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Suínos / Peixes

Como melhorar os resultados financeiros em uma granja de suínos

Especialista defende que várias decisões que são tomadas hoje, com base nas experiências do passado, acabam ficando obsoletas, diante de tanta transformação que estamos vivendo.

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Foto: Shutterstock

Em mais de 20 anos de vivência na atividade de produção de suínos, sempre me chamou a atenção a dificuldade que o produtor tem no tocante a gestão de custos. Muitas vezes este tipo de raciocínio que quero chamar a atenção aqui ocorre apenas no seu íntimo. Vários gestores de granja se questionam o que poderiam mudar, ou o que poderia melhorar dentro do que vêm fazendo, afim de conseguir se manter vivo e saudável dentro da atividade.

Tenho repetido muito a seguinte frase nas minhas consultorias: “dentro das alternativas possíveis de escolha, nunca vamos optar por uma que não seja a mais interessante para nós”, e é batendo de frente com isso que várias decisões que são tomadas hoje, com base nas experiências do passado, acabam ficando obsoletas, diante de tanta transformação que estamos vivendo.

Basta estudar um pouco para que tenhamos um pensamento praticamente unanime de que o correto para nosso cérebro é tomar novas decisões em cima das experiências que construímos com as decisões assertivas já realizadas no passado. Sendo assim, ousar na compra de um determinado aditivo para ração, por exemplo, com um custo maior, em um momento em que estamos praticamente no zero a zero dentro da atividade, precisa estar muito bem embasado.

Estou chegando onde quero, que é a necessidade do produtor de encontrar empresas e pessoas que lhe ajudem a medir, controlar e avaliar todas essas variáveis. Afinal, dentro de um organismo vivo como a sua granja, podemos encontrar centenas de dezenas de atividades ocorrendo simultaneamente.
Sendo assim, o primeiro passo para melhorar os resultados financeiros dentro da granja é escolher empresas parceiras pelo nível de entrega que a empresa tem, tanto em produtos como em serviços. Algumas empresas, e isso é normal em todo segmento, possuem produtos e serviços que não agregam o valor esperado e acabam comprometendo a saúde financeira de seu negócio.

Vejo diariamente compras sendo realizadas pelo preço do saco, quando na verdade temos aqui o barato saindo caro. Mas por que isso acontece tanto em uma atividade tão importante, e acontecendo em propriedades que possuem informações e relatórios gerenciais?

A resposta começa a aparecer quando vemos grandes organizações tomando decisões com base em relatórios que muitas vezes são coletados e confeccionados de maneira não apropriada, gerando decisões equivocadas e não rentáveis ao negócio. Vamos aos exemplos práticos: uma das ocorrências mais comuns é ver granjas com números de nascidos excelentes, taxas reprodutivas invejáveis, mas na hora em que vamos buscar informações – que normalmente não estão disponíveis – para cruzar ração de reprodução gasta x parto realizado, constatamos que a diferença de uma granja para outra é alarmante.

Ano passado, atendi um cliente com duas upl’s onde uma gastava 453 kg de ração por parto, e a outra 511 kg por parto, diferença de 58 kg de ração por parto realizado. Se usarmos um custo médio de R$ 1,40 por kg, estamos falando de R$ 81,20 a mais com ração reprodução por parto – isso para 14 animais nascidos vivos. Sendo assim o leitão já arranca com R$ 5,80 a mais de custo de ração reprodução, o que notoriamente, mina o resultado nesse pedacinho de toda a jornada produtiva.

Evolução

Em resumo, precisamos montar indicadores financeiros eficientes para usarmos em nosso dia a dia. Acredito que temos, sim, boas condições de rapidamente colocar em prática modelos de gestão que são comuns fora do Brasil, afim de ganharmos eficiência, inclusive já vemos esse movimento ocorrendo por aqui.

Assim como o exemplo citado, temos inúmeros, e por todo o movimento de transformação e atualização que a nossa suinocultura passou, chegando a níveis zootécnicos muito elevados, fica totalmente inviável tentar fazer a gestão dessa máquina poderosa apenas no caderno. Precisamos buscar práticas de gestão atualizadas, em conformidade com o que estamos fazendo dentro das nossas granjas.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola acesse gratuitamente a edição digital de Suínos. Boa leitura!

Fonte: Por Luis César Nogueira e Silva, administrador com ênfase em análise de sistemas, MBA em Gestão de negócios, Controladoria e Finanças Corporativas

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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