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Suínos / Peixes

Controle de enfermidades na tilapicultura industrial brasileira

O principal fator de risco para ocorrência destas doenças é o aumento da temperatura da água, sendo então comumente caracterizadas como doenças de verão, quando a temperatura da água ultrapassa 29ºC.

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Foto: Arquivo/OP Rural

Entre as enfermidades que ocorrem na criação de tilápias, as doenças bacterianas possuem maior impacto sanitário, sendo responsáveis por importantes perdas econômicas, sociais e ambientais em todo o mundo. De forma geral, as estreptococoses são as principais doenças que afligem a criação de tilápias, podendo ser causada por diferentes espécies e sorotipos de bactérias pertencentes ao gênero Streptococcus. Da mesma forma, recentemente têm emergido a lactococose, que é causada pela bactéria Lactococcus petauri. Esta enfermidade compartilha muitas semelhanças clínicas com as estreptococoses, sendo todas elas bactérias ácido-láticas Gram-positivas.

As estreptococoses e lactococose são doenças que geralmente causam maior impacto em peixes que estão na fase de recria e engorda, na qual os principais surtos são observados neste grupo de risco. Além disso, o principal fator de risco para ocorrência destas doenças é o aumento da temperatura da água, sendo então comumente caracterizadas como doenças de verão, quando a temperatura da água ultrapassa 29ºC. Clinicamente, os animais doentes apresentam natação errática, com nado em rodopio, ocorrência de olhos saltados (Figura 1a) e por vezes observamos o acúmulo de líquido na cavidade celomática dos peixes doentes.

Por outro lado, outra bacteriose de importância na tilapicultura global é a franciselose. Esta doença é causada pela bactéria Gram-negativa Francisella orientalis, que induz um quadro de granulomatose sistêmica, especialmente em formas jovens de tilápia (Figura 1b). A formação de granulomas é um processo inflamatório atrelado à imunidade celular dos peixes, na tentativa de limitar a dispersão do patógeno e promover sua eliminação. No entanto, no caso da franciselose, o agente bacteriano possui estratégias que permitem evadir a estes mecanismos de defesa, especialmente em condições de baixas temperaturas da água, que se constitui no principal fator de risco para ocorrência da franciselose.

Figura 1. Tilápia adulta exibindo sinais de estreptococose, com escuresciemnto em sua coloração da pele, além de olhos saltados (a), além de um juvenil de tilápia exibindo granulomatose branquial causada pela infecção por Francisella orientalis (b).

As estreptococoses, a lactococose e franciselose constituem nas três principais doenças bacterianas que acometem a criação de tilápia em todo o mundo, sendo caracterizadas como patógenos primários, na qual possuem a capacidade de infectar animais saudáveis, associado aos seus respectivos fatores de risco. Por outro lado, outros agentes bacterianos não possuem a mesma patogenicidade e habilidade de causar infecções em animais saudáveis, no entanto, quando o organismo animal já encontra-se debilitado por outras causas, podendo estar associado à outras doenças pré-existentes, especialmente enfermidades virais como no caso da infecção pelo iridovírus ISKNV, proporciona-se condições para que agentes bacterianos oportunistas possam causar infecção, como geralmente observado pelas Aeromonas móveis, Edwardsiella spp. e Flavobacterium spp.

Controle das doenças bacterianas

Diferentes estratégias são utilizadas para gerenciar doenças bacterianas na criação de tilápias, tanto para prevenção quanto para o tratamento. A tomada de decisão para escolha da melhor estratégia sempre será atrelada ao quadro clínico que se encontra no campo, mediante avaliação pelo profissional de saúde especializado em peixes.

Podem ser utilizados desde alterações no regime de alimentação dos animais, tanto quanto na formulação da ração, com inclusão de ingredientes funcionais, tais como pré e probióticos, vitaminas, ácidos graxos, além do uso de diferentes blends de ácidos orgânicos que possuem a capacidade de atuar diretamente na integridade das bactérias. No entanto, estas estratégias são adequadas para prevenção destas doenças, não sendo as mais apropriadas para controle de um surto de mortalidade devido a uma bacteriose. Para estas condições, se faz necessário o emprego de medicamento veterinário com ação antimicrobiana.

No Brasil temos poucas moléculas de antibióticos registradas para uso na tilapicultura. Além disso, dentre os medicamentos veterinários licenciados no mercado local é notável a falta de indicações de bula para a alguns patógenos primários que acometem a tilápia, não havendo informações para tratamento da franciselose e lactococose, por exemplo. Esta condição, favorece o uso off label de produtos, que envolve desde o emprego de moléculas não licenciadas para tilapicultura, quanto uso de dosagens fora da especificação, muitas vezes sem o respaldo de estudos de eficácia, tampouco de tempo de carência dentre as diferentes faixas de temperatura que ocorrem sazonalmente no Brasil.

Diante deste cenário, as ferramentas de imunoprofilaxia ativa, baseada na vacinação massal dos planteis, têm ganhado força na rotina da tilapicultura nacional. Com a implementação de programas de vacinação, podemos promover proteção de longa duração durante todo o ciclo de criação, reduzindo a circulação de patógenos, bem como a demanda por medicamentos antibióticos, além de proporcionar maior segurança e rentabilidade para o tilapicultor.

