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Carrefour e Marfrig lançam a primeira carne bovina com o selo Rainforest Alliance Certified no mundo

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O Carrefour é a primeira rede de hipermercados do mundo a comercializar carne bovina com a certificação socioambiental identificada pelo selo Rainforest Alliance Certified. O selo atesta que a carne é proveniente de fazendas que seguem rigorosas normas internacionais de conservação ambiental, de respeito aos trabalhadores e às comunidades locais e regras de bem-estar animal. O produto certificado é fruto da parceria com o Grupo Marfrig, que, em 2012, tornou-se a primeira indústria de alimentos do setor, e única até agora, a rastrear o ciclo completo de produção de carne bovina, com o aval do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), organização não-governamental, responsável pela auditoria. 
Com a chancela da marca própria Carrefour, o produto já está disponível em 13 lojas da rede: Santo Amaro, Pamplona, Rebouças, Morumbi, Brooklin, Pinheiros, Butantã, Imigrantes e Anália Franco, em São Paulo; Cambuí e Eldorado Hiper, em Campinas (SP); Alphaville (Barueri) e Ribeirão Preto (SP). São oito tipos de cortes, como filet mignon, picanha, miolo do alcatra, contrafilé, fraldinha, maminha, cupim e noix, todos fracionados e embalados a vácuo. 
“Com esse lançamento, o Carrefour inclui em suas gôndolas mais um produto que garante que, em todas as etapas do seu ciclo de produção, foram cumpridos rígidos critérios socioambientais, além de todas as normas de qualidade e segurança alimentar. A iniciativa faz parte do compromisso da rede de promover um comércio responsável, que melhore a qualidade de vida de seus clientes e valorize a sustentabilidade”, ressalta Paulo Pianez, Diretor de Sustentabilidade do Carrefour. 
“Com a entrega do primeiro lote de carnes certificadas para o Carrefour, completamos o ciclo e levamos até o cliente final mais um produto diferenciado. Nossos esforços têm por objetivo criar um novo patamar mundial para a cadeia de fornecimento, comprometendo todos os elos com boas práticas socioambientais”, afirma James Cruden, CEO da Marfrig Beef, segmento de negócios do Grupo Marfrig dedicado à produção de carne bovina. 
A carne processada pelo Grupo Marfrig em sua unidade produtiva de Tangará da Serra (MT) tem origem na Fazenda São Marcelo, localizada no mesmo município, que foi a primeira propriedade de produção de ciclo completo de gado a receber o selo Rainforest Alliance Certified (RAC). Para isso, a fazenda atendeu aos 136 critérios socioambientais estabelecidos para fazendas de pecuária, que vão desde a redução da emissão de gases do efeito estufa até a implementação de práticas de bem-estar animal, passando pela garantia de boas condições sociais dos funcionários e suas famílias. O selo atesta que a carne certificada de marca própria Carrefour cumpre todos esses requisitos. 
Os requisitos para a certificação foram estabelecidos pela Rede de Agricultura Sustentável (RAS), entidade internacional que congrega organizações conservacionistas e independentes e detentora da norma de certificação que dá direito ao uso do selo Rainforest Alliance Certified. 
A auditoria foi conduzida pelo Imaflora, credenciado oficialmente para outorgar o certificado da Rainforest Alliance no Brasil. 
“O Carrefour é o primeiro hipermercado no mundo a oferecer a seus consumidores carnes com o selo Rainforest Alliance Certified, garantindo a rastreabilidade desde sua origem até o consumidor final, em fazendas que cumprem os rigorosos critérios socioambientais exigidos pela Rede de Agricultura Sustentável”, diz Maurício Voivodic, secretário-executivo do Imaflora. 
O Imaflora é o único organismo certificador no Brasil acreditado para auditar as normas da Rede de Agricultura Sustentável que, uma vez cumpridas, possibilitam o uso do selo Rainforest Alliance Certified. 
“A chegada da carne certificada ao consumidor final é um momento histórico: no futuro vamos falar dele como um divisor de águas. E é também um passo irreversível na direção da articulação da cadeia, o grande desafio que Amigos da Terra busca promover”, diz Roberto Smeraldi, diretor de políticas da OSCIP Amigos da Terra – Amazônia Brasileira. 
Garantia de Origem 
Em paralelo a essa iniciativa, desde 1999 o Carrefour mantém no Brasil seu programa Garantia de Origem, que concede um selo que certifica a qualidade, a procedência e os processos de produção, transporte e armazenagem de alimentos de marca própria disponíveis em suas lojas em categorias como carnes, peixes, frutas, legumes, sucos e ovos. 
Atualmente, a rede comercializa mais de 150 produtos certificados pelo selo Garantia de Origem e mantém 160 fornecedores cadastrados no programa, que devem cumprir rígidos critérios ambientais e sociais em todas as etapas de produção. 
