessário que o Estado estabeleça um plano de combate àquelas enfermidades: “Principalmente no caso da tuberculose, que pode passar para o ser humano”, ressaltou. Ainda de acordo com ele, é preciso também intensificar a divulgação. “Tem produtores que ainda não se conscientizaram”, concluiu. 
Também para o secretário municipal de Agricultura de Guarapuava, Itacir Vezzaro, o encontro de ontem foi positivo, com Seab e Adapar se mostrando sensíveis a uma questão, que, conforme avaliou, necessita da participação de todos os segmentos. “A gente vê o agravamento da tuberculose”, declarou, apontando que a enfermidade representa um risco ainda maior: “Para brucelose, pelo menos, tem vacina”, recordou. “Temos caso de produtor que teve de abater 40% das vacas de leite”, relatou, dimensionando a importância da questão. Por enquanto – enumerou Vezzaro – o município vem tomando algumas medidas para a sanidade dos rebanhos: a vacinação de bezerras, exames periódicos em animais e a inseminação artificial, para evitar a disseminação das doenças na reprodução. Mesmo assim, ele frisou considerar importante um fundo indenizatório: “Pelo menos um fundo indeniza em parte o produtor”.  

Fonte: Ass. Imprensa do Sind. Rural de Guarapuava

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Mais um município paranaense formaliza adesão ao programa que possibilita ampliar vendas da agroindústria

Carambeí pode, a partir de agora, indicar pequenas agroindústrias locais a ampliar o potencial de venda para todo o Paraná, desde que estejam registradas no Sistema de Inspeção Municipal (SIM). O selo Susaf garante aos consumidores produtos de origem animal legalizados e com qualidade. Já são 136 municípios paranaenses com a adesão.

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O município de Carambeí, nos Campos Gerais, formalizou na quinta-feira (25) a sua adesão ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf/PR). O certificado foi entregue à prefeita Elisângela Pedroso, em evento com a presença do vice-governador Darci Piana. Agora, o município poderá indicar pequenas agroindústrias locais para ampliarem o potencial de venda para todo o Estado.

Fotos: Igor Jacinto/Vice Governadoria

Com a adesão, o Estado reconhece a equivalência do serviço de inspeção do município àquele que é exercido pelo Estado para o cumprimento de todas as normas higiênico-sanitárias. “O Governo está junto com vocês”, afirmou Darci Piana. Ele acrescentou que as agroindústrias têm 38.700 empresas envolvidas em alimentos e 38.500 representantes comerciais à disposição para ajudar na comercialização dos produtos. “Aqueles que trabalharem mais ou que sejam mais arrojados vão conseguir se destacar”, disse Piana. “Usem nossas instituições para conseguir um lugar ao sol, usem para ter mais espaço, tão necessário para ajudar nosso Estado e nosso País”, afirmou o vice-governador.

Estado e Ocepar estudam estratégias para transformar o feijão em produto de exportação
Para o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, de nada valeria o esforço do Estado e dos municípios para propiciar as possibilidades de venda, caso não houvesse agroindústrias dispostas a melhorar seus produtos. “O sistema existe primeiramente porque há espírito empreendedor no município”, disse.

Segundo ele, há três selos de inspeção para os produtos de origem animal: o municipal, o estadual e o federal, que determinam onde podem ser comercializados. As pequenas agroindústrias que têm apenas o selo de inspeção municipal só podem vender no próprio município. “Mas, muitas vezes, o produto é muito bom, segue boas práticas. Então nós estamos em uma estratégia para mudar isso, fazendo uma auditoria no serviço municipal. Se tem boa estrutura, capacidade técnica, bons métodos de trabalho, o Estado reconhece a equivalência ao seu serviço e retira as barreiras”, afirmou. “Na prática tem a ver com a capacidade técnica instalada, com estrutura e processo organizado”.

Novas oportunidades

Para a coordenadora do Susaf na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Mariza Koloda Henning, os certificados abrem novas oportunidades para os produtores paranaenses. “As agroindústrias que aproveitarem o momento vão ampliar sua renda”, disse.

A prefeita Elisângela destacou a união do município para ter um pacote de formação e qualificação de mão de obra. “Estamos crescendo, melhorando, e isso é progresso e desenvolvimento chegando a Carambeí”, afirmou. “Para alguns, a conquista do Susaf pode ser um pequeno passo, mas para nós é um grande salto”.