Vacinação na tilapicultura

Embora o Brasil seja o quarto maior produtor global de tilápia, atualmente se destaca como o principal país a vacinar tilápias em todo o mundo, consumindo anualmente cerca 230 milhões de doses de vacinas injetáveis, conforme estimativa realizada no ano de 2022. A posição de destaque do Brasil no cenário global do mercado de vacinas para tilápias se deve a vários fatores, dentre eles a grande familiarização dos produtores rurais aos programas de vacinação massal empregados rotineiramente em outras atividades de criação animal, especialmente na avicultura e suinocultura. Além disso, o custo de tratamento por meio do uso de fármacos antibióticos pode representar uma parcela importante do custo de produção animal, tornando-se mais econômico optar pelos programas de vacinação. Por fim, requerimentos do mercado consumidor também têm se tornado fatores importantes na tomada de decisão de algumas empresas ao optar pelo uso de vacinas.

Existem diferentes formulações de vacinas injetáveis licenciadas, bem como uma grande variedade de vacinas autógenas que permitem a customização da formulação do produto conforme o perfil de isolamento de patógenos obtido na piscicultura. Além disso, algumas doenças bacterianas com grande importância sanitária no Brasil, como a franciselose e a lactococose, não possuem vacinas licenciadas disponíveis no mercado local. Portanto, as vacinas autógenas passam a desempenhar um papel decisivo ao promover o controle ágil e efetivo destas enfermidades.

Algumas indústrias veterinárias têm concentrado seus esforços no desenvolvimento de novos produtos localmente, colocando o Brasil numa posição de destaque no cenário global de desenvolvimento de novas vacinas para tilapicultura. Por este motivo, o mercado brasileiro conta com a maior oferta de vacinas para tilápias quando comparado a outros países produtores da espécie, com produtos disponíveis para alevinos, juvenis e reprodutores.

Critérios para escolha de vacinas

Nenhuma vacina disponível entrega 100% de proteção, havendo inúmeros fatores que podem contribuir para redução da eficácia dos produtos biológicos. Portanto, se faz necessário que o fornecedor destas vacinas entregue um acompanhamento muito próximo de seus clientes, de forma a capacitar sua equipe de vacinação, difundir os conceitos de boas práticas de vacinação, bem como realizar a avaliação sanitária dos lotes que serão vacinados. Por meio deste suporte, pode-se alcançar resultados superiores no programa de vacinação, permitindo que o produto entregue seu máximo potencial de proteção.

Para que o programa de vacinação seja efetivo, necessariamente deve-se conhecer os reais desafios sanitários que ocorrem em cada fazenda de criação. Para isso, estabelecer uma rotina de diagnóstico laboratorial em um centro de referência torna-se essencial para gestão sanitária de cada fazenda, permitindo a elaboração de um programa de vacinação direcionado aos problemas locais. Além disso, atualmente estão disponíveis inúmeras técnicas laboratoriais que permitem a tipificação genética dos patógenos, contribuindo desta forma na elaboração de informações sobre a epidemiologia molecular destes agentes, que por sua vez permitem maior compreensão sobre a distribuição de diferentes clones em uma região, bem como a caracterização de cepas mais patogênicas, permitindo o desenvolvimento de vacinas ainda mais específicas.

O teste de segurança visa conferir o quanto uma determinada formulação de vacina é inócua ao ser administrada a um animal saudável, sem a ocorrência de efeitos adversos graves, proporcionando tranquilidade na administração do produto pelo time de vacinação à campo. Por outro lado, a eficácia da vacina pode ser determinada de diferentes formas, podendo ser a eficácia relativa por meio de sorologia, na qual é determinada os níveis de anticorpos contra os patógenos presentes na vacina, ou por meio de testes de potência, na qual os peixes são vacinados e posteriormente desafiados contra os patógenos presentes na formulação da vacina, permitindo determinar o seu porcentual de proteção.

Automação do processo de vacinação

A vacinação manual ainda predomina no cenário global e nacional da tilapicultura, uma vez que a operação manual em tanques-rede ainda é realizada de forma simplificada quando comparada aos requisitos necessários para vacinação em viveiros escavados. O manejo de captura, espera até o manejo despesca e vacinação torna-se ainda mais desafiador em criações de viveiros escavados, sendo um gargalo para as pisciculturas do sul do Brasil.

Soluções em automação têm sido desenvolvidas e aprimoradas, buscando trazer soluções específicas a este problema que muitas vezes limita a vacinação em grande escala de peixes, especialmente em viveiros escavados. No momento, existem opções de máquinas que contam com diferentes níveis de automação do processo de vacinação, bem como outras que contam somente com o processo de classificação dos animais conforme seu tamanho, incluindo o manejo de vacinação manual, e por fim um sistema de contagem dos animais. Certamente nos próximos anos continuaremos a presenciar uma evolução contínua na automação do manejo de vacinação em tilápias.

Considerações finais

A tilapicultura brasileira continuará a se destacar no cenário global de pescado, especialmente em termos de qualidade de sua produção, controle sanitário das enfermidades e passará a prover tecnologias para outras regiões produtoras. A vocação empreendedora do produtor rural brasileiro, atrelada à sua expertise na produção de proteína animal, continuará a ser o motor de expansão desta atividade, uma vez que contamos com a cadeia de suprimentos estruturada e tecnologias que permitirão este crescimento ao longo dos próximos anos.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor aquícola acesse gratuitamente a edição digital de Aquicultura. Boa leitura!

 

Fonte: Por Santiago Benites de Pádua, médico-veterinário, MSc em Aquicultura e gerente de Marketing Aqua Vaxxinova

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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