No caso da carne bovina, o produtor tem de atender a uma lista de mais de 80 especificações em 13 categorias, tais como o manejo, alimentação, sanidade e bem-estar animal; manejo sustentável de pastagens; tratamento fitossanitário; gestão de resíduos e poluentes; respeito ao meio ambiente; formação, saúde, segurança, bem-estar e respeito aos direitos assegurados ao trabalhador. Os animais são criados soltos, com alimentação natural, redução do uso de antibióticos, proibição da utilização de hormônios de crescimento e aumento na aplicação de homeopatia na prevenção de doenças. 
No segmento de carnes Garantia de Origem, o Carrefour mantém desde 2009 uma parceria com a Associação de Produtores de Novilho Precoce de Mato Grosso do Sul e, desde 2010, com a Associação Brasileira de Hereford e Braford do Rio Grande do Sul. Mais de cem pecuaristas que fazem parte destas entidades abasteceram a rede Carrefour no ano passado com dez cortes de churrasco embalados e vendidos a vácuo na linha Selection Garantia de Origem. 
Os produtos que recebem o selo Garantia de Origem podem ser rastreados de duas formas: no site www.garantiadeorigem.com.br ou por smartphone com tecnologia Android ou iPhone. Ao fotografar o código de barras QR da mercadoria escolhida com seu aparelho telefônico, o consumidor tem acesso a todas as informações. É possível verificar, por exemplo, o nome do pecuarista e do frigorífico, controle de sanidade do animal (alimentação, bem-estar, vacinação) dia de abate, nome do veterinário responsável, número de Guia de Trânsito Animal (GTA), entre outras informações. 
Sustentabilidade e qualidade Marfrig 
Instalada no bioma Amazônia, a unidade industrial Tangará da Serra é uma referência mundial em produção sustentável de carne bovina. A planta tem capacidade de processamento de 1.600 animais por dia e dispõe da mais alta tecnologia em processos e equipamentos, além de ser uma das unidades brasileiras mais completas em habilitações para exportação. 
Além da certificação Rainforest Alliance, Tangará da Serra é certificada também nas normas ISO 14001 (Ambiental), ISO 22000 (Segurança dos Alimentos), OHSAS 18001 (Saúde e Segurança) e SA 8000 (Responsabilidade Social). Essas certificações são a base do Sistema Integrado de Gestão da Marfrig (SGI), implantado de forma pioneira em todas as suas 19 unidades industriais no Brasil. É um modelo único no mundo, pois contempla os principais processos monitoráveis na indústria de alimentos: garantia de qualidade e segurança do alimento, relações com o meio ambiente e a sociedade, integridade física e mental dos trabalhos e melhoria contínua dos processos, projetos, serviços e produtos. 
Comprometido em estimular a adoção das melhores práticas de sustentabilidade em toda a cadeia produtiva da carne, a Marfrig também realiza o mapeamento e a organização dos fornecedores de gado de acordo com critérios socioambientais. O sistema de compras da companhia só permite aquisições de gado após verificação de licenças ambientais, conferência de CNPJ e CPF do produtor na lista de embargos do Ibama e trabalho escravo do Ministério do Trabalho e imagens de satélite dos fornecedores no bioma Amazônia, onde são verificados novos desmatamentos e sobreposição com terras indígenas e unidades de conservação. 
Sobre o Grupo Marfrig 
O Grupo Marfrig é uma das maiores empresas globais de alimentos à base de carnes de aves, bovina, suína, ovina e de peixes, além de massas, margarinas, vegetais congelados e sobremesas. Sua plataforma operacional diversificada e flexível é composta por unidades produtivas, comerciais e de distribuição instaladas em 18 países e em 5 continentes. Considerada uma das companhias brasileiras de alimentos mais internacionalizadas e diversificadas, seus produtos estão presentes hoje em 160 países. 
Com mais de 90 mil colaboradores, o Grupo Marfrig é o maior produtor de ovinos na América do Sul, a maior companhia de carnes da Argentina, o maior produtor de aves do Reino Unido e a maior companhia privada no Uruguai e na Irlanda do Norte. É também a 3ª maior produtora e exportadora brasileira de carnes de aves e suínos. 
Sobre o Imaflora 
O Imaflora – Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola – é uma Organização Não Governamental, sem fins lucrativos, que trabalha para promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais e para gerar benefícios sociais nos setores florestal e agropecuário. Com atuação nacional e participação em fóruns internacionais, foi fundado em 1995 e tem sede em Piracicaba, interior de São Paulo. 

Fonte: Texto Assessoria

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Presidente da Lar assume Conselho Diretivo da ABPA

Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial.