Susaf

Criado por lei em 2013 e regulamentado em 2020, o Susaf/PR é destinado especialmente à agroindústria familiar e de pequeno porte. A exigência é que elas estejam registradas no Sistema de Inspeção Municipal (SIM). O selo pode ser concedido aos municípios ou consórcios intermunicipais que apresentem como atribuição o serviço de inspeção e que ele seja estruturado, garantindo que o produto é de qualidade.

Os estabelecimentos interessados em obter o selo devem seguir os programas de autocontrole, como limpeza, desinfecção e higiene do ambiente e dos manipuladores. Além disso, são exigidos a manutenção das instalações e equipamentos, controle de potabilidade de água, seleção de matérias-primas, ingredientes e embalagens, controle de pragas e vetores e controle de temperatura. Também devem contratar profissional habilitado para a industrialização e conservação dos produtos.

No site da Adapar é possível conferir a lista com todos os municípios cadastrados. Por meio dos links, a pessoa interessada será encaminhada aos sites dos municípios, onde estão informações dos estabelecimentos e dos produtos indicados ao Susaf/PR.

Fonte: AEN-PR
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Governo federal destaca papel da Embrapa no crescimento da agricultura nacional

Durante cerimônia de comemoração aos seus 51 anos, entidade pública estabeleceu sete acordos de cooperação técnica, dos quais dois têm abrangência internacional.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na quinta-feira (25), da cerimônia de comemoração dos 51 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Em discurso, ele destacou o papel da Embrapa no desenvolvimento da agricultura nacional, em especial no Cerrado, e prometeu trabalhar para garantir recursos para suprir as necessidades da empresa. “É uma coisa tão absurda imaginar que um centro de conhecimento como a Embrapa deixe de fazer uma pesquisa porque falta R$ 1 milhão, R$ 2 milhões. Eu diria que é irresponsabilidade de todo mundo”, disse Lula, provocando a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, a apresentar os projetos da empresa.

“E não é bondade minha, não, é reconhecimento do que a Embrapa significa para esse país. O que a gente precisa calcular é que cada centavo que a gente coloca na Embrapa retorna para este país  em milhares de reais, que se transformam em dólares e que fazem a gente ser o maior exportador de carne, de soja, de milho, do que quiser”, afirmou.

Lula disse que a Embrapa é a referência máxima da tecnologia brasileira e defendeu a divulgação das soluções da empresa para a agropecuária em todo o mundo. Ele citou, como exemplo, que as soluções para o Cerrado brasileiro podem ser aproveitadas na Savana africana.

Foto: Divulgação/Embrapa

“Há 50 anos, ninguém dava um tostão furado por uma terra no Cerrado. Falavam: ‘essa terra não presta, a árvores nem crescem, elas ficam tortas’. Até que veio a Embrapa com pesquisa e transformou o Cerrado brasileiro numa coisa extraordinária de produção agrícola, fazendo com que o Brasil chegasse ao topo da produção, com pouca gente no mundo capaz de competir com o Brasil”, disse.

Parcerias
Durante a solenidade, a Embrapa estabeleceu sete acordos de cooperação técnica, dos quais dois têm abrangência internacional: um com o Banco Mundial e outro com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica). Os cinco restantes selam novas parcerias com os ministérios da Fazenda; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; da Agricultura e Pecuária e da Ciência, Tecnologia e Inovação, além de envolverem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste).

Também foram lançadas soluções tecnológicas para a agropecuária e entregues homenagens a profissionais e pesquisadores da Embrapa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu muda de um pequizeiro que produz frutos sem espinhos, desenvolvida pela empresa.

A Embrapa é uma empresa pública, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, que foi criada em 1973 para desenvolver soluções tecnológicas para um modelo de agricultura e pecuária adequado às condições brasileiras. Em celebração, a Embrapa realiza o evento Embrapa 50+, a revolução do futuro começa agora, com atividades até sábado (27) na sede da empresa.

A empresa informou que entrou em um novo ciclo, alinhando suas ações de pesquisa agropecuária às agendas nacionais e globais, como as de transição alimentar, climática, energética e digital.

