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Cientistas desenvolvem metodologia para medir emissões de GEE na aquicultura

Metodologia prima pelo baixo custo e facilidade de operação e foi desenvolvida para uso em reservatórios ou em ambientes marinhos

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Foto: Divulgação

Cientistas da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe, (São José dos Campos, SP) criaram um Modelo para amostragem e avaliação de Gás de Efeito Estufa(GEE) em reservatórios com produção aquícola para fazer frente à quantidade e à complexidade das demandas por mais informações sobre as emissões associadas a aquicultura no Brasil.

O documento apresenta um conjunto de tecnologias e metodologias testadas e verificadas para amostragem e determinação de GEE em reservatórios. Com pequenas adaptações, estas metodologias também poderão ser extrapoladas para outros corpos d’água, como no mar ou água doce, em tanques escavados, ou ainda em outros tipos de produção aquícola, como a produção de mariscos e ostras em ambientes marinhos.

Conforme explicou um dos autores, o bolsista de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (DTI-A do CNPq), vinculado ao projeto BRS Aqua, Marcelo Gomes da Silva essas não são propriamente metodologias inovadoras, uma vez que existem diversas outras formas de medir GEE. “As vantagens destes métodos é que foram testados e se apresentaram como os mais indicados para realizar esse tipo de trabalho.  O baixo custo dos equipamentos, obtenção de dados confiáveis, a facilidade de manuseio no campo e a facilidade de manutenção, aliada à facilidade de deslocamento com os equipamentos no campo foram determinantes na escolha para amostrar as emissões nesse tipo atividade”. Gomes ressalta ainda que a metodologia não necessita de uma pessoa especializada para utilizar os equipamentos. “Um produtor consegue aplicar os métodos na sua propriedade, após um breve treinamento com facilidade, ” disse.

 

Importância de se determinar as emissões da aquicultura

A metodologia é mais um passo para o entendimento do real impacto da criação de peixes em tanques-rede em reservatórios da União. Atividades agropecuárias como a bovinocultura tem sido muito cobrada devido à alta emissão de GEE. As informações sobre as emissões associadas à cadeia produtiva de peixes ainda são escassas e não permitem comparação com as principais cadeias produtivas de proteínas animais. O que se pretende é ampliar o conhecimento da dinâmica dos GEE na piscicultura em tanques-rede e a possibilidade da aquicultura se apresentar como alternativa de produção de carnes com baixa emissão de carbono.

Conforme destacou a chefe adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Meio Ambiente, Ana Paula Packer, “ a definição de uma metodologia ideal irá colaborar na mensuração da pegada de carbono da produção de proteína de peixe no Brasil. Nesse sentido, é necessário o mapeamento das emissões na atividade, em função dos diferentes reservatórios existentes no País e que se configuram em um enorme potencial para alancar a atividade”.

O trabalho de abordagem do protocolo para amostragem e determinação de fluxo de gases de efeito estufa GEE na interface água-atmosfera e concentração de GEE dissolvidos na água tem como autores as pesquisadoras Ana Paula Packer e Fernanda Garcia Sampaio da Embrapa, Plínio Carlos Alavava e Luciano Marani do Inpe e Marcelo Gomes da Silva do CNPq.

 

Crescimento da produção de proteínas de peixes

Ampliar as informações sobre a emissão associada a aquicultura é uma das principais demandas atuais, já que é uma das atividades de produção de proteína que mais cresceu no Brasil nas últimas décadas, devido principalmente à incentivos de programas governamentais.

Mundialmente a maior produção de proteínas de peixes ocorre principalmente na Ásia e China (70% da piscicultura). Gomes lembra que no Brasil há uma extensa malha hidrográfica e diversos reservatórios com grande potencial para produção aquícola. Ainda segundo ele, os nossos reservatórios são tropicais e isso beneficia o crescimento das espécies, mas o pesquisador destaca que é de extrema importância avaliar se esse tipo de atividade causa impactos ao meio e em que medida, seja como estratégia ambiental, legal e até de mercado.

“Reservatórios, de forma geral, são produtores naturais de GEE e precisamos identificar se as atividades alteram significativamente a emissão e quantificar o quanto altera para que tenhamos um sistema produtivo mais sustentável, capaz de conquistar o mercado ” disse.

 

BRS Aqua

O estudo é componente do projeto “Ações estruturantes e inovação para o fortalecimento das cadeias produtivas da aquicultura no Brasil (BRS Aqua),” um ambicioso projeto de pesquisa em aquicultura que visa estruturar o setor e também a pesquisa científica necessárias para atender demandas dos produtores e do mercado aquícola no País. Como o perfil do projeto é estruturante, o BRS Aqua vai gerar diversos produtos e, entre esses, deixará um importante legado no incremento da infraestrutura para a realização de futuras pesquisas na área da aquicultura.