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Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, com o Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial e do Conselho Diretivo da ABPA - Foto: Divulgação/Lar

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou na última semana a continuidade do mandato de Ricardo Santin como presidente, garantindo estabilidade e liderança consistente para a entidade. Simultaneamente, Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, foi nomeado para presidir o Conselho Diretivo, trazendo sua vasta experiência e visão estratégica para fortalecer ainda mais a representatividade do setor.

A reafirmação de Ricardo Santin na presidência da ABPA é um reconhecimento de sua competência e dedicação à indústria de proteína animal. Santin demonstrou habilidade em enfrentar desafios complexos e impulsionar o desenvolvimento sustentável do segmento es ua recondução ao cargo é uma demonstração da confiança depositada pelos membros da ABPA em sua liderança.

Por sua vez, Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial. Sua nomeação para presidir o Conselho Diretivo representa um marco importante na história da ABPA, evidenciando o compromisso da entidade em diversificar sua liderança e garantir representatividade para todos os segmentos da cadeia produtiva.

Em uma entrevista exclusiva ao programa de rádio da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues compartilhou sua visão e expectativas para o novo papel que assumirá na ABPA. Ele enfatizou a importância de promover o diálogo e a cooperação entre as empresas associadas, destacando a necessidade de buscar o consenso e a harmonia em prol do desenvolvimento sustentável do setor. “Assumir a presidência do Conselho Diretivo da ABPA é uma honra e um desafio que encaro com muita responsabilidade”, afirmou Irineo da Costa Rodrigues durante a entrevista. “Estou comprometido em trabalhar em conjunto com todas as empresas associadas, buscando sempre o interesse comum e contribuindo para o crescimento e a valorização da indústria de proteína animal.”

A renovação de Ricardo Santin na presidência da ABPA e a nomeação de Irineo da Costa Rodrigues para o Conselho Diretivo marcam um momento de continuidade e renovação para a entidade. Com essa combinação de liderança experiente e novas perspectivas, a ABPA se fortalece para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam, assegurando seu papel como uma das principais vozes do agronegócio brasileiro.

Importância da ABPA na indústria brasileira de proteína animal

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é uma entidade fundamental para a representação e promoção dos setores de avicultura e suinocultura do Brasil. Como uma organização sem fins lucrativos, a ABPA é administrada por um Conselho Diretivo, com o respaldo de um Conselho Consultivo, e desempenha um papel crucial na defesa dos interesses desses segmentos.

A estrutura funcional da ABPA é composta por câmaras setoriais temáticas, responsáveis por tratar de questões técnicas e conjunturais relevantes para os setores de aves e suínos. Sob a liderança do presidente executivo Ricardo Santin, a ABPA tem como missão primordial representar esses setores em fóruns tanto nacionais quanto internacionais, zelando pela qualidade, sanidade e sustentabilidade dos produtos.

Além de sua atuação representativa, a ABPA também se dedica ao fomento do desenvolvimento tecnológico e à expansão da atuação do setor produtivo nos mercados interno e internacional. Por meio de diversas iniciativas, a associação busca promover a profissionalização e o crescimento sustentável da indústria de proteína animal, contribuindo para a economia brasileira e para a geração de empregos no país.

Um dos principais focos da ABPA é viabilizar novas oportunidades para o setor produtivo, tanto por meio de negociações internacionais quanto através de relações institucionais junto aos stakeholders no Brasil e no exterior. Ações para a abertura de novos mercados e a promoção da qualidade e segurança dos produtos brasileiros também estão entre as prioridades da associação.

Assim, a ABPA desempenha um papel central na promoção e defesa dos interesses da avicultura e da suinocultura brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a competitividade desses setores no cenário nacional e internacional.

Composição do Conselho

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor-geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor-executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, Diretor da ACAV/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho.

Fonte: Assessoria Lar
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41ª Conferência Facta WPSA-Brasil será realizada em setembro de 2025

Tradicional evento da avicultura brasileira agora é bienal. Evento vai trazer como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal” manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário avícola mundial.

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Presidente da Facta, Ariel Mendes: "Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro" - Foto: Divulgação/Facta

A partir de 2025 a Conferência Facta WPSA-Brasil será bienal, a próxima edição ocorrerá entre os dias 02 e 03 de setembro, na Sociedade Hípica de Campinas (SP). O evento, que traz como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal”, manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário mundial da avicultura.

“Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro. Essa escolha se baseia no término das férias na Europa e nos Estados Unidos, o que facilita a participação de palestrantes estrangeiros, além de ser um mês com menos eventos no Brasil. Essa mudança visa otimizar a participação e o aproveitamento do evento pelos profissionais do setor avícola”, explica o presidente da Facta, Ariel Mendes.