Soberania e segurança alimentar; alimentos saudáveis e novas tendências de consumo; inclusão socioprodutiva e combate à fome e à miséria; saúde única; multifuncionalidade da agricultura e agricultura de baixo carbono; e conservação e uso racional da biodiversidade são exemplos de questões emergentes que estão no foco da Embrapa.

Fonte: Agência Brasil
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Genética: o pilar sustentável da produção animal

casamento entre a excelência genética e a inovação tecnológica não só impulsiona o progresso da pecuária, mas também consolida seu compromisso com a sustentabilidade e responsabilidade ambiental.

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Foto: Divulgação/ABS

A tríade imponente de sanidade, bem-estar e genética não é apenas uma teoria, mas sim a espinha dorsal de toda a produção animal. Esses três pilares não só garantem a eficiência, mas também são a base de uma abordagem verdadeiramente sustentável para a produção animal. Contudo, como a realidade do campo nos lembra incansavelmente, tudo começa com a genética.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Em um cenário em que as discussões sobre sustentabilidade ganham cada vez mais relevância e alcance, a urgência de ações concretas se torna evidente. Diariamente, vemos uma crescente pressão e culpabilização sobre a produção animal em relação aos impactos ambientais, como emissões de gases do efeito estufa e desmatamento. É hora de agir rapidamente, trazendo clareza aos debates por meio de dados concretos relacionados à capacidade da produção animal de ser sustentável, e a genética é o insumo permanente.

No contexto desafiador da produção animal sustentável, a genética se destaca como o alicerce desde o primeiro momento, moldando os anos subsequentes após cada seleção criteriosa. Ao longo de décadas, testemunhamos de perto os avanços tecnológicos no campo do melhoramento genético animal, uma saga de progresso que assegura a continuidade dos alelos favoráveis – as verdadeiras engrenagens que impulsionam a produção animal.

A busca por características que potencializam a eficiência animal está no centro das atenções e é amplamente adotada. Esta abordagem tem permitido a coleta de fenótipos relevantes, evidenciando a capacidade de animais com alto mérito genético em manter padrões elevados de qualidade e desempenho, ao mesmo tempo em que demonstram uma excepcional eficiência na conversão alimentar, no rendimento de carcaça e na redução do tempo de permanência na fazenda. Os pecuaristas contabilizam, ao final, um saldo positivo rastreado e almejado.

Na vanguarda da inovação na pecuária, a implementação estratégica de linhagens terminais nos rebanhos emerge como um exemplo marcante de avanço. Esta abordagem, que capitaliza a complementaridade entre raças e explora a heterose, tem impulsionado de forma notável a eficiência produtiva. Resultados tangíveis são observados na redução substancial do tempo de confinamento dos animais, além de um notável aumento no peso e rendimento da carcaça, bem como na qualidade da carne.

Além disso, destacamos a importância da aplicação de tecnologias de ponta e metodologias inovadoras, como as ômicas, que têm revolucionado o cenário da seleção genética. Este vasto campo promete uma nova era na pesquisa e aplicação, permitindo a identificação e expressão de características altamente desejáveis. Entre elas, destaca-se a atenção aos pilares da sustentabilidade, bem como a compreensão aprofundada da microbiota ruminal, cujo papel crucial na mitigação das emissões de gases do efeito estufa é cada vez mais reconhecido.

Assim, o casamento entre a excelência genética e a inovação tecnológica não só impulsiona o progresso da pecuária, mas também consolida seu compromisso com a sustentabilidade e responsabilidade ambiental.

Em resumo, a manutenção da conexão ciência-indústria-campo é um elemento vital na busca pela produção sustentável, permitindo a produção de animais mais eficientes, saudáveis e adaptados ao meio ambiente, garantindo estabilidade na produção animal e um futuro alimentar seguro e saudável para as gerações futuras.

Nessa jornada, há um setor engajado e com a busca incessante pela excelência genética, pois sabemos que é a partir dela que construímos os fundamentos de um amanhã mais promissor para a produção animal sustentável, sem esquecer de garantir a subsistência da próxima geração de agricultores e pecuaristas.

Fonte: Por Laís Grigoletto, gerente de Serviços Genéticos Corte Latam da ABS.
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