O BRS Aqua reúne ações de pesquisa e de transferência de tecnologia que envolve mais de 20 Unidades da Embrapa, cerca de 270 empregados da empresa e recursos financeiros de diferentes fontes. Conta ainda com dezenas de parceiros públicos e de empresas privadas.

São quase R$ 45 milhões do Fundo Tecnológico (Funtec) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 6 milhões do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) (que estão sendo executados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o (CNPq), além de outros R$ 6 milhões da Embrapa.

Fonte: EMBRAPA

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Governo federal reforça compromisso na busca de mais investimentos para a Embrapa

Atualmente, para cada R$ 1 investido na Embrapa, R$ 21,23 retornam para a sociedade brasileira. Conforme o Balanço Social de 2023, o lucro social da empresa foi de R$ 85,12 bilhões com mais de 66,2 mil novos empregos criados.

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Com foco na revolução para o futuro do agro brasileiro, na quinta-feira (25), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) celebrou seus 51 anos de criação. Na ocasião, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reforçaram o compromisso em trazer mais investimentos para alavancar o crescimento da empresa.

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, pontuou que há 14 anos um presidente da República não ia à empresa. “A Embrapa é a empresa de maior respeitabilidade do Brasil e cabe a nós, do governo, dar a ela o tamanho que ela merece”, ponderou o presidente Lula. “Não é bondade do governo federal. É o reconhecimento da importância da Embrapa no desenvolvimento agrícola do nosso país. Cada dinheiro investido na Embrapa, retornam milhões de reais para o Brasil”, completou.

Fotos: Divulgação/Mapa

O ministro Fávaro ressaltou o importante papel da Embrapa no avanço da vocação brasileira para a produção de alimentos. Desde a criação da empresa, o Brasil passou de importador para um dos principais exportadores do mundo. “Sob a gestão do presidente Lula, saímos da 13ª, somos a 9ª e vamos, rapidamente, ser a 8ª economia do mundo, descobrimos há 50 anos a nossa verdadeira vocação, que é produzir alimentos de qualidade”, destacou o ministro.

Atualmente, para cada R$ 1 investido na Embrapa, R$ 21,23 retornam para a sociedade brasileira. Conforme o Balanço Social de 2023, o lucro social da empresa foi de R$ 85,12 bilhões com mais de 66,2 mil novos empregos criados. “Fortalecer e trazer a empresa de volta ao PAC, buscar com que a Embrapa se prepare para os próximos 50 anos é um legado que o presidente Lula está deixando a partir de agora”, completou Fávaro. Para isso, o presidente convocou, durante a cerimônia, os ministros Fávaro e Paulo Texeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) para uma reunião com foco nas demandas da Embrapa para os próximos 50 anos.

A presidente Silvia Massruhá destacou o impacto do trabalho realizado pela Embrapa. “Derrotar a fome, garantir a segurança alimentar no nosso país e no mundo, o acesso a alimentos saudáveis e de qualidade para todos os cidadãos, a promoção da melhoria do bem-estar e de qualidade de vida, o desenvolvimento sustentável, o enfrentamento dos efeitos da mudança do clima, a redução das desigualdades no campo, fazendo com que o conhecimento e a inovação tecnológica produzidos alcancem o pequeno, o médio, o grande produtor rural, dos menos até os mais tecnificados. É para isso que a Embrapa trabalha”.

Terceirização

Ao enfatizar que o reconhecido trabalho de pesquisa e desenvolvimento realizado pela Embrapa é feito, sobretudo, por pessoas, Fávaro lembrou as palavras da presidente ao destacar que a ciência não é feita apenas com investimentos. “Por isso, deixamos aqui a garantia de que não haverá a terceirização da carreira de auxiliar de pesquisa”, disse o ministro em atenção a um dos pleitos dos servidores da Embrapa. A empresa conta com 7,7 mil trabalhadores atuando em 43 unidades em todo o país.

Acordos de cooperação

Durante o evento, foram celebrados dois acordos de cooperação técnica de abrangência internacional com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e a Corporação Financeira Internacional (IFC) – que juntos formam o Grupo Banco Mundial (GBM) – foi firmado o Memorando de Entendimento para o desenvolvimento de projetos para um setor agroalimentar mais verde, resiliente e inclusivo, apoiado em modelos de empreendedorismo rural e intercâmbio científico para países em desenvolvimento com duração de cinco anos.

Já a cooperação técnica com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) tem como objetivo o Desenvolvimento colaborativo da agricultura de precisão e digital para o fortalecimento dos ecossistemas de inovação e a sustentabilidade do agro brasileiro. A proposta é aumentar a transparência, confiabilidade e eficiência do processo produtivo brasileiro com referência na expertise japonesa no domínio de ferramentas da Tecnologia da Informação e Comunicação.