A evolução da conferência, desde seus primórdios como um seminário até sua consolidação como a Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas, demonstra seu compromisso contínuo com a excelência e a inovação. Por isso, nesta edição, a organização abordará estratégias eficientes de controle de salmonela, competitividade na produção de frango sem antimicrobianos, temas sobre incubação, manejo da microbiota em poedeiras, automação, gestão de dados e qualidade na produção, uso de inteligência artificial na gestão avícola e gestão integrada de sanidade e dados.

A Conferência Facta é o principal evento técnico da avicultura brasileira, reconhecido por sua qualidade técnica, com palestrantes nacionais e internacionais, o evento aborda temas essenciais ao setor. “O lançamento da próxima conferência está previsto para ocorrer durante o SIAVS 2024, em agosto, com o programa completo já planejado até setembro ou outubro, proporcionando às empresas tempo para incluí-lo em seus orçamentos para o próximo ano”, lembrou Mendes.

Fonte: Assessoria Facta
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Chuvas no Rio Grande do Sul prejudicam lavouras e dificultam logística

Estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

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Foto: Divulgação

A fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30) deixou um rastro de destruição e prejuízos por onde passou. O estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

O Rio Grande do Sul é segundo maior estado produtor de soja no Brasil. Por isso, as intensas chuvas têm deixado agricultores em alerta. Além de retardar as atividades de campo, as precipitações em excesso vêm gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras. O excesso de umidade tente a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil colheu, até agora, 90,5% da área de soja da safra 2023/24. O Sul é a região com as atividades de campo mais atrasadas – no Rio Grande do Sul, somam 60%, contra 70% no mesmo período de 2023, conforme aponta a Conab. A Emater/RS, por sua vez, indica que 76% da área sul-rio-grandense havia sido colhida até o dia 2 de maio, inferior aos 83% na média dos últimos cinco anos. Em Santa Catarina, a colheita alcançou 57,6% da área, abaixo dos 82,8% há um ano (Conab).

Para o milho, a colheita da safra verão está praticamente paralisada no Rio Grande do Sul.  Segundo a Emater/RS, os trabalhos atingiram 83% da área sul-rio-grandense até o dia 2 de maio, avanço semanal de apenas 1 p.p.. No Paraná, foram colhidos 98% da área total até essa segunda-feira, leve aumento de 1 p.p. em relação ao dado divulgado no dia 29 pela Seab/Deral. Em Santa Catarina, a colheita chegou a 93% no dia 28, segundo a Conab.

Frango, suínos e ovos

De acordo com colaboradores do Rio Grande do Sul consultados pelo Cepea, as fortes chuvas dos últimos dias têm prejudicado as negociações envolvendo frango, suínos e ovos. Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda em parte das regiões sul-rio-grandenses e também de fora do estado vem sendo comprometido.

Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como rações e também embalagens e caixas, no caso de ovos. Agentes consultados pelo Cepea também indicam que algumas propriedades de produção suinícola e avícola foram danificadas; eles estão à espera de que a situação seja controlada para que os prejuízos sejam calculados.

Pecuária de corte

Agentes consultados pelo Cepea no Rio Grande do Sul indicam que, como as chuvas destruíram pontes e danificaram trechos de estradas, muitos lotes de animais para abate não conseguem ser transportados aos frigoríficos. Com isso, muitos compradores e vendedores estão fora do mercado nestes últimos dias, à espera de que a situação seja controlada.

Arroz

O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil, e as intensas chuvas desta semana deixaram orizicultores em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, a colheita, que já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada.

Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que as recentes tempestades deixaram as lavouras debaixo d’água, inviabilizando as atividades.

Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea.

Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado.

Cenoura

Dentre os produtos hortifrutícolas acompanhados pelo Cepea no Sul, o mais prejudicado foi a cenoura. O Cepea ainda não conseguiu levantar a extensão das perdas na praça produtora de Caxias do Sul (RS), mas o cenário é crítico.

Em Vacaria (RS), localizada em uma altitude mais elevada, os impactos do temporal foram menos severos. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, diante da situação delicada, a amostragem de preços de cenoura desta semana foi significativamente menor.

Estima-se que as inundações resultem em uma janela de oferta e, em muitos casos, dificultem, inclusive, a retomada das áreas afetadas.

De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, a barragem São Miguel está em estado de alerta. Sinal de evacuação já foi emitido, e, em caso de ruptura, tanto a área urbana quanto a rural correm risco de alagamento.

Tomate e batata

As safras de batata em Bom Jesus e de tomate em Caxias do Sul estão próximas do final, mas os danos neste encerramento de safra devem ser grandes, devido aos volumes e à duração das chuvas.

Fonte: Com assessoria Cepea
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