Ao todo, foram sete acordos estratégicos celebrados durante o evento, incluindo parcerias com os ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), além de envolveram o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste).

Em 26 de abril de 1973 foi empossada a primeira diretoria da Embrapa no Ministério da Agricultura. A celebração dos 51 anos da empresa ocorre de 25 a 27 de abril na sua sede, em Brasília (DF).

A cerimônia desta quinta-feira também contou com a presença da primeira-dama Janja, dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; da Gestão, Inovação e Serviços Públicos, Esther Dweck; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira e do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência República, Marcio Macêdo.

Fonte: Assessoria Mapa
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PMGZ ganha evidência em evento latino-americano 

Eric Costa, técnico da ABCZ, apresentou as ferramentas do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos e impactos na seleção de rebanhos bovinos.

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Foto: Divulgação/ABCZ

O Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), foi destaque na programação do 24º Simpósio Latino-Americano, durante a 33ª Feira Agropecuária Internacional (Agropecruz), realizada recentemente em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. O técnico da ABCZ, Eric Costa, foi responsável pela apresentação, que abordou o impacto do programa no trabalho de seleção e melhoramento genético de rebanhos bovinos no Brasil e no exterior.

“Este é um evento muito expressivo na Bolívia que, nesta edição, teve mais de 600 participantes de diversos países. É uma grande satisfação poder divulgar o trabalho da ABCZ em um evento desta magnitude. Tivemos oportunidade de demonstrar as diversas ferramentas disponibilizadas pelo PMGZ para auxiliar os criadores no trabalho de seleção, como de acasalamento dirigido, análise de tendências genéticas, monitoramento genético, descarte e reposição de matrizes, sempre visando o diagnóstico do rebanho e as possíveis correções para melhoria de determinadas características”, ressaltou o técnico.

Renovação de convênio

Ainda durante a Agropecruz, foi renovado o convênio entre a ABCZ, Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu), e a Asociación Boliviana de Criadores de Cebú (Asocebu), que oferece benefícios para criadores associados e filhos de associados do país vizinho. Estiveram presentes o diretor da Fazu, Caio Márcio Gonçalves, o vice-presidente da Fundação Educacional para o Desenvolvimento das Ciências Agrárias (Fundagri) e conselheiro da ABCZ, José Olavo Borges Mendes Júnior, o coordenador do curso de Zootecnia da Fazu, Rayner Barbieri, e o membro do Conselho Deliberativo da Fundagri, José Peres de Lima Neto.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Perspectivas do cenário macroeconômico serão tratadas pelo embaixador do cooperativismo na Expofrísia

Roberto Rodrigues vai tratar sobre perspectivas do cenário macroeconômico no fim tarde desta quinta-feira (25), trazendo informações a cadeia produtiva, seus impactos anteriores e o que pode se esperar dos próximos anos.

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Roberto Rodrigues é um dos maiores nomes do agro no Brasil e embaixador do cooperativismo da Organização das Nações Unidas - Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

A safra 2023/2024 foi desafiadora para os produtores, com queda dos preços, oscilação climática e aumento do custo de produção. Esse conjunto de fatores obrigou os produtores a trabalharem com várias frentes, muitas vezes de forma simultânea. Para auxiliar na busca por uma previsibilidade na próxima safra, a Expofrísia, traz a palestra de Roberto Rodrigues, um dos maiores nomes do agro no Brasil e embaixador do cooperativismo da Organização das Nações Unidas (ONU). A entrada da feira é gratuita e a inscrição pode ser feita clicando aqui.

Na tarde desta quinta-feira (25), a feira realiza a sexta edição do Fórum Comercial, para tratar dos mercados de grãos, leite e proteína animal. No evento, o público terá acesso a informações mercadológicas relevantes e atualizadas para o agricultor e o pecuarista tomarem as melhores decisões.

Em seguida, no fim da tarde, haverá a palestra principal de Roberto Rodrigues com o tema: perspectivas do cenário macroeconômico. A apresentação tratará da cadeia produtiva, seus impactos anteriores e o que pode esperar dos próximos anos.

Rodrigues é coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é engenheiro agrônomo pela USP e professor do Departamento de Economia Rural da Unesp, em Jaboticabal (SP). Foi secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além de ter sido presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e da Sociedade Rural Brasileira (SRB).

Expofrísia

Pelo segundo ano consecutivo, a Expofrísia e o Digital Agro acontecem de forma simultânea em Carambeí, município localizado na região dos Campos Gerais do Paraná.

Os eventos levam ao público exposição de gado leiteiro e soluções para o agronegócio que atendam a dinâmica do campo com sustentabilidade, inovações e tendências para a agricultura digital e a pecuária.

A feira é realizada pela Cooperativa Frísia com apoio técnico da Fundação ABC.

Fonte: Assessoria Expofrísia
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CBNA – Cong. Tec.

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